Preços das casas não vão descer em Portugal

  • ECO
  • 25 Maio 2023

"Continuarão a existir restrições à oferta que reduzem a margem para quedas substanciais de preços" diz Comissão Europeia. Em 2022, os preços foram 24% mais elevados face ao que seria um valor normal.

Os preços das casas vão continuar a aumentar em Portugal, alerta a Comissão Europeia (CE). A subida deverá desacelerar em comparação com os últimos anos, sendo “improvável” que venham a cair de forma acentuada em breve. “O crescimento dos preços das casas será moderado no futuro, pois as taxas de juro estão a subir”, prevê a Comissão, que nas previsões da Primavera já tinha alertado para a perda de rendimento das famílias portuguesas devido à elevada percentagem de taxa variável no crédito à habitação.

A escassez de casas no mercado e a “procura forte por parte de investidores estrangeiros” é justificação, segundo o ‘Country Report’ um dos documentos da avaliação ao país no âmbito do ciclo do Semestre Europeu de 2023 da CE. As conclusões tiveram em conta o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em habitação.

A CE aponta a sobrevalorização média do mercado habitacional e diz que, no ano passado, os preços foram 24% mais elevados face ao que seria um valor normal, de referência, tendo em conta os fundamentais do mercado. Em 2021, esse desvio que reflete a sobrevalorização das casas já tinha atingido os 20%. “Na última década, em Portugal, estes preços duplicaram em termos nominais, tendo nos últimos três anos, 2020 a 2022, registado um aumento de 34%”, calcula a Comissão. Só em 2022, “os preços subiram cerca de 13%“.

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Concursos de apoio ao custo do gás acabam em julho

  • ECO
  • 25 Maio 2023

IAPMEI não vai lançar para já mais candidaturas devido à “forte descida do preço do gás nos últimos meses”. Pagou cerca de 85 milhões de euros em subsídios à indústria.

O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação não vai lançar novos concursos para apoiar a fatura energética das indústrias consumidoras de gás natural, enquanto os preços tendo em conta a forte descida do preço do gás nos últimos meses, avançou o Público (acesso condicionado) esta quinta-feira. No entanto, caso haja uma inversão dos atuais pressupostos, ou seja, se os preços voltarem a subir, poderão ser retomados os apoios.

Não está previsto abrir novos avisos, tendo em conta a forte descida do preço do gás nos últimos meses”, disse ao Público fonte oficial do Ministério da Economia e do Mar, sobre a possibilidade de abrir novas fases de candidatura após 30 de junho, quando termina o prazo do aviso em vigor, para a modalidade de apoio de dois milhões e cinco milhões de euros. Mas a mesma fonte oficial, precisou ao ECO que isto não significa o fim do programa. “A partir de julho não serão lançados novos concursos, mas caso haja uma reversão das condições atuais, ou seja, uma nova escalada de preços, poderão ser abertos novos concursos já que existe dotação disponível e enquadramento jurídico”, o Quadro Temporário de Apoio criado pela Comissão Europeia, sublinhou.

Os avisos lançados até ao momento no âmbito do Programa Apoiar Gás cobriram os custos com o aumento excecional do preço do gás natural até dezembro de 2022, não havendo por isso qualquer descontinuação dos apoios“, acrescentou o Ministério da Economia numa nota de esclarecimento enviada às redações. Já “o apoio extraordinário às empresas com consumos de gás superiores a dez mil m3/ano, que entrou em vigor em janeiro deste ano é um “regime transitório de estabilização de preço do gás natural para consumos realizados em 2023”, “feito através de um desconto sobre o preço do gás quando este ultrapassa o valor de referência”. “Trata-se de um mecanismo automático que se aplica de forma imediata”, acrescenta a mesma nota.

O valor dos apoios pagos até agora não alcançou os 235 milhões de euros de dotação total “afeta à globalidade das modalidades” do “Apoiar Indústrias Intensivas em Gás”, em “todas as fases de candidatura”.

São várias as instituições europeias que têm apelado ao fim dos apoios aos custos energéticos. “À medida que a crise energética se vai dissipando os governos devem rever as medidas de apoio relacionadas, de forma rápida e concertada, para evitar o aumento das pressões inflacionistas a médio prazo”, disse esta quinta-feira, o vice-presidente do BCE, Luís de Guindos.

