Portela vai ser reforçada, mas aeroporto é para fechar

Plano do Executivo prevê aumento da capacidade do Humberto Delgado até aos 45 milhões de passageiros, através de investimentos na pista, nos terminais e no sistema de tráfego aéreo.

Com um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete a dez ou quinze anos de “distância”, o Governo pretende avançar com um reforço da capacidade do Humberto Delgado, para responder à saturação da infraestrutura. Investimentos permitirão aumentar o número de passageiros por ano de 33,6 milhões para entre 40 a 45 milhões. Aeroporto deverá ser desativado quando Alcochete for alternativa.

A expansão do aeroporto Humberto Delgado é uma das três resoluções aprovadas pelo Conselho de Ministros esta terça-feira, a par da escolha do Campo de Tiro de Alcochete para a construção de uma nova infraestrutura e do lançamento da linha de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid.

O Governo entende que face à situação de “congestionamento operacional” do aeroporto Humberto Delgado, a ANA, a concessionária, “deve maximizar a capacidade operacional” até à abertura da nova infraestrutura.

O Ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, avançou após a reunião do Conselho de Ministros que a ANA propôs-se a avançar em outubro com as obras já aprovadas no âmbito da resolução aprovada pelo anterior Executivo em outubro. “Obras são para cumprir obrigação contratual. A A ANA tem que se obrigar ao contrato que assinou“, disse. “Trabalharemos de fora cinérgica entre concedente e concessionária. Iremos garantir que os portugueses não perderão no final do dia”, acrescentou.

O objetivo passa por elevar os movimentos por hora na Portela dos atuais 38 para 45 e acrescentar mais dois a partir do Aeródromo Municipal de Cascais, o que permitiria elevar o número de passageiros transportados de 33,6 milhões para entre 40 e 45 milhões por ano. Não é avançado um prazo ou custo para as obras, que vão integrar a negociação com a ANA, no âmbito do novo aeroporto.

O Executivo defende que, face ao impacto ambiental do Humberto Delgado, este deve ser desativado quando o novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete estiver em operação. Está, por isso, previsto avaliar com a concessionária “um modelo de transferência do tráfego do AHD, após entrada em operação do Novo Aeroporto de Lisboa”. O phasing out poderá demorar um ano ou mais.

O plano inclui os investimentos já previstos no âmbito da resolução aprovada pelo anterior Executivo em dezembro, para a realização de obras no aeroporto Humberto Delgado pela ANA. São elas a ampliação do Terminal 1, com a instalação de mais mangas, a melhoria operacional do sistema de pista e a implementação de um novo sistema de navegação aérea pela NAV – Navegação Aérea de Portugal. Intervenções que exigem a desafetação do aeródromo de Figo Maduro do uso militar e a transferência de grande parte dos jatos privados para o Aeródromo Municipal de Cascais e outros.

No entender do atual Governo, e após contactos com a NAV, estas intervenções já permitirão elevar para 42 o número de movimentos. Para chegar aos 45 são necessários mais investimentos na pista, nomeadamente nas taxiways e na placa de estacionamento, bem como “investimentos nos terminais existentes e novos terminais, acessibilidades, e outros que melhorem a qualidade do serviço no AHD.

Com este objetivo, a resolução do Conselho de Ministros aprova o desenvolvimento pela NAV de um plano de expansão do espaço aéreo de Lisboa, recorrendo à implementação dos sistemas point merge e Topsky. Determina ainda o estudo de alternativas para maximizar a utilização do espaço de Figo Maduro, através do IMT e da ANAC, em colaboração com o Ministério da Defesa Nacional.

Ainda neste âmbito será criado um grupo de acompanhamento para o processo de expansão da capacidade do Humberto Delgado, liderado por um membro do gabinete da área das infraestruturas e composto por representantes das várias entidades envolvidas.

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Terceira Travessia do Tejo e Alta Velocidade avançam. Lisboa ficará a três horas de Madrid

Conselho de Ministros aprovou resolução para avançar com a linha de Alta Velocidade entre as duas capitais ibéricas. Conclusão prevista para 2034.

O Conselho de Ministros aprovou esta terça-feira uma resolução que lança o projeto da Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid, onde se inclui a Terceira Travessia do Tejo, que deverá ser rodoferroviária. Nova linha permitirá a ligação ao futuro aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete e viajar entre as duas capitais ibéricas em apenas três horas. Obra só deverá estar concluída em 2034 e tem um custo estimado de 3,9 mil milhões de euros.

Além da localização do novo aeroporto de Lisboa – o Campo de Tiro de Alcochete – e de novas obras no Humberto Delgado, o Governo aprovou a realização dos estudos para avançar com a Terceira Travessia do Tejo (TTT), entre Chelas e o Barreiro, peça central da ligação em alta velocidade até Madrid. Foi aprovada uma autorização de despesa de quatro milhões de euros.

