ACA Innovation Challenge: Candidaturas até 9 de junho

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  • 27 Maio 2024

As candidaturas para a 2ª edição do ACA Innovation Challenge estão a decorrer até dia 9 de junho, com um valor em prémios de 20 mil euros.

A inovação do grupo ACA promove a 2º edição do ACA Innovation Challenge. Trata-se de um concurso de inovação aberta direcionado para empreendedores, visionários, líderes, estudantes e investigadores, com ideias e soluções que contribuam para estimular a inovação no setor AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção).

O ACA Innovation Challenge desafia a inovação no setor da construção, focado em quatro áreas relevantes: (1) automatização da frente de obra; (2) processos construtivos e inovadores; (3) produtos, materiais e equipamentos sustentáveis; e (4) digitalização na construção.

Este ano, o concurso organizado pelo grupo ACA, um dos principais players do setor da construção, apresenta dois desafios – o “Early-Stage Innovation” e o “Open Innovation”. O primeiro é um desafio para ideias com níveis de maturidade tecnológica baixos, que necessitem de ser desenvolvidas, testadas e/ou implementadas, já o segundo para ideias com um nível de maturidade tecnológico elevado, já demonstradas, testadas ou implementadas em contexto real.

O prémio para o “Early-Stage Innovation” é de 2.500 euros, já o vencedor do “Open Innovation” ganhará 15 mil euros e, ainda, a possibilidade de receber a distinção BfK Awards, atribuída pela ANI, no valor de 2.500 euros. Além dos prémios, este concurso oferece, ainda, a oportunidade a todos os concorrentes de terem apoio à escalabilidade da sua ideia ou negócio, de fazerem networking com os principais players do setor e de obterem investimentos ou participações nos seus negócios.

Para cada um dos desafios a concorrer haverá seis jurados. António Bob Santos, da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia; Bento Aires, da Ordem dos Engenheiros; Fernando Graça, da Startup Portugal; Hélder Pinto, do grupo ACA; Joana Resende, da UPTEC; e Pedro Arezes, do MIT e da Universidade do Minho, são os jurados do desafio “Early-Stage Innovation”. Já para o “Open Innovation”, os jurados serão Diogo Vieira da Silva, da Porto Business School; Fernando Frias, do grupo ACA; Luís Ferreira, da ANI – Agência Nacional de Investigação; Ricardo Costa, da AE Minho; Rui Coutinho, da Nova SBE; e Diogo Carneiro, da Deloitte Portugal.

Na primeira edição, que trabalhou 81 candidaturas, o concurso estava divido em três categorias – a Innovation Student, a Innovation Software, e a Open Innovation. A Innovation Student teve três finalistas, mas o projeto vencedor foi o T-USE – Tijolo Sustentável, criado por uma equipa de alunas do 1º ano de engenharia e gestão industrial da Universidade do Minho, que tinha como objetivo criar um tijolo de revestimento ecológico e sustentável.

Já na categoria Innovation Software, que teve quatro finalistas, venceu o projeto Protrack – Sensorização de equipamentos em obra, que se tratava de um sensor sem fios, com um acelerómetro e um processador que tem codificado um algoritmo que deteta quando o equipamento está a ser utilizado, monitorizando os períodos de utilização.

Por fim, na categoria Open Innovation, também presente nesta segunda edição, houve cinco finalistas, mas o projeto vencedor foi o B-Face – Sistema Modular Pressurizado, que se trata de um sistema de fachada modular inovador de revestimento das fachadas dos edifícios, construído a partir de chapa perfilada em metal nobre, que pode ser aplicado, tanto em zonas opacas (betão, tijolo, etc), como em zonas de visão (envidraçados, janelas, etc).

Tal como na edição anterior, o objetivo desta segunda edição é procurar uma construção mais inovadora, inteligente e sustentável, conhecer abordagens inovadoras e novas tecnologias, e, ainda, entender como estas poderão ser aplicadas ao ambiente construído, seja durante a construção ou ao longo do ciclo de vida dos edifícios e infraestruturas.

A avaliação das candidaturas decorrerá até ao dia 3 de julho. Haverá, depois, um pitch dos finalistas, nos dias 15 e 16 de julho, e o anúncio dos vencedores será feito até ao dia 30 de setembro.

Os interessados em participar no concurso, devem fazer a sua candidatura aqui.

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PS disponível para dialogar e construir alternativa na Madeira

  • Lusa
  • 27 Maio 2024

Resultados "demonstram que é possível uma mudança de governo" na região, diz cabeça-de-lista dos socialistas às eleições antecipadas. Pedro Nuno Santos realça que governa “quem tiver maioria”.

No rescaldo das eleições antecipadas na Madeira, que deram a vitória sem maioria absoluta a Miguel Albuquerque, o líder do PS no arquipélago, Paulo Cafôfo, considerou que os resultados eleitorais evidenciam que é possível uma mudança de governo na região, dizendo estar disponível a dialogar para construir uma alternativa.

