Trabalhadores da Cimpor marcam greve de três dias por aumentos salariais de 8%

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

A federação exige aumentos salariais de 8%, com um mínimo de 200 euros em 2024 e um período normal de trabalho de 37 horas semanais, a partir de 1 de janeiro de 2025.

Os trabalhadores da Cimpor vão realizar uma greve de três dias, de 16 a 19 de abril, por aumentos salariais de 8% com mínimo de 200 euros, anunciou esta quarta-feira a Federação dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom). A paralisação em defesa da proposta de revisão do Acordo de Empresa foi decidida pelos trabalhadores em recentes plenários realizados nas fábricas, “mais de vinte anos depois da última greve realizada”, afirma a coordenadora da Feviccom, Fátima Messias.

A administração da Cimpor – Indústria de Cimentos propôs um aumento salarial de 4,1%, uma proposta que “não repõe nem melhora o poder de compra, desrespeita os saberes e competências dos trabalhadores, não tem em conta os ganhos de produtividade e não assegura uma justa distribuição da riqueza”, indica a federação, em comunicado.

“Uma empresa com os lucros em alta não pode ter salários em baixa”, defende a Feviccom, considerando que “basta de discursos que elogiam os trabalhadores e desvalorizam os seus direitos e salários”. A federação exige aumentos salariais de 8%, com um mínimo de 200 euros em 2024 e um período normal de trabalho de 37 horas semanais, a partir de 1 de janeiro de 2025.

Entre as reivindicações estão ainda a retribuição do trabalho por turnos, feriados no regime de laboração contínua, o pagamento do 15.º mês, apoio escolar a filhos dos trabalhadores e o alargamento da progressão de carreira de diversas categorias profissionais. De acordo com o pré-aviso de greve, serão afetados os centros de produção de Loulé, Alhandra e Souselas e o entreposto da Maia.

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Sonae reabre Aqualuz Lagos após requalificação de 2,3 milhões de euros

A um ano de abrir um hotel de cinco estrelas no Algarve, o grupo nortenho renovou as 125 unidades de alojamento, o restaurante e as piscinas deste aparthotel familiar de quatro estrelas em Lagos.

A Sonae investiu cerca de 2,3 milhões de euros na requalificação do Aqualuz Lagos by The Editory, no Algarve, que incluiu a renovação total de 125 unidades de alojamento e a requalificação e ampliação do restaurante e do bar junto às duas piscinas exteriores, que também foram alvo de intervenção.

O aparthotel familiar de quatro estrelas, que tem uma operação sazonal, acaba de reabrir para a temporada primavera/verão, que se estende até 31 de outubro, anunciando novidades de serviço como o reforço do regime de APA (alojamento e pequeno-almoço) e a possibilidade de suplemento de meia pensão no restaurante do hotel, com 280 lugares.

Aqualuz Lagos by The EditoryBooking

Este investimento acontece pouco mais de três anos depois de a Sonae Capital ter acordado a venda do ativo imobiliário onde opera o Aqualuz Lagos ao fundo Imofumento (gerido pelo BPI) por 20,65 milhões de euros. A operação, comunicada à CMVM em novembro de 2020, foi realizada através da subsidiária Bloco Q.

Também o Aqualuz Troia, inserido no Troia Resort, nesta península do concelho de Grândola (distrito de Setúbal) já tinha sido alvo de um investimento de 1,5 milhões de euros por parte da gestora. Foi concluído no verão de 2022 e transformou este ativo numa unidade de luxo com 132 apartamentos.

A Norte, o grupo liderado por Miguel Mata Gil – opera também na área industrial (Adira), da energia (Capwatt) ou do fitness (Solinca) – está igualmente a requalificar o histórico Porto Palácio, na avenida da Boavista. Envolve a remodelação das salas de reuniões e do centro de congressos e a intervenção nos cerca de 220 quartos do hotel.

Como o ECO adiantou em fevereiro, a Sonae vai avançar com dois novos hotéis de cinco estrelas na Madeira e no Algarve, com aberturas previstas para o primeiro trimestre do próximo ano. Estes novos projetos vão acrescentar 300 camas à oferta turística do grupo, que tem atualmente perto de 1.300 quartos num total de dez unidades espalhadas pelo Porto, Lisboa, Troia e Lagos.

