Saiba quais as ruas fechadas ao trânsito em Lisboa a partir das 17h por causa do Benfica

  • Lusa
  • 27 Maio 2023

Várias ruas vão estar encerradas ao trânsito junto ao Marquês de Pombal, em Lisboa, entre as 17h e as 05h de domingo, devido ao jogo do Benfica no campeonato nacional de futebol.

Várias ruas vão estar encerradas ao trânsito junto ao Marquês de Pombal, em Lisboa, entre as 17h00 deste sábado e as 05h00 de domingo, devido ao jogo do Benfica no campeonato nacional de futebol, anunciou a autarquia. “Na eventualidade de se realizarem hoje festejos do Sport Lisboa e Benfica (SLB) no Marquês de Pombal“, estão previstos vários “cortes de trânsito permanentes naquela praça e arruamentos envolventes“, como é o caso dos túneis de Entrecampos e Campo Pequeno, no sentido Campo Grande — Saldanha, indica a Câmara Municipal de Lisboa (CML), em comunicado.

  • Túnel de Entrecampos | Av. da República | Túnel do Campo Pequeno | Av. Duque D’Ávila | Praça Duque de Saldanha | Av. Fontes Pereira de Melo | Av. Duque de Loulé | Av. António Augusto de Aguiar | Av. Sidónio Pais | Alameda Edgar Cardoso | Túnel da Rua Marquês de Subserra | Rua Alexandre Herculano | Rua Braamcamp | Rua Joaquim António de Aguiar | Túnel do Marquês de Pombal | Praça do Marquês de Pombal | Av. da Liberdade | Rua do Conde de Redondo

Assim, o acesso da Rotunda de Entrecampos à Avenida da República também vai estar vedado, bem como as vias centrais e laterais dessa avenida, e todas as outras artérias que para ali confluem, terão condicionamentos.

Segundo a CML, na Avenida Duque d’Ávila, o sentido da circulação entre a Avenida da República e a Avenida 5 de Outubro vai ser alterado “para permitir a saída de veículos da zona de estacionamento de propriedade privada na Avenida da República”.

O trânsito vai ainda ser impedido de circundar a Praça Duque de Saldanha, de circular nas vias centrais e de aceder à Avenida Fontes Pereira de Melo, artéria onde também vai ser proibida a circulação de trânsito e impedidos os atravessamentos.

Vão estar igualmente fechadas a Avenida Duque de Loulé (entre o cruzamento com a Rua Luciano Cordeiro e a Praça do Marquês de Pombal), a Avenida António Augusto de Aguiar (entre a Rua Marquês da Fronteira e a Avenida Duque de Loulé), a Avenida Sidónio Pais, a Alameda Edgar Cardoso, o Túnel da Rua Marquês de Subserra, a Rua Alexandre Herculano, a Rua Braancamp e a Rua do Conde de Redondo.

Todas as artérias confluentes a estas avenidas e ruas vão sofrer constrangimentos, alerta a autarquia.

A Rua Joaquim António de Aguiar vai estar encerrada entre a Rua da Artilharia 1 e a Praça do Marquês de Pombal, e o túnel do Marquês estará totalmente fechado à circulação viária nos dois sentidos.

Na Praça do Marquês de Pombal será interdita a circulação de trânsito em ambos os sentidos e a Avenida da Liberdade estará fechada, sendo permitidos apenas atravessamentos entre a Rua das Pretas e a Praça da Alegria e entre o Largo da Anunciada e a Travessa da Glória.

Na sexta-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) avisou que também as estações do metro do Marquês de Pombal, Parque e Picoas, serão encerradas a partir das 16h30 deste sábado.

De resto, a PSP já fez saber que, “na eventualidade de serem realizadas celebrações do campeão da Liga Bwin“, levará a cabo uma operação especial para que os festejos “decorram num ambiente festivo e em segurança”. A polícia aconselha todos os adeptos a terem “comportamentos e atitudes adequados a um ambiente desportivo e festivo, de respeito por todos os participantes, evitando o incentivo à violência”.

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Costa diz que economia europeia não será competitiva se não for “socialmente mais justa”

  • Lusa
  • 27 Maio 2023

É preciso uma "política migratória equilibrada" para aumentar competitividade, diz Costa que reconhece que há "muito a fazer" para melhorar condições das mulheres no mercado de trabalho.

O primeiro-ministro considerou este sábado que a economia europeia não será competitiva se não for “socialmente mais justa” e tiver uma “política migratória equilibrada” e defendeu que há “muito a fazer” para melhorar a participação das mulheres no mercado laboral.

“A Europa não terá crescimento económico, não será competitiva, não alcançará a sua autonomia estratégica nos setores industriais com maior potencial se não for, também, socialmente mais justa”, declarou António Costa na sessão de abertura do Fórum Social do Porto, que decorre este sábado no Palácio de Cristal.

O primeiro-ministro acrescentou que a União Europeia (UE) também não será economicamente competitiva “se não desenvolver uma política migratória equilibrada e em diálogo com os países de origem e de trânsito”.

“Porque, perante o inverno demográfico que vivemos, a construção de muros em nada contribui para a competitividade da nossa economia à escala global”, vincou.

Estas constatações do chefe do executivo foram feitas num discurso em que António Costa abordou o Inflation Reduction Act (IRA), dos Estados Unidos, para salientar que o diploma da administração Biden suscitou “preocupações” a nível europeu.

