OE2025. Contratação de 400 profissionais para o INEM foi aprovada

Proposta do PAN para contratação de 400 profissionais foi aprovada na especialidade do Orçamento. No entanto, Governo já se tinha comprometido com meta. Diversas iniciativas sobre saúde chumbadas.

O Governo vai ter de abrir concursos para a contratação de 400 técnicos de emergência pré-hospitalar para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). A medida resulta da aprovação esta sexta-feira de uma proposta do PAN de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), no âmbito das votações na especialidade da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

A iniciativa da deputada única do PAN, Inês Sousa Real, teve ‘luz verde’ com a abstenção do PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal e os votos favoráveis dos restantes. A proposta prevê que “até ao final do ano de 2025, são abertos procedimentos concursais, por despacho do membro do Governo responsável pela área da saúde, tendo em vista a contratação de pelo menos 400 técnicos de emergência pré-hospitalar para o INEM”.

Ressalva-se, contudo, que a contratação de 400 técnicos para o INEM está prevista pelo Governo. Face à carência de trabalhadores, uma vez que existem “pouco mais de 700 face aos 1.480 que deveriam estar no quadro”, segundo Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), o Ministério já se comprometeu “a contratar 200 funcionários e, no futuro, abrir um novo aviso para recrutar mais 200”, referiu em declarações ao ECO. O dirigente sindical explicou que “não é possível admitir, no imediato, os 400 trabalhadores, porque o INEM não tem capacidade para formar tanta gente ao mesmo tempo”, explicou no início deste mês.

Ademais, foi aprovada uma proposta do Chega para a revisão, no primeiro trimestre de 2025, da carreira especial de técnico de emergência pré-hospitalar, com a abstenção do PCP, PSD e PCP e os votos favoráveis dos demais. No entanto, o Governo já encetou negociações com vista à valorização da carreira destes profissionais.

Foi ainda aprovada uma proposta do PAN para que, em 2025, o Governo, em articulação com as organizações representativas dos técnicos de emergência pré-hospitalar, com o INEM, com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnico, “estuda a viabilidade de criação de um curso de formação específica para o exercício da profissão de técnico de emergência pré-hospitalar”.

Por outro lado, ficou pelo caminho a proposta do PAN para que, em 2025, o Governo, mediante negociações com as organizações representativas dos técnicos de emergência pré-hospitalar e com o INEM avançasse com uma revisão da carreira de técnico de emergência pré-hospitalar foi chumbada com os votos contra do PSD e CDS, a abstenção do PS e Chega e votos favoráveis dos demais.

A iniciativa da deputada única, Inês Sousa Real, previa que a revisão assegurasse a “valorização geral dos salários, o aumento do posicionamento de entrada na carreira, o alargamento do número de categorias existentes, a supressão das limitações à progressão na carreira, o reconhecimento da penosidade e risco da profissão e a plena garantia da formação inicial na entrada da carreira”.

Já a proposta do Livre para que o Governo, durante o ano de 2025, avance com a revisão e valorização da carreira dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) foi inviabilizada.

No que toca às propostas sobre o regime de dedicação exclusiva, propostas pelo PS, BE e o PCP, foram inviabilizadas. O Chega apresentou ainda uma iniciativa para isentar de tributação em IRS o pagamento de todas as horas prestadas a título de trabalho suplementar, realizado pelos profissionais de saúde do SNS, durante o ano 2025, também chumbada.

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