Taxa de juro dos depósitos cai pelo sexto mês consecutivo

A remuneração dos depósitos a prazo em Portugal mantém a tendência de descida iniciada no início do ano, com a taxa de juro média dos novos depósitos a fixar-se nos 2,66% em junho.

A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares em Portugal continua a sua trajetória descendente, registando uma redução pelo sexto mês consecutivo.

Segundo os dados mais recentes divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro média fixou-se em 2,66% em junho de 2024, uma descida de 6 pontos base relativamente aos 2,72% verificados em maio.

Este cenário de queda nas taxas de remuneração dos depósitos não é exclusivo de Portugal. A média da taxa de juro dos novos depósitos a prazo na Zona Euro também diminuiu, situando-se em 3,03% em junho. No entanto, Portugal mantém-se abaixo desta média, ocupando agora a sexta posição mais baixa entre os países da Zona Euro, apenas superado pela Espanha, Croácia, Chipre, Eslovénia e Grécia.

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O Banco de Portugal destaca que “a remuneração média dos novos depósitos a prazo de particulares continua a ser uma das mais baixas da Zona Euro, refletindo a política monetária atual e as condições de mercado”. Esta tendência de queda nas taxas de juro pode continuar, especialmente se o Banco Central Europeu mantiver ou reduzir ainda mais as suas taxas de referência.

A análise detalhada dos dados revela que a maioria dos novos depósitos a prazo de particulares em Portugal continua a ser de curto prazo. Especificamente, os depósitos com prazo até um ano representaram 96% do total de novos depósitos em junho, com uma taxa de juro média de 2,68%, uma diminuição de 7 pontos base relativamente ao mês anterior. Por outro lado, os depósitos a prazo superiores a dois anos registaram uma descida mais acentuada na taxa de juro média, de 1,97% para 1,59%.

Apesar da redução contínua das taxas de juro, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares manteve-se elevado, totalizando 10.061 milhões de euros em junho. Esta cifra representa uma redução de 545 milhões de euros relativamente ao mês anterior, mas ainda reflete uma tendência de reaplicação de montantes em novos depósitos a prazo, à medida que os depósitos existentes atingem a maturidade sem renovação automática.

A contínua redução das taxas de juro dos depósitos a prazo em Portugal coloca desafios para os aforradores, que veem os bancos a remunerar cada vez pior as suas poupanças. No entanto, a elevada procura por depósitos a prazo indica que, apesar das baixas remunerações, este tipo de produto financeiro continua a ser uma opção preferida para muitos portugueses que procuram segurança para as suas poupanças.

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