No Algarve, o grupo nortenho vai explorar na mesma cidade o empreendimento que há dois anos está a ser construído de raiz pelo grupo Ferreira Building Power. Além de um hotel de luxo com 204 quartos, terá também uma vertente residence. Situado sobre a falésia na Ponta da Piedade, o futuro The Editory By The Sea Lagos vai empregar diretamente cerca de 50 pessoas e tem abertura prevista para março de 2025.

Para um mês antes (fevereiro de 2025) está agendada a estreia na Madeira com uma unidade de luxo de 98 quartos no Lugar da Ajuda, na zona do Lido, que vai permitir a criação de 30 postos de trabalho diretos. A Sonae Capital vai ficar com a exploração hoteleira do The Editory By The Sea Funchal, cujas obras arrancaram em dezembro e que resulta da reabilitação de um edifício que estava abandonado.

As receitas de alojamento do grupo ascenderam a 30 milhões de euros em 2023, prevendo chegar aos 33 milhões de euros no final deste ano. Quando arrancou com esta área de negócio há mais de 35 anos, com a abertura do Porto Palácio, a operação estava associada à Solinca Eventos. Mais tarde, os hotéis passaram a integrar a Sonae Turismo, que acabou por desaparecer. Pelo meio surgiu a S.Hotels Collection como marca interna de comercialização, até que em 2021 adotou a marca agregadora The Editory Collection Hotels.

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Bruxelas espera ligação de alta velocidade em Portugal “o mais rápido possível”

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

"Gostaríamos muito de ver, em particular, [as ligações de alta velocidade] Madrid-Lisboa e Porto-Vigo concretizadas o mais rapidamente possível", afirmou o vice-presidente da DG Move.

O vice diretor-geral da DG Move, direção da Comissão Europeia responsável pelos Transportes, espera que Portugal tenha uma ligação de alta velocidade Lisboa-Porto e Porto-Vigo “o mais rápido possível”, sem avançar um prazo exato. “[…] Gostaríamos muito de ver, em particular, [as ligações de alta velocidade] Madrid-Lisboa e Porto-Vigo concretizadas o mais rapidamente possível”, afirmou Herald Ruijters, em resposta à Lusa, numa sessão, em Bruxelas, no âmbito dos ‘Connecting Europe Days’.

A DG Move sublinhou que a concretização destas ligações está dependente de um acordo entre Portugal, Espanha e os respetivos decisores em matéria de infraestruturas, bem como da definição de prioridades. Questionado sobre a possibilidade de os projetos estarem concretizados até 2030, Ruijters apontou que um horizonte temporal “realista” é o que tem vindo a ser defendido pela Comissão Europeia – “2030, 2040, 2050”.

Herald Ruijters garantiu ainda já terem sido realizados os primeiros contactos com o novo executivo português para saber quais as prioridades nesta matéria. “Penso também nos possíveis campeonatos de futebol nestes países em 2030 e no facto de não depreenderem apenas dos voos, mas na existência de uma verdadeira conectividade”, referiu, acrescentando que a alta velocidade seria “um grande contributo”.

Os ‘Connecting Europe Days’, que têm lugar na capital da Bélgica até sexta-feira, vão juntar mais de 3.000 participantes dos Estados-membros e de países vizinhos, como Suíça, Noruega, Ucrânia, Geórgia, Turquia e Moldova. No evento organizado pela Comissão Europeia, em conjunto com a presidência belga do Conselho da União Europeia, são esperados ministros, políticos e representantes de instituições financeiras e da indústria dos transportes.

Em cima da mesa vão estar temas como a criação de uma rede de transportes e mobilidade sustentável, o pacto ecológico da União Europeia e a estratégia de mobilidade. Ao longo destes quatro dias de debate, os oradores convidados vão ainda falar sobre a Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), os impactos das alterações climáticas nas infraestruturas, a conectividade da rede de transportes com países terceiros e sobre o financiamento dos projetos de infraestruturas de transportes.

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Fidelidade assina mega contrato com o Metropolitano de Lisboa

A seguradora venceu cinco concursos públicos para a aquisição de seguros lançados pelo Metropolitano de Lisboa e a AIG ficou com com riscos D&O, ciber e acidentes pessoais.