Estes resultados demonstram que é possível uma mudança de Governo na Região Autónoma da Madeira“, disse, na noite de domingo, o também cabeça de lista do PS nas eleições regionais antecipadas.

O PSD foi o partido mais votado, mas ficou a cinco mandatos da maioria absoluta, elegendo 19 deputados, enquanto o PS foi o segundo mais votado, mantendo os 11 parlamentares que tinha na Assembleia Legislativa da Madeira.

O PS e o JPP — que aumentou o seu grupo parlamentar de cinco para nove — juntos elegem mais deputados que o PSD“, assinalou Paulo Cafôfo, para quem “o PSD teve nestas eleições o seu pior resultado”.

“Governa quem consegue ter uma maioria”, diz Pedro Nuno Santos

Também em reação aos resultados eleitorais ainda no domingo à noite, o secretário-geral dos socialistas rejeitou imiscuir-se em qualquer decisão sobre eventuais alianças do partido na Madeira, considerando que “governa quem consegue ter uma maioria” e que à direita “é confusão” agora também na região autónoma.

Falando a partir da sede do PS em Lisboa, Pedro Nuno Santos notou que, apesar da vitória sem maioria absoluta, “o PSD tem o seu pior resultado de sempre”. O PS, que ficou em segundo lugar com o mesmo número de deputados das últimas eleições, “continua a ser uma força política incontornável” naquela região, acrescentou.

Questionado sobre as declarações do líder do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, de que os socialistas estão disponíveis para dialogar e construir alternativas de Governo ao PSD, Pedro Nuno Santos recusou imiscuir-se nesta questão e sublinhou o respeito pela autonomia regional.

Nunca é bom estarmos sistemicamente em eleições, mas tem de haver estabilidade. Governa quem consegue ter maioria”, respondeu, escusando-se a fazer qualquer juízo sobre eventuais coligações do PS para governar. Segundo o líder do PS, “à direita é confusão no plano nacional e também na Madeira”.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, depois do PSD e do PS, seguiram-se o JPP, com nove deputados eleitos, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.

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Governo oficializa novo aeroporto em Alcochete. Trabalho com a ANA pode arrancar

Resolução que faz nascer o aeroporto Luís de Camões em Alcochete foi publicada esta segunda-feira no Diário da República, em conjunto com reforço da capacidade em Lisboa e nova ponte sobre o Tejo.

As Resoluções do Conselho de Ministros que definem a localização do novo Aeroporto Luís de Camões, reforçam a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado e dão continuidade aos estudos para a construção de uma terceira travessia do Tejo e para a alta velocidade ferroviária Lisboa-Madrid foram esta segunda-feira publicadas no Diário da República, entrando oficialmente em vigor esta terça-feira.

Como tinha sido anunciado, o Governo determina que o novo aeroporto, que tem sido “objeto de discussão nos últimos 50 anos”, se deve “localizar no Campo de Tiro de Alcochete e substituir de forma integral” o atual aeroporto de Lisboa, assumindo a designação de Aeroporto Luís de Camões.

Está assim dado o passo que permite abrir oficialmente as negociações com a concessionária, a ANA Aeroportos. A empresa detida pela francesa Vinci tem seis meses para elaborar o relatório inicial. Em seguida, o Estado pede que seja preparada a candidatura ao Novo Aeroporto de Lisboa (NAL). A elaboração da candidatura, que inclui um relatório de consultas, um estudo de impacte ambiental, um relatório financeiro e um relatório técnico, pode demorar mais 36 meses. Prazos que o Executivo quer encurtar.

O diploma mandata ainda o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, “para a prática de todos os atos subsequentes e necessários a realizar no âmbito da presente Resolução, designadamente no âmbito do Contrato de Concessão de Serviço Público Aeroportuário nos Aeroportos Situados em Portugal Continental e na Região Autónoma dos Açores, celebrado, em 14 de dezembro de 2012, entre o Estado Português e a ANA”.

A Resolução relativa ao novo aeroporto determina ainda “que todos os atos necessários à execução da presente resolução devem pautar-se por critérios de celeridade, racionalidade económica e eficiência”.

“No que respeita à localização do novo aeroporto de Lisboa, entende o Governo que a construção de um novo aeroporto internacional no Campo de Tiro de Alcochete, que substitua, de forma integral, o Aeroporto Humberto Delgado apresenta, em face de todas as outras opções consideradas, as maiores vantagens comparativas“, refere a Resolução do Conselho de Ministros assinada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no dia 14 de maio.

45 movimentos por hora em Lisboa

Uma segunda Resolução “prevê medidas para reforçar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado”, encarregando a ANA a desenvolver “o plano de investimentos faseado para o Aeroporto Humberto Delgado, em estreita cooperação com as demais entidades competentes”, melhorando a infraestrutura para acomodar maior capacidade enquanto o novo aeroporto não esteja pronto.