Já a Comissão Europeia, no parecer divulgado quarta-feira sobre o Programa de Estabilidade de Portugal e sobre o Programa Nacional de Reformas, exortava o país a “cessar as medidas de apoio à energia em vigor até ao final de 2023, utilizando as poupanças correspondentes para reduzir o défice público”.

Nota: Artigo atualizado com as declarações de fonte oficial do Ministério da Economia ao ECO.

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CGD vai cortar spreads a famílias que encaixem no crédito bonificado

  • ECO
  • 25 Maio 2023

O apoio será temporário, no segundo semestre do ano, consubstanciando-se na redução de 50 pontos base do juro cobrado nos créditos à habitação.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai cortar o spread pago pelas famílias que encaixem no crédito bonificado, uma medida apresentada pelo Governo para mitigar o aumento do custo de vida e que entrou recentemente em vigor, escreve o Expresso (acesso pago). O banco público vai avançar com uma redução de 50 pontos base no crédito à habitação para as famílias com dificuldades em pagar a prestação da casa e que cumpram as regras do novo decreto-lei.

“Às pessoas em condições mais frágeis, aproveitando o enquadramento definido para o crédito bonificado, iremos fazer uma revisão [do spread do empréstimo à habitação], analisando caso a caso”, afirmou o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, no CEO Banking Forum, um espaço de debate promovido pela SIC e pelo Expresso e que juntou os líderes dos principais bancos nacionais.

Segundo o banqueiro, a medida irá avançar no segundo semestre deste ano como forma de “complementar os esforços do Governo”. A bonificação destina-se a famílias com créditos à habitação até 250 mil euros, celebrados até 15 de março de 2023, e que apresentem uma taxa de esforço igual ou superior a 35% do seu rendimento anual com o valor das prestações anuais do crédito, tendo também em conta o rendimento das famílias e estando apenas disponível para famílias com rendimentos até ao sexto escalão de IRS.

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“Marcelo esperará todo o tempo necessário” pelo “apodrecimento” do Governo, diz Francisco Louçã

  • ECO
  • 25 Maio 2023

Francisco Louçã diz que António Costa "carregou sobre as responsabilidades" de Pedro Nuno Santos para abrir caminho a outros sucessores à liderança do PS. Atribui crise política à maioria absoluta.

Francisco Louçã considera que António Costa cometeu “um erro enorme” ao entrar em confronto com o Presidente da República. Isso tornou “mais provável que possa haver eleições antes de 2026”, diz na em entrevista conjunta à Renascença e ao Público. “Marcelo esperará todo o tempo necessário para que o Governo se vá desgastando. E, com franqueza, para que haja esse fenómeno de apodrecimento, de degradação”, acrescenta.

António Costa “cometeu um erro enorme ao retirar o seu ponto de apoio, ao criar um ponto de crispação que lhe torna mais difícil continuar a imperar no campo do centro, que era o espaço político onde estabeleceu o medo que lhe permitiu a maioria absoluta”, disse Louçã. “O Governo escolheu fazer um confronto com o Presidente. A aliança entre os dois poderes era o bloco central, que ocupava o centro da política portuguesa e que tinha ramificações à direita e ao centro-esquerda. O Governo decidiu romper isso. Estamos a assistir a um processo entre o extravagante e o patético”, acrescentou.

Segundo o fundador do Bloco de Esquerda, António Costa “carregou sobre as responsabilidades” de Pedro Nuno Santos para abrir caminho a outros sucessores à liderança do PS, atribui a crise política à maioria absoluta que, acredita, “destrói um partido” e considera que João Galamba se tornou “irremodelável“. Louçã acredita ainda que “a República não está a cair. Está magoada, está a sofrer, e por razões que não têm nada a ver, ou muito pouco a ver, com as atribulações de um ministro”.

 

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Ex-secretário-geral considera legítima a intervenção do SIS

  • ECO
  • 25 Maio 2023

Júlio Pereira, ex-chefe máximo do SIRP, defende direção do SIS no caso do computador do ex-adjunto de João Galamba.

Júlio Pereira, ex-chefe máximo do SIRP, defendeu a direção do SIS no caso do computador do ex-adjunto de João Galamba. Os constitucionalistas Jorge Bacelar Gouveia e Vitalino Canas, que alegam que devia ter havido “articulação” com o Sistema de Segurança Interna, discordam.