A Fidelidade venceu cinco concursos públicos para fornecer seguros ao Metropolitano de Lisboa (ML) por um total de 6.209.674,93 euros e a AIG Europe um de 91 mil euros. Todos tiveram início a 1 de janeiro deste ano e têm um prazo de execução máxima de dois anos, período ao qual corresponde o preço contratual. Segundo os dados do Portal Base, além das empresas de seguros mencionadas, concorreram a estes seis concursos a Caravela, a WTW, a Lusitania, a Generali Tranquilidade e a MDS.

O contrato inclui a cobertura das 130 carruagens que circulam no Metropolitano de Lisboa.Hugo Amaral/ECO

O contrato público para a aquisição de seguros de saúde é o lote com maior preço contratual – 2.879.517,30 euros – foi renovado e mantém-se com a Fidelidade. O contrato prevê que os beneficiários dos seguros são os trabalhadores do metropolitano no ativo até 70 anos e pessoas equiparadas, cujo prémio será suportado a 100% pelo ML. Os beneficiários do seguro de saúde também poderão ser os cônjuges, filhos menores e maiores dos trabalhadores, se estes aderirem o prémio será suportado a 100% pelo trabalhador. Os reformados do metropolitano e os cônjuges sem limite de idade também poderão ser beneficiários sendo o montante suportado a 100% pelo reformado. Ao valor contratual acresce 1.686.968,18 euros que serão suportados pelos trabalhadores do ML “na medida da respetiva adesão ao seguro ora contratado e tendo em conta a utilização verificada”, pelos seus cônjuges e filhos.

O lote para o fornecimento de seguro de Máquinas de Casco foi novamente atribuído à Fidelidade com o preço base de 1.167.785,91 euros. Neste sentido, irá fornecer cobertura do material circulante, que compreende 130 composições em atividade distribuídas pela rede ferroviária, estações de metro e Parque de Material e Oficinas (PMO)”, lê-se no caderno de encargos.

Também o lote referente à aquisição de seguro de acidentes de trabalho a Fidelidade foi a vencedora. Este tem um preço contratual de 1.489.255,98 euros.

A seguradora também vai garantir a cobertura no âmbito de seguro Responsabilidade Civil – Exploração, no âmbito do contrato público assinado com o metro de Lisboa com o preço contratual de 507.000 euros. Importa salientar que a atividade segura é o “transporte de passageiros”, “atividade industrial realizada nos Parques de Materiais e Oficinas do Tomador de Seguro” e os ” Postos de Combustível”.

Por último, a Fidelidade vai fornecer seguros Multirriscos Industrial – PMO, Multirriscos Frações Arrendadas, Automóvel frota, Responsabilidade Ambiental, Responsabilidade Civil Profissional Projetistas e Responsabilidade Civil Profissional Técnico à Metropolitano de Lisboa por 166.126,74 euros.

A sucursal portuguesa da AIG venceu o concurso público para a fornecer seguros de Responsabilidade D&O (diretores e administradores), Cyber Risk e acidentes pessoais – Viagem ao Metropolitano de Lisboa por um preço contratual de 91 mil euros.

O contrato e as apólices emitidas estarão em vigor por 12 meses, podendo ser renovadas por igual período, uma única vez. Assim, os valores contratuais anunciados são distribuídos pelos dois anos, podendo variar se os contratos não forem renovados.

Enquanto corretor contratado pelo Metropolitano de Lisboa, a Sabseg irá proceder à colocação dos seguros contratados e articular com as seguradoras “as diligências necessárias à gestão, conferência, atualização e reconversão das apólices, bem como ao acompanhamento e regularização de sinistros”.

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É perigoso NATO fazer promessas de financiamento à Ucrânia que não pode cumprir

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

"Não devemos duplicar na NATO o que a União Europeia está a fazer", insistiu o chefe da diplomacia espanhola, José Manuel Albares.

A ministra dos Negócios Estrangeiros (MNE) belga confirmou esta quarta-feira que a NATO se propõe atribuir à Ucrânia 100.000 milhões de euros em cinco anos, mas advertiu os aliados de que “é perigoso” fazer promessas que não podem cumprir.

A chefe da diplomacia belga, Hadja Lahbib, indicou que “a viabilidade” desta proposta de financiamento plurianual apresentada pelo secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), Jens Stoltenberg, será analisada na reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, que decorre entre até quinta-feira na sua sede, em Bruxelas.

