Aumentam os acidentes de trabalho não fatais. Homens são mais afetados

Num ano, foram registados 2,97 milhões de acidentes de trabalho não fatais na União Europeia, indica o Eurostat. Em causa está um aumento de 3% entre 2021 e 2022, por causa da retoma pós Covid-19.

O número de acidentes de trabalho não fatais registados na União Europeia (UE) aumentou em 2022 face ao ano anterior, à boleia da retoma da atividade pós pandemia e do levantamento das restrições que ficaram associadas à Covid-19. Os dados foram publicados esta terça-feira pelo Eurostat, que dá conta que os homens são significativamente mais afetados do que as mulheres por acidentes de trabalho.

“Houve quase 2,97 milhões de acidentes de trabalho não fatais na UE em 2022, um aumento de 3% face aos 2,88 milhões de acidentes de trabalho não fatais registados em 2021 (+87.139 acidentes)”, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

Ainda assim, os acidentes de trabalho fatais diminuíram, para 3.286, ou seja, menos 61 mortes do que em 2011 e menos 122 do que em 2013. Com base nestes números, o Eurostat calcula que por cada acidente de trabalho fatal acontecem 905 não fatais.

“Os homens têm uma probabilidade consideravelmente maior do que as mulheres de terem um acidente no trabalho”, observa ainda o gabinete de estatística. Em concreto, em cada três acidentes não fatais registados em 2022, dois envolveram homens.

A explicar esta diferença de género estão, nomeadamente, a maior participação masculina no mercado de trabalho, o tipo de funções assumidas pelos homens e as atividades nas quais eles tendem a trabalhar mais do que elas.

“Por exemplo, há mais acidentes nas minas, na indústria e na construção, setores que tendem a ser dominados pelos homens“, explica o Eurostat. Por outro lado, o trabalho a tempo parcial é mais frequente entre mulheres, o que faz emagrecer a probabilidade de um acidente de trabalho.

Por outro lado, o Eurostat calcula que, em 2022, por cada 100 mil pessoas empregadas na União Europeia, houve 1,66 mortes por acidentes deste tipo, abaixo da taxa de 1,76 mortes verificadas em 2021.

Entre os Estados-membros, Malta, França e Bulgária são os países onde esse rácio é mais elevado, como mostra o gráfico acima. Já os Países Baixos, a Grécia e a Alemanha destacam-se pelo motivo oposto. Portugal, com um rácio próximo de três mortes por cada 100 mil empregados está mais próximo do primeiro grupo do que do segundo.

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