O IRA “foi naturalmente uma boa notícia para acelerar a transição energética à escala global, mas também suscitou, e suscita, uma questão fundamental: será a Europa capaz de atrair os investimentos para desenvolver e criar os setores industriais e os empregos de futuro?”, questionou.

Costa salientou que a UE está a “construir os alicerces de uma política industrial europeia” – ainda incompleta, “na ausência de um verdadeiro instrumento financeiro comum, permanente, dedicado à reindustrialização verde da Europa” – e considerou que, nesse quadro, o Pilar Europeu dos Direitos Sociais “ganha uma importância acrescida”.

Abordando em particular o “tema decisivo das qualificações”, o primeiro-ministro salientou que “a aceleração das transições digital e verde depende em grande medida da reconversão e do reforço das qualificações e dos trabalhadores europeus”.

“Sabemos que há profissões que vão desaparecer, que postos de trabalho se vão extinguir, mas sabemos também que esta dupla transição abre a porta a novas profissões. (…) O que temos de garantir é que aqueles que perdem o seu posto de trabalho têm oportunidade de aceder a um novo”, disse.

Além das competências, Costa sustentou que é também necessário assegurar que as economias da UE “estão preparadas para lidar com as limitações do crescimento impostas por uma demografia desafiante”.

“Hoje, numa Europa sem fronteiras e num mundo globalizado, as empresas terão de competir pelo talento como competem pelo valor e pelo custo dos bens que produzem ou dos serviços que prestam”, disse.

A atração desses talentos, segundo o chefe do executivo, passa “por melhorar as condições de conciliação entre a vida profissional e familiar, por vínculos laborais estáveis e por condições salariais justas, incluindo a redução do ‘gender gap’ [diferenças de remuneração entre homens e mulheres]”.

“Por exemplo, há muito a fazer para reforçar a participação das mulheres no mercado de trabalho ao nível da União Europeia. Em 2022, a taxa de emprego dos homens situou-se em 80%, enquanto a das mulheres não chegou aos 70%”, lamentou o primeiro-ministro.

Neste aspeto, Costa referiu que “Portugal tem tido resultados muito positivos, acima até da média europeia, tendo alcançado, no ano passado, uma taxa de emprego de 74,8%, face a uma taxa de 80% de participação dos homens”.

O primeiro-ministro salientou que, tanto nos Estados Unidos como na UE, se experiencia atualmente “uma escassez de trabalhadores” e referiu que, “um reforço do investimento em setores industriais de importância estratégica levará a uma procura acrescida da necessidade de recursos humanos”.

“Ou seja, não bastam auxílios de Estado, investimentos. Tudo será insuficiente para acelerar a transição industrial se não encontrarmos formas de ter mercados de trabalho mais atraentes, mais inclusivos, mais participados para os nossos cidadãos”, disse.

Segundo o primeiro-ministro, “está é uma área em que a UE, com a sua economia social de mercado e com políticas sociais avançadas, poderá mesmo obter uma vantagem competitiva em relação aos Estados Unidos”.

 

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Economia perde 4,8 mil milhões com travão aos vistos gold no turismo residencial

  • ECO
  • 27 Maio 2023

Fim dos vistos gold já levou ao cancelamento de projetos de turismo residencial no valor de 800 milhões de euros que teriam um impacto na economia do país de 4,8 mil milhões de euros.

A Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts diz que o fim dos vistos gold já levou ao cancelamento de projetos de turismo residencial no valor de 800 milhões de euros que teriam um impacto na economia do país de 4,8 mil milhões de euros, avança este sábado o Dinheiro Vivo.

O presidente da associação, Pedro Fontainhas, acusa o Governo de tomar uma “decisão às cegas” e apela a “bom senso” para evitar uma “catástrofe” no setor, alertando que os investidores estão a “trocar Portugal pela Grécia”.

Segundo os números divulgados ao Dinheiro Vivo com base nos 27 associados da APR, desde o anúncio do fim dos vistos gold, entre 16 de fevereiro e o fim de abril, foram cancelados projetos de turismo residencial no valor de 800 milhões de euros que levam à perda de 500 milhões de euros em impostos que iriam ser arrecadados pelo Estado. Deixam também de ser criados 2.090 postos de trabalho envolvidos nos projetos cancelados.

Entre as regiões do país que viram os projetos cancelados estão Alcácer do Sal, Amarante, Beja, Castro Marim, Évora, Faro, Grândola, Lagos, Óbidos, Portimão, Reguengos de Monsaraz, Sagres, Salir, Santiago do Cacém, Sines, Tavira, Troia, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.

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Fisco vai controlar vendas nas plataformas digitais acima de 2 mil euros

  • ECO
  • 27 Maio 2023

Plataformas obrigadas a comunicar automaticamente ao Fisco vendas anuais que ultrapassem o patamar de 30 produtos ou caso a receita das transações ultrapasse os 2 mil euros anuais.

Portugal está a adaptar a legislação nacional às novas regras europeias que permitem às autoridades tributárias da União Europeia (UE) terem acesso a mais dados sobre as vendas de produtos e serviços nas plataformas digitais como a Vinted, o OLX, o Instagram, a Amazon ou mesmo o Airbnb, avança este sábado o Público.

Segundo as regras europeias, a partir deste ano, os Estados-membros, através as plataformas digitais, vão partilhar informação de forma automática sobre os rendimentos anuais acima de 2 mil euros ganhos pelos vendedores por intermédio das plataformas, quer sejam vendedores singulares ou empresas.

