Grupo português compra duas empresas no Reino Unido e na Polónia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 7 Março 2024

A Metalogalva anunciou a compra da britânica Fabrikat, líder em iluminação pública, e a especialista polaca em estruturas de transmissão de energia, Contec Kromiss.

A Metalogalva adquiriu a empresa britânica Fabrikat (Nottingham) Limited, líder no Reino Unido em iluminação pública, e a polaca Contec Kromiss, vocacionada para o setor dos postes tubulares de baixa, média e alta tensão, que, no seu conjunto, faturaram 42 milhões de euros em 2023.

Em comunicado, a multinacional portuguesa detalha que a Fabrikat conta com 92 trabalhadores e alcançou um volume de negócios de 25 milhões de euros no ano passado, enquanto a Contec Kromiss – cuja aquisição foi feita através da Tecpoles, empresa polaca que faz parte da Metalogalva desde 2021 – emprega 124 funcionários e faturou 17 milhões de euros no último ano.

Com atividade desenvolvida nas áreas da engenharia, produção e montagem de estruturas metálicas, especialmente no segmento das colunas de iluminação e guarda-corpos, as soluções oferecidas pela britânica Fabrikat incluem ainda a realização de ensaios não destrutivos e elétricos para aferir a resiliência e fiabilidade estrutural, revela a Metalogalva.

A aquisição da Contec Kromiss visa, por sua vez, “fortalecer a posição do grupo trofense no mercado polaco e na Europa Central, onde a Metalogalva tem vindo a crescer de forma significativa nos últimos anos”, adicionando ao seu portfólio na Polónia “uma unidade industrial com capacidade de fabrico de torres tubulares de grande altura para transmissão de energia, telecomunicações e iluminação técnica”.

Embora se afirme “muito satisfeito” com estas operações, o presidente do conselho de administração da Metalogalva, Sérgio Silva, sublinha: “Continuamos atentos a potenciais oportunidades de crescimento orgânico e inorgânico com vista a fortalecer a nossa posição de líder europeu”.

A multinacional portuguesa, que emprega mais de 1.700 pessoas e tem presença ativa em 12 países e quatro continentes, pretende manter as duas empresas independentes e com a totalidade dos trabalhadores, tendo em vista a “otimização das integrações” no grupo e “o potenciamento das sinergias que daí resultarão”.

Em 2023, a empresa do VigentGroup adquiriu a metalomecânica Electrofer, na Marinha Grande, que conta com mais de 250 funcionários. Para este ano, a Metalogalva prevê alcançar um volume de negócios consolidado superior a 530 milhões de euros, depois de ter faturado 441 milhões de euros no ano passado.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h20)

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Agricultores espanhóis e franceses exigem a Bruxelas energia isenta de impostos

  • Lusa
  • 7 Março 2024

Os agricultores espanhóis e franceses apresentaram uma reivindicação comum: adoção pela UE de um “imposto zero” sobre o gás, a eletricidade, o gasóleo e o diesel não rodoviário até 1 de junho.

Cerca de 300 agricultores espanhóis e franceses bloquearam esta quinta-feira, com os seus tratores, a passagem fronteiriça de Biriatou, no País Basco, lançando um “ultimato” à União Europeia (UE) para uma “produção de energia totalmente isenta de impostos”. Reunidos desde o meio-dia nos dois lados da fronteira, os agricultores apresentaram a sua reivindicação comum: adoção pela UE de um “imposto zero” sobre o gás, a eletricidade, o gasóleo e o diesel não rodoviário até 01 de junho.

“Têm dois meses para encontrar uma solução. Vamos voltar a trabalhar nas nossas propriedades, mas cá estaremos, se for necessário, no início de junho”, afirmou um criador de gado não sindicalizado do País Basco, citado pela agência francesa de notícias AFP.

Os tratores, nos quais foram colados cartazes com frases como “Mais rendimento” ou “Agricultor, sonham com isso em crianças, morremos disso em adultos”, ficaram estacionados na autoestrada durante várias horas, deixando apenas uma faixa de trânsito aberta, antes de iniciarem uma marcha lenta ao final da tarde. “Esta é a primeira vez que nos mobilizamos juntos e provavelmente não será a última”, avisou uma agricultora espanhola, Joseba Pagadizabal, também citada pela AFP.

Os agricultores de vários países europeus – como França, Espanha, Alemanha, Grécia, Polónia e também Portugal – têm-se mobilizado em massa nos últimos meses para protestar, entre outros aspetos, contra a concorrência que consideram injusta de parte de países fora da UE, que não são, portanto, sujeitos às mesmas regras.