Nela se prevê que os aliados discutam como distribuir e como contribuir para esse montante, uma vez que se propõe que tal seja feito de forma proporcional, com base no Produto Interno Bruto (PIB) de cada Estado-membro. “Não se trata de caridade, mas de um investimento para nossa própria proteção”, asseverou Lahbib, que defendeu também que se deve “evitar duplicações”, com outros financiamentos semelhantes, como os que já foram aprovados no âmbito da União Europeia (UE).

Nesta advertência, secundou o homólogo espanhol, José Manuel Albares, que manifestou disponibilidade para equacionar a criação de um fundo da NATO, mas sustentou que “o que não deve ser feito em circunstância alguma é duplicar esforços”. “Não devemos duplicar na NATO o que a União Europeia está a fazer”, insistiu, uma vez que “são organizações diferentes, com objetivos diferentes”.

Por seu lado, os chefes da diplomacia da Polónia, Radoslaw Sikorski, e do Canadá, Mélanie Joly, expressaram apoio aos “esforços e ideias” apresentados pelo secretário-geral da Aliança, recordando também a ajuda que os respetivos países enviaram para a Ucrânia a nível bilateral. Na mesma linha, o homólogo letão, Krijanis Karins, afirmou tratar-se de uma proposta “muito boa”.

“Se cada Estado-membro contribuir com 0,25% do seu PIB por ano, teremos 120.000 milhões de euros para ajuda militar”, indicou, por sua vez, o MNE estónio, Margus Tsahkna, utilizando como referência a contribuição do seu próprio país, para salientar que tal quantia seria “suficiente” para a Ucrânia expulsar as tropas russas e conseguir ganhar a guerra. “Temos todo o dinheiro do mundo. É a forma mais barata e eficaz de ajudar a Ucrânia”, observou.

Em termos semelhantes se pronunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, que exortou os aliados a “darem um passo em frente” e “gastarem mais em defesa perante a continuação da agressão russa”. “Com a Ucrânia mais próxima que nunca da NATO, devemos manter o apoio fundamental de que a Ucrânia necessita para ganhar a guerra”, sublinhou.

Também o homólogo grego, Giorgos Gerapetritis, reconheceu a necessidade de “criar fórmulas permanentes para continuar a apoiar a Ucrânia contra a agressão russa”, ao mesmo tempo que apelou para que se acompanhe como evolui a situação na Faixa de Gaza e, especialmente, os seus “efeitos indiretos” na vizinhança do sul, uma vez que as consequências do conflito são “questões de enorme importância”.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014. Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

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Andreas Berger é o novo CEO da Swiss Re

  • ECO Seguros
  • 3 Abril 2024

A maior resseguradora do mundo tem um novo líder que sucede a Christian Mumenthaler, o executivo que durante oito anos fez a companhia crescer 50% os negócios da companhia.

A Swiss Re, que disputa a liderança entre as maiores resseguradoras do mundo com a Munich Re, vai ter Andreas Berger como novo CEO a partir do próximo dia 1 de julho. Berger sucede a Christian Mumenthaler que se retira após 25 anos de Swiss Re, com os últimos oito a ser máximo dirigente executivo.

Para Andreas Berger o desafio é grande. “A Swiss Re tem um enorme capital financeiro e reputação de marca”, diz.

O novo CEO está há cinco anos na companhia e vai abandonar o cargo de CEO da Swiss Re Corporate Solutions, vaga que ainda não se encontra com indicação de sucessor. Antes esteve na Boston Consulting Group, Gerling, e Allianz em que ocupou diversos cargos, nomeadamente da AGCS.

Na liderança de Christian Mumenthaler, a Swiss Re aumentou o volume de prémios de 30 para 45 mil milhões de dólares, com melhoria da solvência e aumento de dividendos distribuídos.

A sua ação foi destacada pela Jacques de Vaucleroy, Vice presidente do grupo Swiss Re, salientando ter sido decisiva em tempos de inúmeras catástrofes naturais, um longo período de baixas taxas de juro e, claro, a pandemia Covid-19.

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Allianz Portugal com mexidas na administração

  • ECO Seguros
  • 3 Abril 2024

Saem dois administradores ligados ao BPI e um à Allianz e entram três novos elementos para a gestão de topo da seguradora alemã em Portugal.

A Allianz Portugal alterou a composição do seu conselho de administração com a entrada de Sérgio Santos, Ana Rosas Oliveira e Alexis Obligi, saindo Diogo Louro e Cláudia Ribeiro, administradores que tinham sido indicados pelo BPI, e Carla Bambulo, indicada pelo Grupo Allianz.