A TTT tem atualmente um custo estimado de 2,2 mil milhões de euros e será construída e explorada em modelo de Parceria Público-Privada (PPP). A atual concessão da Lusaponte (detida em 41% pela Vinci, dona da ANA), para a 25 de Abril e a Vasco da Gama, termina em março de 2030 e o Governo pretende a definição de um novo modelo de concessão e gestão para as três pontes, que inclua também a construção da nova, conforme prevê a resolução do Conselho de Ministros.

O Executivo deixa em aberto se será uma ponte apenas ferroviária (custo estimado de 1,7 mil milhões) ou também rodoviária (2,2 mil milhões), embora se incline mais para esta segunda opção, a preferida dos autarcas da margem sul. Os estudos ajudarão a definir o modelo.

A TTT será também determinante para o acesso em comboio rápido ao futuro aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete. O Governo aponta também o “aumento da competitividade dos serviços ferroviários entre Lisboa e a região sul, Alentejo e Algarve, com redução de cerca de 30 minutos face aos percursos atuais, por exemplo na ligação entre a capital e Setúbal. Já o tempo até ao Barreiro será encurtado em 10 minutos.

“Redução da pressão habitacional sobre o concelho de Lisboa” e “dinamização económica do ‘Arco Ribeirinho Sul’ são outras vantagens apontadas.

A futura linha de alta velocidade até Madrid já tem um troço em construção, entre Évora e Elvas, lançado pelo anterior Governo, e que deverá entrar ao serviço no próximo ano. Terão ainda de ser lançados os troços entre Lisboa e Poceirão e entre Poceirão e Évora. O custo total estimado é de 1,7 mil milhões de euros, a que se poderão juntar cerca de 300 milhões caso seja decidido o alargamento da linha e construção de uma nova estação em Évora. Tudo somado, o investimento andará entre os 3,9 e os 4,1 mil milhões. O Estado poderá concorrer ainda a fundos europeus, nomeadamente do Mecanismo Interligar a Europa.

A resolução do Conselho de Ministros prevê que “a calendarização dos investimentos seja devidamente compatibilizada com Espanha, de forma a garantir uma execução coordenada e atempada do projeto”. O que, neste momento, atira a conclusão da linha de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid para 2034.

Esta linha vai assim avançar em conjunto com a ligação entre Porto e Lisboa, que tem um primeiro concurso já lançado, e entre Porto e Vigo.

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Governo aprova aeroporto em Alcochete e garante que contribuintes não pagam infraestrutura

Executivo promete "estudar um modelo de financiamento sem aporte do Orçamento do Estado". Não se compromete com estimativas de custos, mas situa valor entre os 6.000 e os 8.000 milhões.

Está confirmada a escolha do Campo de Tiro de Alcochete para a localização do novo aeroporto da região de Lisboa. A decisão foi aprovada em Conselho de Ministros esta terça-feira, em São Bento. Com este anúncio, o primeiro-ministro cumpre assim uma das suas promessas eleitorais: anunciar uma decisão célere sobre a localização do novo aeroporto, tema que está na gaveta há quase 50 anos. O novo aeroporto chamar-se-á Luís de Camões, anunciou Luís Montenegro.

O Governo assume o aeroporto único como a solução mais adequada aos interesses do país. Alcochete garante margem de expansão física, acomodação de procura até praticamente o triplo da atual, salvaguarda da manutenção e crescimento possível do hub da TAP em Portugal”, afirmou o primeiro-ministro durante a sua declaração ao país, esta noite.

O Governo não se compromete com uma estimativa para o custo da obra, aguardando a proposta que venha a ser apresentada pela ANA – Aeroportos de Portugal, a concessionária. Mas ao que o ECO apurou, o montante avançado no estudo da Comissão Técnica e Independente (CTI) é considerado demasiado baixo. A CTI apontou que a construção de duas pistas no Campo de Tiro de Alcochete terá um custo total de cerca de 6,1 mil milhões de euros. Já a concessionária chegou a apontar para 8 mil milhões.

“O preço [avançado no relatório da CTI] achamos que está baixo. Contempla 26% a mais do que se praticava em 2019. Nós acreditamos que não será tanto como a estimativa da Ana, que no passado apontou para 8 ou 9 mil milhões. Acreditamos que será qualquer coisa entre estes dois valores”, afirmou o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros. “Mas isto não é de achismos. Vamos trabalhar para apresentar valores credíveis aos Portugueses”, afirmou.

O Executivo liderado por Luís Montenegro aponta, no entanto, o compromisso de “estudar um modelo de financiamento sem aporte do Orçamento do Estado“. Isto é, sem dinheiro dos contribuintes. Ou seja, seria pago com a receita das taxas aeroportuárias cobradas pela ANA, cenário também avançado pela CTI. O mesmo não acontece com as acessibilidades, que necessitarão de investimento público.