As manifestações contestam também a burocracia e normas que consideram demasiado pesadas e denunciam os preços de compra demasiado baixos para a sua produção no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) e a falta de ajuda ao setor. Em França, o dirigente do maior sindicato agrícola, o FNSEA, indicou no domingo que os agricultores aguardam agora “medidas muito concretas” depois de promessas do Governo, e alertou para novas “ações no terreno”.

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Montenegro acredita que país é capaz de voltar a crescer a “3, 4 ou 5%”

  • Lusa
  • 7 Março 2024

"Já conseguimos noutros períodos da nossa história, porque é que a minha geração, a vossa geração hão de estar renitentes quanto à sua capacidade?", questiona o presidente do PSD.

O presidente do PSD disse esta quinta-feira acreditar que o país é capaz de voltar a crescer a “3, 4 e a 5%” e agradeceu a Pedro Nuno Santos ter feito “tão boa publicidade” da sua proposta de descer impostos. Num almoço com cerca de 400 empresários em Gondomar (Porto), no penúltimo dia de campanha para as legislativas de domingo, Luís Montenegro falou no que disse ser “a estratégia do próximo Governo”.

“Nós conseguimos crescer a 3, 4, 5 por cento, conseguimos. Já conseguimos noutros períodos da nossa história, porque é que a minha geração, a vossa geração hão de estar renitentes quanto à sua capacidade?”, questionou, dizendo que o país até tem mais instrumentos tecnológicos, mais financiamento externo e mais qualificações. Por essas razões, Montenegro disse acreditar muito na capacidade dos empresários e de Portugal.

“Quando me entusiasmo, entusiasmo-me a falar para a criação, para fazer crescer alguma coisa, eu não me mobilizo a falar mal dos outros, eu empolgo-me e dou tudo de mim para crescer, para criar, para sermos um país que vale pena”, disse. No mesmo discurso, Montenegro agradeceu, com ironia, ao líder do PS, Pedro Nuno Santos, ter feito “tão boa publicidade” da proposta da AD de reduzir impostos, apontando esta como “uma das grandes diferenças de modelo económico” entre os dois projetos.

“Uma das coisas mais intrigantes para mim na campanha eleitoral foi ter sido criticado por defender a baixa de impostos”, disse, considerando que esta é a forma de “desbloquear a capacidade de crescimento da economia e os baixos salários em Portugal”.

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Marcelo culpa eleições nos EUA e UE pela decisão do BCE

O BCE manteve as taxas de juro inalteradas pela quarta vez consecutiva, o que para o Presidente da República "não é uma boa notícia".

O Presidente da República reitera que a decisão do Banco Central Europeu desta quinta-feira, de manter as taxas de juro inalteradas pela quarta vez consecutiva “não é uma boa notícia”, apesar de esperada. Marcelo Rebelo de Sousa defende ainda que a manutenção das taxas está relacionada com a “preocupação com eleições americanas e europeias”.

“Embora a razão dada seja a inflação em alguns países pela Europa fora, a verdadeira razão é outra“, reitera Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

Para o Presidente, esta decisão prende-se com a “preocupação com as eleições americanas e europeias, com as suas consequências na guerra, e portanto no peso que isso pode ter na situação económica ao longo do ano de 2024″. “Daí o compasso de espera de mais três meses”, remata.

As taxas diretoras já estão inalteradas há seis meses. O BCE justifica a decisão apontando que, “embora a maioria das medidas da inflação subjacente tenham registado novo abrandamento, as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, devido, em parte, ao forte crescimento dos salários”.

O BCE assume, ainda assim, que “as condições de financiamento são restritivas e os anteriores aumentos das taxas de juro continuam a pesar sobre a procura, o que está a ajudar a reduzir a inflação.”

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Dower Law Firm reforça equipa com quatro advogados

André Alfar Rodrigues, Diana Albuquerque Laezza, Diana Longarito e Nuno Miguel Correia reforçam a equipa da Dower Law Firm.

A Dower Law Firm reforçou a equipa com a integração de André Alfar Rodrigues, Diana Albuquerque Laezza, Diana Longarito e Nuno Miguel Correia.

“São o reflexo do nosso compromisso com o talento. Procuramos dotar as nossas equipas de competências diferenciadas para oferecer aos nossos clientes uma proposição de valor com a exigência que queremos imprimir no nosso serviço. O mercado tem-nos procurado e da nossa parte impunha-se uma resposta que salvaguardasse a nossa identidade”, sublinhou o managing partner Eduardo Castro Marques.

