Petrobras interessada em 40% do projeto da Galp na Namíbia

  • Capital Verde
  • 24 Setembro 2024

"A Galp ofereceu a operação, e ninguém opera com menos de 40%", indicou uma responsável da Petrobras, de acordo com a Reuters.

A Petrobras está de olho numa participação de 40% no projeto de exploração de petróleo que a Galp detém na Namíbia, e não abdica de arrecadar este total, avança a Reuters, esta terça-feira.

De acordo com a agência de notícias, a Petrobras quer comprar a fatia de 40% por inteiro de forma a lançar as mãos à operação da exploração, indicou Sylvia dos Anjos, diretora a petrolífera brasileira, à margem de uma conferência de petróleo e gás que está a decorrer no Rio de Janeiro, a ROG.e.

A mesma fonte alegou que a Petrobras terá feito uma oferta não vinculativa no âmbito de um procedimento concorrencial aberto pela Galp, no sentido de ser responsável pela operação do projeto, mas que não se registam avanços nessa frente até ao momento. “A Galp ofereceu a operação, e ninguém opera com menos de 40%”, indicou a diretora, de acordo com a Reuters.

Desde abril, quando foi anunciada a viabilidade comercial e o potencial dos ativos da Galp na Namíbia, que a petrolífera portuguesa está disposta a vender uma participação de 40% no bloco de exploração, noticiou na altura a Reuters. A Galp é dona de 80% do bloco, com os restantes 20% a serem detidos em partes iguais pela Corporação Nacional do Petróleo da Namíbia (NAMCOR) e pela Custos Energy.

Além da Petrobras, também a Shell e a Exxon terão mostrado interesse em comprar a mesma fatia de 40% no projeto na Namíbia, recorda a Reuters. A agência noticiou, entretanto, a 9 de setembro que a Exxon terá desistido da corrida.

A licença de exploração do bloco PEL 83 foi concedida em 2016 ao consórcio liderado pela Galp, mas foi apenas no início deste ano que a Galp reuniu provas mais concretas de que a Namíbia poderia traduzir-se num investimento lucrativo.

Em janeiro, a empresa descobriu petróleo leve na bacia de Orange, ficando a faltar dados sobre a viabilidade comercial. Foram anunciados a 21 de abril, na forma de um número: a estimativa de conseguir extrair pelo menos 10 mil milhões de barris de petróleo.

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