Pelo menos uma entidade comportou-se em linha com aquilo que são as suas missões, com dignidade e sentido de responsabilidade e essa entidade é o SIS”, declarou no programa de debate da RTP “É ou não é”. E explicou: “É absurdo dizer-se que o SIS não podia ter feito o que fez. O SIS fez aquilo que lhe competia fazer, não praticou nenhum ato de polícia, a entrega foi voluntária, agiu dentro da legalidade”, declarou Júlio Pereira.

Sobre o facto de as competências do SIS estarem limitadas legalmente apenas à “produção de informações”, o atual juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça afirmou que “as informações são resultado de um processo dinâmico, operacional, de pesquisa, tratamento e depois de produção de informações e sua difusão”. Rejeita a ideia que a recolha do computador tenha sido uma “apreensão” ou um “ato de polícia”, opinião partilhada pela maioria dos juristas consultados. “É falso que tenha havido qualquer apreensão”, afirmou.

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Comissário defende aumentos salariais para evitar “queda drástica” na procura na UE

  • Lusa
  • 25 Maio 2023

"Voltámos a um período de inflação mais elevada, depois de a inflação nos ter deixado por três décadas e é importante podermos manter o poder de compra dos trabalhadores", diz Nicolas Schmit.

O comissário europeu do Emprego defende aumentos salariais nos Estados-membros da União Europeia (UE) para evitar uma “queda drástica” na procura, face à elevada inflação, pedindo também aos países que adotem a legislação europeia de salários mínimos adequados.

Não diria que os salários [mínimos] podem subir até ao limite, mas, ao mesmo tempo, temos de manter o poder de compra das pessoas”, afirma o comissário europeu do Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit, em entrevista à Lusa em Bruxelas.

“Caso contrário, teremos uma queda drástica na procura e depois teremos inflação mais recessão”, acrescenta.

Nas previsões económicas de primavera, divulgadas há uma semana, a Comissão Europeia reviu novamente em alta a previsão de taxa de inflação na zona euro para 2023, sendo agora de 5,8% face aos 5,6% anteriormente previstos, admitindo que está a revelar-se “mais persistente”.

Para Portugal, o executivo comunitário melhorou a projeção da taxa de inflação em Portugal para 5,1% este ano.

Nessas previsões, a instituição salientou ainda, no capítulo sobre o país, que, “em termos médios anuais, o desemprego [em Portugal] prevê-se em 6,5% em 2023 e 6,3% em 2024 num contexto de aumento moderado do emprego e dos salários reais, compensando amplamente os trabalhadores pela perda de poder de compra em 2022”.

Depois de a taxa de desemprego da UE ter atingido um mínimo histórico de 6% em março deste ano e de os níveis de emprego estarem em valores máximos recorde, a Comissão Europeia estimou ainda que a taxa de desemprego na zona euro seja de 6,8% este ano e de 6,7% em 2024, sendo de 6,2% e de 6,1%, respetivamente, no conjunto dos 27 Estados-membros.

“Agora voltámos novamente a um período de inflação mais elevada, depois de a inflação nos ter deixado por três décadas […] e é importante podermos manter o poder de compra dos trabalhadores”, argumenta Nicolas Schmit.

Por isso, o comissário europeu da tutela mostra-se satisfeito por “em muitos países da Europa os salários mínimos terem aumentado de forma significativa”, ainda que abaixo dos níveis de inflação, que se fixou em 7% em abril deste ano.

Já falando sobre a nova lei para salários mínimos adequados em todo o bloco comunitário, com a qual a UE espera ajudar a garantir condições de trabalho e de vida dignas para os trabalhadores na Europa, Nicolas Schmit diz à Lusa que “os Estados-membros têm de a transpor para a sua legislação nacional e alguns já o fizeram ou estão prestes a fazê-lo”.

“Penso que isto está no bom caminho agora, [mas] ainda há muito a fazer porque não se trata apenas do salário mínimo, mas também da negociação coletiva”, conclui,

A diretiva estabelece procedimentos para a adequação dos salários mínimos nacionais, promove a negociação coletiva em matéria de fixação de salários e melhora o acesso efetivo à proteção salarial mínima para os trabalhadores que têm direito a um salário mínimo nos termos da legislação nacional, por exemplo, por meio de um salário mínimo nacional ou de convenções coletivas.

Os países da UE têm de a transpor para a sua lei nacional até novembro de 2024.