Esta regra também às plataformas com sede fora da UE caso trabalhem com fornecedores europeus.

Desta forma, a partir de janeiro de 2024, o Fisco vai saber quanto é que os cidadãos residentes em Portugal ganham anualmente com as vendas de bens nas plataformas digitais, caso a atividade ultrapasse um grau considerado “relevante”, ou seja, se o número de vendas anuais ultrapassar o patamar de 30 ou caso a receita das transações ultrapasse os 2 mil euros anuais.

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Fisco enviou mais de 4 milhões de liquidações de IMI e 916 mil são inferiores a 100 euros

  • Lusa
  • 27 Maio 2023

Das cerca de 4 milhões de liquidações, a maioria dizem respeito a pagamentos entre 100 e 500 euros, que podem ser liquidados em duas fases, em maio e em novembro.

Os proprietários de imóveis receberam este ano um total de 4.082.440 liquidações de Impostos Municipal sobre os Imóveis (IMI), das quais 916 mil são de valor inferior a 100 euros, dando origem a um único pagamento.

Em resposta à Lusa, fonte oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira precisou que daqueles mais de quatro milhões de liquidações de IMI, a maioria (2.486.548) dizem respeito a valores de imposto entre os 100 e os 500 euros e que, por esse motivo, podem ser pagos em duas fases (maio e novembro).

Com valores de IMI a superarem os 500 euros estão 679.533 notas de liquidação. Por superarem aquele valor, a lei determina que os contribuintes possam pagar o imposto por três vezes – maio, agosto e novembro.

As liquidações de valor inferior a 100 euros totalizaram este ano (para o imposto relativo a 2022) as 916.359, tendo de ser pagas até ao final deste mês.

Apesar do faseamento do pagamento, as regras em vigor desde 2019 permitem que os contribuintes com valores acima dos 100 euros possam pagar a totalidade do imposto em maio, prescindindo do sistema de prestações.

Os dados permitem verificar que o número de liquidações e o intervalo de valores se tem mantido relativamente constante ao longo dos últimos anos, embora apresentando ligeiros crescimentos.

Em 2022, o número de liquidações totais ascendeu a 4.009.718, sendo 895.969 de valor inferior a 100 euros; 2.434.314 de valor superior ou igual a 100 euros e inferior a 500 euros, e 679.435 acima de 500 euros.

Já em 2021, foram enviadas 4.031.117 notas de cobrança, entre as quais se incluíam 2.431.731 entre os 100 e os 500 euros e 678.726 acima dos 500 euros.

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Entre continuidade e críticas internas, Bloco decide sucessão de Catarina Martins

Catarina Martins deixa este fim de semana a liderança do BE, depois de uma década. Mariana Mortágua avançou como candidata ao cargo, mas ainda tem de enfrentar oposição interna no partido.

Os bloquistas decidem este fim de semana quem será o próximo coordenador do partido. No entanto, já há pouco mistério em torno de quem será a sucessora de Catarina Martins: Mariana Mortágua chegou-se à frente e deverá ser a próxima líder do partido, ainda que não seja a única na corrida. Há outra moção avançada por opositores da atual direção, liderada pelo antigo deputado Pedro Soares.

A XIII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda decorre em Lisboa, no Complexo Desportivo Municipal do Casal Vistoso, este sábado e domingo. A primeira candidata a emergir foi Mariana Mortágua, que se tem destacado pelo papel enquanto deputada na Assembleia da República, em particular nas comissões de inquérito à banca.

A entrada na Assembleia da República deu-se em 2013, quando tinha 27 anos. Quase dez anos volvidos, é agora vice-presidente da bancada parlamentar do Bloco, com uma atuação pautada pelo foco na economia, devido à formação como economista. Esse poderá ser precisamente um dos próximos desafios de Mortágua, se for eleita a próxima coordenadora do Bloco, como salienta ao ECO Paula Espírito Santo, professora e investigadora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa.

Mariana Mortágua “acaba por ser sempre muito ligada aos temas da economia e finanças, se calhar terá de alargar um pouco a mensagem e ser mais inclusiva”, focando-se noutros “setores que o Bloco pode trabalhar”, aponta a politóloga. Poderá assim ter o desafio de “ser menos economista e mais política e estratégica”.

Mortágua avançou com a moção “Uma força, muitas lutas”, que será subscrita por cerca de 1.300 bloquistas. É uma moção de 26 páginas que começa com uma referência a outro partido. “A maioria absoluta do PS é um governo de desgaste rápido que mantém privilégios e opacidade enquanto agrava a desigualdade e o empobrecimento do povo”, lê-se, na introdução para um conjunto de medidas.

O primeiro ponto é a defesa de “uma vida boa para todas as pessoas”, com críticas ao “negócio da crise” e aos “donos disto tudo”. Mortágua vaticina também que o Bloco de Esquerda será “a mais forte oposição ao Governo, por representar a democracia contra a desigualdade e o ecossocialismo contra a destruição”.

Destaca também outros temas como a habitação e o clima. “Sou candidata à coordenação do meu partido e, com este coletivo de milhares de ativistas, trago comigo as lutas da nossa vida: trabalho, habitação, clima, igualdade, o direito de todas as pessoas a viverem em democracia e com respeito, a terem uma vida boa”, escreveu na rede social Twitter.

