Greve na CP suspensa após acordo entre Governo e sindicatos

  • Lusa
  • 24 Julho 2024

A greve dos trabalhadores da CP desta quarta-feira foi suspensa, após ter sido alcançado um acordo de princípio para aumentos salariais a partir de agosto e regulamentação de carreiras.

A greve dos trabalhadores da CP, convocada por vários sindicatos para esta quarta-feira, foi suspensa depois de ter sido alcançado um acordo de princípio para aumentos salariais e regulamentação de carreiras. De acordo com o Governo, o acordo beneficia todos os trabalhadores com aumentos salariais e no subsídio de refeição.

“Nos termos do acordo, todos os índices salariais são atualizados em mais 1,5% a partir de 1 de agosto de 2024 e o valor do subsídio de refeição sobe para 9,20 euros”, segundo um comunicado da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

As estruturas sindicais que realizaram greve na segunda-feira e tinham previsto outro dia de greve para quarta-feira referiram, no comunicado conjunto, que foi assumido neste acordo “que as novas categorias profissionais resultantes da fusão de atuais categorias são de acesso voluntário e que as mesmas se mantêm e com a garantia de progressão de carreira e com as mesmas funções”.

As estruturas sindicais destacaram também que a administração da CP “aceitou implementar o acordo de 29 de maio de 2023, unificando os prémios anuais de produtividade e revisão, para igual valor do prémio da carreira de condução, com efeitos a 1 de agosto deste ano, sendo o próximo pagamento em fevereiro de 2025″.

O acordo prevê também, sem “prejuízo de aplicação do agora acordado”, que a partir da última semana de setembro sejam “retomadas as negociações”, com o objetivo de “rever as grelhas salariais”, de “concertar com as organizações sindicais as regras de transição para as novas grelhas salariais” e de “dar continuidade ao acerto nos conteúdos funcionais das carreiras/categorias em que foi identificada a necessidade da continuação da discussão”, sublinharam ainda.

“O conjunto destas organizações tem a noção que este é o acordo possível neste momento e que cria melhores condições para retomar as matérias importantes para os trabalhadores, entre as quais as tabelas salariais no sentido de as valorizar e dignificar as profissões na CP”, destacaram também na nota de imprensa.

Num comunicado, o gabinete do ministro da Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, congratulou-se com a suspensão da greve, considerando que “os acordos alcançados com os sindicatos beneficiam todos os trabalhadores da CP com aumentos salariais e no subsídio de refeição”.

Segundo o ministério das Infraestruturas, este acordo sobre a revisão do regulamento de carreiras dá “resposta a reivindicações dos trabalhadores”, permitindo suspender uma greve que “teria forte impacto negativo na circulação de comboios e na vida dos cidadãos”.

“O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, congratula-se com o entendimento alcançado e com o levantamento da greve” anunciada por 11 sindicatos, salientou o comunicado, ao adiantar que o acordo que já tinha sido alcançado, em 28 de junho, entre o Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) alargou-se agora a outras estruturas sindicais.

Os trabalhadores da CP tinham cumprido na segunda-feira um dia de greve, que estava previsto repetir-se na quarta-feira, depois de já terem estado em greve no dia 28 de junho. Os sindicatos tinham referido que consideravam inaceitável que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, pretendesse condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.

O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho, que foi suspensa, chegaram, recentemente, a acordo. A operadora chegou também a acordo com o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) quanto à revisão das carreiras, incluindo um aumento salarial de 1,5% e a subida do subsídio de refeição para 9,20 euros.

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