Portugal paga menos para emitir 1.500 milhões de euros a 3 e 11 meses

O Tesouro português colocou o montante máximo indicativo fixado para esta emissão de dívida de curto prazo. Trata-se do primeiro leilão de dívida realizado após a primeira descida de juros do BCE.

Portugal regressou esta quarta-feira ao mercado de dívida para emitir 1.500 milhões de euros em títulos a três e a 11 meses, com o Tesouro português a pagar taxas de juro ligeiramente inferiores às pagas na emissão comparável, realizada em meados de abril. O instituto que gere a dívida portuguesa conseguiu colocar o máximo pretendido, na primeira emissão após a descida de juros anunciada pelo BCE, no início deste mês.

“O Banco Central Europeu iniciou o ciclo de descida de taxas, as perspetivas relativas a novos cortes continuarão a depender dos dados económicos, uma vez que a inflação apesar de estar numa tendência descendente, não está a descer à velocidade desejada, o que faz com que continuemos num regime de inversão de curva de taxas de juro, onde o curto prazo continua a pagar mais que o longo prazo”, explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, num comentário ao duplo leilão de dívida de curto prazo realizado esta manhã.

O especialista acrescenta que “a antecipação de eleições em França fez subir o prémio de risco francês, assim como de todos os países da periferia, no entanto tal não foi suficiente para que o prémio de risco de Portugal subisse para níveis que tínhamos no início do ano. Se viermos a ter uma nova descida de taxas no final do ano, é possível voltar a assistir a uma redução do prémio de risco nacional.”

O Tesouro português emitiu 850 milhões de euros na linha de títulos com uma maturidade em setembro de 2024. A taxa de juro média da operação fixou-se em 3,646%, uma taxa que compara com os 3,769% pagos na emissão de dívida a três meses realizada a 17 de abril. A procura situou-se em 1,7 vezes a oferta.

Para a linha com maturidade em setembro de 2025, o instituto que gere a dívida portuguesa colocou 650 milhões de euros. A taxa de cupão média para emitir os títulos a 11 meses foi de 3,42%, abaixo dos 3,457% pagos para emitir dívida com a mesma maturidade em abril. Para esta linha, a procura superou em 2,5 vezes o montante da oferta.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública indicou na passada sexta-feira a realização de um duplo leilão de bilhetes do tesouro (BT) com maturidades a 3 e 11 meses, com um montante indicativo global entre 1.250 e 1.500 milhões de euros, com a entidade liderada por Miguel Martín a conseguir colocar o montante máximo pretendido.

Esta é a primeira emissão de dívida realizada pela República após o Banco Central Europeu ter anunciado a primeira descida de juros em quase cinco anos, uma decisão que colocou a autoridade monetária do euro na dianteira no início de ciclo de descidas de taxas em relação à Reserva Federal dos EUA.

(Notícia atualizada)

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Primark vai abrir mais quatro lojas e criar 500 empregos em Portugal

Plano de expansão da retalhista irlandesa prevê quatro novas aberturas em Guimarães, Viseu, Covilhã e Montijo. Em Portugal, a Primark tem já em funcionamento dez lojas e emprega 1.700 pessoas.

A Primark anunciou esta quarta-feira um investimento de 40 milhões de euros na abertura de quatro novas lojas em Guimarães, Viseu, Covilhã e Montijo. Paralelamente, a retalhista está terminar a expansão da loja do Colombo (Lisboa), que ficará pronta esta semana e contará com uma área superior a seis mil metros quadrados.

Com estas aberturas, a marca de origem irlandesa estima a criação de 500 postos de trabalho. De Braga a Loulé, a Primark tem atualmente dez lojas em território nacional e emprega mais de 1.700 colaboradores de mais de 11 nacionalidades.

No ano que assinalávamos 15 anos em Portugal, estamos entusiasmados por partilhar o nosso plano de investimento e entrar em quatro novas cidades“, afirmou Nelson Ribeiro, head of sales da Primark em Portugal, durante uma apresentação à imprensa, onde falou do plano de investimento e expansão para Portugal.

Dentro da expansão global existem países que queremos colocar como prioridade. É o caso dos EUA, França, Itália, Espanha e Portugal.

Carlos Inácio

Diretor-geral da Primark para Portugal e Espanha

A loja no Montijo, com uma área de 2.460 metros quadrados, vai ser inaugurada no Alegro Montijo, até ao final de 2024. Na Covilhã, onde terá a primeira loja em Portugal num retail park, com 1.960 metros quadrados, a multinacional escolheu o City Center Covilhã. A loja de Viseu ficará no Palácio do Gelo e terá 1.630 metros quadrados. Finalmente, em Guimarães, contará com uma superfície de 1.860 metros quadrados no Espaço Guimarães. A marca prevê que este ciclo de inaugurações fique concluído nos próximos “dois a três anos”.

