Segunda Comissão de von der Leyen recebe luz verde no Parlamento Europeu
A segunda equipa executiva da presidente da Comissão Europeia já recebeu luz verde do Parlamento Europeu, estando agora em condições para iniciar funções a 1 de dezembro.
A nova Comissão Europeia já está em condições plenas para assumir funções a 1 de dezembro. Depois de os 26 comissários terem sido aprovados, individualmente, pelos eurodeputados, esta quarta-feira o Parlamento Europeu deu ‘luz verde’ o novo executivo em bloco. A nova Comissão, que ficará em funções até 2029, recebeu 370 votos a favor, 282 contra e 36 abstenções, a mais baixa da história e inferior à maioria que recebeu (401) quando von der Leyen foi aprovada para um segundo mandato, em julho.
O colégio foi aprovado pelos eurodeputados do PSD, CDS, IL e todos os deputados do PS, com exceção de Bruno Gonçalves que se absteve. PCP, Bloco e Chega votaram contra.
Como esperado, a aprovação foi garantida na sequência de um acordo político alcançado há uma semana entre os grupos políticos do Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas e Democratas (S&D) e os liberais do Renovar a Europa. Em causa estavam as linhas vermelhas impostas pelas três famílias políticas e que condicionavam o futuro de dois vice-presidentes-executivos (a socialista Teresa Ribera e o nacionalista Raffaelle Fitto).
“O centro [político] está seguro. Estou grata pela confiança dada pelo Parlamento ao novo Colégio. Este voto permite-nos começar a trabalhar e é crítico por causa dos desafios políticos, dentro e fora das nossas fronteiras, precisamos de acelerar a competitividade e dar uma resposta à crise climática”, anunciou von der Leyen, durante uma conferência de imprensa conjunta, com Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu.
Após críticas ao seu colégio de comissários – nomeadamente por ter um vice-presidente dos Reformistas e Conservadores Europeus, nomeado por Itália –, Ursula von der Leyen fez questão de destacar a sua “equipa forte e experiente”, na qual tem “plena confiança na sua capacidade de entrega, não só como indivíduos, mas também como equipa”.
“A estrutura do novo colégio permitirá um trabalho de equipa eficiente e soluções transversais”, adiantou.
A aprovação surge depois de Ursula von der Leyen ter apresentado a nova Comissão e plano de ação para os próximos cinco anos, esta manhã durante a sessão plenária, em Estrasburgo. “Estamos prontos para começar a trabalhar imediatamente“, afirmou von der Leyen, sublinhando que a sua Comissão se lutará sempre pela liberdade, soberania, segurança e prosperidade.
Na sua intervenção, a presidente, que dá inicio o seu segundo mandato, anunciou que a primeira iniciativa da Comissão será uma bússola para a competitividade, para colmatar o défice de inovação da Europa em relação aos EUA e à China, aumentar a segurança e a independência e concretizar a descarbonização.
No que respeita ao Pacto Ecológico Europeu, von der Leyen comprometeu-se com a manutenção do rumo para alcançar os objetivos, apresentar um plano industrial ecológico, lançar um diálogo estratégico sobre o futuro da indústria automóvel europeia, a continuar a trabalhar para uma economia circular competitiva e a trabalhar no sentido de uma União Europeia da Poupança e do Investimento — pasta que estará nas mãos de Maria Luís Albuquerque, comissária para os Serviços Financeiros.
A nova Comissão conta com seis vice-presidentes executivos: quatro mulheres — Kaja Kallas, Alta Representante para os Assuntos Externos; Teresa Ribera, vice-presidente executiva para uma Transição Limpa, Justa e Competitiva; Henna Virkkunen, vice-presidente executiva para a Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia; e Roxana Mînzatu, vice-presidente executivo para as Pessoas, Competências e Preparação — e dois homens: Raffaelle Fitto, vice-presidente executivo para a Coesão e Reformas e Stéphane Séjourné, vice-presidente executivo para a Prosperidade e Estratégia Industrial.
Notícia atualizada pela última vez às 12h11
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