Digi promete preços mais baixos, mas serviço (ainda) é limitado

A empresa apresentou ofertas que podem ser combinadas em pacotes, ao gosto do consumidor, mas admitiu que ainda enfrenta algumas limitações. Não há rede no metro de Lisboa e só há 5G em zonas urbanas.

Serviços mais baratos, mas também mais limitados, são a proposta da Digi para os consumidores portugueses, pelo menos nesta primeira fase de lançamento. A empresa apresentou-se esta segunda-feira ao mercado português, metendo um ponto final em muitas das dúvidas que existiam sobre a sua oferta no país, nomeadamente os preços que vai praticar, mas suscitando outras (por exemplo, se há ou não canais da SIC na sua grelha de televisão).

Numa apresentação toda em inglês, três responsáveis da Digi vindos da Roménia e de Espanha revelaram que a empresa já investiu 400 milhões de euros em Portugal, incluindo os mais de 67 milhões de euros que aplicou na compra das licenças 5G, e que já tem 800 trabalhadores no país. Mas queixou-se de estar a enfrentar “barreiras” à sua entrada no mercado, incluindo estar há mais de um ano à espera de autorização para instalar antenas nos túneis do metro de Lisboa, onde, por ora, os seus clientes estarão impossibilitados de comunicar.

Ciente de que terá uma difícil tarefa pela frente na angariação de novos clientes, a Digi vai oferecer, até ao final deste ano e “sem compromisso”, um teste móvel gratuito com 75 GB de dados, com chamadas ilimitadas nacionais.

Quem ficar convencido, pode contratar o serviço móvel da Digi a começar nos 4 euros mensais por um cartão com 50 GB de dados, que acumulam e podem ser gastos até ao final do mês seguinte. De acordo com dados da Digi, 93% da população já está coberta com 2G e 4G, enquanto o 5G, que será disponibilizado a todos os clientes móveis gratuitamente, só chega a 40% da população, e exclusivamente em áreas urbanas.

Na fibra ótica, é possível contratar internet fixa com até 1 Gbps (gigabit por segundo) de velocidade por 10 euros por mês. A empresa promete disponibilizar velocidades até 10 Gbps em toda a rede ainda este ano, por 15 euros por mês. A contratação desta oferta pressupõe a permanência pelo prazo mínimo de três meses.

Valentin Popovicius, administrador da Digi na Roménia, e Marius Varzaru, CEO da Digi em EspanhaHugo Amaral/ECO

A Digi também vai ter uma grelha de televisão paga, disponível através de uma box, que, para já, terá funcionalidades básicas. A mensalidade é de 12 euros.

Estão disponíveis, para já, 60 canais, mas a empresa admitiu que, apesar de já ter acordo para distribuir os canais da TVI e da RTP, ainda não fechou contrato com a SIC. Ainda assim, não ficou claro se a Digi terá a SIC na grelha através da compra da Nowo. Futuramente será disponibilizada uma aplicação para ver televisão em dispositivos móveis.

Quem quiser ter telefone fixo poderá incluir esse serviço no pacote. Fica a mais um euro por mês, caso em que as chamadas são cobradas ao minuto. Chamadas ilimitadas ficam por dois euros mensais.

Em relação à Nowo, operadora que a Digi comprou em agosto por 150 milhões de euros, os responsáveis da operadora revelaram que a marca será totalmente integrada na Digi, não estando previstos despedimentos de trabalhadores. Os clientes da Nowo manterão a mesma oferta que têm atualmente.

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