Nelson Ribeiro, head of sales da Primark Portugal, adianta que “o recrutamento vai começar nos próximos meses, sendo que as candidaturas para a loja do Montijo já estão abertas”.

A Primark abriu as portas da primeira loja em Portugal há 15 anos, no Centro Comercial UBBO (antigo Dolce Vita Tejo), na Amadora. Atualmente, soma dez lojas espalhadas pelo país, o que representa mais de 32.300 mil metros quadrados de espaço comercial. Portugal foi o quarto país a receber a retalhista irlandesa, que reclama a liderança de mercado em Portugal, Espanha e no Reino Unido.

A Primark foi fundada por Arthur Ryan em 1969, que faleceu em 2019, com o nome de Penneys, a única loja em Mary St, Dublin, com o objetivo de vender roupa a preços acessíveis na Irlanda. Volvidos 55 anos, a retalhista soma 445 lojas em 17 países da Europa e EUA e emprega mais de 80 mil pessoas. O objetivo da Primark é chegar às 530 lojas até ao final de 2026.

“Dentro da expansão global existem países que queremos colocar como prioridade. É o caso dos EUA, França, Itália, Espanha e Portugal“, afirma Carlos Inácio, diretor-geral da Primark para Portugal e Espanha.

É no Reino Unido que a cadeia de retalho irlandesa contabiliza o maior número de lojas (194), seguido de Espanha (63) e Irlanda (37). Portugal ocupa a nona posição da tabela de rede de lojas a nível mundial.

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“Não saí da CP para ir para a TAP”. Cristina Dias defende-se no Parlamento, comparando o seu caso com o de Alexandra Reis

A secretária de Estado da Mobilidade percebe a comparação que tem sido feita entre a sua saída e a de Alexandra Reis da TAP, mas afasta semelhanças.

“Não saí de uma empresa pública para ir para uma empresa pública. Não saí da CP para ir para a TAP, não saí da TAP para ir para a NAV e não saí da NAV para ir para a Águas de Portugal”, afirmou a secretária de Estado da Mobilidade aos deputados da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, onde está a ser ouvida a requerimento do PS sobre o processo de saída da CP para a Autoridade da Mobilidade e Transportes, em que recebeu uma indemnização de 80 mil euros.

Percebo que se esteja a fazer comparação entre a minha saída da CP e a saída de Alexandra Reis da TAP. Não vou fugir a essa comparação”, começou por afirmar Cristina Dias no Parlamento, referindo-se à saída da antiga administradora executiva da companhia aérea com uma indemnização bruta de 500 mil euros, que a Inspeção Geral de Finanças (IGF) considerou parcialmente ilegal.

Negou, no entanto, qualquer favorecimento. “Abdiquei de um emprego seguro e de uma carreira na CP de 18 anos para um mandato único e irrepetível numa entidade reguladora”, apontou. Garantiu também que o seu processo de saída e a indemnização que recebeu seguiram os trâmites normais na empresa.

“A minha saída dos quadros da CP era obrigatória por lei. Não havia figura de licença sem vencimento. Apenas um mecanismo de saída voluntária”, sublinhou. O acordo de saída “não correspondeu a negociação entre a CP e a técnica [Cristina Dias] ou entre o Governo e a técnica”, garantiu, acrescentando que seguiu “um processo análogo ao de outras centenas de trabalhadores” da empresa de comboios. “Não houve negociação, não houve regatear, o valor [da indemnização] decorre de uma tabela de Excel que existia desde 2010 e o cálculo foi automático“, disse.

A secretária de Estado da Mobilidade vincou ainda que na Autoridade da Mobilidade e dos Transportes serviu cinco governos de PS e PSD e “nunca em momento algum” a forma como saiu da CP foi “problema ou obstáculo”, questionando a motivação do PS.

A secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, intervém na audição na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa, 19 de junho de 2024.RODRIGO ANTUNES/LUSA

O “PPR informal” na CP

Os socialistas, que requereram a audição, não pouparam nas críticas. “Ilegalidade veremos se há, mas há tremenda falta de transparência e de equidade o que de si já é extremamente grave. Faz uma enorme confusão entre bilhética e ética e ética é algo que não existe neste processo”, afirmou Pedro Coimbra.

“Acha que é ético e moral um alto gestor público pedir indemnização por mudar para lugar por sua vontade, com remuneração muito superior à que tinha, paga pelos contribuintes”, questionou também Filipe Melo. “Quando o trabalhador mostra vontade em sair há rescisão unilateral, sem direito a compensação, muito menos sendo uma empresa pública”, acrescentou.