Estas são as áreas que tem vindo a destacar na candidatura. Mas tendo em conta o perfil que tem demonstrado, pode esperar-se uma abordagem “pela economia, assuntos laborais e fiscais e, no fundo, uma visão geral das políticas, incluindo todas as áreas centrais que estão atualmente em análise: habitação, impostos, leis laborais e reivindicações setoriais”, antecipa a politóloga.

Entretanto, a moção de Mortágua conseguiu eleger 81% dos delegados à Convenção Nacional do BE, o que representa 530 dos 654 delegados que vão marcar presença. A moção E elegeu 89 (14%) e as oito plataformas os restantes 35.

Com dez mandatos surge a plataforma “Mais Democracia, Mais Bloco”, seguida pela “Mais Bloco, Mais Algarve” com nove e, com cinco, a plataforma “Crescer pela raiz: porque queremos mesmo mudar tudo”. Já com quatro delegados cada uma, surge a plataforma “Clarificar o BE. Reforçar a Moção A” e a “+ Partido + Movimento no Litoral Alentejano”. As plataformas “Margem Sul + Movimento + Democracia”, “O Interior também Existe” e “Santarém em emergência climática, social e militante” levam um delegado cada uma à convenção.

A moção E apresenta-se como a oposição à candidatura de Mariana Mortágua. Tem como mandatários Mário Tomé, militar de Abril e membro da Comissão Política do BE, e Bruna Paulo, estudante, militante de base do BE e ativista dos movimentos LGBTQIA+, feminista, juventude, antirracista e emergência climática. Mas é o antigo deputado Pedro Soares que tem dado a cara por este movimento.

É intitulada “Um bloco plural para uma alternativa de esquerda: Um desafio que podemos vencer!” e avançou pela mão de um conjunto de críticos da atual direção. Esta candidatura alternativa inclui militantes como os ex-deputados Carlos Matias e Pedro Soares e também Rui Cortes.

Críticos da atual direção, defendem que “a orientação seguida, à margem de uma aprofundada auscultação da base, não foi adequada nem competente para enfrentar esse quadro” sociopolítico.

Esta apresenta-se, assim, como oposição à continuidade que Mariana Mortágua representa, como salienta também Paula Espírito Santo. “Tendo em conta a caminhada, intervenção e participação ao longo dos últimos anos”, a deputada representa “mais a continuidade, porque tem estado sempre muito alinhada e próxima das decisões tomadas pela atual coordenadora do BE”.

Após uma década, Catarina Martins deixa liderança

Foi em fevereiro que Catarina Martins revelou que deixaria a liderança do partido. A coordenadora liderava o partido desde novembro de 2012, na altura em conjunto com João Semedo. Esteve assim mais de uma década à frente do Bloco, sendo um do pontos mais memoráveis a participação na chamada “geringonça”, um acordo escrito também com o PCP e Os Verdes para viabilizar o primeiro Executivo do PS de António Costa.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins apresenta as conclusões da reunião da mesa Nacional do Bloco de Esquerda, esta tarde em Lisboa, 26 de fevereiro de 2023. MIGUEL A. LOPES / LUSAMIGUEL A. LOPES / LUSA

Catarina Martins “tentou sempre alinhar-se pelas questões sociais e socioeconómicas e particularmente pelos direitos sociais, pela igualdade no plano do acesso ao trabalho, relação laboral”, sendo que a questão “fiscal e económica também fez parte do horizonte das políticas do BE”, destaca a politóloga Paula Espírito Santo.

A geringonça foi um dos elementos mais marcantes da sua liderança, um momento em que o Bloco também se “vinculou às políticas” do Governo em várias áreas, mas ao mesmo tempo “tentou manter algum distanciamento tendo em conta a base e identidade do bloco”, recorda a politóloga. No entanto, o partido “pode ter perdido força muito por essa via de ter apoiado a governação na legislatura de 2015”, contrapõe.

Já após o fim deste acordo, o Bloco assumiu um papel mais de oposição e um dos principais momentos foi quando recusou vincular-se à proposta de Orçamento do Estado de 2022, a par do antigo parceiro de geringonça, o PCP. O que acabou por desencadear a dissolução do Parlamento.

Tendo em conta o cenário de menor expressão do Bloco nas urnas, tendo passado da terceira maior força política nas legislativas de 2019 para quinta em 2022, “a próxima líder terá uma caminhada também para ressuscitar ou reafirmar melhor e de forma mais livre os grandes assuntos e bandeiras do Bloco, de forma a que eleitorado se volte a alinhar com o partido e veja que pode ser alternativa à esquerda”, salienta Paula Espírito Santo.

Agora de saída, Catarina Martins já expressou o apoio a Mariana Mortágua, salientando na rede social Twitter que “não há quem duvide da preparação, capacidade de trabalho e competência da Mariana”.

A ainda coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, mostraou-se confiante, em entrevista ao Diário de Notícias, que o futuro do partido será positivo, ainda com “muitas lutas para ganhar”. A histórica dirigente bloquista diz estar “bastante à vontade” com os resultados que obteve na liderança do partidos: “tive dos melhores e dos piores”, resumiu.

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Prazo para propostas de privatização da Azores Airlines prorrogado até 31 de julho

  • Lusa
  • 26 Maio 2023

O prazo de apresentação de propostas para a privatização da Azores Airlines, companhia aérea do grupo SATA, foi prorrogado até 31 de julho, revelou a empresa.

