BCE volta a cortar taxas de juro em 25 pontos base. Taxa de depósitos baixa para 3,25%

O contínuo abrandamento da inflação e o crescimento mais fraco da economia europeia levaram o Conselho do Banco Central Europeu a cortar pela segunda vez consecutiva das taxas diretoras.

O Banco Central Europeu (BCE) voltou a baixar as taxas diretoras pela segunda reunião seguida através de mais um corte de 25 pontos base, como era esperado pelo mercado. É a primeira vez em 13 anos que o BCE corta consecutivamente as taxas de juro.

Com esta decisão, anunciada pelo Conselho do BCE esta quinta-feira em Liubliana, na Eslovénia, a taxa de juro da facilidade permanente de depósito baixou para 3,25%, alcançando o valor mais baixo desde maio de 2023.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e a taxa de juro da facilidade permanente de cedência marginal de liquidez fixaram-se em 3,4% e 3,65%, respetivamente.

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“A decisão de reduzir a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito – a taxa através da qual o Conselho do BCE define a orientação da política monetária – baseia‑se na avaliação atualizada do Conselho do BCE das perspetivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetário“, refere o BCE em comunicado.

O Conselho do BCE destaca que “a informação que tem vindo a ser disponibilizada sobre a inflação indica que o processo desinflacionista está bem encaminhado”, notando ainda que “as perspetivas de inflação também são afetadas por recentes surpresas em baixa dos indicadores da atividade económica” e que “as condições de financiamento permanecem restritivas.”

Apesar desta visão, o BCE mantém-se cauteloso relativamente às pressões inflacionistas na Zona Euro, notando que “a inflação interna mantém-se alta, porque os salários ainda estão a aumentar a um ritmo elevado”, mas, ao mesmo tempo, “as pressões sobre os custos do trabalho deverão continuar a registar um abrandamento gradual, com os lucros a amortecer parcialmente o impacto dessas pressões na inflação.”

O Conselho do BCE voltou também a reafirma o seu compromisso em “assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%”, sublinhando novamente que, para isso, o BCE promete manter “as taxas de juro diretoras suficientemente restritivas enquanto for necessário” e “não se compromete previamente com uma trajetória de taxas específica.”

Além disso, o BCE também anunciou que a carteira do programa de compra de ativos (asset purchase programme – APP) está “a diminuir a um ritmo comedido e previsível”, dado que o Eurosistema deixou de reinvestir os pagamentos de capital de títulos vincendos, e que os reinvestimentos no âmbito do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (PEPP) serão descontinuados no final de 2024.

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