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Hoje nas notícias: spreads, preço das casas e apoios ao gás

  • ECO
  • 25 Maio 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A CGD vai cortar spreads a famílias que encaixem no crédito bonificado. A Comissão Europeia vê como “improvável” uma queda acentuada dos preços das casas em Portugal. O IAPMEI não vai lançar mais candidaturas ao programa de apoio ao custo do gás por causa da “forte descida do preço do gás nos últimos meses”. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

CGD vai cortar spreads a famílias que encaixem no crédito bonificado

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai cortar o spread pago pelas famílias que encaixem no crédito bonificado, uma medida apresentada pelo Governo para mitigar o aumento do custo de vida e que entrou recentemente em vigor. A medida, segundo o presidente executivo do banco público, avançará na segunda metade deste ano como forma de “complementar os esforços do Governo”.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

É “improvável” queda acentuada dos preços das casas em Portugal, diz Bruxelas

A Comissão Europeia considera que os preços da habitação em Portugal vão continuar a crescer, embora mais devagar do que nos últimos anos. Porém, é “improvável” que venham a cair de forma acentuada no futuro próximo, porque há e continuará a haver poucas casas a entrar no mercado, a par de uma “procura forte por parte de investidores estrangeiros”, refere o Executivo comunitário, num dos documentos da avaliação ao país no âmbito do Semestre Europeu 2023.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre)

Governo retira programas de apoio ao custo do gás a partir de julho

O Governo vai pôr fim ao programa do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação para apoiar a fatura energética das indústrias consumidoras de gás natural. Para o Executivo, não se justificam mais subsídios, embora o valor dos apoios pagos ainda esteja longe dos 235 milhões de euros de dotação total “afeta à globalidade das modalidades” do “Apoiar Indústrias Intensivas em Gás”, em “todas as fases de candidatura”.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Louçã prevê que Marcelo esperará desgaste do Governo

O fundador do Bloco de Esquerda (BE) Francisco Louçã acusou o primeiro-ministro de ter “rompido a aliança” com o Presidente da República ao manter o ministro das Infraestruturas no cargo para provocar eleições antecipadas ou afetar Marcelo Rebelo de Sousa, disse em entrevista à Rádio Renascença e ao Público. O ex-porta-voz do partido admite que um cenário de eleições antecipadas é agora mais “provável” e que João Galamba se tornou “irremodelável”, mas prevê que o Presidente esperará “que o Governo se vá desgastando”.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre)

“O SIS fez aquilo que lhe competia fazer”, diz ex-secretário-geral

Júlio Pereira, ex-chefe máximo do SIRP, considera que foi legítima a atuação do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação do computador do Estado que estava na posse do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba. “Comportou-se em linha com aquilo que são as suas missões, com dignidade e sentido de responsabilidade e essa entidade é o SIS”, declarou, no programa de debate da RTP “É ou não é”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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Fabricante de chips Nvidia anima Wall Street

  • ECO
  • 25 Maio 2023

Ao longo desta quinta-feira, 25 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Políticos a braços com a Justiça. Isto é tudo o que se sabe sobre a Operação “Tutti Frutti”

Em causa está uma investigação iniciada em 2016 sobre alegados favorecimentos de dirigentes políticos a militantes do PSD e do PS. Seis após o seu início, a investigação revela agora novos dados.

Seis após o seu início, a investigação da operação “Tutti Frutti” revela agora novos dados, depois da exibição da investigação da TVI, na passada terça-feira, que revela uma alegada conspiração entre dirigentes do PS e PSD para negociar lugares políticos entre juntas de freguesias e distribuição de cargos fictícios. Neste processo estão a ser investigados antigos responsáveis pela Câmara Municipal de Lisboa, como Fernando Medina e Duarte Cordeiro, atualmente ministros do Governo. Mas não há arguidos constituídos e, à data de hoje, a PGR não enviou comunicado sobre o processo, que se encontra em segredo de Justiça.

Em causa está uma investigação iniciada em 2016 e divulgada em 2018 sobre alegados favorecimentos de dirigentes políticos a militantes do PSD e do PS, envolvendo juntas de freguesia de Lisboa e várias câmaras municipais.

Neste processo a investigação está a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. Mas vamos, ponto a ponto, perceber em que consiste este processo.

O rebentar da “bolha”

Este processo só foi tornado público em 2018, com a “multiplicação de buscas” em várias juntas de freguesia de Lisboa e câmaras municipais, mas a investigação teve início anos antes. Tudo terá começado em 2016, após várias denúncias anónimas relacionadas com a contratação da empresa Ambigold, que tem como sócio-gerente Carlos Eduardo Reis, um dos principais visados desta operação, que na altura era conselheiro nacional do PSD.

