#17 O onze de Portugal e a ‘desconhecida’ Eslovénia

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Roberto Martinez disse que agora começava um novo torneio: a fase a eliminar. Será que também vamos ver um novo Portugal: revigorado no plano ofensivo, com outras soluções e mais protegido defensivamente? Certamente a Seleção Nacional analisou bem o jogo com a Geórgia, pois a Eslovénia partilha algumas das características, como o defender em bloco baixo e a transição rápida. Ainda que Portugal tenha um plantel muito mais profundo, não vai ser um jogo tão fácil como muitos pintam. Não obstante, tudo o que não seja vitória é uma derrota. A partida terá início às 20h00 em Frankfurt e o vencedor deste jogo irá defrontar o vencedor do França x Bélgica nos quartos-de-final.

Os quatro cantos do dia

Quem é a Eslovénia?

À semelhança da Geórgia, a Eslovénia está possivelmente perante o maior jogo da sua história, sendo que é a primeira vez que marcam presença nos oitavos-de-final. Até ao momento, destacaram-se pela sua organização defensiva em 4-4-2 (confortável em bloco médio/baixo; e postura intensa/agressiva sem bola) e pelo jogo mais vertical, tendo como principal referência ofensiva Benjamin Sesko. No entanto, não são os mais fortes a lidar com a pressão (com bola) e conectar setores. Jan Oblak pode sempre ser importante e Bijol está a fazer um belo torneio. O maior erro de Portugal seria subestimar e fazer já contar para os quartos-de-final.

Uma noite para esquecer e mais um dia para aprender

Será interessante perceber os ajustes que Portugal terá feito depois do jogo com a Geórgia. A gestão de Roberto Martínez não foi a melhor, pois podia ter utilizado o jogo para solidificar dinâmicas ou ganhar alternativas, porém a sensação que fica é de ter perdido opções. O caso mais evidente é António Silva (esteve mal, mas não há necessidade nem é bom tanta negatividade, ainda para mais num jogo zero decisivo), que foi crucificado pela opinião pública e imprensa portuguesa. A uma certa altura, houve também jogadores com diferentes papéis (Francisco Conceição à esquerda) e Rúben Neves (uma espécie de segundo avançado), deixando dúvidas sobre o objetivo. Além de que, por um lado descansou Pepe, Bruno Fernandes e Rúben Dias, mas Cristiano Ronaldo foi titular, enquanto Gonçalo Ramos não entra sequer como segunda opção. Roberto Martínez tinha certamente a sua ideia e agora é aprender e trabalhar para melhorar e garantir a passagem aos quartos-de-final.

Qual será o 11 de Portugal?

Na baliza, não deve haver dúvidas: Diogo Costa. Depois de ter jogado com uma linha de três centrais, Portugal pode voltar à estrutura defensiva com quatro homens, com Nuno Mendes e João Cancelo nas laterais, Pepe e Rúben Dias no centro. Abdicando de um central, a Seleção Nacional ganha um médio e pode ser fundamental não só para travar transições (João Palhinha) como para obter maior criatividade na busca de soluções ofensivas. João Palhinha, Vitinha e Bruno Fernandes é a aposta. Por fim, a frente de ataque vai seguramente continuar com Cristiano Ronaldo a ponta-de-lança, Rafael Leão pode regressar à esquerda e Bernardo Silva ocupar o espaço direito, relacionando-se bem com João Cancelo.

Uma viagem ao “passado”

Portugal de Roberto Martínez já enfrentou a Eslovénia. Lembram-se? A partida decorreu no dia 26 de março de 2024 e foi um jogo particular, no qual Portugal perdeu por 2-0 (golos de Adam Cerin e Timi Max Elsnik). Nesse dia, a Seleção Nacional alinhou com uma estrutura de três centrais (Gonçalo Inácio, Danilo Pereira e Pepe) à frente de Diogo Costa. João Cancelo e Diogo Dalot ocuparam as laterais e Vitinha e Rúben Neves o meio-campo, atrás de João Félix, Otávio e Cristiano Ronaldo. A formação tática foi de 3-4-2-1.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

#17 O onze de Portugal e a ‘desconhecida’ Eslovénia

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião