Cursos de Engenharia Aeroespacial e Matemática Aplicada têm as médias mais altas. Veja a lista

Nota do último aluno colocado nestes cursos ronda os 19 valores. Inteligência Artificial, Engenharia e Gestão Industrial seguem-se no ranking, segundo os resultados da primeira fase do concurso.

Engenharia Aeroespacial e Matemática Aplicada à Economia e Gestão são os cursos com as médias mais elevadas, a rondar os 19 valores. A primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior público mostra que o último aluno da licenciatura de Engenharia Aeroespacial da Faculdade de Engenheira da Universidade do Porto entrou com 19,45 valores. Na Universidade do Minho, para o mesmo curso, a média do último estudante colocado foi de 19,14 valores, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

A completar o pódio, surge a licenciatura de Matemática Aplicada à Economia e Gestão do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa com média de 18,9 valores. No ranking, seguem-se o curso em Inteligência Artificial e Ciência de Dados da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com 18,75, e novamente a licenciatura de Engenharia Aeroespacial, mas agora do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, com 18,73 valores.

Em sexto lugar, posiciona-se o curso de Engenharia e Gestão Industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, cujo último aluno entrou com média de 18,63 valores, e em sétimo, está a licenciatura de Arquitetura da Universidade do Porto, com 18,60 valores.

Medicina continua entre os 10 cursos com médias mais elevadas. A licenciatura do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto está em 8.º lugar e é a que apresenta a nota do último colocado mais alta entre os curso de Medicina: 18,55 valores. Segue-se o curso da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com 18,48, e o da Universidade do Minho, com 18,38.

O último colocado em Medicina na Universidade de Aveiro tinha uma média de 18,20, o da Faculdade de Coimbra apresentou uma nota de 18,02 e o da Universidade Nova de Lisboa de 17,93. Surge depois a licenciatura da Universidade de Lisboa com a média do último aluno colocado a chegar aos 17,77 valores. A nota mais baixa, de 17,70 valores, foi registada na Universidade da Beira Interior com a nota a fixar-se nos 17,70.

Número de estudantes colocados em medicina bate recorde

O número de estudantes que ingressaram em cursos de medicina, na primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior público, bateu todos os recordes. “Foram colocados 1.661 estudantes, o que representa o maior número de sempre, registando-se mais 66 colocados face ao ano passado”, adianta fonte oficial do Ministério da Educação, Ciência e Inovação.

O aumento de alunos colocados em medicina nos cursos das universidades públicas resultou sobretudo do “acréscimo de vagas sobrantes dos concursos especiais de ingresso em medicina para licenciados”, justifica o gabinete do ministro Fernando Alexandre.

De lembrar que o Governo quer aumentar o número de vagas em medicina para compensar as aposentações do médicos e criar de dois novos cursos em Évora e Vila Real. Este ano abriram 1.684 vagas para novos estudantes de Medicina, “ao mesmo tempo que 1.500 médicos se vão aposentar” este ano e nos próximos, afirmou o primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, na Festa do Pontal, para justificar a abertura de mais lugares para formar clínicos.

Cerca de 50 mil alunos colocados na primeira fase

Ao todo, isto é, considerando todos os cursos, foram admitidos admitidos 49.963 novos estudantes, na primeira fase do concurso nacional de acesso, o que corresponde a um aumento de 1,1% em relação a 2023. A taxa de colocação de candidatos também melhorou, subindo dois pontos percentuais, de 83,7% para 85,7%. Ou seja, a grande fatia dos candidatos já foi admitida na primeira fase.

“Entre 2022 e 2024 a taxa de colocação aumentou de 81% para 85,7%, o que demonstra um crescente ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições”, indica a tutela.

Mais de metade dos alunos (56,1%) que concorreram, nesta primeira fase, “foram colocados na sua primeira opção e 87,8% numa das suas três primeiras opções de candidatura”, de acordo com os dados fornecidos. Para o Ministério, estes são “os valores mais elevados dos últimos anos e um dos fatores mais relevantes para o sucesso académico”.

O número de estudantes admitidos em licenciaturas em Educação Básica aumentou 8%, com 997 estudantes colocados nesta fase, e ocupando 100% das vagas disponibilizadas. Nos últimos três anos, verificou-se um crescimento de 56,3% nos estudantes que ingressaram em cursos de Educação Básica, “o que demonstra o crescente interesse dos estudantes por estas formações”, sinaliza o ministério.

As instituições localizadas em regiões com menor procura e menor pressão demográfica, como o Interior, colocaram 12.868 estudantes, uma quebra de 2%. No entanto, diversas universidades conseguiram aumentar o número de alunos admitidos, designadamente a dos Açores, da Madeira, do Algarve, da Beira Interior e os institutos politécnicos de Beja, de Portalegre, de Viana do Castelo e de Viseu.

No âmbito dos cursos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ingressaram 8.040 estudantes, o que demonstra um crescimento de 5,5% face ao ano anterior. Estes alunos ocuparam 90,2% das vagas disponibilizadas. As licenciaturas estão orientadas “para reforçar a formação superior inicial e aumentar o número de graduados em área STEAM (STEAM- Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics)”, detalhe o Ministério da Educação.

Apesar de, no seu conjunto, as colocações terem aumentado, o número de estudantes que concorreram nesta primeira fase caiu. “Apresentaram-se a concurso 58.301 candidatos, representando uma diminuição de 1,3% face à mesma fase do ano anterior”, observa a tutela.

“Das 54.666 vagas colocadas a concurso, sobraram 4.996 vagas para a segunda etapa, representando uma diminuição de 4,1% em relação ao ano anterior”, segundo os dados enviados pelo Governo.

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