Também não é assumido um prazo para ter a obra terminada, embora a expectativa do Governo é que as companhias aéreas possam estar a voar do Campo de Tiro de Alcochete dentro de 10 a 15 anos, bem mais do que os seis a sete apontados pela CTI. Daí que Conselho de Ministros tenha aprovado também novos investimentos a realizar pela ANA no Humberto Delgado, para aumentar a capacidade dos 38 movimentos por hora para 45.

Governo vai negociar prazos mais curtos

Para apressar o novo aeroporto, o Governo vai negociar com a concessionária para reduzir prazos, que só para o desenvolvimento do projeto podem ultrapassar os três anos e meio. A ANA tem seis meses para elaborar um relatório inicial (“High Level Assumption Report“) e mais 30 dias para a preparação da candidatura. Segue-se a entrega de vários documentos e estudos: Relatório das Consultas, Relatório sobre o Local Selecionado e Estudo de Impacto Ambiental, Relatório Técnico, Relatório Financeiro e Candidatura Completa, num total de 36 meses.

O Campo de Tiro de Alcochete – que, numa primeira fase, funcionará em conjugação com o Humberto Delgado até a localização na margem sul ter em funcionamento as duas pistas previstas, evoluindo, por fim, para aeroporto único – foi sempre a escolha de eleição da CTI para a localização do futuro aeroporto por reunir as melhores condições entre as restantes avaliadas.

É também a solução preferida pelo atual secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, com quem o Governo já manteve contactos. Luís Montenegro acordou, ainda com o ex-primeiro-ministro António Costa, uma metodologia para uma decisão consensual, que passou pela criação da CTI.

A nova infraestrutura servirá para aliviar as pressões sentidas no atual aeroporto de Lisboa, fruto do crescimento do tráfego. Só entre 2019 e 2023 – altura marcada também pela pandemia – o tráfego aéreo no Aeroporto Humberto Delgado subiu 7,7% para 33,6 milhões de passageiros. E vai continuar a subir.

Num cenário em que não existe alternativa ao Aeroporto Humberto Delgado, as estimativas apresentadas pela CTI preveem que até 2030, os passageiros anuais rondem os 35 e os 38 milhões de passageiros, e superem a capacidade do aeroporto de Gatwick, em Londres, (40,9 milhões por ano) na década de 2040. Nessa altura, estima a CTI, o aeroporto de Lisboa receberá até 49 milhões de pessoas e chegará a meados do século com um máximo de 110 milhões de passageiros a desembarcar naquele aeroporto. O ECO sabe, no entanto, que o Governo considera estas projeções da CTI demasiado otimistas.

A incapacidade da infraestrutura dar conta do aumento da procura reflete-se nos números: no ano passado, Lisboa ocupou o 19º lugar no ranking de conectividade direta em 20 aeroportos e regista apenas 52,5% de pontualidade à partida.

Airport Industry Connectivity Report, 2023 – Ranking de conectividade diretaAirport Industry Connectivity Report, 2023

 

Mas as pressões são também sentidas fora da infraestrutura devido à sua proximidade com o centro da cidade, o que suscita por seu turno preocupações ambientais. Segundo a Agência Europeia do Ambiente, Lisboa ocupava, em 2019, o segundo lugar de capital com mais habitantes expostos ao ruído aeronáutico.

Então, porquê Alcochete?

Face à evolução do tráfego de passageiros, o CTI indicou ao Governo anterior liderado por António Costa que o Campo de Alcochete seria a melhor solução para o novo aeroporto, e Luís Montenegro – embora tivesse admitido recorrer a um grupo de trabalho formado pelo PSD para analisar as opções em cima da mesa – concordou.

Segundo a equipa liderada por Rosário Partidário, o aeroporto em Alcochete permite não só acomodar a procura até e depois de 2050, como também mitigar os impactos ambientais e sociais sentidos na região de Lisboa, uma vez que o Campo de Alcochete situa-se numa zona de baixa densidade populacional e em terrenos maioritariamente públicos. A localização precisará, no entanto, de uma nova Declaração de Impacte Ambiental (DIA), já que atual encontra-se caducada.

A localização na margem sul permite ainda descentralizar o tráfego do centro de Lisboa, impulsionando a aposta na ferrovia, e acomodar os planos de expansão da TAP. Os dados preliminares da companhia aérea indicam que, até 2050, a TAP deverá somar entre 190 e 250 aeronaves. Neste momento, a companhia aérea dispõe de 71 aeronaves.

E não só. A nova infraestrutura permitiria atuar como catalisador da atividade económica da zona do Arco Ribeirinho do Sul e ainda desenvolver o conceito de cidade aeroportuária, ou Airport City, isto é, uma cidade que reúna todos os serviços e instalações concebidos para facilitar os viajantes.

