BCE vai cortar juros em setembro e dezembro, acreditam mais de 80% dos economistas

Economistas esperam que Banco Central Europeu (BCE) mantenha as taxas de juro inalteradas na reunião de julho, mas acreditam numa redução na reunião de setembro e num novo corte em dezembro.

O Banco Central Europeu (BCE) irá reduzir as taxas diretoras mais duas vezes este ano, em setembro e dezembro, de acordo com mais de 80% dos economistas consultados pela Reuters. O Conselho do BCE avançou em junho com o primeiro corte das taxas em cerca de cinco anos. Após a decisão, a maioria dos membros do BCE, incluindo a presidente da instituição, Christine Lagarde, sinalizaram que não têm pressa em reduzir mais os juros.

Os 85 economistas que participaram no inquérito da Reuters entre 4 a 11 de julho preveem que o BCE irá manter as taxas inalteradas na reunião de 18 de julho, mas mais de 80%, ou 69 de 85, esperam que o BCE reduza as taxas de juro mais duas vezes este ano. Os resultados estão amplamente em linha com os do inquérito do mês passado e com os preços dos futuros das taxas de juro. Enquanto 11 esperavam apenas mais uma redução este ano, quatro previam três cortes adicionais.

Acreditamos que a inflação é mais rígida do que os modelos do BCE atualmente preveem. Isto significa que terão a tendência de cortar as taxas gradualmente, a menos que as suas previsões mudem substancialmente ou os dados realizados lancem mais dúvidas sobre as perspetivas”, disse Bas van Geffen, economista do Rabobank.

Quase dois terços dos economistas, ou 21 de 33, que responderam a uma pergunta adicional, afirmaram que é mais provável que as taxas diretoras no final de 2024 seja mais elevada do que esperam, em vez de mais baixa, enquanto 12 disseram o contrário.

Em junho, o BCE reduziu as três taxas de juro diretoras do BCE em 25 pontos base. A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito fixaram-se, assim, em 4,25%, 4,50% e 3,75%, respetivamente.

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