EDP Renováveis volta a propor dividendos flexíveis aos acionistas

  • ECO
  • 27 Fevereiro 2024

Os acionistas da EDPR podem receber, este ano, direitos de subscrição de novas ações em vez de dividendos em dinheiro, tal como sucedeu em 2023. A EDP, que controla a empresa, vai receber as ações.

Os acionistas da EDP Renováveis (EDPR) vão voltar a receber dividendos flexíveis este ano. A administração propõe substituir o “dividendo ordinário correspondente ao ano fiscal de 2023 pela emissão de novas ações”, indica o comunicado enviado pela empresa ao mercado. Num outro comunicado, a EDP, que controla 71,27% da empresa de energias renováveis, adiantou que vai optar por receber a sua remuneração em ações.

Já no ano passado os acionistas da EDPR tinham tido a opção de uma remuneração flexível, ou seja, em vez de receberem os dividendos em dinheiro, podem receber direitos de subscrição de novas ações.

A proposta de remuneração será agora levada a assembleia geral, com a empresa a prever que o programa arranque no prazo máximo de um ano após a deliberação da AG, sendo atribuídos aos acionistas da EDPR direitos de incorporação que serão admitidos à negociação no mercado regulamentado da Euronext Lisbon.

Os acionistas da empresa liderada por Miguel Stilwell podem optar por uma de três soluções:

  • Não vender a totalidade ou parte dos seus direitos de incorporação à EDPR ou no mercado regulamentado da Euronext Lisbon. Caso escolham esta opção, os acionistas recebem o respetivo número de novas ações já realizadas, correspondentes ao número de direitos de incorporação que detêm;
  • Vender à EDPR, a um preço fixo garantido, a totalidade ou parte dos direitos de incorporação que lhes foram inicialmente atribuídos. Neste caso, os acionistas irão receber a sua remuneração em dinheiro, em vez de novas ações;
  • Vender a totalidade ou parte dos seus direitos de incorporação no mercado regulamentado da Euronext Lisbon. A diferença nesta opção em relação à alternativa anterior é que, neste caso, os acionistas vão receber uma contrapartida em dinheiro pela venda dos direitos de incorporação equivalente ao seu preço de negociação em mercado. Estes direitos de incorporação adquiridos na bolsa não podem ser vendidos à EDPR.

“Com este programa, a EDPR pretende continuar a proporcionar uma remuneração flexível e competitiva aos seus acionistas, alinhada com o mercado e com a sua política de dividendos de um rácio de pagamento de 30-50%”, refere a empresa em comunicado enviado à CMVM.

A EDP, o maior acionista da EDPR, com mais de 71% do capital, adiantou que “à semelhança do
programa de scrip dividend lançado pela EDPR no ano passado, pretende optar por receber ações da EDPR ao abrigo desse Programa e, como tal, não vender os direitos de incorporação que lhe sejam atribuídos“, avançou em comunicado.

“Esta intenção reflete a importância estratégica que a EDPR continua a ter para a EDP e para a execução do seu plano de negócios, dando prioridade ao reinvestimento do cash-flow em crescimento rentável”, justifica a elétrica.

(Notícia atualizada às 19:20)

 

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