Um reforço que o Governo justifica com o crescimento da procura na próxima década e meia. “Tomando como base as projeções de tráfego da International Air Transport Association, da Eurocontrol, da Altitude e da International Civil Aviation Organization, num cenário base, são esperados entre 38 e 49 milhões de passageiros, até 2040, reforçando a ideia de que a elevada procura tem de ser respondida com a introdução de melhorias significativas no atual aeroporto de Lisboa”, justifica a Resolução.

Neste contexto, “revela-se prioritário assegurar os investimentos necessários no Aeroporto Humberto Delgado, que permitam atingir um volume de tráfego anual de 40-45 milhões de passageiros, o que implica, além de investimentos nos subsistemas de aeroporto (pista, taxiways, placas de estacionamento, terminais e acessibilidades), um aumento do número de movimentos“.

Neste âmbito, o diploma também encarrega a NAV a desenvolver “um plano de expansão da capacidade do espaço aéreo de Lisboa com vista a atingir 45 movimentos, por hora, com possibilidade de acrescerem outros dois por tráfego aéreo de/para o aeródromo municipal de Cascais”.

Constitui ainda “um grupo de acompanhamento para o processo de expansão da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado”, coordenado por Pinto Luz, “com participação de um representante do Ministério da Defesa Nacional, contando ainda com representantes de outras entidades envolvidas neste processo”.

A Resolução determina ainda que a Autoridade Nacional da Aviação Civil, em estreita colaboração com o Ministério da Defesa Nacional, apresente “alternativas que permitam uma permanente utilização civil do espaço afeto ao Aeródromo de Trânsito n.º 1, além da parcela a desafetar do domínio público militar”.

“Tendo o Governo decidido, como solução definitiva, o desenvolvimento de um aeroporto de raiz, de cariz modular, em Alcochete, a respetiva construção implica que se encontre uma solução para acomodar o crescimento da procura ao longo dos próximos anos. De acordo com o relatório da Comissão Técnica Independente, o novo aeroporto de Lisboa nunca estaria operacional antes do ano de 2030. Nesse sentido, torna-se evidente que, a curto e a médio prazo, a solução assente no reforço da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado”, explica o primeiro-ministro numa introdução que acompanha o diploma.

Foi ainda aprovada uma terceira resolução que “mandata a Infraestruturas de Portugal (IP) para concluir os estudos da terceira travessia do Tejo e da ligação de alta velocidade entre Lisboa e Madrid“.

(Notícia atualizada às 11h30 com mais informação)

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Supremo dá mais tempo para trabalhadores devolverem compensação caso contestem despedimento

  • ECO
  • 27 Maio 2024

Acórdão do Supremo determina que prazo para trabalhador devolver a compensação de modo a afastar a presunção de que aceitou o despedimento é de seis meses em caso de despedimento coletivo.

O Supremo Tribunal de Justiça meteu um ponto final nas dúvidas que existiam há vários anos quanto ao prazo para os trabalhadores devolverem a compensação ao empregador caso queiram contestar o seu despedimento nos tribunais. O acórdão de 17 de abril de 2024, que fixa jurisprudência, determina que a compensação tem de ser devolvida “até à instauração do procedimento cautelar ou ação de impugnação de despedimento”, o que, no caso de despedimento coletivo, são seis meses, noticiam o Público e o Jornal de Negócios. Na prática, os trabalhadores que contestem o seu despedimento não têm de devolver logo a compensação, mas só quando o impugnarem no tribunal.

Até aqui, a lei portuguesa não tinha estabelecido um prazo para essa devolução e os tribunais têm feito leituras muito diferentes sobre o que diz o Código do Trabalho, que presume que o trabalhador aceita o despedimento se receber a compensação que o empregador é obrigado a pagar-lhe, mas no artigo seguinte admite que essa presunção pode ser contestada “desde que, em simultâneo, o trabalhador entregue ou ponha, por qualquer forma, a totalidade da compensação paga pelo empregador à disposição deste último” — o que impedia, nalguns casos, que os trabalhadores pudessem contestar o despedimento.

O acórdão do Supremo dita que devem ser os prazos de contestação do despedimento (seis meses contados da data da cessação do contrato no caso de despedimento coletivo e de 60 dias no despedimento por extinção de posto de trabalho e por inadaptação) a servir de limite para a restituição da compensação ao empregador, dando ao trabalhador o tempo necessário para se aconselhar e ponderar se pretende ou não impugnar o despedimento, “não se justificando qualquer redução nesse período”.

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Uso dos solos rústicos para habitação exige “cautela”, reconhece setor

Enquanto o setor imobiliário sugere uma abordagem "cautelosa" na aplicação da medida do Governo para fomentar a oferta de habitação, os ambientalistas preferem outras soluções para a habitação.

Do setor imobiliário aos ambientalistas, o potencial em disponibilizar solos rústicos para construção de habitação, uma medida lançada recentemente pelo Governo com o objetivo de aumentar a oferta, é reconhecido. No entanto, apontam vários desafios na implementação da medida, desde a velocidade de execução até ao impacto no ambiente e ordenamento do território.

Enquanto o setor imobiliário sugere uma abordagem “cautelosa”, os ambientalistas preferem outras soluções para a habitação.

A medida em causa, lançada pelo Governo a 10 de maio no âmbito de um pacote com 30 medidas, consiste na alteração da lei dos solos para permitir o uso de solos rústicos para “soluções sustentáveis de habitação”. Estas soluções sustentáveis passam pela criação de habitação a custos controlados para arrendamento acessível, alojamento temporário ou oferta para casas de função para professores, forças de segurança, trabalhadores agrícolas, industriais e setor do turismo.

O solo rústico, explica a ANP/WWF, é aquele que não é urbano e, por isso, não permite qualquer tipo de construção, estando reservado para atividades agrícolas, pecuárias, florestais, conservação, valorização de recursos naturais, entre outros. De acordo com dados da Direção-Geral de Território partilhados pela mesma organização, em 2018 o solo rústico ocupava 94,8% do território continental.

José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, classifica a medida como “ambiciosa” e considera que tem o mérito de “desbloquear terrenos até agora subutilizados para o desenvolvimento habitacional, o que poderia ajudar a atenuar a escassez de oferta”, sendo “uma oportunidade considerável para desenvolvimento, se bem planeado“.

Apesar do potencial que lhe atribui, “é fundamental uma abordagem cautelosa e bem planeada para assegurar que a expansão habitacional em solos rústicos contribua positivamente para a sociedade“, para “evitar a urbanização excessiva e a perda de espaços naturais valiosos”, destaca José Cardoso Botelho.

Luís Filipe Silveira, diretor de Imobiliário da Hipoges Portugal, considera que a medida tem uma “perspetiva interessante para abordar a questão urgente da habitação acessível”, mas salienta também que “merece uma avaliação cuidadosa”, dado os possíveis impactos no setor agrícola e nas economias locais.

Implementação deverá ser demorada

O CEO da Vanguard Properties alerta que a própria eficácia como “resposta imediata” levanta desafios, nomeadamente regulatórios, ambientais e infraestruturais, “que podem prolongar a sua implementação“. Para Luís Filipe Silveira é claro que a medida “não terá efeitos imediatos”, tendo em conta a viabilidade económica para tornar estes terrenos urbanos e para construir as infraestruturas necessárias.

A criação de comunidades em solos rústicos “pode exigir investimentos substanciais em transportes, saneamento e serviços públicos“, alerta José Cardoso Botelho. Recolha de resíduos, fornecimento de água, saneamento e eletricidade são alguns dos serviços que a organização ambientalista Zero aponta como desafiantes para trazer para esta nova organização.

Na visão de Catarina Grilo, responsável da ANP/WWF, “a construção irá demorar tempo a ser planeada, autorizada, e executada, e entretanto, não só estaremos a impermeabilizar solos rústicos, que têm outra finalidade (agrícola, proteção ambiental), como se adiam medidas de intervenção no mercado da habitação que poderiam ser mais eficazes e imediatas”.

Ambientalistas preferem a reabilitação

Luís Filipe Silveira considera também que o impacto ambiental da conversão de solos rústicos em áreas habitacionais precisa de ser “cuidadosamente avaliado e mitigado“, pelo que será necessário implementar medidas que protejam habitats naturais, controlem o uso de recursos naturais e promovam práticas de construção sustentáveis.

O diretor da Hipoges Portugal acredita que é necessário envolver as comunidades locais, autoridades municipais, organizações da sociedade civil e empresas privadas, para que a iniciativa tenha sucesso. Na ótica da Zero, será difícil garantir que se previnam “os mais que previsíveis atropelos” aos instrumentos de gestão território, afirma o diretor Paulo Lucas.

“Não temos um problema de escassez de habitação, mas sim de escassez de habitação disponível no mercado”, alerta a diretora de Conservação e Políticas da ANP|WWF. Isto é, a habitação existe, mas não está disponível para venda ou arrendamento. “Assim, não faz sentido permitir construção onde ela não é até agora permitida (salvo algumas exceções), por razões de interesse público e de proteção ambiental“, conclui Catarina Grilo.

“É inegável que estas medidas poderão dar uma resposta à crise da oferta, mas colocam desafios significativos e impactes negativos em matéria de ordenamento do território. A aposta deveria desde logo promover a reabilitação de áreas degradadas e desocupadas e travar os fenómenos de gentrificação”, defende, também, a Zero.

Em paralelo, a diretora de Conservação e Políticas da ANP|WWF realça que a palavra “sustentável” é usada em função da finalidade da habitação (se é usada para professores, polícias, entre outros), o que “não significa que sejam usados quaisquer critérios de sustentabilidade na sua localização e construção“, e, portanto, não exige o uso de materiais reciclados e recicláveis ou integração na paisagem, por exemplo.

“Portugal devia estar a procurar planear a designação de áreas protegidas (naturalmente em solo rústico, e não em solo urbano) para cumprir a sua obrigação internacional de proteger eficazmente 30% da sua superfície terrestre até 2030, e não a procurar utilizar essas áreas com potencial valor natural para outras finalidades que levam à sua destruição”, remata ainda Catarina Grilo.

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Meo pretende duplicar clientes de energia até final do ano

  • Lusa
  • 27 Maio 2024

Empresa conhecida pelas telecomunicações tem como meta duplicar o número de clientes de energia até final do ano, sendo que atualmente conta com 50 mil.

A Meo tem como meta duplicar o número de clientes de energia até final do ano, sendo que atualmente conta com 50 mil, disse à Lusa fonte oficial da empresa detida pela Altice Portugal.

A Meo lançou em 22 de maio o “primeiro serviço mundial sustentável de telecomunicações e energia”, em que junta energia 100% verde ao negócio central das telecomunicações.

Questionada pela Lusa sobre que metas tem para o primeiro ano do lançamento desta oferta, fonte oficial da Meo disse: “A nossa meta é duplicar o nosso número de clientes na energia até ao final de 2024”. Atualmente, a Meo conta com 50 mil clientes de energia.

“Independentemente dos serviços que os clientes procurarem, o ‘universo’ Meo quer ser o principal provider [fornecedor] de serviços que ligam as pessoas à vida e ao futuro”, acrescentou a mesma fonte.

Sobre o objetivo da oferta telecom+eletricidade, fonte oficial da Meo explicou que visa “aproveitar as sinergias que existem entre os dois setores para lançar uma oferta que é diferenciadora e traz benefícios para o consumidor”.

A nova oferta “é transversal a todos os pacotes Meo, que passam a poder ser complementados com energia, se assim o cliente pretender, com benefícios cruzados nas componentes de telecom e de energia”, explicou.

Questionada sobre porquê o lançamento agora, fonte oficial da Meo sublinhou que a empresa, na sua área core (principal), as telecomunicações, “já atingiu a liderança em todos os segmentos”.

Numa posição “de liderança temos também a responsabilidade de pensar fora da caixa, de encontrar soluções novas que vão ao encontro das necessidades presentes e futuras dos nossos clientes. Isso vai além de simplesmente fornecer serviços de telecomunicações”.

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Hoje nas notícias: Supremo, sondagem e multas em Lisboa

  • ECO
  • 27 Maio 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Supremo Tribunal de Justiça fixou em seis meses o prazo da regra que obriga o trabalhador a devolver a compensação para contestar um despedimento. A maioria dos inquiridos numa sondagem da Intercampus considera Luís Montenegro melhor primeiro-ministro do que António Costa. As multas de estacionamento renderam 18 milhões de euros à Câmara de Lisboa em 2023. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Supremo dá mais tempo para contestar despedimento

O Supremo Tribunal de Justiça meteu um ponto final nas dúvidas que existiam há décadas quanto ao prazo para os trabalhadores devolverem a compensação ao empregador caso queiram contestar o seu despedimento nos tribunais. O acórdão de abril de 2024, que fixa jurisprudência, determina que a compensação tem de ser devolvida “até à instauração do procedimento cautelar ou ação de impugnação de despedimento”, o que, no caso de despedimento coletivo, são seis meses. Assim, na prática, os trabalhadores que contestem o seu despedimento não têm de devolver logo a compensação, mas só quando impugnarem no tribunal.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago) e no Público (acesso pago).

Maioria em sondagem vê Montenegro melhor primeiro-ministro do que Costa

Num barómetro da Intercampus para o Correio da Manhã, CMTV e Jornal de Negócios, 51,7% dos inquiridos apontaram Luís Montenegro como melhor primeiro-ministro, enquanto António Costa recolheu 38,4% das preferências, 9,2% não sabem ou não quiseram responder e 0,7% consideraram que são iguais. No entanto, as posições são diferentes quando se trata da escolha do melhor Executivo como um todo: o socialista foi considerado melhor por 47,3% dos inquiridos, enquanto o da coligação da Aliança Democrática é melhor para 41,7% dos respondentes. A amostra foi constituída por 609 entrevistas realizadas entre 12 e 20 de maio de 2024 e o erro máximo de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é cerca de 4%.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Lisboa cobrou 18 milhões em multas de estacionamento

As multas de estacionamento e contraordenação rodoviária renderam 18 milhões de euros à Câmara de Lisboa em 2023, dos quais 9,1 milhões foram cobrados pela Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), 7,8 milhões pela Polícia Municipal e 1,1 milhões pela PSP, GNR e outras autoridades. As coimas arrecadadas pela EMEL sobem todos os anos desde 2021, atingindo no ano passado o recorde absoluto, ainda que 18,4% das multas não tenham sido pagas.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível).

Recorde na imigração com mais de um milhão de estrangeiros

A população estrangeira residente em Portugal ultrapassou um milhão de pessoas pela primeira vez no final do ano passado, o que corresponde a um crescimento de 33% face a 2022. No total, em 2023, foram atribuídos 329 mil títulos de residência, mais 130% do que no ano anterior, de acordo com dados da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). Este crescimento acelerado, a par com o discurso anti-imigração da direita radical, explicam porque é que este tema se tornou dominante na campanha para as eleições europeias.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível).

Cabaz de medicamentos não sujeitos a receita subiu 14 euros este ano

Um cabaz com os 26 medicamentos não sujeitos a receita médica mais vendidos a nível nacional — que inclui analgésicos, anti-inflamatórios, cremes para queimaduras, soluções antisséticas, entre outros — custa, em média, 251 euros, mais 14 euros do que no ano passado, de acordo com um estudo da Deco Proteste. É mais caro comprar estes fármacos online ou nas farmácias de rua do que nos espaços de saúde dos supermercados, além de que há assimetrias geográficas: em Vila Real paga-se quase mais 40 euros do que na Guarda pelos mesmos medicamentos.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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Justiça espanhola não aprova a Superliga, que define como um projeto abandonado

  • Servimedia
  • 27 Maio 2024

Salienta que o acórdão do tribunal de Madrid reafirma que “já declarou em inúmeras ocasiões que não foi pedida nem será tomada qualquer decisão sobre a autorização do projeto da Superliga”.

O 17º Tribunal de Comércio de Madrid comunicou hoje a sua decisão sobre o caso da Superliga Europeia à LALIGA, que mantém que não apoia a competição, de acordo com a decisão do TJUE, e insiste que este procedimento não julga o projeto abandonado da Superliga, no qual também tem em conta as alterações da UEFA aos seus regulamentos de autorização de competição.

O acórdão afirma que “na medida em que a Superliga, nos termos inicialmente expostos na ação, ou seja, de acordo com o projeto inicial – nos termos expostos na ação – que foi abandonado e já foi descartado pelos próprios promotores, os pedidos a ela relativos devem igualmente ser julgados improcedentes”.

Num comunicado da LALIGA, a associação patronal reafirma a sua defesa de que “o projeto da Superliga Europeia é um debate que deve ter lugar no seio do futebol europeu, um ecossistema que já se manifestou várias vezes e de forma maioritária contra a Superliga, através das ligas nacionais, clubes, jogadores, adeptos, instituições públicas, etc.”.

Um argumento que está de acordo com o raciocínio do juiz, que especifica que “estamos perante um conflito regulamentar que afeta o modelo organizativo do futebol; caberá às partes intervenientes modificá-lo e adaptá-lo posteriormente; isto não determina que o objeto do procedimento seja a autorização de qualquer competição, mas sim lançar as bases para canalizar um sistema de livre concorrência na organização de competições de futebol”.

Por outro lado, apesar de durante estes meses ter sido difundida a ideia de que esta sentença trataria da autorização ou não da competição europeia alternativa de Florentino Pérez, o juiz esclarece com veemência que: “este juiz já afirmou em inúmeras ocasiões que a autorização do projeto da Superliga não foi pedida e não vai ser resolvida”.

O Tribunal de Comércio também não tem sido alheio às modificações da UEFA nas aprovações de novas competições e inclui na sua sentença que “a UEFA no ano de 2022 modificou os regulamentos do sistema de autorização prévia de tal forma que este foi ‘codificado’ e completado”, o que também está em linha com o que o TJUE decidiu recentemente.

SENTENÇA

Durante estes meses, muitas vozes se levantaram contra um projeto que, segundo elas, perpetua a participação de um pequeno número de privilegiados, restringindo o topo do futebol europeu a uma elite, em vez de um desporto aberto a todos. Assim, todas as competições nacionais europeias, incluindo as associações de adeptos, as federações e muitos clubes, alertaram para os perigos de uma tal competição.

A omissão de aspetos como a meritocracia desportiva e a solidariedade no projeto da Superliga promovido pela A22 levou todos os países da União Europeia (com exceção do governo espanhol, que aguardava esta resolução e após a qual se espera o seu pronunciamento oficial) a assinarem um documento em defesa do Modelo Europeu do Desporto.

Neste sentido, até o próprio Parlamento Europeu aprovou um relatório que defende “um modelo europeu de desporto que reconheça a necessidade de um forte compromisso com a integração dos princípios da solidariedade, sustentabilidade, inclusão, competição aberta, mérito desportivo e equidade, e que, por isso, se oponha fortemente a competições separatistas que ponham em causa estes princípios e comprometam a estabilidade do ecossistema desportivo em geral”.

A implementação da Superliga apenas com os clubes mais poderosos não só prejudicaria todas as competições nacionais, como também levaria à perda de dezenas de milhares de postos de trabalho e reduziria drasticamente as receitas fiscais para os cofres públicos em todo o continente. Só em Espanha, de acordo com um relatório da empresa de consultoria KPMG, tal significaria a perda de 55% das receitas globais da LALIGA e dos clubes e poria em risco uma indústria que gera mais de 194 000 empregos e 8 390 milhões de euros de impostos por ano, o que representa 1,44% do PIB.

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Episódio 2: LTPlabs, a consultora de gestão que usa modelos matemáticos para aumentar a rentabilidade das empresas

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  • 27 Maio 2024

LTP – “Long Term Partnerships”. É exatamente este o foco desta consultora de gestão: ser o parceiro-chave no crescimento sustentável das empresas.

Esta abordagem já valeu à LTPlabs a oportunidade de trabalhar com nomes de relevo como a SONAE MC, a Worten, a Super Bock Group, a NOS, ou a CUF.

Em 2015, Pedro Amorim, Bernardo Almada-Lobo e Luís Guimarães, três investigadores e professores na FEUP, querem aumentar a eficiência, a rentabilidade e a produtividade das empresas com recurso a modelos matemáticos.

A solução encontrada passa por aliar a investigação científica à experiência empresarial para criar modelos analíticos e preditivos que desbloqueiem o crescimento dos negócios.

Tendo a fórmula certa, a missão é muito clara: transformar os dados das empresas em conhecimentos valiosos. Já o conhecimento é convertido em ação.

Com o apoio da LTPlabs, as empresas sabem como antecipar vendas, quando e como alterar preços, como otimizar a gestão de recursos ou até quando abrir a próxima loja e que produtos vender.

São decisões informadas que ajudam negócios em vários setores como os do Retalho, Energia, Serviços, Logística, ou Transportes, por exemplo.

Presente no mercado há 7 anos, a LTPlabs conta com mais de 80 LTPpeers e impacta o mercado nacional e internacional.

Curiosos? Fiquem a conhecer a LTPLabs com este episódio do Tech Refresh:

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O dia em direto nos mercados e na economia – 27 de maio

  • ECO
  • 27 Maio 2024

Ao longo desta segunda-feira, 27 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Os tempos de espera para consultas externas e operações na Comunidade Autónoma de Madrid diminuem em abril

  • Servimedia
  • 27 Maio 2024

Redução de quatro dias nas consultas externas e de três dias nas operações em relação a março; atraso nos exames de diagnóstico aumenta um dia.

Em abril, o tempo de espera para consultas ambulatoriais na Comunidade de Madrid diminuiu 0,33%, passando de 703.805 pacientes em março para 701.443 atualmente. Da mesma forma, o tempo de espera para consultar um especialista diminuiu 4 dias no último mês para uma média de 60,84 dias, enquanto a média nacional é de 101 dias, de acordo com o relatório SISLE para os últimos seis meses de 2023.

Por outro lado, também houve uma queda de 3,57% no número de pessoas em Madrid que aguardam exames de diagnóstico – no mês anterior havia 206.357 pessoas no total e em abril o número caiu para 198.994. No entanto, a demora média para a realização de ressonâncias magnéticas, colonoscopias e outros tipos de exames aumentou um dia no último mês, para 62,11 dias.

No que diz respeito às operações não urgentes, a situação inverteu-se; embora o número de doentes tenha aumentado 1,04%, passando de 77 660 doentes para 78 470, o número de dias para entrar no bloco operatório diminuiu de 50,29 dias em março para 47,30 dias em abril. Este valor melhora a média regional obtida pela Comunidade de Madrid no último relatório do Ministério da Saúde, no qual foi classificada como a região com o menor tempo de espera para cirurgia em Espanha, com uma média de 63 dias.

HOSPITAIS DE GESTÃO MISTA

Os últimos dados fornecidos por Madrid continuam a posicionar a região como uma das regiões com os tempos de espera mais curtos para os cidadãos em todo o país. No entanto, a extensa rede de hospitais do CAM apresenta nuances importantes.

Assim, os hospitais onde os doentes esperam menos por consultas com médicos especialistas são todos de gestão mista e os seus tempos de espera são inferiores a um mês (menos um mês do que a média regional em abril). São eles o Hospital Universitário Geral de Villalba, com 24,45 dias; a Fundação Jiménez Díaz, com 24,91 dias; o Hospital Universitário Infanta Elena, com 25,14 dias; e, por último, o Hospital Universitário Rey Juan Carlos, com 27,65 dias.

Na categoria 3 de alta complexidade, à qual pertence a Fundación Jiménez Díaz (24,91 dias), encontram-se outros hospitais como o Gregorio Marañón (35,24 dias), o 12 de Octubre (54,77 dias), o Clínico San Carlos (56,20 dias), o La Paz (85,18 dias) ou o Ramón y Cajal (89,22 dias).

