Neeleman diz que foi “forçado” por Pedro Nuno a sair da TAP sob “ameaça constante de nacionalização”
"Foi muito difícil com o Governo socialista", afirma o empresário norte-americano, criticando que os contratos assinados com investidores privados na TAP não foram respeitados.
David Neeleman considera que foi uma má experiência ter tido o Estado português como parceiro e garante que não queria sair da TAP, em junho de 2020, mas que foi “forçado” a fazê-lo pelo então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sob a “ameaça constante de nacionalização”.
A TAP é, no entanto, um assunto encerrado para o empresário norte-americano. “Não faz sentido voltar a olhar para a TAP. E, falando honestamente, perdi a confiança no Estado português como parceiro. Foi muito difícil com o Governo socialista. Não respeitaram os contratos que assinaram com investidores privados. Nunca tinha tido um Governo como sócio e confesso que não foi uma boa experiência”, afirma em entrevista ao Expresso.
A gota de água para Neeleman foi quando o Governo não respeitou o acordo que sobre o IPO (Initial Public Offering). A possibilidade de Neeleman poder colocar a TAP em bolsa foi negociada na altura da reversão da privatização, opção que inicialmente não estava prevista, porque o plano era que a Atlantic Gateway aumentasse a participação de 61% para 100%. Porém, em 2019, António Costa recusou que Neeleman avançasse com o IPO. O norte-americano acabou por negociar a sua saída da companhia aérea a troco de um pagamento de 55 milhões de milhões.
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