Mas tudo isto levará tempo, realidade que não agrada ao Governo e que motivará negociações com a ANA para abreviar os prazos. Entre o relatório inicial emitido pela ANA e o pedido de preparação de candidatura ao novo aeroporto de Lisboa, serão precisos sete meses. Depois, a concessionária necessita de até três anos para apresentar a candidatura, documento que precisará, entre vários, de um relatório sobre o local selecionado, um estudo de impacte ambiental e ainda um relatório financeiro sobre o projeto.

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Zelenski cancela visita a Portugal

  • ECO
  • 14 Maio 2024

O presidente ucraniano afinal já não vai visitar Portugal e Espanha, dada a frágil situação da Ucrânia no conflito com a Rússia.

O presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, cancelou as visitas a Portugal e Espanha, adianta a CNN Portugal. A delicada situação interna na Ucrânia terá sido o argumento para suspender a viagem à Península Ibérica.

Esta seria a primeira visita do presidente ucraniano a Portugal desde a invasão russa à Ucrânia. Em setembro de 2023 também esteve prevista uma visita de Zelensky a Portugal que foi adiada.

Na agenda do chefe de Estado estava previsto a assinatura de um acordo bilateral de segurança, em Espanha, com o objetivo de garantir apoio militar a Kiev a médio prazo.

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Portugal e Espanha consideram prioritário avançar com alta velocidade entre dois países

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

"Nós queremos duas ligações a Espanha, pelo menos, e portanto para nós, ambas têm importância", disse Paulo Rangel, ao lado do homólogo espanhol.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e de Espanha realçaram esta terça-feira as “excelentes relações” bilaterais e consideraram prioritário avançar com as ligações de comboio de alta velocidade entre os dois países.

Para Espanha é prioritário melhorar as infraestruturas que nos comunicam com Portugal e temos um especial interesse nas linhas de alta velocidade, tanto a conexão entre Madrid e Lisboa como com Vigo”, afirmou o ministro espanhol, José Manuel Albares, que destacou ainda a importância de serem concretizadas duas pontes rodoviárias internacionais já anunciadas sobre os rios Sever e Guadiana.

Também o ministro português, Paulo Rangel, disse que Portugal e Espanha começaram já a trabalhar na próxima cimeira ibérica, em 23 de outubro, que terá na agenda “claramente as conexões” na área da energia e da ferrovia e algumas rodoviárias. Albares e Rangel reuniram-se em Madrid e, segundo o ministro português, houve consenso entre as duas partes em relação às ligações de comboio de alta velocidade e ao “mesmo grau de prioridade” que deve ter a linha entre Madrid e Lisboa e aquela que está prevista para unir Lisboa, Porto e Vigo (norte de Espanha).

“Nós queremos duas ligações a Espanha, pelo menos, e portanto para nós, ambas têm importância”, disse Paulo Rangel, que sublinhou que Portugal tem também “que acautelar” a ligação em alta velocidade das duas maiores cidades do país (Lisboa e Porto). “Temos de ter os dois planos ao mesmo tempo”, afirmou.

Nem Rangel nem Albares se comprometeram com um calendário para a concretização das ligações de comboio de alta velocidade entre os Portugal e Espanha. Os dois ministros realçaram as “excelentes relações” bilaterais de Portugal e Espanha, permitidas e consolidadas por 50 anos de democracia.

Num momento que Espanha tem um governo de esquerda e Portugal um executivo de direita, Rangel lembrou que diferentes cores e partidos nunca perturbaram as relações ibéricas nos últimos 40 anos e disse que assim continuará a ser. “Espanha é uma prioridade para Portugal, não para um partido ou um governo. É uma prioridade do Estado português”, afirmou.

Rangel e Albares sublinharam que Portugal têm excelentes relações bilaterais, mas também no âmbito multilateral, com destaque para as posições comuns e conjuntas na União Europeia. Esta foi a primeira viagem ao estrangeiro de Paulo Rangel para uma reunião bilateral formal com um homólogo.

Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, fez a primeira viagem oficial a Espanha, para um encontro, no mês passado, com o presidente do Governo, Pedro Sánchez.

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“A disrupção com os direitos desportivos em sinal fechado é o desafio deste ano”, diz Daniel Oliveira

A ideia foi defendida no Encontro de Produtores Independentes de Televisão, evento que visa refletir e debater os temas do audiovisual internacional e nacional.

O grande desafio deste ano passa pela disrupção que vai existir com os direitos desportivos que foram para sinal fechado a partir da próxima época“, defendeu Daniel Oliveira, diretor geral de entretenimento da SIC, na nona edição do Encontro de Produtores Independentes de Televisão.

Esta alteração vai ter impacto ao nível do racional económico para o mercado português e para os canais que vão deixar de transmitir as competições europeias, sendo que a TVI transmitia a Liga dos Campeões e a SIC a Liga Europa, disse o profissional da SIC no evento organizado pela Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT).