“Tenho a certeza que a CP valorizava muito o seu trabalho. No momento em que sai por opção própria não é rescisão por mútuo acordo”, afirmou também Carlos Guimarães Pinto. Para o deputado da Iniciativa Liberal “na CP havia uma espécie de PPR informal”. “Quando achavam que já não queriam estar na empresa ou estavam perto de se reformar, negociavam a saída com a administração. Toda a gente tolerava porque o contribuinte paga. Foram centenas de pessoas que beneficiaram deste PPR informal que foi tolerado por todos os partidos na altura”, criticou.

Cristina Dias saiu em 2015 da vice-presidência da CP com uma indemnização de 80 mil euros, no âmbito de um plano de saídas voluntárias da empresa. O pagamento foi aprovado pelo conselho de administração, apesar de a saída ser motivada pela ida de Cristina Dias para a administradora da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Ao contrário do que era exigido na empresa, o acordo para a saída por mútuo acordo não foi alvo de parecer, segundo afirmou aos deputados da Comissão Pedro Moreira, atual presidente executivo da CP. De acordo com o Correio da Manhã, Cristina Dias saiu da empresa a 22 de julho de 2015, mas sete dias antes o Governo já tinha comunicado ao Parlamento que seria uma das personalidades a designar para o regulador.

A secretária de Estado da Mobilidade rejeitou a necessidade de um parecer para a tramitação da sua saída. O PS insistiu que segundo as regras na CP, a saída obrigava a um parecer em como Cristina Dias podia ser dispensada sem substituição.

Segundo o Público, a atual secretária de Estado da Mobilidade foi receber na administração da AMT um salário e despesas de representação na ordem dos 13.440 euros por mês, quase o dobro dos cerca de sete mil euros que auferia como vice-presidente da CP.

Cristina Dias afirmou aos deputados que quando aceitou ir para a AMT não sabia que salária iria auferir, dado que o mesmo é fixado pela comissão de vencimentos daquela entidade.

(Artigo atualizado às 11h51)

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Centeno deixa aviso aos bancos: “Devem poupar hoje” para não voltarem aos “momentos de aflição”

"O que devem fazer com os lucros? Devem poupar para... não voltar aos momentos de aflição", disse o governador num momento em que os bancos se preparam para distribuir dividendos de 1,3 mil milhões.

O governador do Banco de Portugal avisou esta quarta-feira os bancos que devem usar os lucros para “criar almofadas”. “Devem poupar hoje para depois fazer face… para não voltarmos a viver momentos de aflição – que estão fora do cenário – que tivemos há pouco tempo”, referiu Mário Centeno no Parlamento.

No ano passado, os maiores bancos portugueses tiveram lucros de 4,4 mil milhões de euros, à boleia da subida das taxas de juro, e preparam-se para distribuir dividendos na ordem dos 1,3 mil milhões de euros aos acionistas, mais do dobro do ano anterior.

Ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP), Mário Centeno considerou que se tratam de “resultados transitórios e temporários”, avisando que “o ciclo da política monetária vai continuar a evoluir, as taxas de juro vão baixar”.

Nesse sentido, líder do supervisor bancário pediu prudência aos bancos. Lembrou mesmo que os bancos vêm de “um período muito negativo, muito difícil” na década passada.

“Se somarmos os resultados dos bancos desde a crise, a média dos resultados são 120 milhões líquidos”, revelou.

BdP tem “almofadas” para cobrir prejuízos

Mário Centeno assegurou ainda aos deputados que o Banco de Portugal dispõe de provisões suficientes para a cobertura das perdas que antecipa para este ano e para o próximo. “O banco tem almofadas que permitem responder a este desafio”, disse o governador depois de confrontado com os prejuízos operacionais de mais de mil milhões de euros que o supervisor teve no ano passado e que obrigou à mobilização de 27% das provisões para riscos gerais.

Segundo adiantou, tendo em conta os dados que se conhecem hoje, “o ciclo de resultado negativos se vai prolongar por mais dois anos”, existindo uma “expectativa que em 2026 se retorne a uma situação regular”, ou seja, que o Banco de Portugal regresse aos lucros daqui a dois anos.

Centeno falou mesmo numa “folga muito grande” de que dispõe para enfrentar os próximos tempos e frisou que atividade da instituição não está em causa e “nem depende dos resultados que gera”.

O Banco de Portugal acumulava “provisões para riscos gerais” na ordem dos 2,86 mil milhões de euros no final de 2023, após uma utilização de 1.054 milhões de euros para anular os resultados operacionais negativos do ano passado.

Centeno falou com ministro “poucos dias depois” de tomar posse

Sobre a polémica com o ministro das Finanças, que manifestou surpresa com os resultados operacionais negativos do Banco de Portugal, Mário Centeno revelou que o supervisor “sempre comunicou do ponto de vista institucional com o Ministério das Finanças todos os momentos relevantes da apresentação dos resultados”.

