Fundo soberano da Noruega dispara 8,6% à boleia das tecnológicas

O desempenho do fundo foi fortemente influenciado pelas subidas da Nvidia, Microsoft, Alphabet, Amazon, Meta e Apple, que geraram um terço dos 130 mil milhões de euros de ganhos alcançados até junho.

O Fundo Soberano da Noruega, formalmente conhecido como Fundo de Pensões do Governo Global (GPFG), alcançou uma rendibilidade de 8,6% no primeiro semestre deste ano, segundo o relatório e contas publicado esta quarta-feira.

Este resultado traduz-se num aumento de quase 130 mil milhões de euros no valor de mercado somente nos primeiros seis meses do ano, que no final de junho totalizava mais de 1,5 biliões de euros de ativos sob gestão, quase seis vezes mais que o PIB de Portugal.

O principal motor do desempenho alcançado por este gigantesco fundo soberano entre janeiro e junho foi o seu portefólio de ações, que pesa mais de 70% da sua carteira e que agrega cerca de 9 mil cotadas de 72 países, que alcançou ganhos de 12%.

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Entre os títulos que mais brilharam estiveram as ações de setor tecnológico, que geraram ganhos de 27,9% na carteira do fundo. “As ações tecnológicas lideraram o nosso desempenho, refletindo a crescente importância da inovação no mercado global”, lê-se no relatório.

Destaque para os títulos da Nvidia, Microsoft, Alphabet, Amazon.com, Meta e Apple, empresas em que o fundo tem participações acima de 1%, e que segundo contas do ECO, foram responsáveis por um terço dos ganhos totais do fundo soberano norueguês alcançados no primeiro semestre.

A penalizar o desempenho do GPFG nos primeiros seis meses do ano esteve o portefólio de dívida pública, que pesa cerca de 25% da carteira, que entre janeiro e junho registou perdas de 0,6%, devido a um ambiente de taxas de juro mais elevadas do que o esperado, especialmente nos EUA.

Em Portugal, o fundo soberano da Noruega mantém um investimento superior a 1,3 mil milhões de euros, que estão aplicados em 12 empresas cotadas, com particular destaque para a participação de 5,06% na EDP, que agrega cerca de 56% do investimento do fundo soberano no mercado nacional.

O fundo soberano da Noruega tem como missão “salvaguardar e construir riqueza financeira para as gerações futuras”, através da gestão das receitas excedentes provenientes da exploração de petróleo e gás natural do país.

Além disso, no primeiro semestre, o fundo gerido Norges Bank Investment Management (NBIM), uma divisão do Banco Central da Noruega que opera de forma independente, investiu 307 milhões de euros na aquisição de uma participação de 49% num portefólio de ativos de energias renováveis em Portugal e Espanha, pertencente à Iberdrola. “Expande a nossa presença em Espanha e é também o nosso primeiro passo em Portugal”, referiu Nicolai Tangen, CEO da Norges Bank Investment Management, por ocasião do anúncio deste investimento, a 17 de janeiro, notando ainda a intenção de “adicionar mais projetos atraentes de infraestrutura renovável no futuro”.

Criado em 1990, o GPFG é atualmente um dos maiores fundos de investimento do mundo, registando ao longo dos últimos dez anos uma rendibilidade média anual de 7,07%.

O fundo soberano da Noruega tem como missão “salvaguardar e construir riqueza financeira para as gerações futuras”, através da gestão das receitas excedentes provenientes da exploração de petróleo e gás natural do país por via do investimento em ações cotadas de empresas estrangeiras, obrigações, imóveis e infraestruturas não cotados em moeda estrangeira.

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