André Alfar Rodrigues vai integrar a equipa de Privacidade e Compliance enquanto of counsel. Transitando da Cerejeira Namora, Marinho Falcão, Diana Albuquerque Laezza reforça a equipa de Público da Dower, enquanto associada. Diana Longarito vai integrar a área de Corporate enquanto associada, depois de passar pela Cameirão, Advogados Associados.

André Alfar Rodrigues, Diana Albuquerque Laezza, Diana Longarito e Nuno Miguel Correia.

Por fim, com mais de 20 anos de experiência, Nuno Miguel Correia integra a área de contencioso na qualidade de associado sénior.

O escritório de advogados anunciou ainda a contratação de Humberto Tomaz Silva, enquanto Chief of Sustainability Officer, que assumirá a pasta da integração e desenvolvimento da política ESG dentro da organização.

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Bruxelas lança inquérito para avaliar queixas dos agricultores

Resultados preliminares deste inquérito serão apresentados em abril. Mas os resultados finais serão publicados no outono. O objetivo é identificar a complexidade e encargos no cumprimento da PAC.

A Comissão Europeia lançou esta quinta-feira um inquérito online para recolher as opiniões dos agricultores europeus para tentar fazer uma simplificação administrativa da Política Agrícola Comum (PAC). O inquérito está disponível até 8 de abril, em várias línguas, incluindo português, e leva cerca de 20 minutos a responder.

Por exemplo, os agricultores são questionados sobre o tempo que gastam anualmente com tarefas administrativas relacionadas com pedidos de ajuda e envio de informações às autoridades, sobre a utilização de dispositivos móveis para fornecer fotografias com geomarcação, é-lhes pedida uma classificação da complexidade de diferentes procedimentos e regras aplicáveis às explorações agrícolas, e pergunta-se também se recorreram à ajuda de terceiros para preparar e apresentar pedidos de ajuda no quadro da PAC em 2023, elenca a Comissão Europeia em comunicado.

No final de fevereiro, a Comissão apresentou um pacote de simplificação da PAC para tentar responder às queixas dos agricultores europeus que invadiram as ruas em protestos constantes desde o final do ano passado. Esta quinta-feira, mais de três mil agricultores e cerca de 700 tratores concentraram-se em frente à sede do Governo checo, no centro de Praga, e despejaram estrume para protestar contra medidas governamentais que consideram estão a prejudicar o setor.

As medidas que estiveram em discussão na reunião extraordinária dos ministros da agricultura da UE de 26 de fevereiro, tinham por objetivo dar maior flexibilidade aos agricultores no cumprimento das regras ecológicas da PAC, nomeadamente no que se refere à manutenção de prados permanentes e à cobertura mínima do solo. Ficou também decido que a Comissão iria lançar um inquérito em março, aos agricultores para ajudar a identificar as suas principais preocupação relativamente às regras agrícolas e alimentares da UE.

Através dos resultados do inquérito, vai ser possível identificar as fontes de encargos administrativos e de complexidade decorrentes das regras da PAC, bem como de outras regras aplicáveis à alimentação e à agricultura, tanto no que toca à sua aplicação a nível nacional como às obrigações de registo e comunicação que lhes estão associadas”, explica a Comissão em comunicado.

“Estamos a aliviar os encargos administrativos dos nossos agricultores para os ajudar a garantir a segurança alimentar dos cidadãos europeus”, disse Ursula von der Leyen, na altura, garantindo que a simplificação das políticas agrícolas a nível comunitário e nacional continua a ser uma prioridade.

Os resultados preliminares deste inquérito serão apresentados em abril. Mas será no verão que ficará traçada uma “imagem mais clara dos principais obstáculos administrativos percecionados e enfrentados pelos agricultores”. Os resultados finais serão publicados “numa análise mais pormenorizada” no outono, que também incluirá entrevistas com organizações de agricultores.

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BCE revê em baixa crescimento na Zona Euro para 0,6% em 2024. Inflação deve abrandar mais rapidamente

A inflação deverá abrandar para 2,3% na Zona Euro já este ano. O crescimento do PIB será contido, de apenas 0,6%, segundo as previsões da equipa do Banco Central Europeu.

O Banco Central Europeu (BCE) está mais pessimista relativamente à evolução da economia na Zona Euro este ano, revendo em baixa o crescimento este ano de 0,8% para 0,6% nas mais recentes projeções macroeconómicas. Por outro lado, acredita que a inflação vai desacelerar mais rápido, abrandando para 2,3% em 2024, mais próximo da meta de 2%.

