Maior gestora de ativos do mundo prepara-se para despedir 600 trabalhadores

  • ECO
  • 7 Janeiro 2024

A Blackrock pretende utilizar o processo de reestruturação em curso para investir mais em tecnologia e na área de produtos financeiros alternativos.

A Blackrock deverá anunciar nos próximos dias o despedimento de cerca de 3% da sua força de trabalho, que representará a extinção de cerca de 600 trabalhadores, segundo informação avançada este domingo pela Fox Business.

A onda de despedimentos por parte da maior gestora de ativos do mundo liderada por Larry Fink está a ser descrita internamente como um procedimento de rotina, de acordo com uma fonte com conhecimento da situação citada pela Fox, e que deverá ser certamente abordada na sexta-feira no seguimento da apresentação dos resultados da empresa no quarto trimestre de 2023.

Apesar de nenhum executivo da empresa se ter disponibilizado para comentar, uma das razões que poderá estar na base deste processo de reestruturação da empresa, que fechou o terceiro trimestre do ano passado com mais de 9 biliões de dólares (33 vezes mais que o PIB de Portugal), é o negócio estar a entrar numa de consolidação depois de vários anos de crescimento significativo.

O consenso dos analistas que acompanha a Blackrock antevê uma queda de 2,5% dos lucros da empresa no quarto trimestre.

De acordo com fontes ligadas ao atual processo de despedimentos, a redução de custos que resultará da redução do número de trabalhadores levará a Blackrock a promover investimentos na área tecnológica da empresa e no investimento nos chamados produtos alternativos, em oposição às ações e obrigações, como é o caso do seu novo fundo cotado (ETF) de Bitcoin, que a Blackrock espera ver aprovado na quarta-feira pelo regulador do mercado dos EUA (SEC).

A confirmar-se a aprovação do ETF “spot” Bitcoin pela SEC, será a primeira vez que um produto de investimento em criptoativos que acompanha o preço diário da moeda digital mais popular do mundo será aprovado pelos reguladores para negociar num mercado regulado, como é a bolsa dos EUA.

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