Carlos Eduardo Rei controlava diversas empresas que ganharam várias adjudicações diretas de autarquias controladas pelo PSD e pelo PS. Este e outros militantes social-democratas são suspeitos de integrarem uma teia de influências que junta também as freguesias que foram alvo de buscas.

Outras das figuras deste processo é Sérgio Azevedo. O ex-deputado do PSD terá alegadamente ajudado a empresa Ambigold a conseguir os contratos públicos para a limpeza e conservação de jardins públicos de três juntas de freguesia lideradas pelo PSD – Areeiro, Estrela e Santo António. Em causa estarão contratos superiores a um milhão de euros.

Segundo noticiou o ECO na altura, a Junta do Areeiro, liderada por Fernando Braamcamp, terá estabelecido avenças de um total de 596.982 euros com militantes sociais-democratas. Já Luís Newton, que dirige a Junta de Freguesia da Estrela estabeleceu contratos de, pelo menos, 303.521 euros. E Vasco Morgado, o presidente da Junta de Santo António, fechou negócios no valor de 149.776 euros.

Em 2018, com as buscas, Fernando Medina entra em “cena” neste processo. Entre as visadas nas buscas estiveram os serviços centrais da Câmara de Lisboa, serviços de Urbanismo da autarquia, no Campo Grande, nas juntas de freguesias de Areeiro, Santo António e Estrela, e nas autarquias de Santa Maria da Feira, Golegã, Arruda dos Vinhos, Barcelos, Póvoa do Lanhoso, Loures, Faro, Cascais, Esposende, Gaia, Famalicão e Ponta Delgada.

Em causa está a alegada prática de crimes económico-financeiros decorrentes da contratação de pessoal e da adjudicação direta de serviços a empresas ligadas ou controladas por dirigentes políticos sobretudo do PSD. Isto no tempo em que Fernando Medina era presidente da Câmara de Lisboa e Duarte Cordeiro, atual ministro do Ambiente, era número dois de Medina na autarquia.

Na altura, a Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou que estavam a ser investigados alegados crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido, por suspeitas do exercício de “influências destinadas a alcançar a celebração de contratos públicos, incluindo avenças com pessoas singulares e outras posições estratégicas”.

Ao todo foram efetuadas cerca de 70 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo buscas a escritórios de advogados, autarquias, sociedades e instalações partidárias, em diversas zonas do país. “Segundo os fortes indícios recolhidos apurou-se, no essencial, que um grupo de indivíduos ligados às estruturas de partido político, desenvolveram entre si influências destinadas a alcançar a celebração de contratos públicos, incluindo avenças com pessoas singulares e outras posições estratégicas”, referiu a PGR na altura. Segundo a TVI, nesta altura a Polícia Judiciária terá apreendido a caixa de correio eletrónico de Medina e onde foram encontradas centenas de emails “com relevância criminal”.

Mais buscas e novos desenvolvimentos

Ao longo destes últimos anos por várias vezes foram efetuadas novas buscas, tendo em 2022 sido noticiado pela CNN Portugalmais 500 escutas telefónicas com relevância criminal a envolver altos dirigentes do PS e do PSD […], nomeadamente por esquemas de alegado conluio em pactos de bloco central, em que alguns dos suspeitos envolvidos são membros do atual Governo, como Fernando Medina ou Duarte Cordeiro”.

Nessa altura, a investigação tinha já detetado “situações suspeitas em 16 câmaras, 12 juntas e duas assembleias municipais” e foram-lhe apensados outros nove inquéritos, “todos por alegados crimes na Câmara de Lisboa”.

Manuel Salgado foi vereador do Urbanismo na capital entre 2007 e 2019, sob as presidências de António Costa e Fernando Medina. Em julho de 2019, anunciou a demissão do pelouro, tendo a sua saída sido efetivada em 7 de outubro do mesmo ano. Dias depois de ter abandonado o cargo, a câmara aprovou a reeleição do arquiteto como presidente do conselho de administração da empresa municipal de reabilitação urbana (SRU), da qual se demitiu em 2021, após ser constituído arguido num processo sobre a construção do Hospital CUF Tejo. Na altura, negou ilícitos e considerou que a atitude mais correta era afastar-se.

No início deste ano novas buscas foram levadas a cabo na Câmara Municipal de Lisboa pela Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária. Segundo voltou a avançar a CNN Portugal, os inspetores procuraram atas de reuniões relacionadas com processos urbanísticos apresentados pelo ex-vereador Manuel Salgado, durante a presidência de Medina.

