Governo recusa falar em eleições e diz continuar à espera das propostas do PS para o OE2025

Ministro da Presidência reitera que Executivo só trabalha com cenário de Orçamento do Estado viabilizado e afirma que continua à espera das propostas do PS.

O Governo recusa um cenário de eleições antecipadas e afirma estar totalmente comprometido com um cenário de Orçamento do Estado aprovado. A posição foi transmitida pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no dia em que foi noticiado que o Presidente da República estará inclinado para dissolver o Parlamento caso a proposta orçamental fique pelo caminho.

“O nosso cenário não são eleições e não é para isso que estamos a trabalhar”, afirmou o ministro da Presidência em conferência de imprensa, após a realização do Conselho de Ministros, em Lisboa, quando questionado pelos jornalistas sobre o tema.

Leitão Amaro reiterou que “o Governo não fala sobre eleições” e “só trabalha para um cenário e um cenário apenas”: “Estamos totalmente focados em que país tenha um Orçamento aprovado e um Governo a governar e implementar a estratégia que os portugueses escolheram e que o parlamento viabilizou”

“Se os outros querem drama e instabilidade, nós estamos aqui com estabilidade”, defendeu.

O Correio da Manhã noticia esta quinta-feira, citando uma fonte do Palácio de Belém, que o Presidente da República vai optar por marcar eleições antecipadas — as terceiras legislativas em menos de três anos — caso o Orçamento do Estado para 2025 seja chumbado no Parlamento, excluindo uma governação por duodécimos ou a apresentação de um orçamento retificativo. Questionada pelo ECO, fonte oficial da Presidência da República remeteu-se ao silêncio.

Na base da decisão, segundo o CM, estará o receio de Marcelo Rebelo de Sousa com as consequências que podem advir da rejeição do diploma, tais como uma descida do rating do país pelas agências de notação financeira ou um novo atraso nos pagamentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Leitão Amaro considerou que “se há um partido ou dois partidos que não param de falar em eleições talvez diga algo das suas intenções e prioridades”, reiterando disponibilidade de “com a condição de equilíbrio orçamental”, discutidos e negociar com outros partidos as medidas do Governo.

O governante garantiu ainda que “o PS não está à espera de nada do Governo”: “Fizemos os contactos todos que podíamos fazer”, disse, indicando não haver desenvolvimentos quanto a novas reuniões e que o Executivo continua a aguardar as propostas dos socialistas para o Orçamento.

“Creio que o grande suspense para esse efeito vem da parte do PS, ninguém sabe o que é que o PS quer e é importante, sabendo que o Governo mantém a disponibilidade”, argumentou.

(Notícia atualizada às 17h25)

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