O prazo de apresentação de propostas para a privatização da Azores Airlines, companhia aérea do grupo SATA, foi prorrogado até 31 de julho, revelou a empresa. “Perante uma grande procura do caderno de encargos de mais de 31 entidades, e porque ocorreram pedidos formais e informais manifestados por alguns dos interessados para o alargamento dos prazos, o Conselho de Administração do grupo SATA solicitou ao Governo Regional que anuísse na prorrogação do prazo limite de apresentação de propostas. Desta forma, o prazo de entrega de propostas passa para o dia 31 de julho de 2023“, informa o grupo, em comunicado.

O concurso público para a alienação de um mínimo de 51% e de um máximo de 85% do capital social da Azores Airlines [SATA Internacional] foi aberto em 23 de março, com um prazo de 90 dias para a apresentação de propostas, o que fixava o prazo em 20 de junho, segundo contabilizou na ocasião o secretário regional das Finanças, Duarte Freitas.

Também em março, Duarte Freitas indicava que o processo da privatização da companhia devia ficar concluído em setembro ou outubro.

Agora, a empresa justifica a decisão de prorrogação com a necessidade de “garantir aos interessados um prazo que, atendendo à complexidade da operação em causa, seja adequado à elaboração das suas propostas e, em concreto, à análise de toda a informação disponível no ‘data room’ virtual e dos Instrumentos Jurídicos da Operação”.

Relativamente a estes instrumentos, a SATA diz que há ainda “que conceder aos interessados um período de tempo apropriado à apresentação de propostas de alteração aos mesmos, conforme previsto no caderno de encargos”.

Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo ‘remédios’ como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%) na Azores Airlines, a companhia do grupo SATA responsável pelas ligações com o exterior do arquipélago.

A Azores Airlines assegura as ligações para fora do Arquipélago dos Açores.

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Acionistas da Ibersol aprovam distribuição de 32,2 milhões de euros em dividendos

  • Lusa
  • 26 Maio 2023

Os acionistas da Ibersol aprovaram, em assembleia-geral, as contas de 2022 e a proposta de aplicação do resultado líquido desse ano, incluindo 32,2 milhões de euros em dividendos.

Os acionistas da Ibersol aprovaram, em assembleia-geral, as contas de 2022 e a proposta de aplicação do resultado líquido desse ano, incluindo 32,2 milhões de euros em dividendos. De acordo com a informação remetida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os acionistas na assembleia aprovaram a distribuição dos lucros líquidos de 2022, que ascenderam a 45,2 milhões de euros.

A proposta aprovada coloca, assim, 32.200.000 euros para dividendos, 10.746.587 euros para reservas livres e 2.260.347 euros para reserva legal. Os dividendos traduzem-se num valor de 0,70 euros por ação, acrescenta a Ibersol.

No caso da sociedade deter ações próprias, manter-se-á a referida atribuição de 0,70 euros por cada ação em circulação, reduzindo-se o montante global dos dividendos atribuídos“, explica a empresa no comunicado assinado pelo conselho de administração.

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Dia Internacional do Marketing é celebrado este sábado pela 1ª vez. O que diz o setor?

A IA, automação, sustentabilidade, personalização do cliente, ética e transparência, são alguns dos desafios que vão marcar o presente e o futuro do marketing, dizem representantes da indústria.

Este ano celebra-se pela primeira vez o Dia Internacional do Marketing. A data, 27 de maio, foi escolhida tendo em conta que foi neste dia, em 1931 em Chicago, que nasceu Philip Kotler, considerado o pai do marketing moderno. Mas faz realmente sentido celebrar este dia? O que significa? E quais os desafios atuais e futuros que se apresentam perante a indústria? Foi o que o +M tentou descobrir junto da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) e da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM).

A decisão de assinalar o marketing neste dia, a nível mundial, foi tomada por unanimidade pela Confederação Europeia de Marketing (EMC), que designou este dia para destacar a importância do marketing nos negócios e na sociedade e promover o orgulho na profissão.

Na altura, Ralf Strauss, presidente do conselho da EMC, disse que a importância dos profissionais de marketing é “fundamental”, tendo ajudado pessoas a comunicarem e a comprometerem-se, sendo possível, atualmente, analisar as necessidades do consumidor em tempo real e construir relacionamentos. “Vamos reconhecer e apreciar isso enquanto celebramos o marketing a 27 de maio”, afirmou, citado pela Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM).

As três entidades contactadas pelo +M concordam.

Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da APAN, considera que o “papel crucial” desempenhado pelo marketing no desenvolvimento das empresas, promoção das marcas, produtos e serviços, modernização e adaptação das instituições “aos novos tempos e aos desafios do futuro” justifica esta celebração, até porque esta evidencia “a importância positiva que o marketing e as empresas têm para a vida das pessoas, além de que é igualmente uma forma de destacar um grupo de profissionais que cria e trabalha as marcas afincadamente”.

Em cerca de meio século [o marketing] passou de uma atividade periférica de apoio à gestão, até ao foco principal de muitas organizações. Em todas as indústrias. Em todos os continentes.

Daniel Sá

Diretor-executivo do IPAM

Já Daniel Sá, diretor-executivo do IPAM, justifica o seu entendimento, sublinhando a importância, dimensão, número de empregos gerados, impacto nas organizações, outputs de investigação académica, visibilidade, número de cursos, professores, estudantes e publicações geradas, que fazem com que o marketing, em todo o mundo, “seja hoje em dia reconhecido pela sociedade em geral“.

