Falta de meios prisionais leva ao adiamento do julgamento da Operação Vórtex

O julgamento da operação Vórtex foi adiado esta quinta-feira devido à falta de meios dos serviços prisionais da cadeia de Custoias, em Matosinhos, para transportar o arguido Paulo Malafaia.

O julgamento da operação Vórtex foi adiado esta quinta-feira, avança o Jornal de Notícias. O motivo prende-se com a falta de meios dos serviços prisionais da cadeia de Custoias, em Matosinhos, para transportar o arguido Paulo Malafaia até ao tribunal de Espinho.

Face à situação, a prisão assegurou meios digitais para que o arguido conseguisse assistir à sessão de julgamento. Mas a ligação eletrónica ficou marcada por problemas de ligação, o que levou o advogado Pedro Alhinho a reforçar a falta de condições junto dos juízes. O tribunal acabou por adiar a sessão para sexta-feira.

O processo está relacionado com o alegado favorecimento de empresas em projetos imobiliários na cidade de Espinho e envolve os antigos presidentes da Câmara Municipal de Espinho, Miguel Reis e Joaquim Pinto Moreira, e ainda três outros arguidos: o chefe da Divisão de Urbanismo e Ambiente daquela autarquia do distrito de Aveiro, um arquiteto e outro empresário, Francisco Pessegueiro.

Miguel Reis vai responder por quatro crimes de corrupção passiva e cinco de prevaricação. Já Pinto Moreira é acusado de dois crimes de corrupção agravada, um de tráfico de influência e outro de violação das regras urbanísticas. Quanto a Francisco Pessegueiro e outros dois empresários são acusados de oito crimes de corrupção ativa, um de tráfico de influência, cinco de prevaricação e dois de violação das regras urbanísticas.

Os cinco arguidos foram detidos a 10 de janeiro de 2023 por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências, no âmbito da Operação Vórtex. Em março do mesmo ano, Pinto Moreira, que foi presidente da Câmara de Espinho entre 2009 e 2021, foi constituído arguido, após ter sido ouvido no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto. O ex-autarca, que ficou sujeito à medida de coação menos gravosa (Termo de Identidade e Residência), pediu a suspensão do mandato como deputado do PSD, que já foi aceite pelo parlamento.

A operação Vórtex está relacionada com “projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”. A acusação foi conhecida em julho de 2023, tendo na fase de instrução o tribunal decidido levar todos os arguidos a julgamento.

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