Em Portugal, a seguradora alemã é representada pela Allianz Portugal, em que a neerlandesa Allianz Europe BV tem 64,85% e o BPI 35% do capital, sendo Teresa Brantuas a sua CEO ou administradora delegada exercendo diretamente atividades executivas.

Ana Rosas Oliveira é Diretora Executiva de Marketing e Empresas no BPI enquanto Sérgio Santos é Diretor Executivo de Experiências Particulares no BPI. Alexis Obligi é executivo na Allianz Partners.

Para além de Teresa Brantuas, continuam nos seus cargos o presidente Carsten Reimund e os administradores Enzo Gianluca Piscopo, da Allianz Commercial, e Tomás Muniesa Arantegui que é também vice-presidente da VidaCaixa, proprietária da seguradora BPI Vida e Pensões.

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Virgílio Macedo recandidata-se ao cargo de bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 3 Abril 2024

Eleições estão marcadas para 18 de abril, podendo a votação ser realizada presencialmente ou por correspondência. Prioridade do próximo mandato passa por atrair jovens para a profissão.

O atual bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, Virgílio Macedo, vai recandidatar-se a um novo mandato, com o objetivo de atrair jovens para a profissão, fortalecer a ligação com a academia e fomentar o uso de tecnologias inovadoras.

“É fundamental que a Ordem mantenha o rumo que iniciámos há cerca de três anos”, assinala o atual bastonário e recandidato, em comunicado, apontando que “o compromisso passa por continuar a apoiar e a preparar todos os profissionais para proteger os interesses da economia portuguesa”, por forma a garantir “a transparência financeira e consolidar o prestígio e a dignidade da profissão”.

Atrair jovens talentos para a profissão, fortalecer a ligação com a academia e enfrentar os desafios que afetam os Revisores Oficiais de Contas estão entre as propostas da recandidatura de Virgílio Macedo. Os desafios do setor incluem os “honorários baixos”, o “enquadramento legislativo” e a “sobrecarga de procedimentos administrativos”.

Outras prioridades do atual bastonário para um eventual novo mandato são a “adoção de práticas inovadoras” e o “uso central de tecnologias de informação”, nomeadamente “reforçar a presença digital da Ordem, modernizar o seu website e criar ainda mais proximidade com os colegas“.

As eleições na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas estão marcadas para 18 de abril. A votação poderá ser realizada presencialmente, estando as mesas de voto em funcionamento das 9 horas às 21 horas, ou por correspondência, sendo que, neste caso, os envelopes devem ser enviados para a sede da Ordem.

Com 52% dos votos, Virgílio Macedo, ex-deputado do PSD, foi eleito bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas em 2020, derrotando o então titular do cargo, José Rodrigues Jesus.

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Joana Petiz é a nova diretora editorial do Sapo

  • + M
  • 3 Abril 2024

Cerca de uma semana depois de deixar o Novo, Joana Petiz integra agora a equipa do Sapo enquanto diretora editorial, função que era desempenhada por Mário Carneiro até final do ano passado.

A ex-diretora do jornal Novo, Joana Petiz, assumiu a direção editorial do Sapo. Depois de no final de março ter deixado o título, que encerrou a edição em papel, a jornalista integra agora a equipa do Sapo, conforme revela a própria no seu perfil de LinkedIn.

Joana Petiz tinha assumido a direção do semanário em junho de 2023, depois de já ter liderado o Dinheiro Vivo, de ter integrado a direção do Diário de Notícias, e de ter passado pelo jornal i ou Diário Económico.

“Agora que continuará a sua carreira profissional fora do Grupo Media Nove endereçamos-lhe votos das maiores felicidades pessoais e profissionais”, escreveu José Carlos Lourenço, CEO do grupo Media9Par, no comunicado interno que oficializou a saída de Petiz do semanário detido desde o verão de 2022 pela Media9Par. Ricardo Santos Ferreira foi o nome escolhido para a sua substituição na direção do jornal Novo.

Joana Petiz vai assim ocupar o lugar que tinha sido deixado vago no Sapo por Mário Carneiro, que em outubro rumou para o Global Media Group, tendo, entretanto, já saído daquele grupo.

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Itália diz que Comissão Europeia vai abrir processo por défice excessivo

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

Procedimento por défice excessivo deve ser aberto para Itália, França e outros dez países, segundo o ministro Economia italiano, Giancarlo Giorgetti.

O ministro Economia italiano, Giancarlo Giorgetti, afirmou esta quarta-feira que a Comissão Europeia vai recomendar ao Conselho a abertura de um procedimento por défice excessivo para vários países da União Europeia.

O titular da pasta da Economia adiantou que a abertura do procedimento é certa devido à suspensão do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) introduzido após a pandemia e prolongado devido à crise energética, e com base no défice líquido registado pela Itália no ano passado, que atingiu 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo as primeiras estimativas do instituto nacional de estatística (Istat).

Segundo Giorgetti, Itália, França e outros 10 países serão convidados a abrir o procedimento por défice excessivo. Numa audição das comissões orçamentais conjuntas da Câmara e do Senado sobre a reforma da governação económica da UE, o ministro confirmou também que o Documento Económico e Financeiro (DEF), que será apresentado em breve ao parlamento, “terá uma forma ligeiramente diferente da do passado, provavelmente mais leve”.

O DEF é o documento que o Governo italiano apresenta todos os anos antes de 30 de junho e que contém o programa de medidas macroeconómicas que o Ministério da Economia pretende levar a cabo. O nível da dívida pública italiana, sublinhou Giorgetti, “por razões óbvias de sustentabilidade, exige a ponderação máxima dos recursos a afetar a cada uma das políticas públicas e, agora, a necessidade inegável de medir e controlar os benefícios reais de cada uma das despesas”.

Na sua opinião, as limitações da nova governação europeia exigem “uma mudança de perspetiva” nas garantias públicas que, “da fase de emergência, nos conduza progressivamente à normalidade”. “Até 31 de dezembro de 2023, a exposição do Estado ronda os 300 mil milhões de euros, o equivalente a cerca de 14,4% do PIB, contra 15,9% em 2022 e os picos atingidos durante a covid-19 que chegaram a 16,1% do PIB, mas longe dos 4,9% em 2019″, apontou o ministro da Economia.

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Vendas da Vista Alegre caem quase 10% em 2023. Lucros sobem para 6,8 milhões de euros

Grupo que detém as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro viu as vendas baixarem no ano passado para 129,6 milhões de euros, com as exportações a pesarem quase 70%. Resultado líquido aumentou 22,3%.

As vendas do grupo Vista Alegre baixaram 9,6% no ano passado, para 129,6 milhões de euros, pressionadas por uma redução superior a 20% na comercialização de produtos de private label ao nível do grés de forno, que é o segmento que mais pesa no negócio, e também pela diminuição de 5,5% na componente de porcelanas.

Num ano em que as exportações valeram 69,2% do volume de negócios – França, Espanha, Alemanha, Itália, Brasil e EUA são os principais destinos –, os produtos de marca própria (Vista Alegre e Bordallo Pinheiro) reforçaram em 7,5% o peso nas receitas do grupo liderado por Nuno Terras Marques.

Num comunicado enviado à CMVM, a empresa salienta a “contínua estratégia de aposta nos produtos de marca” e reporta um resultado líquido de 6,8 milhões de euros em 2023, um crescimento de 22,3% face ao ano anterior, com o EBITDA a ascender a 28,3 milhões de euros (+2,6% em termos homólogos). A margem EBITDA atingiu uns “expressivos” 21,8%, melhorando em 2,6 pontos percentuais face a 2022.

“Apesar da instabilidade da situação económica, política e social a nível mundial, que se faz sentir desde o início da guerra na Ucrânia, e consequentes aumentos nos custos de algumas matérias-primas e eletricidade, no ano de 2023 os resultados do Grupo Vista Alegre evidenciaram um crescimento face ao exercício de 2022”, sublinha a Vista Alegre.

Na mesma nota, a empresa detida pela Visabeira destaca que o “contínuo foco na gestão eficiente das operações e a evolução favorável no mix de vendas com crescimento dos produtos de marca de porcelana e cristal da Vista Alegre e faiança artística da Bordallo Pinheiro, permitiu melhorar os resultados face ao período homólogo”.

Num ano em que diz ter diminuído a dívida bruta em mais de 8,5 milhões de euros “por redução das disponibilidades”, o grupo Vista Alegre somou um investimento de 15,6 milhões de euros. A maior fatia (9,3 milhões) foi canalizada para a substituição de um forno com maior eficiência energética e para a alteração das linhas de produção na unidade produtiva Cerexport, “procurando responder com melhor eficiência às oscilações dos mercados ao nível da procura”.

