Aviões pedidos por Portugal à UE chegam hoje à Madeira. Comissão “preparada” para enviar mais meios

Além das duas aeronaves que chegarão hoje à Madeira, a Comissão Europeia disponibilizou o sistema de satélite da Copernicus para ajudar a monitorizar a evolução do incêndio.

Os dois aviões Canadair de combate a incêndios pedidos pelo Governo português à União Europeia (UE), no âmbito da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegam esta quinta-feira à Madeira. A confirmação foi dada esta manhã pela Comissão Europeia, em comunicado, que anunciou também que o sistema de emergência por satélite Copernicus foi igualmente ativado para ajudar as autoridades locais a monitorizar a evolução do incêndio.

Numa conferência de imprensa esta manhã, em Bruxelas, um porta-voz garantiu que o executivo comunitário está a “acompanhar de perto” a situação da Madeira e assegurou que a Comissão Europeia “está preparada para disponibilizar mais recursos”, se necessário, para combater o incêndio que lavra há nove dias na Madeira.

“Em resposta ao pedido de assistência de Portugal para combater os fortes incêndios florestais na Madeira desde ontem [quarta-feira] à noite, estamos a coordenar o envio de dois aviões de combate a incêndios da reserva estratégica da UE em Espanha”, anunciou o comissário europeu Janez Lenarcic, numa publicação na rede social X (antigo Twitter). “Os aviões chegarão à Madeira hoje”, adiantou o responsável.

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou uma mensagem de apoio às autoridades na Madeira que estão no terreno a combater o incêndio. Na rede social X, a líder do executivo frisou que “a UE apoia Portugal na luta contra um incêndio florestal na Madeira“.

A informação surge um dia depois de o Governo ter anunciado que iria ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, no âmbito do qual existe uma reserva estratégica de meios, para que possam ser enviados dois aviões de combate a fogos Canadair para ajudar no combate ao incêndio na Madeira.

O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.

Notícia atualizada às 14h12 com a publicação de Ursula von der Leyen na rede social X

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