Ministro Pedro Duarte ataca herança de Mário Centeno nos serviços públicos
"Brilharetes estatísticos" do então ministro das Finanças, apontando como candidato presidencial, "foram certamente muito relevantes para a sua carreira política, mas saíram caro aos portugueses".
O ministro dos Assuntos Parlamentares atacou esta quarta-feira a herança do ex-ministro das Finanças Mário Centeno nos serviços públicos, numa altura em que o atual governador do Banco de Portugal é apontado como potencial candidato à Presidência da República.
Num debate no parlamento, requerido pela Iniciativa Liberal (IL), sobre o “estado do Estado”, Pedro Duarte defendeu que os oito anos de governação do PS foram “oito anos de estagnação” e de “desinvestimento” nos serviços públicos, considerando irónico que, em muitos desses anos, o Governo tenha sido suportado por uma “frente de esquerda unida”.
“Oito anos em que se sacrificou o verdadeiro interesse dos portugueses, das pessoas – nomeadamente terem acesso a serviços públicos de qualidade – em benefício de cativações, de brilharetes estatísticos, que foram certamente muito relevantes para a carreira política do então ministro das Finanças, mas que saíram caro aos portugueses”, disse, referindo-se a Mário Centeno, ministro das Finanças entre 2015 e 2020.
Pedro Duarte acrescentou que o preço de Portugal ter tido a presidência do Eurogrupo – assumida por Mário Centeno entre 2018 e 2020 -, “foi muito alto e saiu muito caro aos portugueses”.
“Significou o travão a fundo no investimento público e a aceleração máxima na degradação dos serviços públicos. Esta insensibilidade social descaracterizou a esquerda, mas, mais importante, prejudicou muito os portugueses”, afirmou.
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