“Há outros contactos para além destes”, prosseguiu. “Toda esta projeção de resultados foi sendo comunicada em conversas e reuniões com o Ministério das Finanças, nomeadamente com a pessoa do ministro das Finanças”, acrescentou, para depois revelar que a primeira conversa que teve com Miranda Sarmento foi “poucos dias depois da tomada de posse” como ministro das Finanças, e a pedido do governador. “Nessa altura tivemos oportunidade de falar com a mesma naturalidade”, contou Centeno aos deputados.

(Notícia atualizada às 12h41)

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Pulsely capta 1,25 milhões de euros e está a contratar

A startup, que desenvolve uma plataforma para a monitorização das práticas DEI das empresas, pretende ainda expandir a equipa com a contratação de 11 colaboradores até ao final do próximo ano.

A Pulsely captou 1,25 milhões de euros numa ronda para acelerar a implementação da sua plataforma para medição e monitorização de práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). A startup pretende ainda expandir a equipa com a contratação de 11 colaboradores até ao final do próximo ano.

“A Pulsely já é reconhecida pelo mercado com um dos líderes em analytics de Diversidade e Inclusão, com clientes em todo o mundo”, diz Pedro do Carmo Costa, citado em comunicado. “Esta aposta da Lince Capital e Iberis Capital vai permitir acelerar o desenvolvimento da nossa ciência e tecnologia – pilares centrais da nossa diferenciação”, diz o CEO da Pulsely e cofundador da startup juntamente com Betsy Bagley e Pedro da Cunha.

Pedro Costa, cofundador e CEO da Pulsely

A ronda seed foi liderada pela Lince Capital, contando com a participação da Iberis Capital. “Os fundos serão usados ​​principalmente para acelerar a implementação da sua plataforma SaaS, consolidar a posição da Pulsely como líder na medição e monitorização de práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e, por fim, expandir a equipa com a contratação de 11 colaboradores até ao final de 2025”, informa a startup em comunicado. Hoje a startup conta com uma equipa de oito pessoas.

O World Bank, Roche, United Nations, e L’Óreal são alguns dos clientes que já usam esta plataforma.

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Filho de Marcelo recusa ser ouvido no caso das gémeas, mas admite presença em audição “em momentos futuros”. Comissão pondera apresentar queixa

  • ECO e Lusa
  • 19 Junho 2024

Em resposta enviada à AR através do advogado, Nuno Rebelo de Sousa invoca o facto de estar a ser investigado para dizer que só tenciona depor perante o MP, mas admite presença em audição no futuro.

O filho do Presidente da República recusa prestar declarações e enviar documentos à comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao caso das gémeas luso-brasileiras, noticia a CNN Portugal. Nuno Rebelo de Sousa diz que só pretende depor perante o Ministério Público (MP), invocando o facto de estar a ser investigado no âmbito do processo-crime sobre o caso. Porém, esta justificação pode não ser aceite se estiver em causa um crime de desobediência qualificada — que, de acordo com o regimento, terá de ser transmitido ao MP.

A resposta foi comunicada ao Parlamento através de Rui Patrício, advogado do filho de Marcelo. Nuno Rebelo de Sousa “não pretenderá (…) prestar qualquer depoimento na comissão parlamentar de inquérito em causa ou fornecer qualquer esclarecimento ou ponderar fornecer qualquer documento, e, aliás, não apenas perante a CPI, mas perante qualquer outra entidade que não a entidade do (…) inquérito criminal, (…) o Ministério Público”, lê-se numa carta assinada pelo advogado.

No entanto, o filho de Marcelo Rebelo de Sousa, que reside no Brasil, admite estar presente em audição parlamentar no futuro. Nuno Rebelo de Sousa “não exclui, evidentemente, poder vir a Portugal em momentos futuros e, sendo tal possível, conveniente e útil para os trabalhos dessa Comissão, estar presente em audição”, acrescenta o documento, ao qual a Lusa teve acesso.

Apesar do processo judicial em curso, a comissão parlamentar de inquérito ao alegado caso de favorecimento das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento Zolgensma no Hospital Santa Maria acabou mesmo por avançar. O presidente da Assembleia da República tinha entregado um despacho a pedir a eventual suspensão dos trabalhos até ao trânsito em julgado da correspondente sentença judicial que decorre sobre o caso e está em segredo de justiça.

Na primeira audição, realizada na segunda-feira, o ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales reiterou que a sua conduta no caso “não é sustentável de merecer qualquer tipo de censura”, garantindo que nenhum membro do governo pode ter “interferência, seja em marcações de consultas, seja na administração de medicamentos”. O ex-governante criticou ainda o relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS): “Não estou disponível para servir de bode expiatório num processo político e mediático”.