No grupo 2 de média complexidade, que inclui o Hospital Villalba (24,45) e o Rey Juan Carlos (27,65), existem outros centros com atrasos inferiores a dois meses, como o Torrejón (33,70 dias), a Fundación Alcorcón (53,37 dias), mas também outros como o Getafe (67,94 dias) ou o Príncipe de Astúrias, que com 95,53 dias é o centro com o maior atraso em todo o CAM para consultas externas.

Finalmente, outros valores para os hospitais de baixa complexidade do grupo 1, aos quais corresponde o Infanta Elena (25,14 dias), são 39,78 dias como o Infanta Cristina; 46,39 dias como o Tajo; ou 69,80 dias como o Sureste, para citar alguns exemplos.

Uma situação semelhante ocorre no tempo de espera para operações. Mais uma vez, repetem-se os hospitais com atrasos inferiores a um mês: Villalba, com 14,90 dias; Infanta Elena, com 17,61 dias; Fundación Jiménez Díaz, com 22,67 dias; e Rey Juan Carlos, com 26,38 dias. Nesta ocasião, o Hospital de Santa Cristina também teve um excelente registo, com 22,79 dias para ser operado. Mais uma vez, o Príncipe das Astúrias volta a ser o centro com a maior demora acumulada no CAM, com 70,88 dias.

Na secção de exames de diagnóstico, 8 hospitais têm tempos inferiores a um mês. Entre eles, o Hospital Universitário de Torrejón, com 14,46 dias; o Central de la Cruz Roja San José y Santa Adela, com 16,44 dias; o Infanta Elena, com 19,24 dias; o Villalba, com 22,96 dias; o Rey Juan Carlos, com 23,58 dias; o Niño Jesús, com 23,89 dias; a Fundación Jiménez Díaz, com 24,33 dias; e o Puerta de Hierro Majadahonda, com 30,58 dias. No entanto, os atrasos nos exames de diagnóstico ultrapassam os três meses no Infanta Sofía (103,63 dias) e no Infanta Cristina (116,88 dias) e chegam a mais de quatro meses no Sureste (130,29 dias).

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Indra torna-se a melhor empresa de Ibex três anos após a chegada de Murtra

  • Servimedia
  • 27 Maio 2024

Desde 2021 com Marc Murtra, a empresa iniciou um processo de transformação com o setor da defesa como foco principal, um projeto que foi recebido positivamente pelos investidores.

Nestes anos, a cotação das ações da Indra quase triplicou, convertendo-se na empresa mais alta do Ibex 35 e alcançando novos máximos históricos. Como marco desta transformação, em março deste ano, a empresa apresentou o seu novo plano estratégico com o qual pretende “passar para outra dimensão”, centrando-se na “defesa, aeroespacial e tecnologias digitais avançadas”.

“O objetivo de Leading the Future é fazer da Indra a multinacional espanhola de referência em defesa, aeroespacial e tecnologias digitais avançadas. Países vizinhos como o Reino Unido, Itália e França já executaram esta visão, consolidando o seu setor de Defesa e Aeroespacial sob os seus próprios campeões nacionais através de um processo que durou mais de uma década. Este processo é crucial para reforçar a autonomia estratégica em Espanha e a Indra aspira a liderar o ecossistema nacional em menos de 10 anos”, explicou Marc Murtra durante a apresentação.

Neste contexto, a aposta da empresa no setor da defesa tem sido o principal foco dos analistas e investidores. “Espera-se que esta divisão cresça graças ao aumento das necessidades de investimento dos países europeus. É de salientar que alcançar o objetivo de 2% do PIB para o investimento em defesa significaria um gasto adicional de 200.000 milhões em comparação com o nível atual e a Indra é um dos atores mais bem posicionados para beneficiar desta situação”, explicou a Bestinver.

O plano estratégico da Indra prevê que a divisão de defesa lidere o crescimento da empresa, aumentando as receitas a um ritmo de 12% por ano entre 2023 e 2026, em comparação com os 7% previstos para o grupo no seu conjunto.

“A empresa goza atualmente de uma situação privilegiada, uma vez que as suas duas principais atividades apresentam uma situação macroeconómica muito positiva, com um forte crescimento previsto e uma elevada procura de serviços”, declarou o GVC Gaesco.

MERCADO ACCIONISTA

Apesar da revalorização que a empresa vem sofrendo na bolsa de valores nos últimos anos, analistas ainda veem espaço para crescimento das suas ações. De acordo com a S&P Global Market Intelligence, o preço-alvo de consenso é de 22,13 euros por ação, o que representa um potencial de cerca de 10%.

Assim, nenhum dos 16 analistas que seguem a empresa recomenda a venda das suas ações, 11 aconselham a compra e cinco dão uma recomendação de manutenção. Neste sentido, o analista mais otimista em relação à Indra é a Bernstein, que aumentou a sua avaliação da empresa para 29 euros após a apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

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