O tema volta ao palco dos media após a investigação da TVI. Esta centra-se nos alegados troca de favores entre PS e PSD na preparação das listas para eleições autárquicas de 2017, de forma a garantir a manutenção de certas freguesias lisboetas. Entre os visados está o atual ministro das Finanças, Fernando Medina, o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e o ex-deputado do PSD, Sérvio Azevedo.

Segundo diz a TVI, a procuradora Andrea Marques diz haver indícios de atos ilícitos, incluindo em escutas telefónicas e e-mails apreendidos do computador de Medina. Já uma inspetora da Polícia Judiciária, num relatório do processo, detalhou ainda os “acordos políticos entre Sérgio Azevedo, Duarte Cordeiro e Fernando Medina para a colocação de pessoas em lugares para avenças e posições estratégicas”, em 2017.

“Em causa a distribuição de dezenas de avenças para trabalhos fictícios e negócios de milhões celebrados com empresas de amigos em ajustes diretos. Estes esquemas só eram possíveis pelo controlo de determinadas juntas de freguesia da Capital – umas do PSD, como a Estrela, Santo António ou Areeiro; e outras do PS”, refere a TVI.

Ou seja, segundo a investigação, Medina terá alegadamente feito um acordo “secreto” com o PSD, seis meses antes das autárquicas de 2017, para apresentar “candidatos merdosos” às juntas ocupadas pelo PSD. Em troca, o PS tinha uma fraca oposição nas “suas juntas”.

Apresentação das novas medidas do Governo para mitigar o aumento do custo de vida - 24MAR23

A investigação da TVI revelou ainda que o ex-deputado do PSD, Sérvio Azevedo, diz telefonicamente que ficou “a dever favores ao Medina” pelos 200 mil euros que a Câmara deu ao Rugby do Belenenses, para a construção de um campo cuja adjudicação quer entregar à empresa de um amigo, Carlos Eduardo Reis, deputado do PSD.

Outro nome que surge envolvido neste processo é o de Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica. Alegadamente, os e-mails apreendidos a Medina tinham mensagens em que Luís Filipe Vieira pede uma “cunha” para garantir a isenção de IMI para um imóvel do filho. Pedido esse que foi aceite, de acordo com a investigação da TVI.

Após esta reportagem, o atual ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, afirmou que não foi “chamado ou ouvido pelo Ministério Público” sobre uma alegada troca de favores entre o PS e o PSD em Lisboa. E garantiu que não teve “qualquer responsabilidade nem intervenção no processo relacionado com o projeto Torre de Picoas”, outro tema alegadamente investigado pelo MP.

Duarte Cordeiro

Também Medina nega qualquer tipo de ilegalidades no exercício das suas funções enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa e que não foi “notificado ou ouvido pelo Ministério Público, em qualquer condição, sobre qualquer processo”. “Não concedi qualquer tratamento de favor a qualquer pessoa, entidade ou instituição. A insinuação do contrário é falsa”, disse.

Esta quarta-feira, António Costa garantiu que mantém “toda a confiança política” no ministro das Finanças e no ministro do Ambiente e diz ter “a maior consideração pela idoneidade” destes dois governantes. “Obviamente mantenho toda a confiança política e tenho a maior consideração pela idoneidade do Dr. Fernando Medina e do Dr. Duarte Cordeiro”, afirmou durante o debate de política geral.

Carlos Eduardo Reis foi outro visado a reagir à reportagem e a negar qualquer tipo de relação com alegado esquema de corrupção. “Quero acrescentar que nunca corrompi ninguém no exercício da minha atividade profissional, e estou de consciência tranquila”, disse.

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Preço do gás natural em mínimos de 2021, mas deve subir no inverno

O aproximar do frio do inverno e possíveis alterações na atividade económica devem levar a um aumento dos preços do gás natural, afirmam os analistas.

O gás natural tocou, já esta semana, em preços aos quais não descia desde junho de 2021. E, embora no curto prazo os preços se devam manter em torno desta fasquia, dos 30 euros por megawatt-hora (MWh), o inverno deverá voltar a puxar os preços para cima, concordam os analistas consultados pelo Eco/Capital Verde.

