“Não sei se teria feito a intervenção” na Efacec, diz Pedro Reis. Ministro afasta auditoria

O governante adiantou que o Executivo vai continuar a acompanhar o desenvolvimento da empresa, com vista a assegurar alguma recuperação do capital investido com intervenção na empresa.

O ministro da Economia afastou esta quarta-feira a realização de uma auditoria à intervenção na Efacec. Questionado sobre essa possibilidade, Pedro Reis disse que não tem no seu “horizonte fazer uma auditoria ao que aconteceu na Efacec”, ainda que admita que teria uma posição distinta do então Governo. O foco é garantir que o Estado recupera parte dos 300 milhões investidos na intervenção feita na empresa.

“Não tenho no meu horizonte fazer uma auditoria ao que aconteceu na Efacec. É um daqueles casos em que não sei se teria feito a intervenção”, reconheceu o ministro da Economia na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, questionado sobre essa possibilidade pelo deputado Carlos Guimarães Pinto, referindo que o anterior Governo “exerceu a suas competências”.

O governante garantiu que está “focado é no acompanhamento do desenvolvimento da empresa. Uma vez entrada o grupo mutares o nosso papel é da monitorização do processo daqui para a frente e assegurar alguma recuperação do capital investido“, acrescentando que a projeção é três a cinco anos para que haja essa recuperação.

“Será bom para todos, a começar pela empresa e trabalhadores, que esta solução que está no terreno, essa reestruturação da empresa e recuperação corra bem e estaremos atentos a garantir que o dinheiro que foi colocado – logo a começar pelo Banco Português do Fomento (35 milhões de euros), libertação de garantias” seja recuperado. “Algum não será recuperável, mas vamos acompanhando uma operação em andamento”.

O Estado acordou no final do passado mês de outubro a venda da Efacec ao fundo alemão Mutares. Através de uma operação harmónio, o capital social da empresa foi reduzido a zeros para, posteriormente, ser aumentado para 300 milhões de euros. A Mutares injetou apenas 15 milhões de euros na empresa nortenha enquanto a Parpública entrou com 209,45 milhões de euros, a que acrescem mais 75,54 milhões através da emissão de novas ações. Além disso, o Banco de Fomento comprou 35 milhões de euros em obrigações convertíveis emitidas pela Efacec.

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