Na sexta-feira é a vez de a mãe das gémeas luso-brasileiras depor na comissão parlamentar de inquérito, por videoconferência, uma vez que é “a única cuidadora das duas filhas”, disse à Lusa o advogado Wilson Bicalho. Inicialmente, chegou a ponderar vir a Portugal, desde São Paulo, para prestar declarações, mas o presidente da comissão de inquérito, Rui Paulo Sousa, já veio confirmar que a audição seria “em princípio por videoconferência”.

Comissão pondera apresentar queixa por desobediência

A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas, no entanto, poderá avançar com uma queixa por desobediência no Ministério Público contra o filho do Presidente da República, caso se recuse a ser ouvido.

Rui Paulo Sousa, presidente da comissão, indicou que, na sexta-feira, os partidos vão votar que resposta será dada ao advogado de Nuno Rebelo de Sousa.

“Na próxima reunião de sexta-feira, antes de se iniciar as audições, a audição da mãe das gémeas, (…) vão ser votados esses pontos. Qual a resposta a dar ao advogado de Nuno Rebelo de Sousa e qual a informação que pode ser repescada ao Ministério Público”, afirmou.

Caso a comissão tenha uma resposta negativa de Nuno Rebelo de Sousa, o presidente da comissão disse que poderá ser ponderada uma queixa por desobediência.

(Notícia atualizada às 16h32 com a informação de que a comissão parlamentar pondera apresentar queixa contra Nuno Rebelo de Sousa por desobediência)

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Indico lidera ronda de 6,3 milhões da Fossa Systems para lançar nano satélites

A startup espanhola de nano satélites abriu um centro de I&D em Portugal no final do ano passado e está a iniciar a sua expansão internacional.

A Indico Capital coliderou a ronda de investimento de 6,3 milhões de euros na Fossa Systems, para aumentar a constelação de nano satélites da startup espanhola. A Fossa abriu um centro de investigação e desenvolvimento (I&D) em Portugal no final do ano passado e está a iniciar a sua expansão internacional.

“Estamos entusiasmados por reforçar a nossa oferta de IoT [Internet of Things] por satélite como um serviço comercial e consolidar a nossa tecnologia de nano satélites no centro do nosso modelo de negócio. Este investimento irá acelerar drasticamente o tempo de comercialização da Fossa e consolidar a nossa posição como o fornecedor líder de soluções de IoT por satélite”, afirma Julián Fernández, CEO e cofundador da Fossa, citado em comunicado.

A ronda série A foi coliderada pela sociedade portuguesa de capital de risco, Indico Capital, com a japonesa Nabtesco Technology Ventures, e participação da Newmind Venture e da Sabadell Venture Capital.

“Estamos entusiasmados por apoiar a Fossa através do Indico Blue Fund. A sua solução responde a uma necessidade crítica de conectividade IoT em áreas remotas, num mundo onde a monitorização e o rastreio fiáveis de ativos são muito valorizados, nomeadamente no oceano”, diz Stephan Morais, presidente da Indico Capital Partners, citado em comunicado.

A Fossa tem 17 nano satélites em órbita desde 2021 e, com este aumento de capital, pretende expandir a “sua constelação de satélites IoT focada na gestão remota de ativos para casos de uso industrial” e criar uma “rede de comunicações direta ao dispositivo de 80 satélites para os seus clientes rastrearem e monitorizarem com segurança os seus ativos remotos”.

Estima-se que o mercado global de IoT cresça 20% ao ano até 2030, atingindo, potencialmente, quatro mil milhões de dólares, segundo dados partilhados pela empresa.

A startup espanhola abriu um centro de I&D em Portugal no final do ano passado e está a iniciar a sua “expansão internacional para fornecer redes de satélites dedicadas e serviços de gestão de ativos através da sua constelação.”

“A Fossa Systems conta atualmente com pouco menos de 30 membros no total, com dois funcionários a tempo inteiro em Portugal. A Fossa tem um plano ambicioso para o nosso centro de I&D em Portugal com seis colaboradores até outubro deste ano”, adianta fonte oficial ao ECO.

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Empresas firmes no investimento em renováveis apesar da conjuntura

Direção-Geral de Energia e Geologia, a sociedade Pérez Llorca e a empresa Chint afirmam que as empresas mantêm uma aposta forte nas renováveis, apesar de condições de mercado menos favoráveis.

Numa altura em que os preços baixos da eletricidade no mercado grossista têm preocupado o setor, o investimento em energias renováveis mantém-se firme, com confiança sobretudo no médio a longo prazo.

O líder da Direção Geral da Energia e Geologia, Jerónimo Cunha, garantiu que “para já, não se verifica ainda uma redução no investimento” em projetos de energias renováveis, na sequência do novo contexto de preços mais baixos, que se tem vindo a verificar este ano. “Temos uma carteira de projetos, quer em licenciamento, quer em construção, quer já em testes, bastante grande. Eu diria que esses projetos vão ver a luz do dia. Sem dúvida”, afirmou, no painel “Energias Renováveis: desafios e oportunidades de investimento”, na Advocatus Summit.

Carlos Vaz de Almeida, sócio da Pérez-Llorca, Ana Oliveira Rocha, senior corporate counsel na Chint solar Iberia & Italy, Gonçalo Capela Godinho, managing partner da Pérez-Llorca, Jerónimo Cunha, diretor-geral da Energia e Geologia, e Ana Batalha Oliveira, editora do Capital Verde

Numa visão menos otimista, Gonçalo Capela Godinho, managing partner da Pérez-Llorca, afere que “a concretização desse tipo de metas [de renováveis, já delineadas] só é possível com um conjunto de condições positivas a funcionar. Aquilo que nós temos é exatamente o oposto“. Aponta um custo de desenvolvimento de projetos “desafiador”, atendendo às elevadas taxas de juro, inflação e disrupções na cadeia de abastecimento. “Eu considero verdadeiramente que [as empresas] estão a fazer tudo o que conseguem fazer, estão a ir para além daquilo que seria realista”, rematou.

Em representação da Chint Solar Iberia & ItalyChint, a senior counsel Ana Oliveira Rocha, acredita que os investimentos da empresa deverão ser favorecidos por uma conjuntura melhor no futuro. “Nós pretendemos não só consolidar o nosso investimento, como desenvolvê-lo ainda mais“, garante. O armazenamento é uma tecnologia na qual a Chint também está a apostar de forma a colmatar eventuais oscilações no retorno.

Confrontado com os apelos que surgem dentro do setor para que o desenho do mercado grossista seja repensado, Carlos Vaz de Almeida, sócio da Pérez-Llorca, considera esta “uma resposta demasiado simplista“, classificando o atual modelo como “a melhor solução de todas”. “É mais prudente, em vez de se estar focado exclusivamente nesse ponto, adotar um conjunto de medidas muito mais alargado”, defende.

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Ministério Público abre inquérito a divulgação de escutas envolvendo António Costa

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

Na escuta telefónica divulgada pela CNN Portugal, o ex-primeiro-ministro diz a João Galamba que a então CEO da TAP tem de ser demitida. "Se isto se torna num inferno é ela ou nós”, afirmou Costa.

O Ministério Público (MP) abriu uma investigação a fugas de informação no processo Influencer, depois de ter sido divulgada a transcrição de escutas a conversas telefónicas entre o ex-primeiro-ministro, António Costa, e o então ministro das Infraestruturas, João Galamba.

Segundo a informação divulgada por vários órgãos de informação, a investigação do MP visa as escutas divulgadas na terça-feira pela CNN Portugal, entre elas uma que apanha António Costa a ligar a João Galamba para ordenar a demissão da presidente executiva da TAP, por motivos políticos, depois da polémica indemnização de 500 mil euros à ex-administradora Alexandra Reis.

Foram ainda divulgadas fotografias que mostravam a forma como 75.800 euros em notas estavam escondidos na sala do Palácio de São Bento onde trabalhava o então chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, um dos cinco detidos no âmbito deste processo, em novembro passado.

Na terça-feira, na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, o presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, disse que não conhece nem nunca falou com António Costa, declarações feitas após a divulgação das escutas.

Contactado pela Lusa sobre as escutas relativas à TAP intercetadas no âmbito do processo Operação Influencer, João Lima Cluny, advogado de António Costa, disse apenas que “o processo em que António Costa foi ouvido está em segredo de justiça” e que o ex-primeiro-ministro “não foi confrontado com nenhum desses elementos ou factos”, não tendo mais comentários a fazer.

Em reação às escutas divulgadas, os subscritores do manifesto que pede uma reforma da Justiça e critica a atuação do Ministério Público, nomeadamente na Operação Influencer, que levou à queda do Governo de António Costa, pediram na terça-feira em comunicado “explicações do Ministério Público e da sua hierarquia, designadamente da procuradora-geral da República”, Lucília Gago.

Para os subscritores deste manifesto, a divulgação das escutas “é mais um momento, entre outros, de violação das regras básicas do Estado de Direito Democrático, com envolvimento e participação de responsáveis dos setores da justiça e da comunicação social, que deviam estar na primeira linha da sua defesa”, criticando não apenas a divulgação, mas a sua transcrição e o facto de ter sido considerado que têm “relevância criminal para um processo-crime em curso”.

A Lusa contactou Inês Arruda, advogada da ex-CEO da TAP, que não quis comentar.

