Empresas de calçado e vestuário lideram insolvências no arranque do ano

A maioria dos processos de insolvência concentraram-se na região Norte, em especial nos distritos do Porto e Braga, revelam os dados da D&B Informa.

O número de insolvências voltou a aumentar até maio, mantendo a tendência de subida registada ao longo do último ano. As empresas de fabrico de calçado e de confeção de vestuário lideraram os processos de insolvência, estando a maior parte destas empresas localizadas no Norte do país.

Até ao final de maio, 914 empresas iniciaram um processo de insolvência, o que representa um aumento de 12%, ou 101 processos de insolvência, face ao período homólogo, mantendo assim a tendência de subida que se verificou no último ano, revela um relatório da D&B Informa.

A D&B Informa realça que esta subida é maioritariamente suportada pelo setor da indústria (+81%; mais 125 processos de insolvência), o setor com maior número de insolvências. Dentro deste setor, as insolvências concentraram-se em empresas de têxtil e moda (+163%; mais 109 processos de insolvência), nomeadamente nas atividades de fabrico de calçado (+442%; mais 53 processos de insolvência) e confeção de outro vestuário exterior em série (+113%; mais 35 processos de insolvência), localizados na região Norte, em especial nos distritos do Porto e Braga.

Além da indústria, também o setor do retalho, o segundo setor com mais insolvências, registou uma subida expressiva, de 20%, com mais 22 processos de insolvência.

No que diz respeito aos encerramentos, o mesmo relatório refere que, nos cinco primeiros meses do ano, encerraram 5.119 empresas, menos 4,4% que no período homólogo.

Ainda assim, no acumulado dos últimos 12 meses, este indicador atinge os 15.120 encerramentos, um registo 2,1% acima dos 12 meses anteriores, com mais 308 encerramentos. Para esta subida contribuíram em especial os setores dos serviços empresariais (+12%; mais 258 encerramentos), transportes (+21%; mais 144 encerramentos) e alojamento e restauração (+6,4%; mais 106 encerramentos).

Criadas menos empresas até maio

Nos primeiros cinco meses do ano, foram criadas 23.488 novas empresas em Portugal, menos 2,9% do que no período homólogo, com menos 690 constituições de empresas. A descida deve-se a uma descida no primeiro trimestre face ao ano anterior, diz a D&B Informa.

A descida na criação de empresas ocorre na maior parte dos setores, em particular nos transportes (-24%; menos 713 constituições de empresas), uma tendência que se verifica desde dezembro do ano passado, em especial no transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros.

Entre os quatro setores onde aumentou o número de constituições de empresas, destaca-se a construção, com mais 225 novas empresas do que no período homólogo (+8,4%).

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