Pelo menos 40 mortos em ataque a concerto em Moscovo. Estado Islâmico reivindica atentado
Os media russos indicam que três homens irromperam pela sala de concertos Crocus City Hall e dispararam armas automáticas. Estado Islâmico reivindica atentado que fez pelo menos 40 vitimas mortais.
Pelo menos 40 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas na noite desta sexta-feira num ataque de homens armados numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, segundo o primeiro balanço das forças de segurança russas (FSB). O Estado Islâmico reivindicou entretanto a autoria do ataque terrorista, num breve comunicado na agência Amaq na rede Telegram.
“O número preliminar do ataque terrorista no complexo Crocus (…) é neste momento de 40 mortos e mais de cem feridos”, disse o FSB, citado por agências russas. A agência estatal russa RIA Novosti informou que pelo menos três homens irromperam pela sala de concertos e dispararam armas automáticas.
Vários outros meios de comunicação social russos relataram o tiroteio e que o local está em chamas, enquanto são retirados civis e unidades especiais da polícia acorrem ao local.
O ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, disse que a Rússia “destruirá” os líderes ucranianos caso se confirme que são responsáveis pelo atentado terrorista numa sala de concertos nos subúrbios de Moscovo, embora Kiev já se tenha demarcado do sucedido.
“Se for estabelecido que são terroristas do regime de Kiev… todos devem ser encontrados e destruídos impiedosamente como terroristas. Incluindo os líderes do Estado que cometeram tal atrocidade”, afirmou na rede Telegram Medvedev, também número dois do Conselho de Segurança Nacional e conhecido pelas suas declarações radicais.
A Presidência ucraniana e combatentes russos aliados de Kiev na guerra em curso contra as forças de Moscovo negaram qualquer envolvimento no tiroteio. A Ucrânia “não tem absolutamente nada que ver” com o tiroteio em Moscovo, declarou um conselheiro da Presidência da República ucraniana, Mikhailo Podoliak, classificando o ataque como um “ato terrorista”.
Por sua vez, a legião Liberdade da Rússia, um grupo de combatentes russos anti-Kremlin sediado na Ucrânia, negou também qualquer participação no mortífero ataque armado na sala de concertos moscovita. “Sublinhamos que a Legião não combate os civis russos”, declarou o grupo, que responsabilizou “o regime terrorista de [Vladimir] Putin”, Presidente russo.
No início de março, a embaixada dos EUA na Rússia alertou para os “relatos de que extremistas tinham planos iminentes” para atacar locais de ajuntamento, incluindo concertos, e recomendou os cidadãos norte-americanos no país para evitarem estes espaços. Em resposta, o presidente russo classificou estes avisos dos EUA como uma “provocação”, uma “chantagem” para “intimidar e desestabilizar” a sociedade russa.
Todos os eventos desportivos, culturais e outros previstos para este fim-de-semana, na capital russa, foram cancelados.
(atualizado às 21h34)
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