Além de os canais deixarem de ter essa audiência, é importante analisar como os generalistas vão ser impactados pela transmissão desses jogos noutras plataformas, “não só pelo crescimento que vão ter, mas também os canais que acompanham os jogos”.

Que impacto é que isso vai ter na CMTV? Acho que isso vai ser algo que os generalistas vão ter de se adaptar e ter uma programação que seja competitiva“, acrescentou.

Por outro lado é preciso também perceber se é possível “reforçar os mecanismos contra a pirataria”, que já tem um peso grande, segundo Daniel Oliveira, que referiu a existência de cerca de 800 mil boxes piratas em Portugal, número que pode vir a agravar-se perante esta perspetiva de o futebol ficar “ainda mais fechado”.

José Fragoso, diretor de programas da RTP, defendeu então que o combate à pirataria “devia ser mais assertivo”. “Conhecemos muita gente que faça pirataria mas não conhecemos ninguém que tenha sido preso por isso“, disse.

Já de forma geral, o grande desafio da indústria audiovisual passa por continuar a gerar conteúdo, seja qual a forma que seja distribuído, defendeu também Daniel Oliveira.

“Se uma novela é vista de uma vez ao fim de semana, ou se o jovem vê no smartphone ou no televisor tradicional, para nós isso é mais ou menos indiferente. Acho que o grande desafio que a indústria tem passa por continuar a gerar conteúdo, acho que é esse o nosso core: conteúdo e inventário de vídeo“, afirmou.

Segundo o profissional da SIC, os operadores com o serviço de Playce também já “conseguem monetizar de alguma forma o modo como esses conteúdos são distribuídos e visionados”.

Um dos desafios que os canais têm é assim o de como conseguir “captar a atenção das pessoas” nessas diferentes plataformas. “Porque nós não concorremos só uns com os outros [generalistas] concorremos pela atenção que as pessoas dedicam ao tempo que têm para consumir conteúdos de televisão“, acrescentou, nomeadamente com outras plataformas de streaming, que estão também a fazer uma adequação ao modelo que era o dos canais generalistas, tendo já começado a incorporar publicidade, por exemplo.

Concordante com a ideia de que já não se fazem canais lineares, José Fragoso disse também que o desfio é garantir que todos os públicos – desde o que assiste ao Zig Zag até às pessoas que veem o Preço Certo – estão servidos, “quer na oferta linear, quer na disponibilização desses conteúdos em plataforma”.

Estamos num momento de transição. Nós também somos plataforma. Daqui a uns anos vamos todos ser plataforma, a questão é como essas plataformas interagem, como estão montadas, estruturadas, produzem, e dividem receitas entre elas. Mas somos todos plataformas“, defendeu.

Para João Patrício, diretor executivo de entretenimento e ficção da TVI, o desafio diário é “conhecer o público, não desiludir os nativos, mas simultaneamente ir piscando o olho a outros que estão disponíveis”.

Sobre o tema da inteligência artificial, que pautou a edição do encontro deste ano da APIT, João Patrício considera que esta deve ser vista como algo facilitador do trabalho mas que não o pode desumanizar.

Tenho resistências em acreditar que a televisão vá ser toda feita por máquinas. Isso não vai acontecer“, afirmou o diretor executivo de entretenimento e ficção da TVI, defendendo que esta tecnologia ajuda de facto a embelezar o trabalho final na produção audiovisual, mas que não pode “engolir” todo o processo humano.

Já Daniel Oliveira considera que a IA traz uma série de mecanismos que podem ser “virtuosos” para a produção de conteúdos de ficção. “Vamos caminhar para aí, há perigos, mas acho que aquilo que há de potencial positivo vai acabar por ser explorado. O desafio passa muito por como conseguimos utilizar essas ferramentas”, afirmou, acrescentando que na indústria audiovisual não vai haver nenhum “planalto”, mas que se vai antes estar em constante disrupção.

Tenho mais medo da estupidez natural do que da inteligência artificial”, disse José Fragoso, por seu lado, defendendo que os algoritmos podem ser treinados de várias formas, inclusive numa ótica de serviço público que pode ajudar a levar as pessoas a verem outras coisas.

Relembrando que o entretenimento foi um setor que despertou rapidamente para este tema – exemplificando com as manifestações que decorreram nos EUA – José Fragoso disse, no entanto, que “nunca podemos ficar descansados” e que têm de haver códigos de conduta e os mesmos serem respeitados.

Os três profissionais concordaram com a necessidade de se trabalhar a pluralidade da representação de género nos conteúdos audiovisuais e na sua produção.

