Definição de uso de verba para destilar vinho feita até 31 de agosto
"Vamos definir a portaria para se utilizar da melhor forma estes 15 milhões de euros", referiu José Manuel Fernandes, sobre a proposta da Comissão Europeia para a destilação de excedentes de vinho.
O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, disse esta segunda-feira que até 31 de agosto estará definida a portaria para a utilização dos 15 milhões de euros propostos pela Comissão Europeia para a destilação de excedentes de vinho.
“Ainda estamos a definir os montantes de que podemos precisar até 31 de agosto, vamos definir a portaria para se utilizar da melhor forma estes 15 milhões de euros”, referiu José Manuel Fernandes, ressalvando que esta verba proveniente de uma reserva de crises terá ainda de ser aprovada pelo Colégio de Comissários, o que deverá acontecer esta semana.
O ministro, que falava aos jornalistas à margem de uma reunião com os seus homólogos da União Europeia (UE), referiu que quer também utilizar as verbas disponíveis para a promoção internacional dos vinhos portugueses – e que têm sido cativadas pelos responsáveis pelas Finanças – como uma medida para combater os excessos no mercado.
“Estamos a definir os montantes que podemos precisar para tudo isto até 31 de agosto”, referiu, acrescentando ainda que “na reprogramação do Pepac [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum] haverá 14,2 milhões de euros para a promoção. O novo Pepac, salientou, irá ainda prever a colheita verde, para prevenir excessos no mercado, evitando a destilação de excedentes para produzir álcool industrial, prática que vai ser financiada pela UE em 15 milhões de euros e se aplica a 34 milhões de litros de vinho tinto de denominações de origem protegida (DOP) e indicações geográficas protegidas (IGP).
A destilação dos excedentes “é apenas um paliativo” para um problema que se acumulou e não uma solução. Para evitar os excedentes de produção, José Manuel Fernandes referiu que os principais países produtores, como França e Espanha, promovem o arranque de vinha e a colheita verde. O ministro apontou ainda o dedo a um “ataque ao vinho tinto e, nomeadamente, um ataque ao consumo mesmo moderado do vinho” à escala da UE, o que obriga à procura de novos mercados.
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