Barómetro CIP/ISEG mantém subida de 1,8% do PIB este ano mas perspetivas pioraram
Barómetro assinala que as perspetivas "não são mais favoráveis" do que no primeiro semestre, dadas as dificuldades de crescimento na Europa. Prevê crescimento entre 1,7% e 1,9% no 2º trimestre.
O barómetro CIP/ISEG mantém a previsão para o crescimento da economia em 2024, de 1,8%, defendendo que as perspetivas são “favoráveis, mas não mais favoráveis” do que no primeiro semestre, dadas as dificuldades de crescimento na Europa, de acordo com a informação divulga esta quinta-feira.
A previsão do barómetro mantém-se em 1,8% para a totalidade do ano, acima dos 1,5% inscritos no Orçamento do Estado e no Programa de Estabilidade, apresentado já por este Governo. A CPI o ISEG consideram que as perspetivas continuam a ser “favoráveis, mas não mais favoráveis do que na primeira metade do ano”, dadas as dificuldades de crescimento na Europa.
Na evolução setorial, as maiores preocupações centram-se na indústria transformadora, que “continua a evidenciar uma tendência decrescente em termos homólogos, acompanhando a evolução negativa da produção industrial na área do euro”, acrescenta.
Quanto ao segundo trimestre, o barómetro CIP/ISEG prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em cadeia, entre 0,3% e 0,5%, inferior aos 0,8% registados no primeiro trimestre.
“Esta evolução corresponde a um crescimento homólogo entre 1,7% e 1,9%, superior ao valor de 1,5% registado no primeiro trimestre”, baseando-se no contributo positivo da procura interna, com o consumo interno a abrandar, mas com o investimento a recuperar da queda em cadeia observada no início do ano.
Nesta área, o barómetro “destaca o comportamento do investimento em construção, veículos de transporte e mesmo maquinaria”.
“Já o contributo da procura externa líquida é mais incerto, com melhores perspetivas para o comércio internacional de bens do que para o saldo da balança turística, que dificilmente repetirá o nível dos ganhos registados no primeiro trimestre”, explica também.
Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, citado na informação, defende que a previsão de crescimento do PIB para este ano “está não apenas perfeitamente ao alcance de Portugal, como abre caminho para que o objetivo seja ultrapassado”.
“O segundo semestre será essencial para a criação de riqueza. Neste sentido, é fundamental que os decisores políticos não acrescentem mais incerteza política a um contexto global muito volátil. A aprovação do próximo Orçamento do Estado será um momento muito relevante neste percurso, já que pode oferecer a estabilidade necessária ao reforço dos investimentos internos e externos”, alerta Rafael Alves Rocha.
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