José Fragoso adiantou que é muito importante que esse trabalho seja feito na ficção assim como a informação e Daniel Oliveira defendeu que ainda há muitos passos para dar mas que o caminho está a ser feito. Já João Patrício diz que esta preocupação tem de ser encarada numa lógica “até de cidadania de todos nós” e que este caminho tem ser percorrido da forma mais justa possível, ressalvando que “todos temos uma responsabilidade muito grande nesta matéria”.

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Holding de seguros pet lança plataforma global

  • ECO Seguros
  • 14 Maio 2024

A JAB Holding, que gere 20 marcas de seguros pet na Independence Pet Holding e na Pinnacle Pet Group, recrutou um especialista para administrar 50 mil milhões de dólares de ativos.

A principal acionista da Pret a Manger, JAB Holdings, anunciou em comunicado esta segunda-feira que irá criar uma plataforma de seguros global e estabelecer uma empresa de gestão ativos sob a liderança de Anant Bhalla, que se juntou à empresa este mês como sócio sénior e diretor de Investimentos.

Klaus Farf, aqui com a co-fundadora da JAB Holding Katharina Farf, quer diversificar e seguros e gestão de ativos são o caminho.

Com este passo, pretende-se diversificar o portefólio de investimentos da JAB, disse Peter Harf, Managing Partner, fundador e Chairman da JAB citado em comunicado.

“Atualmente, a JAB gere mais de 50 mil milhões de dólares de ativos, incluindo de seguros para animais de estimação em rápido crescimento. Iremos expandir o nosso sucesso no setor dos seguros com a construção de uma plataforma global de seguros e de gestão de ativos liderada por um dos veteranos mais bem-sucedidos do setor. Anant é um talento incrível com um historial comprovado de criação de valor sustentável através da convergência entre a gestão de ativos e os seguros. Temos muita sorte em recebê-lo a ele na parceria JAB”, disse Joachim Creus, Managing Partners, Vice Chairman e CEO da JAB.

A holding já detém mais de 20 marcas de seguros para animais, através da Independence Pet Holding e Pinnacle Pet Group, que atuam em mais de uma dezena de países e seguram mais de 5 milhões de animais. Prevê alcançar mais de 3 mil milhões de dólares em receitas em 2024.

O seguro para animais de estimação, que se situa no cruzamento entre produtos de consumo e seguros, foi um primeiro passo natural para a JAB“, acrescentou Frank Engelen, sócio-gerente e diretor financeiro da JAB. “À medida que nos expandimos para além dos produtos de consumo, as nossas prioridades incluem a criação de um negócio global de seguros e e capacidades de gestão de ativos temáticos, diversificando significativamente a carteira de investimentos da JAB em benefício dos nossos accionistas”.

Bhalla supervisionará o desenvolvimento do negócio global de seguros da JAB e o seu negócio de gestão de ativos centrados no investimento em balanços de seguros em setores temáticos para além dos bens de consumo e serviços. “O futuro dos seguros é o capital permanente”, afirmou Bhalla. “Não podia estar mais entusiasmado por me juntar a Peter, Joachim e Frank, que estão a moldar a evolução do ecossistema da JAB para as gerações futuras, e estou entusiasmado com a arte do possível para o mercado de seguros à medida que aproveitamos a base de capital permanente e perpétuo da JAB”, acrescentou.

Bhalla foi presidente e CEO da American Equity Investment Life Holding Company (AEL) desde 2020 tendo liderado a sua venda. Há 24 anos no setor segurador, já ocupou vários cargos de chefia em seguros e gestão de ativos, tendo passado pela Brighthouse financial, MetLife, MetLife’s U.S. Retail Insurance Business, American Internacional Group, Lincon National Corporation e Ameriprise Financial.

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Bestinver propõe dividendo de 38 cêntimos por ação da Ibersol

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

A administração da Ibersol indicou que iria propor o pagamento de dividendos no valor de 13,5 cêntimos por ação na reunião magna do dia 29.

A gestora de fundos Bestinver propôs esta terça-feira a distribuição de um dividendo de 38 cêntimos por ação da Ibersol, acima da proposta da administração. A Ibersol enviou esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) um aditamento à convocatória para a sua assembleia-geral, agendada para 29 de maio, incluindo as propostas da Bestinver, que detém mais de 2% da empresa.

Esta acionista propõe a distribuição de “um dividendo de 38 cêntimos por ação, que deverá ser pago através das reservas livres”. A este valor soma-se, segundo a mesma proposta, a distribuição de reservas livres no valor de 32 cêntimos por ação.

Esta segunda-feira, a ATPS, maior acionista da Ibersol, avançou que propôs aos acionistas da empresa a distribuição de um dividendo bruto de 50 cêntimos por ação relativo ao exercício de 2023, mais do triplo dos 13,5 cêntimos por ação anteriormente indicados pela administração.

