BRANDS' ECO Comunidade surda sente concerto do NOS Alive com o ‘Colete das Emoções’

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  • 21 Agosto 2024

O primeiro concerto 5G para pessoas surdas em Portugal decorreu no NOS Alive 2024. A solução tecnológica desenvolvida pela NOS é mais um passo para a inclusão.

Oito pessoas Surdas assistiram ao concerto de Dua Lipa, no NOS Alive, e participaram numa experiência multissensorial, pautada pela inovação, que proporcionou um momento de inclusão, visibilidade e representatividade da comunidade surda no festival de música.

Tudo começou com o ‘Colete das Emoções’, um equipamento que os participantes usaram durante a atuação e que, graças a uma tecnologia háptica, vibra ao som da música. “Música é, acima de tudo, ritmo e o ritmo é o que estes coletes transmitem às pessoas”, explicou Margarida Nápoles, diretora de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da NOS, que assinalou o papel essencial do 5G neste processo. A baixa latência garante a captação do som em tempo real, bem como a instantaneidade na transmissão das vibrações, mas a grande vantagem face a outras experiências semelhantes é a liberdade de movimentos.

Comunidade surda sente concerto do NOS Alive com o ‘Colete das Emoções’
Graças a uma tecnologia háptica, o ‘Colete das Emoções’ vibra ao som da música.

“Em eventos onde a língua gestual portuguesa existe, tipicamente os intérpretes estão circunscritos a uma área e as pessoas têm de estar nessa área a olhar para o intérprete. Este projeto vai dar total liberdade e a pessoa surda pode estar em qualquer ponto do recinto”, detalhou a responsável.

Além do colete que transmite o ritmo musical, a NOS Inovação desenvolveu uma aplicação móvel que permitiu às pessoas surdas ou com limitações auditivas acederem à interpretação em língua gestual portuguesa feita em tempo real durante o concerto de Dua Lipa.

“É interessante que o festival possa oferecer várias hipóteses de podermos participar, da forma que nos é possível e que é mais confortável. É muito importante podermos estar à vontade [no recinto], porque muitas vezes estamos fechados num sítio e isso não é inclusão. O que é mais interessante é podermos estar no festival a participar com as outras pessoas”, considerou Sebastião Palha, um dos participantes do grupo de pessoas surdas que integraram o projeto desenvolvido pela NOS com a Access Lab, assumidamente entusiasmado por ter participado no projeto-piloto.

Um dos grandes objetivos também é “ter feedback de diversos tipos de pessoas para perceber como é que as diferentes partes da comunidade reagem a estas ferramentas diversas”, afirmou Pedro Berga, gestor de projeto da Access Lab. Mais tarde, iniciativas deste tipo podem ser replicadas noutros eventos nacionais.

Tecnologia mediu reação do público

Se a música e os grandes espetáculos caracterizam o festival, no Passeio Marítimo de Algés a tecnologia foi um dos cabeças de cartaz – de forma discreta, mas muito presente. Para lá da experiência levada a cabo com a comunidade surda, a NOS desenvolveu o “entusiasmómetro”, uma solução 5G de analítica de som, baseada em inteligência artificial, que permitiu medir as reações do público a cada atuação. A ideia passou por avaliar, em tempo real e de forma automatizada, a resposta sonora da audiência para identificar os momentos de maior êxtase no palco principal com base na intensidade das palmas, assobios ou gritos.

O concerto dos Pearl Jam foi aquele que reuniu, globalmente, o maior número de aplausos e muitos assobios ao longo da atuação. Logo de seguida, Benjamin Clementine e The Smashing Pumpkins fecharam o pódio do “entusiasmómetro”.

Arlo Parks foi a artista que mais fãs conseguiu colocar a cantar as suas músicas em sintonia, feito replicado por Dua Lipa e os The Breeders. Ao nível dos assobios, Dua Lipa e Nothing but Thieves destacaram-se, bem como os Arcade Fire que conseguiram a liderança na intensidade dos gritos de alegria do público.

Infraestrutura de uma cidade média

São apenas 11 hectares que albergam o NOS Alive 2024, no Passeio Marítimo de Algés, em Lisboa, mas a infraestrutura de telecomunicações que ali foi instalada é “semelhante à de uma cidade média como Leiria”, exemplificou Judite Reis. A diretora de Engenharia de Redes Móveis da NOS detalhou que mais de 1200 quilómetros de fibra ótica foram instalados no recinto, para suportar todas as operações do festival.

E, claro, também a rede móvel foi muito reforçada. “Não há festival sem telemóvel, sem vídeos, sem necessidade de upload. Instalámos mais de 100 células para dar cobertura 4G e 5G”, explicou. A par das células móveis, a operadora de telecomunicações instalou no local uma Antena Lente, com cerca de 300 quilos e 22 metros de altura. É “única no país” e o mesmo tipo de tecnologia utilizada em grandes eventos internacionais, como o Super Bowl.

Além destes equipamentos, os cerca de 100 especialistas da empresa de telecomunicações monitorizaram, em tempo real, a utilização da rede para assegurar que nada falhava durante os três dias de festival. “Há pessoas da nossa equipa que a trabalhar desde maio para garantir que tudo corria bem”, apontou Judite Reis.

Recorde-se que a edição deste ano do NOS Alive esgotou a lotação diária e contou com cerca de 115 mil pessoas na audiência ao longo dos três dias. O festival tem regresso confirmado para os dias 10, 11 e 12 de julho de 2025. “Esperamos conseguir fazer jus a ‘o melhor cartaz sempre’“, afirmou o promotor Álvaro Covões, da Everything is New.

 

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