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#6 O ‘Vitão’ e o ‘espalha-brasas’

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Portugal venceu, mas não convenceu muito. Com Cristiano Ronaldo e Pepe no onze titular (ambos quebraram recordes), a turma de Roberto Martínez conseguiu empurrar a Chéquia para a sua área, que se protegeu num bloco baixo com uma linha compacta de cinco homens. Desbloquear a muralha não foi nada fácil e houve várias dificuldades, com cruzamentos frustrados e tentativas de remates de meia distância. Bruno Fernandes agitou, Lukás Provod assustou com um coelho na cartola e Vitinha brilhou (melhor em campo), porém a estrelinha foi mesmo Francisco Conceição, o ‘espalha-brasas’, que arrancou os três pontos a ferro. É dele. É de Portugal.

4 cantos

Não foi Vitinha, foi Vitão

Protejam-no a todo o custo. Vitinha foi o jogador que mais tocou na bola contra a Chéquia (112 vezes), fruto do plano tático de Roberto Martínez (juntar João Cancelo no meio-campo para criar superioridade e dar também mais posse a Vitinha). Como primeiro construtor, o médio de 24 anos mal falhou um passe (95% de eficácia), procurou combinações, deu apoio e ainda ganhou todos os duelos e dribles. É de facto um jogador especial e coroou a exibição com o prémio de melhor jogador em campo.

Novidade tática de Roberto Martínez

Roberto Martínez utilizou João Cancelo como médio frente à Chéquia e entregou a lateral-esquerda a Nuno Mendes e Rafael Leão. Porquê? Segundo explicou na conferência de imprensa ao Bola na Rede após o final da partida, o objetivo era ganhar superioridade numérica no meio-campo e dar muita posse de bola ao Vitinha, com Bernardo Silva e Bruno Fernandes mais adiantados no terreno. João Cancelo jogou assim pelo meio-campo, com alguma liberdade e procurando apoiar os companheiros.

Lista de tarefas: melhorar Portugal

A Chéquia conseguiu levar perigo sem precisar de muito, através de um futebol muito direto. Cabia a Portugal maior intervenção defensiva para não arriscar uma derrota. Ainda sofreu golo (grande momento de Lukás Provod), mas o guião estava escrito com uma reviravolta. Um aspeto a trabalhar é sem dúvida o corredor direito: a dinâmica Bernardo Silva-Dalot não foi a melhor e é preciso mais pujança e criatividade nesse flanco para não concentrar também a construção quase toda no lado esquerdo como aconteceu perante a Chéquia. Foi o primeiro jogo de Portugal no Euro 2024, as emoções estavam à flor da pele e não são jogos fáceis pelo contexto, mas há capacidade para mais. Muito mais.

Recordações do Euro 2016

A última vez que Portugal foi a vencer para o intervalo num Campeonato da Europa foi em 2016, contra a Islândia (primeiro jogo). Desde então (11 jogos) que a Seleção das Quinas não voltou a conseguir o feito, o que mostra maior apetência para resolver jogos na segunda parte. Com a Chéquia, assim aconteceu. Portugal registou a terceira reviravolta em Europeus, depois do 3-2 com a Inglaterra (2000) e 2-1 com os Países Baixos (2012).

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Os estádios da LALIGA continuam a aumentar o número de adeptos, tendo atingido 11 milhões na época passada

  • Servimedia
  • 19 Junho 2024

Na época passada o número de espetadores nos estádios da LALIGA EA SPORTS aumentou 2,3%, atingindo uma taxa média de assistência de 82,2%, com um total de 11.011.987 espetadores.

Os estádios que acolheram mais espetadores ao longo da época foram o Santiago Bernabéu e o Cívitas Metropolitano, sendo também os únicos a ultrapassar a barreira do milhão, com 1.369.162 e 1.134.886 adeptos, respetivamente. O Real Betis, por seu lado, entra no top 3 deste ranking, com 972.317 adeptos nos 19 jogos em casa que disputou. Segue-se o Athletic Club, com 844.793 espetadores em San Mamés, enquanto 824.975 se deslocaram ao Mestalla para apoiar o Valencia CF.

O Barça, com a sua deslocação ao Lluis Companys, reuniu um total de 757.075 adeptos e está em sexto lugar. O sétimo classificado é o Sevilha FC, com 673 237 adeptos em todos os jogos que disputou no Sánchez Pizjuán. O oitavo clube é a Real Sociedad, com 602.489 adeptos no Anoeta em 19 jogos, e o nono clube é o UD Las Palmas, com 475.774. O top 10 é completado pelo RC Celta, onde o Abanca Balaídos recebeu 380.737 adeptos ao longo da época, apesar de estar em obras de remodelação.

No fundo da lista estão o Rayo Vallecano (242.409), o Girona FC (237.885) e o Getafe CF (217.671), que são os clubes com os estádios com menor capacidade, embora os dois primeiros tenham percentagens de assistência média elevadas, superiores a 80%.

