Ação da PSP no Martim Moniz é “chocante e preocupante”, diz Pedro Nuno Santos

Líder socialista acusa Governo de estar focado em resolver "problemas imaginários" na sequência da ação levada a cabo pela PSP. Pedro Nuno Santos diz que "a imagem de ontem é chocante e preocupante".

Pedro Nuno Santos defende que deve haver mais policiamento de proximidade em Lisboa, mas rejeita que tal se faça com ações de fiscalização como aquela levada a cabo pela PSP esta quinta-feira, no Martim Moniz. Segundo o secretário-geral do PS, existem de facto “problemas reais, não imaginários, que têm de ser respondidos” mas nenhum se prende com a necessidade de ser feitas ações policiais como a que ocorreu ontem.

“Precisamos de policiamento de proximidade também aqui. Precisamos de instalar câmaras de videovigilância em Lisboa que já foram aprovadas. Há trabalho a fazer mas não com ações como as de ontem porque estigmatizam e tentam atribuir a uma comunidade um rótulo“, critica o líder socialista, esta sexta-feira, após um almoço com o Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, no Martim Moniz.

Aludindo às imagens que circulam nas redes sociais e que mostram vários imigrantes encostados às paredes de prédios, no Martim Moniz, em Lisboa, Pedro Nuno Santos diz que “a imagem de ontem é chocante e preocupante e não diz nada sobre esta comunidade” que, segundo o próprio, estão a dar “o seu contributo ao nosso país”.

O líder socialista falava momentos depois de uma conferência de imprensa, na Assembleia da República, na qual teceu críticas ao Governo pelos mesmos motivos.

Temos um Governo que só governa para as perceções. Só que o que os portugueses precisam é de um Governo que resolva os problemas reais, não os problemas imaginários. E, portanto, sim, o Governo tem instrumentalizado as forças de segurança e o tema da segurança, pelo qual não faz nada de verdadeiramente efectivo”, disse.

Em causa está uma “operação especial de prevenção criminal” conduzida pela PSP, esta quinta-feira, na zona do Martim Moniz, considerada pelas autoridades como uma zona onde “frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas”. A operação previa ainda executar seis mandados de busca não domiciliários.

A operação resultou numa detenção de um cidadão com nacionalidade portuguesa por posse de droga e arma ilegal, além da apreensão de perto de cem artigos contrafeitos e cerca de 1.400 euros em dinheiro vivo, resultado de contrafação.

Luís Montenegro rejeitou as críticas que resultaram daquela iniciativa policial, sublinhando que quantas mais intervenções desta natureza as forças de segurança concretizarem, “melhor”.

“Há uma coisa que parece óbvia: é importante que [as operações] decorram e que haja proximidade e visibilidade no policiamento”, disse, acrescentando que “quanto maior for a capacidade fiscalizadora e capacidade de tranquilizar os cidadãos, demonstrando-lhes que a preocupação com a segurança esta assumida como prioridade, melhor”, disse o primeiro-ministro.

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