Por parte da APPM, o seu vice-presidente, Tiago Fleming, sublinha também a importância do marketing nas organizações, “dado que é uma das alavancas do negócio“, pelo que considera que este dia “deve ser celebrado, assim como os profissionais ligados a esta área”.

“Muitas vezes não é reconhecido o papel determinante do profissional de marketing quando se celebra o sucesso de uma organização”.

Tiago Fleming

Vice-presidente APPM

Quanto ao significado deste dia, para Daniel Sá, o mesmo “valida, de certa forma, o espírito e os objetivos dos fundadores do IPAM, credibiliza a profissão perante o mercado e enche de orgulho os mais de 20 mil profissionais de marketing que o IPAM já formou nestes quase 40 anos de vida“.

Desde logo significa que o marketing tem um papel fundamental nas respostas às necessidades das pessoas e das comunidades, além de que é uma área que abraça e incentiva a evolução constante, impulsionada por novas tecnologias e estratégias de comunicação“, diz por sua vez Ricardo Torres Assunção, acrescentando que esta celebração significa também “o reconhecimento de um setor com um grande valor económico e social”.

E por último, mas não menos importante, é o reconhecimento de uma classe profissional que diariamente supera desafios para construir marcas e reforçar a importância das mesmas junto dos seus consumidores“, conclui o recente substituto de Manuela Botelho como secretário-geral da APAN.

Atualmente, os desafios que se afiguram perante a indústria do marketing parecem ser vários mas, para Daniel Sá, o maior que se impõe aos marketeers passa por estes saberem “lidar com todas as mudanças que estão a acontecer na sociedade e que afetam o comportamento dos consumidores e das marcas”.

Os novos modelos de trabalho, os estilos de vida, o mundo cada vez mais global e a inteligência artificial alteram com muita rapidez a forma como um profissional de marketing tem que atuar“, detalha o diretor-executivo do IPAM.

Daniel Sá, diretor-executivo do IPAM.

Todos os dias são dias de mudança, algo para o qual os marketeers estão preparados“, começa por afirmar, por sua vez, Ricardo Torres Assunção, que considera um “enorme desafio” enfrentar as alterações diárias na “forma de impactar os consumidores”, o que leva a uma “proliferação de pontos de impacto“.

Quanto à forma de comunicar, a exigência pela transparência e a favor de um propósito – para que os consumidores se revejam nas marcas e instituições – é cada vez maior, pelo que isso também representa um desafio, considera o secretário-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes.

Mas o maior de todos os desafios, com que todos estamos hoje confrontados, é o da sustentabilidade. E os marketeers têm igualmente pela frente uma série enorme de transformações que são vitais para ter êxito nesta matéria. É que é necessário ser consequente quando se comunica sustentabilidade. Este é um tema onde não basta parecer, é preciso ser sustentável

Ricardo Torres Assunção

Secretário-geral da APAN

Tiago Fleming foca-se antes nas desafiantes mudanças de comportamento dos consumidores, sendo que estes “estão cada vez mais informados, exigentes e empoderados”. Neste sentido, os profissionais do setor têm de “compreender profundamente” o comportamento do consumidor e adaptar estratégias de forma a “corresponder” às necessidades e expectativas dos mesmos, defende.

O aumento da concorrência, a rápida evolução da tecnologia e a personalização da experiência (customer experience) – com os consumidores a esperarem experiências personalizadas por parte das marcas – são outros dos desafios elencados por Fleming, nos quais também vê oportunidades, mostrando-se convicto de que à medida que os negócios evoluírem novos desafios irão surgir, “exigindo adaptabilidade e inovação por parte dos marketers”.

Mas se o Dia do Marketing serve para analisar o presente, o mesmo também serve para equacionar o futuro. Ricardo Torres Assunção, por exemplo, preconiza que a indústria “será cada vez mais próxima dos consumidores” e que a mensagem comunicada, embora possa ser a mesma “terá de ter a capacidade de se adaptar aos diferentes momentos e formatos em que vai impactar o consumidor“.

Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da APAN.

E aqui os chamados big data são essenciais para que a mensagem adote o formato certo, no momento certo, no canal certo. E seguramente vamos assistir a uma grande evolução nesta matéria”, considera o secretário-geral da APAN.

Para Daniel Sá, o marketing “vai acentuar-se como abordagem central no mundo empresarial e será despartamentalizado“, pelo que mais do que uma equipa dentro de uma empresa, “a função de marketing vai estar presente em todas as dimensões e equipa de uma empresa”.

Afirmando desde logo que a indústria será “amplamente influenciada pelo avanço da tecnologia e pelas mudanças no comportamento dos consumidores”, Tiago Fleming preconiza algumas tendências, nomeadamente um constante crescimento do marketing digital, uma personalização e experiência do cliente cada vez mais relevante, o crescimento do marketing automation (que vai permitir que a automatização de tarefas repetitivas possibilitando que os marketeers aloquem o seu tempo em tarefas que geram maior retorno).

Segundo o vice-presidente da APPM, o influencer marketing vai também continuar a desempenhar um papel muito importante, bem como vai existir uma preocupação crescente na adoção de práticas de marketing éticas, responsáveis e transparentes (tendo em conta a exigência crescente por parte dos consumidores). A Inteligência Artificial e o machine learning vão também desempenhar um papel cada vez mais importante no marketing, considera o responsável da APPM.

