Exclusivo Farmacêutica alemã investe 20 milhões para duplicar produção de penicilina em Tondela
Desde que comprou a Labesfal, a Fresenius Kabi diz já ter investido 120 milhões de euros no complexo industrial do distrito de Viseu. Grupo alemão emprega 850 pessoas e fatura 200 milhões em Portugal.
A Fresenius Kabi investiu mais de 20 milhões de euros para expandir a unidade de produção de penicilinas injetáveis no concelho de Tondela. Com este investimento, o grupo presente em Portugal há 25 anos “quase duplicou” a capacidade produtiva da unidade industrial inaugurada em 2017, adianta ao ECO o diretor-geral, Glenn Luís.
Em Santiago de Besteiros, a empresa farmacêutica diz ter o maior complexo industrial de produção de medicamentos do país, a partir do qual exporta para mais de 70 países e tem os hospitais como principais clientes. Ali emprega mais de 850 funcionários, com a operação portuguesa a faturar mais de 200 milhões de euros.
A Fresenius Kabi entrou em Portugal com um pequeno escritório em Lisboa, até que em 2005 comprou a Labesfal – Laboratórios Almiro, no distrito de Viseu. Desde então calcula já ter investido 120 milhões de euros para aumentar a capacidade produtiva deste complexo industrial. “Foi a partir desse momento que a Fresenius Kabi iniciou um percurso de investimento na capacidade produtiva em Portugal”, relata o diretor geral na Fresenius Kabi.
O grupo Fresenius Kabi escolheu Portugal para instalar uma das maiores fábricas do mundo na produção de medicamentos injetáveis – e somos das últimas grandes fábricas da Europa a produzir antibióticos injetáveis.
Em Tondela, o grupo alemão detém cinco unidade de produção: injetáveis em poletileno e vidro; formas sólidas orais (cápsulas e comprimidos); cefalosporinas (antibióticos injetáveis) e unidade de produção de penicilinas injetáveis. Há dois anos abriu também a primeira unidade de compounding industrial de nutrição parentérica em Portugal.
O diretor geral da Fresenius Kabi explica que a “nutrição parentérica desempenha um papel vital em doentes críticos, sendo muitas vezes necessária a preparação personalizada, ajustada às necessidades de doentes com carências específicas”. Glenn Luís refere ainda compounding é o termo utilizado para definir essa manipulação e que a “manipulação de nutrição parentérica poderá ser realizada de forma manual ou automatizada, requerendo sempre condições asséticas e pessoal treinado –no nosso caso é de forma automática destinado ao mercado português”.
“O grupo Fresenius Kabi escolheu Portugal para instalar uma das maiores fábricas do mundo na produção de medicamentos injetáveis — e somos das últimas grandes fábricas da Europa a produzir antibióticos injetáveis”, destaca Glenn Luís, em declarações ao ECO.
Esta quarta-feira, 4 de dezembro, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, vão estar presentes na conferência que assinala os 25 anos da multinacional em Portugal e em que será feita a visita inaugural à expansão da unidade de produção de penicilinas.
A nível mundial, a Fresenius Kabi tem um total de 50 unidade de produção, estando 20 delas instaladas na Europa. A multinacional, que tem sede no estado de Hessen, emprega mais de 43 mil pessoas e fatura 8.000 milhões de euros.
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