Processo de insolvência da Inapa já foi atribuído. Bruno Costa Pereira é o administrador do processo
Credores têm 30 dias para reclamar créditos. Cabe ao administrador da insolvência, que tem ainda em mãos o PER da Trust in News, preparar uma lista com o nome de todos os credores
Declarada insolvente pelo Tribunal de Sintra, a Inapa já tem um administrador encarregue de ficar com o processo da empresa. Bruno Costa Pereira foi nomeado administrador de insolvência da distribuidora de papel, que conta com uma dívida superior a 200 milhões de euros e tem como credores entidades como o BCP e o Novobanco. O responsável terá agora que elaborador uma lista de credores, que dispõem de 30 dias para reclamar os créditos junto do administrador.
“No Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra – Juiz 4 de Sintra, no dia 01-08-2024, ao meio dia, foi proferida sentença de declaração de insolvência do(s) devedor(es): Inapa – Investimentos, Participaçoes e Gestao”, pode ler-se no documento divulgado no portal Citius com a insolvência da entidade, que submeteu no passado dia 29 de julho o pedido de insolvência.
O despacho adianta ainda que o “prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias“, sendo que os credores devem “enviar o requerimento de reclamação de créditos ao administrador da insolvência nomeado e apresentado por transmissão eletrónica de dados”, juntamente com os documentos probatórios.
É ainda “designado o dia 27-09-2024, pelas 14:00 horas, para a realização da reunião de assembleia de credores de apreciação do relatório“, refere o mesmo documento, que atribuiu o processo a Bruno Costa Pereira, um dos mais conceituados administradores de insolvência do país. Nos últimos anos ficou com casos como o processo de insolvência da Groundforce, a Sousacamp (chamado”rei dos cogumelos”), tendo ainda em mãos o Processo Especial de Revitalização (PER) da Trust in News, a dona da Visão e da Exame.
A Inapa apresentou esta segunda-feira o seu pedido de insolvência, com a empresa a adiantar que a apresentação da Inapa Deutschland à insolvência no dia 22 de julho, após não ter encontrado uma solução para resolver uma carência de liquidez, no montante de 12 milhões de euros, “teve impactos imediatos na Inapa IPG, tendo o Conselho de Administração da Inapa IPG concluído pela consequente e iminente insolvência da Inapa IPG”.
A companhia detalha ainda que não conseguiu cumprir as suas obrigações em relação a um financiamento de 17,7 milhões de euros junto de um consórcio de bancos alemães, citando ainda créditos no valor de 34,7 milhões contraídos junto do BCP. “A declaração de insolvência da sociedade Inapa Deutschland Holding implicava o vencimento antecipado dos referidos financiamentos contraídos pela Inapa IPG junto do Millennium BCP, não tendo a Inapa IPG capacidade para liquidar tal dívida“.
Estes são apenas alguns dos credores da Inapa, que tem ainda créditos junto do Novobanco ou da CGD. O Estado, através da Parpública, é o maior acionista da Inapa com uma participação de cerca de 45%, sendo ainda acionistas a Nova Expressão (10,85%) e o Novobanco (6,55%). Já os pequenos investidores controlam mais de 37,7% do capital.
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