Petróleo supera 90 dólares pela primeira vez desde outubro
A matéria-prima continua a ser impulsiona pela escalada das tensões geopolíticas no Médio Oriente e pelas perspetivas de maior procura nas principais economias.
Os preços do petróleo superaram esta sexta-feira a barreira dos 90 dólares por barril, o que já não acontecia desde o passado mês de outubro. A matéria-prima, que se prepara para fechar a segunda semana de ganhos acumulados, continua a ser suportada pelas tensões geopolíticas na Europa e no Médio Oriente e pelas melhores perspetivas económicas, que deverão refletir-se num aumento da procura.
O barril de Brent, negociado em Londres, avança 0,55%, para 91,15 dólares por barril, ao passo que o WTI, transacionado em Nova Iorque, valoriza 0,42%, para 86,95 dólares. Ambos os contratos estão a cotar em máximos de cinco meses.
A matéria-prima acumula uma valorização superior a 4% desde o início da semana, a segunda consecutiva de ganhos, depois do terceiro maior produtor de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o Irão, ter prometido vingança contra Israel, na sequência de um ataque a uma embaixada iraniana na Síria.
Além desse ataque, Israel foi ainda responsável por outro ataque que está a merecer a condenação internacional e a intensificar as tensões geopolíticas na região. As forças israelitas mataram sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen, que seguiam em carros identificados e em coordenação com o Exército de Israel.
Do lado da oferta, a semana foi ainda marcada pela manutenção dos cortes de produção em vigor por parte dos países da OPEP e seus aliados (OPEP+) até junho, com o cartel a pedir aos países-membros que aumentem o seu grau de compromisso com os cortes, o que poderá retirar ainda mais petróleo do mercado.
A divulgação de bons indicadores na indústria, quer nos EUA, quer na China, é outro dos fatores que tem estado a impulsionar os preços do petróleo esta semana.
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