“Com o aproximar do tempo frio e dependendo das condições climatéricas expectáveis para o outono e inverno, é previsível que ocorra um aumento dos preços”, indica Mário Martins, analista da ActivTrades. Manuel Velazquez, partner da Expense Reduction Analysts, corrobora: “O próximo obstáculo, como mostram os futuros para o último trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, é o inverno de 2023, em que podemos esperar aumentos de preços”. Da parte do Banco Carregosa, o economista sénior Paulo Rosa afirma que “a paulatina reabertura da economia chinesa poderá aumentar a procura da segunda maior economia global e elevar gradualmente os preços do gás natural acima dos atuais níveis”.

Isso significa que vamos voltar aos preços recorde? Não. “É pouco provável que voltássemos a assistir a níveis semelhantes àqueles que observamos durante a segunda metade de 2022”, afirma Henrique Tome, da XTB, com o acordo de Mário Martins.

Os preços vão depender, sobretudo, da evolução da atividade económica global, mas também reabertura da economia chinesa, defende Paulo Rosa. Se a procura europeia por gás aumentar, devido a um inverno mais frio ou a uma reativação da indústria europeia, ou se o apetite por gás natural liquefeito (GNL) aumentar, especialmente da parte da China, “é muito provável que nos deparemos com cenários de aumento dos preços”, explica a Expense Reduction Analysts.

Preços em baixo este verão

Por enquanto, ou seja, a muito curto prazo (verão de 2023) “não se preveem aumentos”, ressalva Manuel Velazquez. Henrique Tomé aponta que “os preços poderão manter-se baixos enquanto a procura não voltar a recuperar”.

A cotação do TTF caiu cerca de 90% desde os máximos em agosto de 2022.

As cotações do gás natural na Europa, nomeadamente os contratos holandesas Title Transfer Facility (TTF), que servem de referência para o Velho Continente, mostram preços que se situam no limite superior do intervalo de preços da última década, de 2010 a 2020, entre os 10 euros e 30 euros o megawatt-hora, compara Paulo Rosa, sublinhado que a cotação do TTF caiu cerca de 90% desde os máximos em agosto de 2022. A referência nos Estados Unidos, o Henry Hub (HH), também tem acompanhado esta tendência de queda, e tem descido consideravelmente desde os máximos em agosto do ano passado, uma desvalorização à volta de 75%.

Os preços atuais justificam-se, “em grande parte, pelo gradual restabelecimento das cadeias de abastecimento, por um inverno menos rigoroso na Europa e uma desaceleração da atividade económica”, resume o Banco Carregosa. É que, repara Henrique Tomé, “estamos numa fase em que a procura de gás natural não é muito alta” e “a Europa conseguiu encontrar alternativas ao fornecimento de gás natural russo”. A situação de baixa procura, juntamente com as importações de gás natural liquefeito (GNL), fez com que a Europa saísse do inverno com o armazenamento a níveis muito elevados, conclui Velazquez.

Mas, tendo em conta o exposto até agora, a probabilidade de os preços continuarem a cair é baixa. “Uma recessão nas economias avançadas, sobretudo nos EUA e nas principais economias europeias, acabaria, talvez, por penalizar as cotações do gás natural até perto do limite inferior do intervalo de preços da última década de 2010 a 2020 (entre os 10 e 30 euros)”, diz Paulo Rosa. Mas “não é de esperar uma queda significativa dos valores atuais, a menos que exista uma disrupção dos fundamentos existentes, por exemplo a resolução da guerra da Ucrânia e o levantamento das sanções impostas pelo ocidente à Rússia”, opina Mário Martins.

Stocks dão segurança

“Não estão previstas grandes surpresas nos stocks”, pelo que estes “deverão manter-se em níveis confortáveis”, indica o analista da ActiveTrades. A XTB espera que estes “permaneçam elevados” e “até acima da média dos últimos anos”. No entender de João Pontes, partner da Expense Reduction Analysts, “a tendência que observamos nas últimas semanas é a de que as reservas estão a ser preenchidas a um ritmo muito bom”.

Aliás, “ao ritmo atual, atingiríamos 90% do armazenamento no início de agosto”, completa o mesmo analista, frisando que este é um nível que normalmente só é atingido em outubro.

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5 coisas que vão marcar o dia

O índice de preços das propriedades comerciais de 2022 e o relatório com a evolução do orçamento da Segurança Social são os destaques da agenda desta sexta-feira.

O índice de preços das propriedades comerciais de 2022, o relatório com a evolução do orçamento da Segurança Social, a apresentação dos resultados da Altri, os plenários de trabalhadores da Autoeuropa e a audição do ex-responsável financeiro da TAP na comissão parlamentar de inquérito são os destaques da agenda desta quinta-feira.