“Prevê-se que o crescimento real do PIB permaneça moderado no início de 2024, num contexto de diminuição dos ventos favoráveis ​​e de condições de financiamento restritivas, antes de se fortalecer posteriormente, apoiado pelo aumento do rendimento das famílias, do consumo público e da procura externa”, explica o BCE.

A equipa do banco central prevê que a economia da Zona Euro vai crescer 1,5% em 2025 e 1,6% em 2026 (acima das previsões de dezembro, que apontavam para 1,5%).

Já a inflação deverá convergir para a meta do BCE mais rápido que o esperado. A inflação deve registar “uma nova moderação devido ao abrandamento em curso das pressões sobre os oleodutos e ao impacto do aperto da política monetária, embora a um ritmo mais modesto do que o observado em 2023″.

Os especialistas do BCE consideram que as perturbações no transporte marítimo no Mar Vermelho devem ter um impacto limitado e os preços dos produtos energéticos vão continuar a diminuir, pelo que a “forte evolução dos custos do trabalho deverá ser o motor dominante da inflação” medida pelo índice harmonizado, excluindo energia e alimentação.

A inflação deverá então ser de 2,3% este ano (uma revisão em baixo face às estimativas de 2,7%), de 2% em 2025 e de 1,9% em 2026, segundo as previsões da equipa do banco central.

Estas previsões são divulgadas no dia em que o BCE decidiu manter as taxas de juro inalteradas pela quarta vez consecutiva, por considerar que as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas.

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Sindicato Stop convoca greve nas escolas para sexta-feira

  • Lusa
  • 7 Março 2024

O sindicato sublinha que a maioria dos profissionais da educação são mulheres e que continuam a enfrentar "inúmeras discriminações".

Professores e trabalhadores das escolas vão estar em greve na sexta-feira, uma paralisação convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) para assinalar o Dia Internacional das Mulheres. Além da greve nacional, o Stop vai participar na marcha organizada pela Plataforma Feminista e pela Rede 8 de Março, marcada para as 18:00, que parte da Alameda Dom Afonso Henriques até ao Rossio, em Lisboa.

Numa publicação na rede social Facebook, o sindicato sublinha que a maioria dos profissionais da educação são mulheres e que continuam a enfrentar “inúmeras discriminações”. Em maior detalhe, o pré-aviso de greve, que abrange docentes e não docentes, refere que as mulheres são prejudicadas, por exemplo, na progressão da carreira por terem estado de baixa por gravidez de risco ou em licença de parentalidade.

O Stop aponta ainda que, em relação à dispensa para amamentação, muitas vezes são as escolas a decidir quais as horas ou turmas a serem retiradas do horário para dispensa, ao contrário do que está previsto.

Além das questões relacionadas especificamente com as mulheres, os profissionais vão aproveitar a greve para reafirmar as reivindicações que têm marcado a contestação nas escolas, como a valorização e dignificação das carreiras docente e de assistente operacional de educação, a recuperação do tempo de serviço congelado e a revisão do regime de recrutamento e gestão de pessoal docente.

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Emissão de dívida soberana pelos países da OCDE atingirá novo máximo este ano

  • Lusa
  • 7 Março 2024

O stock dos países da OCDE aumentou até 54 biliões de dólares em 2023 e deve crescer para 56 biliões este ano. O aumento da emissão explica-se com o refinanciamento das obrigações que vencem este ano.

A emissão de dívida soberana pelos países da OCDE deve atingir um novo recorde de 15,8 biliões de dólares (cerca de 14,60 biliões de euros) este ano, anunciou esta quinta-feira a organização.

No seu primeiro relatório sobre a dívida mundial, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) sublinha que o recorde anterior de 15,4 biliões em 2020 se verificou num exercício excecional devido ao recurso maciço à despesa pública dos Estados para enfrentar as consequências da crise. Caso a emissão de dívida soberana pelos países da OCDE atinja o novo recorde de 15,8 biliões de dólares este ano, isso significará um aumento em termos reais de quase 45% em relação a 2019 e de 25% em relação a 2022, adianta a OCDE.

