Bloq.it conta superar 150 trabalhadores ainda este ano. Tem abertas 50 vagas

Tecnológica Bloq.it tem 50 vagas abertas para perfis júnior, intermédios e até sénior. O objetivo? Ultrapassar os 150 trabalhadores até ao fim do ano. Em 2025, a meta será chegar aos 200 empregados.

Desde o início do ano, a tecnológica portuguesa Bloq.it já mais do que duplicou o número de trabalhadores que tem ao seu serviço, contando agora com mais de 100 empregados. E está a planear superar a fasquia dos 150 profissionais até ao final de 2024, avança Solange Alvito, em conversa com o ECO. A head of talent explica que o regime flexível, as oportunidades de progressão, as lideranças experientes e o salário acima do mercado têm facilitado o recrutamento.

Solange Alvito é head of talent da Bloq.it

“No início de 2024, éramos cerca de 50 pessoas. Neste momento, já somos cerca de 120, entre Portugal, França, Itália e nómadas digitais“, avança a responsável de recursos humanos desta empresa portuguesa que desenvolve tecnologia para cacifos inteligentes.

Neste momento, a Bloq.it tem abertas cerca de 50 vagas de emprego, das quais, pelo menos, seis em Lisboa. O objetivo é, portanto, ultrapassar a barreira dos 150 empregados ainda este ano, sendo que Solange Alvito garante que há uma série de fatores que têm facilitado o recrutamento, numa altura em que tantas empresas se têm queixado da escassez de talento e de dificuldades nas contratações.

“Temos conseguido fechar bastantes vagas ao longo deste ano, acima de tudo porque há alguns fatores que nos distinguem. Um deles tem que ver com a própria equipa que faz o recrutamento. A equipa de recrutadores é composta por pessoas que estão habituadas a recrutar há muitos anos. Isso facilita imenso, nomeadamente, a encontrar o perfil certo“, salienta a head of talent.

Por outro lado, os processos de recrutamento desta tecnológica contam, regra geral, com a participação também dos líderes que vão estar próximos dos potenciais trabalhadores, o que é uma mais-valia, defende Solange Alvito. “Grande parte dos nossos líderes são pessoas altamente experientes. Aportamos muito conhecimento técnico e isso faz com que quem está a fazer o processo de entrevista se sinta confiante ao dar este passo“, detalha a responsável.

Há também a destacar, afirma a head of talent, o salário acima da média do mercado, a possibilidade de criar um impacto no negócio — o que é mais raro numa empresa já “altamente estruturada”, em contraste com o momento de expansão da Bloq.it — e o próprio regime de trabalho, que se caracteriza pela sua flexibilidade em termos de horários e de local de trabalho.

“Trabalhamos onde quisemos, mas temos um modelo híbrido, no sentido em que há alguns momentos em que gostamos de ter as pessoas no escritório. Por exemplo, na partilha dos resultados e do que as equipas estão a fazer”, explica a head of talent.

E acrescenta: “Somos uma empresa jovem. Temos muitos pais e mães de primeira viagem. Por isso, temos um horário flexível para ajudar ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional”.

A propósito, Solange Alvito avança que a equipa de liderança é composta por pessoas com 35 anos a 47 anos, com dez ou 15 anos de experiência. Já as demais posições são ocupadas por profissionais, regra geral, mais jovens.

Vagas tanto para funções sénior como júnior

Bloq.it já tem empregados em França e Itália, além de Portugal.

Na meia centena de vagas que estão, neste momento, abertas na Bloq.it, há posições de entrada, mas também cargos intermédios e até funções sénior.

A responsável pelo talento pormenoriza, em conversa com o ECO: “temos funções de alto nível — por exemplo, temos vaga para um VP de engenharia de software e outra para um VP de engenharia de hardware –, mas também funções mais intermédias ou júnior. Aí temos desde funções em front-end, back-end ou cibersegurança”.

Solange Alvito esclarece que é “mais difícil” recrutar para os cargos de liderança, já que tendencialmente não são os profissionais que se candidatam. Ao invés, são os recrutadores que entram em contacto com os profissionais. “Acaba por fazer com que os processos sejam mais demorados e que seja mais difícil encontrar o perfil certo que procuramos”, argumenta a responsável.