“Essas são apenas algumas das muitas mudanças e tendências que podemos esperar no marketing nos próximos anos. É importante que os profissionais de marketing se mantenham atualizados e adaptáveis para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas por essas transformações“, conclui Tiago Fleming.

Tiago Fleming, vice-presidente da APPM.

De forma a assinalar o dia, a APPM desafia a sua comunidade a enviar opiniões sobre o que significa o marketing e qual a sua importância nas organizações. A Associação vai depois divulgar os testemunhos nas redes sociais.

Neste primeiro ano, o IPAM vai apenas partilhar a existência e significado do dia com os seus estudantes, sendo que o seu atual diretor-executivo não esconde o desejo de que, futuramente, este dia seja “marcado pela união de todos aqueles apaixonados por esta área: profissionais, estudantes, docentes, investigadores ou curiosos. União para celebrar e dignificar o dia, bem como aproveitá-lo sempre para discutir os desafios futuros do marketing“.

A APAN, afirmando que para a associação “todos os dias são dias de Marketing”, disse ao +M que a sua conferência anual APAN “Better Marketing, Mesmo a propósito”, que tem lugar no dia 6 de junho, será também um momento para assinalar esta efeméride.

Para além de instituir o Dia Internacional do Marketing, a EMC decidiu passar a atribuir anualmente o Prémio de Mérito em Marketing. Este ano a distinção será entregue precisamente a Philip Kotler. O professou e autor de cerca de 80 livros recebeu o prémio esta sexta-feira, dia 25 de maio, no LiMA CMO Summit em Vilnius, durante a conferência de líderes de marketing da Lithuanian Marketing Association.

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Santos Silva considera falsa a tese do descrédito do PS e PSD na sociedade portuguesa

  • Lusa
  • 26 Maio 2023

O sistema político-partidário português é "bastante robusto", defende o presidente da Assembleia da República.

O presidente da Assembleia da República considerou esta sexta-feira falsa a tese do descrédito do PS e PSD, e definiu os socialistas portugueses como sendo a expressão mais autêntica do liberalismo político clássico e não a Iniciativa Liberal.

Estas posições foram defendidas por Augusto Santos Silva, na qualidade de militante socialista e deputado do PS eleito pelo círculo Fora da Europa, numa sessão promovida pela JS, intitulada “Jornadas pela Democracia no Século XXI”. Perante algumas dezenas de membros da JS, na sede nacional do PS, tendo ao seu lado Miguel Costa Matos, líder dos jovens socialistas, Augusto Santos Silva apontou que as últimas eleições legislativas, em janeiro de 2022, “reforçaram o peso eleitoral dos dois maiores partidos” nacionais.

“Portanto, esta ideia de que o PS e o PSD perderam toda a credibilidade, que já ninguém acredita neles, que o Bloco Central é uma desgraça, que os portugueses já não se reveem no Bloco Central, tem um pequeno problema: É contrária à realidade tal como nós sabemos a partir do último indicador objetivo disponível. Hoje, no parlamento, talvez 90% dos deputados pertencem aos dois maiores partidos, o que, aliás, tem sido sempre uma vantagem do sistema português”, sustentou.

De acordo com o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o sistema português tem registado “uma lógica de alternância – e essa alternância faz-se ao centro do sistema e não nos seus extremos”. “Temos de ter calma, porque aquilo que as pessoas lá fora nos dizem é muito diferente daquilo que ouvimos muitas vezes nos jornais ou nas televisões. O que as pessoas lá foram nos dizem é que em Portugal, por enquanto, o sistema partidário é muito estável”, advogou.

Mesmo em relação às eleições autarquias, em que existem candidaturas independentes, o presidente da Assembleia da República referiu que esse fenómeno tem um reduzido impacto global. “Os triunfos de candidaturas independentes são exceção e não a regra. E sabemos que a maioria das candidaturas independentes resultam de conflitos internos nos partidos com a constituição de listas”, observou.

Por isso, na perspetiva de Augusto Santos Silva, o sistema político-partidário português é “bastante robusto” — um ponto em que aproveitou para deixar uma advertência sobre os riscos de fazer uma mudança profunda no atual sistema eleitoral. “Recomendo vivamente que não se deixem ir em cantos de sereia quanto a substituições muito voluntaristas do sistema eleitoral, mesmo que ouçam o argumento de que há 600 mil votos de portugueses perdidos, desaproveitados pelo sistema de hondt. Um bom sistema eleitoral garante representatividade e governabilidade”, frisou.

Do ponto de vista ideológico, perante uma plateia maioritariamente de jovens socialistas, Augusto Santos Silva defendeu uma tese que assumiu ser controversa. “A expressão mais forte e mais lídima, mais legítima, mais natural do liberalismo político clássico é a social-democracia, e em Portugal é o PS. Não é a Iniciativa Liberal. Há uma confusão terrível entre o liberalismo político clássico e o liberalismo económico e, recentemente, o neoliberalismo”, justificou, antes de recomendar a leitura de Francis Fukuyama.

A democracia não é o liberalismo político. Mas a democracia é a extensão do liberalismo político ao sufrágio universal”, acrescentou. Em relação à atual conjuntura política, deixou um recado aos partidos à esquerda do PS. “Creio que os nossos amigos à esquerda correm o risco de cometer um pequeno erro de apreciação quando definem que o seu objetivo político principal é derrubar o atual Governo e alterar a atual composição do parlamento”, disse.