Segundo informação divulgada na CMVM, tendo em conta o resultado líquido consolidado de 15.413.686 euros e o resultado líquido nas contas individuais de 37.098.448,20 euros, a ATPS – Sociedade Gestora de Participações Sociais vai propor, na assembleia-geral de acionistas de 29 de maio, a aplicação de 21.179.788,50 euros para dividendos, o que “corresponde ao pagamento de um dividendo de 0,50 euros por ação”.

A ATPS, de António Pinto de Sousa e Alberto Teixeira, é a maior acionista da Ibersol, controlando 50,6% do capital da empresa. Quando apresentou os resultados de 2023, em 29 de abril, a administração da Ibersol indicou que iria propor o pagamento de dividendos no valor de 13,5 cêntimos por ação na reunião magna do dia 29, correspondente a um montante global a distribuir de 5,7 milhões de euros.

A Ibersol, dona de marcas como a KFC e Pizza Hut, totalizou 15,4 milhões de euros de lucro em 2023, uma descida de mais de 90% em comparação com o ano anterior. Em 2023, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da Ibersol fixou-se em 74 milhões de euros, acima dos 61 milhões de euros contabilizados em 2022.

Na sessão desta terça-feira da bolsa, as ações da Ibersol avançaram 1,98% para 7,20 euros.

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Marsh lança seguro para provedores de serviços de criptoativos

  • ECO Seguros
  • 14 Maio 2024

O novo produto já incorpora proteção contra os riscos descritos nos requisitos do novo quatro regulamentar para o mercado de criptoativos da UE que entra em vigor a 30 de dezembro deste ano.

A corretora de seguros Marsh anunciou o lançamento do produto de seguros de bens, denominado MiCAssure para provedores de serviços de criptoativos, como bolsas e administradores que operem na União Europeia e, por isso, obrigados a cumprir o próximo Regulamento de Mercados de Criptoativos (MiCA).

Rupert Poland, UK Digital Asset Leader, Marsh Specialty: “O MiCAssure não só oferece aos clientes uma salvaguarda operacional, mas também tem o potencial de libertar capital e facilitar o crescimento, tornando-o uma solução vital de seguro e gerenciamento de risco para provedores de serviços de criptoativos que operam na UE.”.

O produto foi desenvolvido pela Marsh Specialty em conjunto com seguradoras dos mercados de Londres e da Lloyd’s, e oferece cobertura para reclamações de terceiros decorrentes de declarações falsas ou enganosas, obrigações de confidencialidade, interrupção de negócios, obrigações legais e regulamentares e negligência grave na salvaguarda dos criptoativos e fundos dos clientes.

“O MiCAssure não só oferece aos clientes uma salvaguarda operacional, mas também tem o potencial de libertar capital e facilitar o crescimento, tornando-o uma solução vital de seguro e gerenciamento de risco para provedores de serviços de criptoativos que operam na UE.”, disse Rupert Poland, UK Digital Asset Leader, Marsh Specialty

Já o MiCA está previsto entrar em vigor a 30 de dezembro deste ano, e cria um quadro regulamentar abrangente para o mercado de criptoativos na UE, procura responder aos desafios associados à segurança jurídica, à proteção dos consumidores e à fragmentação regulamentar no mercado dos criptoativos e dos serviços.

O quadro regulamentar irá exigir que as empresas ao seu abrigo disponham de salvaguardas, utilizando os seus próprios fundos ou mantendo uma apólice de seguro para cobrir riscos específicos. Nesse sentido, o novo produto da Marsh oferece proteção contra os riscos descritos nos requisitos do MiCA e auxiliar as empresas a eliminar ou reduzir a necessidade de reservar capital para fazer face às suas exposições, em conformidade com o regulamento.

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Seguradora UNA quer atingir 100 escritórios com a sua imagem

  • ECO Seguros
  • 14 Maio 2024

O CEO da Una Seguros, Nuno David, afirma que a seguradora quer reforçar a sua presença em todo o território nacional e está atenta a potenciais aquisições.

A estratégia de 2024 da Una Seguros passa pelo crescimento da Rede de Agentes: “Queremos expandir o número de distribuidores de retalho, nomeadamente no interior do país e, dessa forma, reforçar a nossa presença em todo o território nacional”, disse o CEO da seguradora, Nuno David, ao Jornal Económico (acesso pago). Nesse sentido, a Una planeia atingir os 100 escritórios de agentes com a sua imagem em 2025.

O dirigente admite estar a analisar “algumas possibilidades de aquisição, não só em Portugal, mas também no mercado internacional.”

Em entrevista ao JE Nuno David confessa que “a Una Seguros tem a ambição natural de crescimento. Desde o momento da aquisição da filial portuguesa – Groupama (agora Una Seguros), que o acionista tem em vista o desenvolvimento da seguradora, tanto por via de aquisições nacionais como internacionais. Esta foi também a razão pela qual a marca foi registada em diversos países, no sentido de preparar a sua expansão internacional.”.

