Mortalidade em Portugal baixou 5,7%, mas ainda está acima dos níveis pré-pandemia

No ano passado, houve 117.809 óbitos, menos 7.083 (5,7%) do que em 2022, mas o número ainda supera as 112.343 mortes de 2019, segundo o INE.

A mortalidade em Portugal recuou 5,7% no ano passado face a 2022, mas ainda está 4,9% acima dos níveis de 2019, ano de pré-pandemia, revela esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2023, registaram-se 117.809 óbitos em Portugal, menos 7.083 (5,7%) do que em 2022 e menos 7.414 (-5,9%) do que em 2021″, sendo que o número de mortes por Covid-19 diminuiu significativamente para 2.109, quando em 2022 e 2021 houve 6.847 e 11.991 mortes por infeção do vírus. Isto significa que os óbitos por Covid-19 passaram a representar apenas 1,8% do total de mortes, um recuo face aos rácios de 5,5% em 2022 e de 9,6% em 2021.

Apesar desta melhoria, a mortalidade em 2023 ainda está 4,9% acima dos níveis de 2019. No ano passado, registaram-se mais 5.466 mortes comparativamente às 112.343 do ano de pré-pandemia, segundo o gabinete de estatísticas.

Analisando a evolução mensal, o INE indica que, em janeiro e fevereiro de 2023, a mortalidade subiu 1,6%, com mais 189 e 175 óbitos, respetivamente, relativamente aos meses homólogos.

A partir de março de 2023, e com exceção dos meses de agosto e setembro, o número de óbitos foi sempre inferior ao registado em 2022, em particular no mês de julho, em se registou uma diminuição de 18,6% relativamente ao mês homólogo”, de acordo com o relatório das estatísticas vitais.

Quanto ao último mês do ano passado, houve 11.151 mortes, ou seja, mais 1.617 (+17%) do que no mês precedente. Comparativamente com o mês homólogo, registou-se uma descida de 1.165 óbitos (-9,5%). O número de óbitos devido a Covid-19 subiu para 113 (mais 30, relativamente a novembro de 2023), representando 1% do total de óbitos. Em relação a dezembro de 2022, registou-se uma diminuição de 172 óbitos (-60,4%) por infeção do mesmo vírus.

Em relação ao saldo natural, isto é, a diferença entre mortes e nados-vivos, nos primeiros 11 meses do ano passado, houve mais 27.728 óbitos do que nascimentos. Ainda assim, registou-se “um desagravamento relativamente ao valor observado em termos homólogos, uma vez que, entre janeiro e novembro de 2022, houve mais 35.484 mortos do que bebés, de acordo com o INE.

Na evolução mensal, verificou-se uma degradação em relação ao mês precedente. Assim, em novembro do ano passado, houve mais 2.153 óbitos do que nascimentos, quando em outubro o saldo foi de -1.641. Em comparação com novembro de 2022, registou-se um desagravamento, já que, naquele mês, o saldo natural foi mais negativo (-2.899).

Em relação aos casamentos, entre janeiro e novembro, foram celebrados 34.891 matrimónios, mais 189 (+0,5%) do que no período homólogo.

Numa análise em cadeia, em novembro de 2023, registaram-se 1.770 casamentos, uma queda de 1.654 uniões, o que corresponde a um recuo de 48,3% face aos 3.424 matrimónios celebrados em outubro do ano passado. Em comparação com o período homólogo de 2022, também houve menos 200 casamentos (-10,2%) face às 1.970 cerimónias realizadas.

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