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Suíça vai votar iniciativa da extrema-direita para limitar população

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

"Não a uma Suíça com 10 milhões de habitantes", é o mote para o referendo pedido pelo partido de extrema-direita suíço, que diz que todos os problemas do país se devem à "imigração descontrolada".

O partido de extrema-direita suíço, que tem a maioria no parlamento, quer referendar um plano para dizer “Não a uma Suíça com 10 milhões de habitantes”, alegando que todos os problemas do país se devem à “imigração descontrolada”. O partido, conhecido na parte francesa da Suíça como União Democrática do Centro e na parte alemã como Partido do Povo Suíço, entregou esta quarta-feira à chancelaria federal (órgão que coordena os trabalhos do Conselho Federal suíço, ou seja, do Governo) 114.600 assinaturas a favor do plano.

O número de subscritores é muito superior aos 100 mil previstos na lei para que uma questão seja votada pela população e as assinaturas foram recolhidas em metade do prazo legal. Os suíços poderão, portanto, votar o texto, que inclui uma denúncia do acordo de livre circulação de pessoas assinado com a União Europeia (UE).

O Partido Popular Suíço já levou esta questão a votação popular em setembro de 2020, mas uma maioria de 62% dos suíços votaram favoravelmente à manutenção do acordo. No entanto, podem passar muitos meses ou mesmo anos entre a apresentação de uma iniciativa e a sua votação.

“Desde a falta de segurança aos engarrafamentos diários e ao aumento dos prémios dos seguros de saúde, todos os nossos problemas estão ligados à imigração descontrolada. Existe uma solução para isto: ‘A Iniciativa para a Sustentabilidade2″, afirma o partido na sua página de internet. O plano apresentado para referendo propõe modificar a Constituição, estipulando que “a população permanentemente residente da Suíça tem de ser passar a ser inferior a 10 milhões de pessoas até ao ano 2050”.

Se a população permanentemente residente na Suíça ultrapassar os nove milhões e meio de pessoas antes do ano 2050″, o Governo e o parlamento “tomarão medidas, nomeadamente no que diz respeito ao asilo e ao reagrupamento familiar, com vista a garantir o cumprimento do limite estabelecido”, é referido.

Para o partido ultranacionalista, que reforçou a sua posição como líder do país nas eleições legislativas de outubro, a definição da população permanentemente residente é bastante restrita: cidadãos suíços que vivam no país e estrangeiros que tenham uma autorização de residência de pelo menos um ano ou que já vivam na Suíça há pelo menos 12 meses.

Se já viverem 9,5 milhões de pessoas no país perto do ano 2050, o partido propõe que “quem for admitido temporariamente [no território] não possa receber autorização para se estabelecer no país ou ser naturalizado” e que “o reagrupamento familiar também seja restringido”. A Suíça deverá também introduzir cláusulas de exceção ou de proteção nos acordos internacionais de que faz parte ou aos quais aderir, se estes contribuírem para o crescimento demográfico.

Se tudo isto não for suficiente para cumprir o limite, a Suíça terá de rescindir o acordo sobre a livre circulação de pessoas com a UE como um travão de emergência, defende a extrema-direita. Segundo o serviço nacional estatísticas da Suíça, no final de junho de 2023, o país tinha 9.006.664 pessoas (considerando os cidadãos suíços, os estrangeiros com residência permanente ou não e os requerentes de asilo).

A população residente em permanência somava 8.902.308 pessoas, sendo que cerca de um quarto eram estrangeiros. “Hoje há demasiados estrangeiros e não são os estrangeiros certos”, afirmou o presidente do partido, Marcel Dettling, num comunicado de imprensa que acompanhou a apresentação da iniciativa. O serviço de estatísticas adianta ainda que o saldo migratório apresenta um aumento de 68.800 habitantes em 2022 relativamente ao ano anterior.

O saldo natural – nascimentos menos óbitos – representou um aumento de 7.900 pessoas. As projeções do serviço de estatísticas datadas de 2020 previam que a população atingisse 10,4 milhões de habitantes em 2050, balizando o “cenário mínimo” em 9,5 milhões e o “cenário máximo” em 11,4 milhões de pessoas.

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