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Promotor do aeroporto de Santarém rejeita Alcochete. Magellan 500 evitaria “milhares de milhões de euros” públicos

Além de ser um investimento "totalmente privado", os promotores do projeto para o novo aeroporto em Santarém salientam que obra estaria concluída em cinco anos.

A Magellan 500, promotora do aeroporto em Santarém, lamenta que o Governo tenha escolhido o Campo de Tiro em Alcochete como a localização para o novo aeroporto do Lisboa, decisão que deverá ser comunicada esta noite pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, após o Conselho de Ministros. Em comunicado, os promotores consideram que o projeto em Santarém era o mais indicado para a construção do novo aeroporto e elencam um conjunto de argumentos que sustentam essa tese.

Na nota enviada às redações, os responsáveis apontam que o projeto de Santarém é o “único que aproveita as infraestruturas de acesso ferroviárias e rodoviárias existentes“, entre todas as opções avaliadas pela Comissão Técnica e Independente.

Ademais, sublinham, que é “o único projeto que evita vultosos investimentos de muitos milhares de milhões de euros” pagos pelo Estado, uma vez que a obra seria “totalmente privada e estaria operacional “cinco anos”, ao contrário das estimativas da CTI para o novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete.

Para Magellan 500, Santarém permitia “ganhar tempo”, tendo em conta a “premência aeroportuária”, pois não obrigaria à construção de novas infraestruturas de acesso ferroviárias e rodoviárias, sendo possível aproveitar as já existentes.

Esta terça-feira, o Governo deverá anunciar a escolha do Campo de Tiro de Alcochete como localização do novo aeroporto da região de Lisboa, decisão que será formalizada no Conselho de Ministros extraordinário, desta tarde que serviu também para aprovar a realização de obras no Humberto Delgado para reforço da capacidade. O comunicado será feito pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, pelas 20h.

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Fórum Nacional de Seguros 2024 já é recordista em adesões

  • ECO Seguros
  • 14 Maio 2024

É já nos dias 2 e 3 de julho que a Alfândega do Porto volta a receber o Fórum Nacional de Seguros. A 3ª edição já tem recordes de expositores e iniciativas. APROSE e APS são parceiros.

O 3º Fórum Nacional de Seguros, uma organização do ECOseguros e da Zest, volta a realizar-se na Alfândega do Porto nos próximos dias 2 e 3 julho. Apesar de ainda faltarem fechar alguns espaços, o número de expositores a ocupar pelos protagonistas já supera o de 2023 e, este ano, como primeira grande novidade, será realizada uma sunset party no final do primeiro dia, mais uma oportunidade para encontro e reencontro dos profissionais dos seguros.

Este ano as conferências vão ser em auditório em vez de sala. Terão início pelas 9h30 de dia 2, 3ª feira e prolongam-se em vários painéis ao longo do dia reunindo interesses particulares de seguradores, mediadores, corretores, parceiros do setor, permitindo uma transmissão de mensagens a um público profissional alargado a toda os papéis desempenhados na indústria seguradora nacional. As conferências continuam no dia 3, 4ª feira, durante a parte da manhã, com início às 9h30.

A APS – Associação Portuguesa de Seguradores, é parceira desde a 1ª edição do Fórum Nacional de Seguros e dará apoio diverso, nomeadamente na comunicação de factos relevantes aos milhares dos seus stakeholders que vão estar presentes ao longo dos dois dias.

A APROSE – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros continua a ser parceira estratégica do Fórum e em breve anunciará condições muito favoráveis para a participação e acesso ao Fórum pelos seus associados.

Já são 40 os primeiros aderentes

A adesão dos participantes expositores já ultrapassou as duas primeiras edições, com muitos a repetir a presença, um indicador do sucesso das suas anteriores experiências, mas também como novos aderentes, que após terem avaliado o impacto decidiram estar presentes em 2024.

Entre as seguradoras estarão presentes a Ageas Seguros, Allianz, ARAG, Asisa, Caravela, COSEC, Fidelidade, Lusitania, mgen, mudum, Planicare, Prévoir, Real Vida, Tranquilidade, UNA e Zurich.

Corretores e agentes estarão com a April, Innovarisk, MDS, Methodus, Mudey, NacionalGest, Sabseg, Sammy Free, SegUp, Seguramos, Semper, Specialty Risks (Costa Duarte), Universalis e Verspieren.

Como parceiros estratégicos da indústria vão estar a presentes a Carglass, Cleva, Saúde Prime e SPS Advogados.

No campo tecnológico o FNS vai contar com os seus principais protagonistas as i2S Brokers, Libax, lluni, RandTech Computing e Milenia Gemese.

A inscrição de sócios da APROSE deve realizar-se através da associação, aproveitando as condições especiais que vão ser disponibilizadas. Se não é sócio da APROSE pode inscrever-se clicando aqui .

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