Ministra da Saúde admite afastar presidente do INEM, que colocou o cargo à disposição
Ana Paula Martins confirma que Luís Meira colocou o cargo à disposição e está a avaliar "a possibilidade de ter uma transformação na direção" do INEM. "É muito possível que tenhamos alterações", diz.
A ministra da Saúde considerou que “há todas as razões para o que INEM esteja no centro” das preocupações do Governo e defende que o instituto precisa de ser “refundado”. Ana Paula Martins confirmou ainda que o presidente Luís Meira colocou o cargo à disposição e assume que está a avaliar “a possibilidade de ter uma transformação na direção” do instituto. “É muito possível que tenhamos alterações nos próximos tempos”, sinalizou a governante.
“Há todas as razões para o que INEM esteja no centro das preocupações do Governo“, afirmou Ana Paula Martins, que está a ser ouvida esta terça-feira na comissão de saúde, no Parlamento, apontando que a degradação dos serviços do instituto não pode ser dissociada “das dificuldades crescentes que o SNS tem tido”. “O INEM não está dimensionado ou não estava dimensionado para dar resposta a tanto constrangimento”, admitiu.
No entanto, a ministra da Saúde considera que “os graves problemas que o INEM enfrenta” não podem ser justificados com falta de recursos humanos, indicando que só para este ano o instituto conta com uma dotação de 7,2 milhões de euros, o que “chega” para responder às necessidades “em termos de recursos humanos”, mas também para “adquirir viaturas de emergência medica” e para “manter a parceria com os bombeiros”.
Por isso, defende que é necessário avançar-se com uma estratégia “de recursos humanos”, mas também de “gestão administrativa e financeira”. “Se há algo que precisa de ser refundado é o INEM“, atirou.
A governante adiantou ainda que tem “mantido várias conversas” com o presidente do INEM, que colocou o lugar à disposição do Governo, pelo que a tutela está agora a “avaliar a possibilidade de ter uma transformação na direção” do instituto. “Essa posição não é contra ninguém. É a favor do INEM”, ressalva a ministra, lembrando que a atual administração está ao leme da instituição “há 9 anos”, pelo que acredita que neste momento “é muito importante ter pessoas” que possam “iniciar ou reiniciar uma rota”. É muito possível que tenhamos alterações nos próximos tempos”, acrescentou.
Para fazer face à atual situação, a ministra da saúde disse ainda que o Governo comprometeu-se a abrir “ um procedimento concursal para 200 postos de trabalho na carreira especial de técnicos de emergência pré-hospitalar a contratar até ao final do ano“, bem como aprovou um aumento da remuneração suplementar em até 80% da remuneração-base e deu luz verde à dedicação plena para os médicos do INEM.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h43)
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