Montenegro já votou. Prometeu “minimizar” falhas informáticas no dia 9
O primeiro-ministro votou antecipadamente para as Europeias este domingo. Luís Montenegro diz que o Governo está a fazer tudo para garantir votação sem falhas informáticas no dia 9.
Luís Montenegro votou este domingo antecipadamente para as eleições europeias, na Escola Básica n.º 2 de Espinho. Primeiro-ministro deixou elogios à campanha e garantiu que Governo está a trabalhar para que votação de dia 9 decorra sem falhas informáticas.
À saída, o chefe do Governo foi confrontado com a possibilidade de existirem falhas informáticas no dia 9 de junho que impeçam o exercício do direito de voto. Pela primeira vez o acesso aos dados dos eleitores será feito informaticamente, possibilitando o voto em qualquer mesa do país, desde que se tenha o cartão de cidadão.
“Estamos há muitas semanas a tentar minimizar ou mesmo eliminar essa possibilidade. É a primeira vez que vamos ter a informatização total dos ficheiros e a necessidade de em cada mesa de voto haver um ficheiro acessível para identificar qualquer eleitor de todo o país”, disse em declarações transmitidas pela televisão. “Nós estamos a tentar minimizar essa possibilidade, fazer testes, fazer toda a preparação para que haja rede, todos os sistemas informáticos a funcionar e um controlo para que tudo corra da melhor maneira”, acrescentou, elogiando o enorme esforço que está a ser feito pela administração pública.
Olhando para a experiência dos últimos anos não me lembro de uma campanha para o Parlamento Europeu onde as questões europeias tenham sido alvo de uma apreciação das campanhas como nesta.
Luís Montenegro deixou também elogios à campanha eleitoral. “Tem havido, quer nos debates, nas entrevistas, nas intervenções dos candidatos, uma preocupação de deixarem ideias, propostas, reflexões, sobre os instrumentos que estão à disposição de todos os órgãos europeus, mas em particular do Parlamento Europeu”, afirmou.
“Olhando para a experiência dos últimos anos não me lembro de uma campanha para o Parlamento Europeu onde as questões europeias tenham sido alvo de uma apreciação das campanhas como nesta. Isso é bom”, reforçou.
Inscreveram-se para o voto antecipado nas eleições europeias 252.209 eleitores, mais 20% do que os 208.007 que o fizeram nas eleições legislativas, de acordo com o Ministério da Administração Interna. Um número ainda assim reduzido face ao universo de mais de 10,8 milhões de eleitores.
“Este instrumento é muito fácil de poder ser usado para conciliar as agendas pessoais e profissionais com a possibilidade do exercício do direito de voto. Toda a experiência que acumulei, primeiro com a inscrição e depois com o voto, permitem-me dizer que devemos desenvolver futuramente este mecanismo para poder dar a todos a possibilidade de votar“, afirmou Luís Montenegro.
As eleições para o Parlamento Europeu têm habitualmente uma abstenção muito elevada em Portugal. Na votação anterior, realizada em 2019, só foram às urnas 30,73% dos eleitores, menos que os 33,84% que foram votar cinco anos antes.
(Artigo atualizado às 11h06)
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