Chega acusa Montenegro de “artifício de negociação” do OE2025

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Setembro 2024

André Ventura critica o primeiro-ministro por não estar presente na segunda ronda de negociações do Orçamento do Estado com os partidos da oposição, que decorre ao longo desta terça-feira.

O líder do Chega, André Ventura, criticou esta terça-feira o facto de o primeiro-ministro não marcar presença nas reuniões que estão a decorrer com os partidos da oposição sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), acusando Luís Montenegro de estar a fazer um “artifício de negociação”. E reitera que voto contra à proposta de Orçamento do Estado para o próximo “é irrevogável”.

É uma negociação que começa manca e errada à partida, em que o primeiro-ministro decide não estar presente nessas reuniões. Esse é o primeiro sinal errado, de que o primeiro-ministro não quer viabilizar este OE“, lamentou André Ventura, sobre a segunda ronda de negociações entre o Governo e as forças políticas com assento parlamentar, que arrancou esta manhã, às 10 horas.

Para o presidente do Chega, que falava aos jornalistas em Castelo Branco, onde decorrem as jornadas parlamentares do partido, “é impensável que o primeiro-ministro, num cenário de minoria política, não se digne a falar com os seus adversários, com quem precisa de construir maiorias” para viabilizar o Orçamento.

André Ventura empurra a viabilização do documento — cuja posição contra do Chega garante ser “irrevogável” — para as mãos da bancada socialista, de quem o “país está à espera” para saber a decisão, e diz que, para o PS chegar a entendimento com o Governo, implica que este mude muitas das suas medidas, nomeadamente em sede fiscal, para ir ao encontro do que o PS quer”.

“O Governo tinha a opção de legislar e governar à direita, em matéria fiscal e de trabalho, e optou por fazer basicamente o mesmo que o PS tinha feito. Portanto, diria que a consequência normal e natural é entender-se com o PS”, atira, acusando o Executivo de ter colocado o país “numa situação em que o que quer que aconteça será mau”.

Questionado se o Chega irá marcar presença se houver mais reuniões com o Governo, André Ventura respondeu que “depende do motivo” desses encontros. “Se o Governo nos disser que a reunião serve única e exclusivamente para negociar a viabilização do OE, então o Chega não vai estar presente; agora, se nos disser, como disse, que vai apresentar novos dados para compreendermos o cenário macroeconómico, isso certamente que estaremos”, detalhou.

O presidente do Chega assegurou ainda que, apesar do voto contra, o partido “não vai deixar de apresentar propostas na especialidade” e de “participar neste debate orçamental”.

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