Turismo português abranda ritmo de crescimento no início do verão
Em junho, o setor do alojamento turístico registou aumentos de 6,7% nos hóspedes e de 4,8% nas dormidas, abaixo dos ritmos de crescimento observados no mês anterior (9,5% e 7,6%, respetivamente).
A atividade turística continuou a crescer em junho, com um total de 3 milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas, mais 6,7% e 4,8%, respetivamente, face ao mesmo mês do ano passado. No entanto, este crescimento aconteceu a um ritmo menor do que em maio, quando se registaram aumentos, na mesma ordem, de 9,5% e 7,6%, segundo a estimativa rápida divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O serviço estatístico detalha que, no sexto mês do ano, as dormidas de residentes aumentaram 3,2% em relação a junho de 2023, correspondendo a 2,2 milhões, enquanto as de não residentes cresceram 5,5%, totalizando 5,6 milhões.
Em junho, o número total de dormidas cresceu em todas as regiões do país, com os maiores aumentos a ocorrerem na Península de Setúbal (+9,1%) e na região autónoma dos Açores (+7,2%) e os mais modestos na Madeira (+3,3%) e no Algarve (+3,7%).
O cenário foi idêntico nas dormidas de não residentes, de forma mais expressiva no Alentejo (+14,6%) e nos Açores (+11,8%), aponta o INE. Contudo, ao nível do mercado interno, a Madeira e os Açores escaparam à tendência de crescimento das dormidas, apresentando descidas de 6,9% e 2,0%, na mesma ordem.
Entre os 10 principais mercados emissores em junho, que representaram mais de três quartos (77,7%) do total de dormidas de não residentes, destaca-se o Reino Unido, com um peso de 20,8%, seguido pelos EUA e a Alemanha (cada um com uma quota de 10,6%). O mercado espanhol (8,0%) surge como o quinto maior emissor de turistas para Portugal.
Ainda que tenham sido o segundo principal mercado, os Estados Unidos registaram o maior crescimento (+13,7%) na atividade turística em junho, evidenciando-se também os acréscimos significativos de turistas provenientes dos Países Baixos (+11,9%) Canadá (+11,7%).
Na globalidade dos estabelecimentos de alojamento turístico, a estada média foi de 2,56 noites, o que equivale a um decréscimo de 1,8% face a junho de 2023 (-3,1% nos residentes e -1,3% nos não residentes). As quedas mais expressivas observaram-se no Algarve (-2,9%) e na região Centro (-2,8%), enquanto os Açores e a Madeira foram as únicas regiões do país que registaram crescimentos neste indicador — de 1,4% e 4,2%, respetivamente.
Quanto à taxa líquida de ocupação-cama, verificou-se um aumento de 0,8 pontos percentuais, para 54,2%, em junho, uma subida igual à registada na taxa líquida de ocupação-quarto (64,4%).
A estimativa rápida do INE apresenta ainda dados relativos ao segundo trimestre: no período entre abril e junho, as dormidas registaram uma subida homóloga de 2,8%, impulsionadas pelo crescimento de 4,2% entre os não residentes, ao passo que nos residentes diminuíram 0,8%. Em comparação com o primeiro trimestre, o gabinete estatístico dá conta de uma desaceleração de 4,6 pontos percentuais no número total de dormidas.
Variação homóloga do número de hóspedes, dormidas e estada média em junho
(Notícia atualizada pela última vez às 12h57)
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