Marcelo pede resposta “rápida, rigorosa e eficaz” às pessoas e empresas afetadas pelos fogos
"Chaguem-lhe [ao primeiro-ministro] a vida por uma razão muito simples: porque se isto, em termos de resposta imediata, não for resolvido num prazo muito curto, já não é resolvido", avisou Marcelo.
O Presidente da República pediu, esta segunda-feira, uma “resposta imediata: rápida, rigorosa e eficaz” para as pessoas e empresas afetadas pelos incêndios de setembro deste ano, uma “tragédia” que considera ser “causa nacional”. E avisou os autarcas para insistirem com o Governo na celeridade do processo, porque se a situação não for resolvida num prazo muito curto, já não o será.
“Não o percam um minuto, chaguem-lhe [ao primeiro-ministro] a vida por uma razão muito simples: porque se isto, em termos de resposta imediata, não for resolvido num prazo muito curto, já não é resolvido”, advertiu Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma conferência de imprensa após um encontro que decorreu em Sever do Vouga, com 69 presidentes de câmara dos concelhos afetados pelos fogos. E que contou ainda com a presença do primeiro-ministro, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial e a ministra da Administração Interna.
Lembrando que também foi autarca, o chefe do Estado desafiou, assim, os presidentes de câmara a pressionarem o Governo para que a resolução do problema seja ágil e eficaz: “Apanhem na primeira esquina o primeiro-ministro, não o larguem um minuto, porque ao resolver este problema, ele estará a contribuir para a coesão territorial toda”.
"Não o percam um minuto, chaguem-lhe [ao primeiro-ministro] vida por uma razão muito simples: porque se isto, em termos de resposta imediata, não for resolvido num prazo muito curto, já não é resolvido.”
Marcelo Rebelo de Sousa destacou, por isso, o facto de “parecer uma evidência que a primeira prioridade seja dar uma resposta o mais imediata possível àquelas e àqueles que sofreram“.
O Presidente da República fez uma radiografia aos incêndios de 2017 que causaram mais de uma centena de mortos como um exemplo do que se fez bem e menos bem, de modo a que agora se aprendam os erros do passado. “Em 2017 a experiência era nova e portanto multiplicaram-se as iniciativas: havia instituições, fundações que ofereciam casas e cabia depois aos autarcas tentar conjugar essa realidade”. Logo, frisou, “a coordenação foi muito difícil no domínio das respostas imediatas, apesar do empenho do Estado”. Uma situação que Marcelo não gostaria de ver repetida nas respostas às pessoas e empresas afetadas pelos fogos de setembro.
Elogiou, por isso, as medidas já implementadas pelo Governo de apoio e de estar a ser feito o levantamento dos prejuízos. Defendeu que se trata de uma “causa nacional”, alertando para que depois “não se diga que é uma solução de um governo contra a solução de outro governo”.
Advertiu, contudo, para a proximidade das eleições: “Para o ano há eleições autárquicas e nada pior no inferno da vida dos autarcas do que um processo contínuo e indefinido que entra no período pré-eleitoral. Em 2017 tinha acabado de haver eleições autárquicas”.
Marcelo apontou ainda como dificuldades na prevenção e atuação depois dos fogos a difícil cobertura do cadastro das propriedades no território e o “problema do ordenamento florestal”.
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