Se isso acontecer, de acordo com o ex-ministro, “avanços que se têm feito nos domínios das liberdades cívicas e pessoais seriam barrados” por um executivo liderado pelo PSD. “Embora o nosso partido de centro-direita se chame social-democrata, nessas matérias a esmagadora maioria dos seus decisores são tudo menos social-democratas”, afirmou.

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Nelson Ribeiro integra organização internacional de análise e combate à desinformação

Nelson Ribeiro diz integrar a IPIE com um "elevado sentido de responsabilidade", numa altura em que a desinformação é "um dos principais problemas que o mundo enfrenta".

A recém-lançada IPIE (International Panel on the Information Environment) – plataforma internacional de investigação e estudos para o combate à desinformação – conta com Nelson Ribeiro, professor e diretor da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, entre os seus elementos.

O IPIE foi criado no âmbito do Prémio Nobel 2021 e organizado, de forma independente, por investigadores de diferentes nacionalidades. Nelson Ribeiro é, até ao momento, o único português a fazer parte da organização como membro fundador.

O diretor da FCH-Católica, citado em comunicado, diz que “é com um elevado sentido de responsabilidade que integro o novo painel IPIE, numa altura em que é claro que a desinformação é um dos principais problemas que o mundo enfrenta nos dias de hoje”.

“Ao longo da história a manipulação da informação serviu para justificar atrocidades e criar narrativas que contribuem para o fim de regimes, para colocar pessoas em risco e para propagar o ódio e incitar à guerra. Urge estudar e limitar a circulação de desinformação online, numa altura em que a ameaça é crescente dada a capacidade, quase ilimitada, de criação de informação falsa por sistemas de inteligência artificial“, acrescenta o até 2013 diretor de programas da Rádio Renascença.

Nelson Ribeiro, diretor da FCH-Católica.

O IPIE “reúne um conjunto alargado de investigadores de todo o mundo, num esforço científico alargado, dedicado a analisar sistemas de manipulação de informação, fornecer avaliações neutras sobre a condição do ambiente de informação global e avaliar as melhores soluções políticas para abordar ameaças à desinformação“, explica-se em nota de imprensa.

“As diferentes e complexas crises que enfrentamos, como resultado da manipulação massiva da informação a nível mundial, é um problema global que está a custar milhares de milhões de dólares e milhões de vidas, pois agrava problemas sociais existentes, degrada a vida pública, paralisa as iniciativas humanitárias e impede o progresso”, refere, citado em comunicado, Sheldon Himelfarb, cofundador do IPIE e diretor executivo do Secretariado da organização.

Himelfarb acrescenta ainda que o trabalho da organização, baseado na ciência, passará por, “equipar os responsáveis políticos com conhecimento concreto, que é necessário para neutralizar as fontes de desinformação e a ameaça que a manipulação generalizada da informação representa“.

Doutorado em Media and Culture Studies pela Universidade de Lincoln, Nelson Ribeiro é diretor da FCH-Católica e coordenador da Área Científica em Ciências da Comunicação. É presidente da secção de História da Comunicação da International Association for Media and Communication Research (IAMCR) desde 2016.

As suas principais áreas de investigação são a desinformação, história dos media e da propaganda e estudos do jornalismo tendo, em 2022, sido premiado com uma fellowship da Universidade de Stanford de forma a poder desenvolver a sua investigação sobre a propaganda transnacional durante a Guerra Fria.

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Costa diz que classe média é a chave “para combater a extrema-direita”

Para António Costa, defender a classe social deve ser a prioridade na Europa de forma a evitar a ascensão do radicalismo, populismo e da extrema-direita no continente.

O primeiro-ministro considera que a classe média é chave para combater a ascensão do radicalismo e da extrema-direita na democracia, alertando que esse é “o grande desafio” que a União Europeia tem pela frente.

“Hoje o grande desafio que a Europa para defender a sua liberdade e democracia, é proteger as classes médias. É quando a classe média se sente abandonada e insegura, que temos terreno fértil para os radicalismos, populismo e extrema-direita crescerem e se tornarem uma ameaça”, afirmou esta sexta-feira, António Costa, durante o discurso de encerramento da cimeira do Partido Socialista Europeu, em Matosinhos.

O alerta foi dado numa altura em que se aproximam as eleições europeias e os partidos mais à direita vão ganhando terreno um pouco por toda a Europa. Para António Costa, a própria história indica que “sempre que a classe média se sente abandonada e insegura”, “foi quando a extrema-direita e o radicalismo conseguiram crescer”.

Como forma de evitar que isso se volte a refletir nos resultados das eleições, António Costa apelou aos socialistas presentes no auditório do Terminal do Porto de Leixões que seja dada “oportunidades às classes médias para combater a extrema-direita”, por considerar que este grupo é quem “assegura a existência da democracia”.

Ademais, acrescentou, deve ser assegurado que as próximas gerações “têm melhores condições” de vida, embora reconheça que essa “é uma grande caminhada”.

Precisamos de um estado social forte e uma garantia de que ninguém fica para trás“, reforçou perante os socialistas, recordando estar que as duas transições atualmente em curso na União Europeia – a energética e a digital – colocam em causa “a produtividade das empresas e a segurança dos postos de trabalho”.

Há profissões que vão desaparecer e o que temos que assegurar é que todos os que perdem os postos de trabalham tenham oportunidades e condições de ter qualificações necessárias para ter emprego e uma melhor posição do futuro”, defendeu Costa.

Notícia atualizada às 20h51

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