O mesmo relatório destaca ainda que o mês de maio, em que se disputaram um total de cinco jogos, foi o mês em que mais espetadores compareceram aos estádios, com cerca de 1,5 milhões de adeptos, coincidindo com a reta final da época. setembro foi também um bom mês em termos de assistência, com 1,3 milhões de espetadores; juntamente com dezembro de 2023 e janeiro, fevereiro e março de 2024, com cerca de 1,2 milhões de adeptos nos estádios durante esses meses.

LALIGA HYPERMOTION

Esta época, a LALIGA HYPERMOTION registou também um crescimento de 3% na assistência aos estádios, segundo os dados fornecidos pela LALIGA. Nos 462 jogos do campeonato regular da segunda divisão, mais de 4,8 milhões de adeptos assistiram aos jogos das 22 equipas que compõem a categoria, com uma média de 10.494 espetadores.

A lista dos estádios com maior média de assistência é encabeçada por três clubes históricos do futebol espanhol. Neste caso, o Real Zaragoza é o primeiro, com uma média de 22.535 espetadores no La Romareda, enquanto o Estádio Frente de Palco do RCD Espanyol teve uma média de 20.105. O Real Sporting fecha o top 3 com uma média de 19.508 espetadores.

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Hoje nas notícias: IRC, transportes e freguesias

  • ECO
  • 19 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os gastos das empresas com portagens e estacionamento são tributados de forma autónoma em sede de IRC, segundo dita um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. Os serviços rodoviários e ferroviários de passageiros representaram mais de metade das queixas sobre empresas reguladas pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) em 2023. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Empresas têm de pagar IRC sobre gastos com portagens e parques

Um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA), emitido há poucas semanas, fixou o entendimento sobre as tributações autónomas a aplicar aos encargos das empresas com taxas de portagens e taxas ou preços de estacionamento, apontando que “são de qualificar como ‘relacionadas com’ as viaturas ligeiras de passageiros em causa”. Como tal, devem ser abrangidas pela tributação autónoma em sede de IRC. Após uma série de decisões judiciais contraditórias, o Fisco sai, assim, a ganhar.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Queixas dos utentes nos transportes disparam e atingem recorde em 2023

O setor dos transportes recebeu um recorde de 29.674 queixas em 2023, mais 7.074 que no ano anterior. Do total de reclamações sobre empresas reguladas pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), 11.520 foram sobre transportes rodoviários de passageiros — das quais 1.558 na Rede Nacional de Expressos e 1.444 na Carris — e 6.219 sobre transportes ferroviários de passageiros — aqui, a maior fatia de queixas vai para a CP, que só no ano passado recebeu 5.885 protestos escritos no seu livro de reclamações.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Indemnização da CP à atual secretária de Estado da Mobilidade pode ser ilegal

A indemnização de 79.087 euros que a CP – Comboios de Portugal pagou à atual secretária de Estado da Mobilidade, em julho de 2015, pode ser considerada nula se não houver um parecer favorável do conselho fiscal da transportadora ferroviária. Cristina Dias renunciou ao cargo de vice-presidente da CP e pediu a adesão ao programa de rescisões amigáveis na mesma reunião do conselho de administração. Mas no documento da empresa com o cálculo da indemnização, a atual governante continuava integrada na administração da empresa. Esta quarta-feira, Cristina Dias é ouvida no Parlamento sobre este caso.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Só nove uniões de freguesia estão prontas para a separação

Das 884 uniões de freguesia que resultaram do processo de agregação em 2013, apenas 182 (ou seja, 20% do total) pediram ao Parlamento a separação e, destas, só nove entregaram devidamente o processo: Perafita, Lavra e S. Cruz do Bispo (Matosinhos); Custoias, Leça do Balio e Guifões (Matosinhos); Gulpilhares e Valadares (Gaia); Barroselas e Carvoeiro (Viana); Belinho e Mar (Esposende); Tabuadelo e São Faustino (Guimarães); Airão Santa Maria, Airão São João Batista e Vermil (Guimarães); Peso e Vales do Rio (Covilhã); Ferreira-a-Nova e Santana (Figueira da Foz). Falta saber se a reversão subirá ao plenário da Assembleia da República quando todos os processos estiverem prontos ou faseadamente – e se virá a tempo das eleições autárquicas do próximo ano.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

BBVA processa Fisco por causa da contribuição sobre os bancos

O BBVA Portugal processou a Autoridade Tributária e Aduaneira em 2,88 milhões de euros. A ação instaurada contra o Fisco, em janeiro deste ano junto do Tribunal Tributário de Lisboa, deve-se ao facto de estar a pagar a Contribuição sobre o Setor Bancário (CSB) apesar de ter passado a sucursal do grupo espanhol em outubro de 2018. O banco suporta o processo em decisões dos tribunais judiciais favoráveis a bancos estrangeiros que atuam sob a forma de sucursal em Portugal, nomeadamente, sustentadas na violação do Direito Europeu.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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