Preços das propriedades comerciais

Pelas 11 horas, o Instituto Nacional de Estatística vai divulgar o índice de preços das propriedades comerciais relativo a 2022. Os dados poderão comparar a evolução dos preços de lojas e outros estabelecimentos em relação aos preços da habitação.

Evolução do orçamento da Segurança Social

Pelo meio-dia, o Conselho das Finanças Públicas vai divulgar o relatório relativo à evolução orçamental da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações em 2022. O documento permitirá verificar qual o saldo do mecanismo de previdência aos reformados e qual a disponibilidade para pagar pensões ao longo dos próximos anos.

Trabalhadores da Autoeuropa em plenário

Entre a madrugada desta quinta-feira e a tarde de sexta-feira, o sindicato Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul) vai organizar plenários por causa da ausência de respostas da Administração da empresa ao abaixo-assinado com cerca de 2000 assinaturas em julho de 2022, para exigir melhores condições de trabalho.

Ex-CFO ouvido na CPI da TAP

A partir das 14 horas, a comissão parlamentar de inquérito da TAP vai ouvir o ex-responsável financeiro João Weber Gameiro. O gestor foi administrador financeiro apenas durante três meses, tendo renunciado ao cargo em outubro de 2021, quando a Comissão Europeia mantinha em curso uma investigação aprofundada às ajudas públicas à TAP.

Altri apresenta resultados

Depois do fecho da sessão do PSI, a Altri vai apresentar os resultados relativos ao primeiro trimestre. A empresa liderada por Paulo Fernandes registou lucros de 152,1 milhões de euros em 2022, devido à subida dos preços nos mercados internacionais.

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Negócio imobiliário de 230 milhões da Parvalorem volta a cair por terra

Venda da Imofundos e do fundo Imonegócios não atraiu investidores. A Parvalorem justifica o insucesso com regras menos flexíveis do concurso público, que não admitem ofertas abaixo do preço base.

A Parvalorem voltou a falhar a venda de uma carteira de imóveis avaliada em 230 milhões de euros e da respetiva sociedade gestora, depois de não ter recebido qualquer proposta no processo de alienação lançado no final do ano passado. Recorde-se que estes ativos foram herdados do BPN, banco nacionalizado em 2008.

A entidade liderada por Sofia Torres justifica o insucesso da operação com o facto de ter promovido a venda da Imofundos e do fundo Imonegócios através de um concurso público que, “nos termos do regime legal aplicável, se revelou constituir uma limitação à flexibilidade pretendida pelos investidores, nomeadamente a inserção de condições nas propostas”.

Foi mesmo “um fator determinante” no desfecho desta operação, salienta na resposta enviada ao ECO, “na medida em que, se encontrando o preço base fixado, os investidores não conseguiriam acomodar aquilo que seria o seu entendimento sobre a valorização dos ativos, e que na sua perspetiva apontariam para um desconto significativo”.

Em cima da mesa estavam 98,63% das unidades de participação do fundo imobiliário Imonegócios, propriedade da Parvalorem, com uma carteira imobiliária no valor de 227 milhões de euros, sendo que a maioria dos imóveis (67% do valor) se encontra arrendado, correspondendo a uma yield média de 6,9%.

Também estava à venda a totalidade do capital da sociedade gestora de fundos Imofundos, propriedade da Parparticipadas. Estes ativos foram parar às duas “Par” na sequência da nacionalização do falido BPN, há 15 anos.

Futuro em aberto

Este processo já esteve no mercado há dois anos, mas foi retirado ainda numa fase prematura. Agora, após nova tentativa de venda falhada, a Parvalorem – um dos três veículos criados para gerir os ativos problemáticos do BPN – adianta que se encontra “a analisar os diferentes cenários” para estes ativos.

As “Par” encontram-se em reestruturação. A Parups já foi absorvida pela Parvalorem e a Parparticipadas deverá seguir o mesmo caminho, assim que estiver “vazia”. O Banco Efisa já está em liquidação e os ativos vão passar para a Parvalorem. Falta saber qual o futuro para a Imofundos.

A Parvalorem pode ficar a tomar conta da sociedade gestora? “É um cenário possível”, admite a entidade liderada por Sofia Torres, com a expectativa de que o arrastar do processo da Imofundos e do Imonegócios não atrase a liquidação da Parparticipadas.

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