Já nos perfis intermédios ou júnior, a quantidade de candidaturas é o principal desafio, aponta a mesma. “Na semana passada, abri uma vaga para a minha equipa na sexta-feira, e na segunda-feira já tinha 100 candidaturas. Era para um perfil intermédio. Isto não acontece nas lideranças”, avança a head of talent.

Portugal tem muitas pessoas talentosas. Tendencialmente, procuramos em Portugal. Mas há certas funções em que é preciso procurar localmente.

Solange Alvito

Head of talent da Bloq.it

Solange Alvito acrescenta que, neste momento, o grande foco é recrutar para a área tecnológica, mas há oportunidades de emprego em todos os departamentos, para acompanhar o crescimento do negócio (em 2023, esta empresa viu as suas receitas crescerem 500% e conseguiu mais de 17 milhões de euros em vendas).

“Portugal tem muitas pessoas talentosas. Temos pessoas com muito boas capacidades técnicas, mas também de soft skills. Tendencialmente, procuramos em Portugal. Mas há certas funções em que é preciso procurar localmente, para satisfazer as necessidades locais dos nossos clientes”, nota ainda a mesma responsável.

Prémio para quem indicar candidatos

Além dos fatores já referidos que têm sido críticos na atração de talento, há também um programa interno que está a facilitar o recrutamento: o sistema de referenciação.

“É um sistema muito forte. Cada vez que um colaborador referencia e tem sucesso na referenciação fazemos a atribuição de um valor, que é muito atrativo. Tem sido uma forma de fechar muitas vagas, incluindo lideranças”, declara Solange Alvito, que sublinha que, ao abrigo deste programa, o candidato “já chega a saber que empresa é, qual o produto e como funciona“.

Questionada, a head of talent não revela, contudo, o valor do prémio atribuído ao trabalhador que referencia o novo empregado, justificando-o com a revisão em curso do montante. Indica, porém, que se trata de um valor fixo, que é pago em duas tranches: no momento da entrada do novo trabalhar e após seis meses.

Além deste sistema, a Bloq.it tem apostado na ligação à academia para preencher as suas vagas, nomeadamente através de feiras de emprego. “Tudo o que seja uma oportunidade pata dar a conhecer o nosso produto. Temos também algumas pessoas da liderança, para que os jovens possam saber com quem vão trabalhar”, salienta a responsável.

“Já estamos a fazer a nossa listagem dos eventos em que queremos participar. Faz parte das nossas estratégias”, garante a mesma.

Além de atrair, é preciso reter talento

Bloq.it já tem parcerias com empresas de topo da área da logística, como como a DHL eCommerce e a Vinted Go.

Num mercado marcado por uma “guerra pelo talento”, não importa só atrair profissionais. Também há que os reter. E a Bloq.it está a conseguir fazê-lo, garante Solange Alvito.

“Confesso que temos números baixos de rotatividade. É algo que me surpreendeu, quando entrei. Normalmente, nas startups há muita rotatividade, principalmente nos perfis mais jovens. Neste caso, a rotatividade é muito baixa. No trimestre passado, tivemos duas pessoas que saíram“, adianta a head of talent.

E o que explica esse sucesso? Primeiro, as lideranças experientes. Depois, as oportunidades de progressão não só verticais, mas também horizontais, identifica a responsável.

Há também a realçar, diz, o regime flexível de trabalho, o salário, a possibilidade de “deixar uma pegada” e ainda a formação. “Tentamos estabelecer processos de formação que sejam especializados por área, mas também que sejam transversais a qualquer área, como as soft skills e as funções de liderança”, detalha Solange Alvito.

Este crescimento traz algumas dores e é algo em que estamos a trabalhar, para que não se vá perdendo a identidade e a cultura.

Solange Alvito

Head of talent da Bloq.it

Já de olhos em 2025, a head of talent arrisca prever que esta tecnológica portuguesa ultrapassará os 200 trabalhadores.

“O nosso objetivo não é crescer a equipa só por crescer. É ter a equipa a crescer de forma sustentável e preparada para o futuro. Este crescimento traz algumas dores e é algo em que estamos a trabalhar, para que não se vá perdendo a identidade e a cultura. Por isso é que fazemos um encontro todos os meses. Estamos todos no mesmo barco e sabemos para onde vamos, embora as responsabilidades sejam diferentes“, remata a responsável.

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