O aumento da emissão que será necessário este ano não se explica pelo facto de os governos irem colocar mais títulos de dívida novos no mercado (3,2 biliões de dólares, depois de 3,6 biliões em 2022 e 7,3 biliões no pico em 2020), mas por terem de refinanciar obrigações que vencem em 2024. Concretamente, terão de refinanciar 12,6 biliões de dólares, quando antes da pandemia eram cerca de 7 biliões de dólares por ano e que ultrapassaram a marca de 10 biliões de dólares desde 2021.

O stock total da dívida dos 38 países da OCDE aumentou até 54 biliões de dólares em 2023 e deve crescer para 56 biliões de dólares este ano, um aumento de 30 biliões de dólares desde a crise financeira de 2008. Só os Estados Unidos representam metade deste montante, ou seja, o seu peso relativo duplicou desde 2008, não só devido ao aumento da dívida da primeira potência mundial, mas também devido à valorização do dólar face a outras moedas.

No final do ano passado, os países da UE representavam 20% da dívida pública da OCDE, o Japão 16%, o Reino Unido 6% e os outros membros 9%. No final de 2023, a dívida pública dos membros da organização representava cerca de 83% do PIB (Produto Interno Bruto) no seu conjunto, um aumento de 30 pontos percentuais desde a crise financeira, embora a espiral inflacionista dos últimos anos tenha contido este aumento em termos relativos.

Uma das particularidades desta expansão da dívida é o facto de uma parte significativa ter sido mantida pelos bancos centrais com compras maciças de títulos soberanos. Estes têm em carteira obrigações no valor de 30% do PIB dos membros da OCDE. A questão é que esses mesmos bancos centrais tencionam agora desfazer-se de uma parte desses títulos, o que implica que o mercado terá de absorver um volume recorde de obrigações e que os investidores privados são mais sensíveis ao rendimento.

Os autores do estudo salientam que a alienação dessa dívida soberana pelos bancos centrais terá um impacto no mercado de dívida das empresas, com um maior aperto das condições financeiras. O volume da dívida das empresas também aumentou desde a crise financeira, passando, em termos reais, de 21 biliões de dólares a nível mundial em 2008 para 33,6 biliões de dólares em 2023.

A distribuição geográfica alterou-se significativamente, em particular porque as empresas chinesas, que representavam menos de 1% do stock em 2008, aumentaram a sua quota no final do ano passado para quase um quinto do total. A OCDE observa que, embora as empresas tenham alargado o prazo de vencimento dos seus títulos de dívida, o endurecimento das condições monetárias a partir de 2022 terá consequências.

Concretamente, terão de as refinanciar a taxas mais elevadas, e isto tendo em conta que nos próximos três anos (até ao final de 2026) vencerão 37% da dívida das empresas, 12,3 biliões de dólares. No caso da dívida soberana, 40% terá de ser refinanciada no mesmo período.

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Ministério Público duvida de crime no lítio e hidrogénio na Operação Influencer

O Ministério Público não tem a certeza da existência de crime nos casos do lítio e hidrogénio no âmbito da Operação Influencer, que resultou na demissão de António Costa.

O Ministério Público (MP) não tem a certeza da existência de crime nos casos do lítio e hidrogénio, que fazem parte da investigação no âmbito da Operação Influencer. A mesma investigação que resultou na demissão do ainda primeiro-ministro António Costa.

Segundo avança a revista Visão, ao fim de quatro anos de investigação e milhares de escutas telefónicas, os magistrados do MP estão com dúvidas de que foram praticados crimes nos casos do lítio e do hidrogénio, bem como em outras suspeitas que envolvem ex-ministros, como João Galamba e João Matos Fernandes.

Situações que vão para além dos dois projetos: o da concessão de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas) e o projeto da central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines. As escutas telefónicas também recolheram informações relativamente a outros suspeitos: “utilização para fins pessoais de veículos do Estado e respetivos motoristas por parte do arguido João Galamba”; “não convocação da Comissão Permanente da Seca”, em janeiro de 2022, por João Matos Fernandes, então ministro do Ambiente, para não prejudicar o PS nas legislativas; aprovação de “diversa legislação do setor dos resíduos” pelo mesmo antigo ministro, “não obstante, após a saída do Governo, ter sido contratado pela Abreu Advogados, a qual assessora diversas empresas de resíduos e a APERA (Associação Portuguesa das Empresas de Resíduos e Ambiente)”.

A 21 de dezembro, quase dois meses depois das buscas de 7 de novembro que tornaram pública a investigação, o MP decidiu separar a Operação Influencer em três inquéritos autónomos com equipas de magistrados diferentes.

O relativo à investigação ao projeto de construção do data center desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus, investigação às concessões de exploração de lítio nas duas minas e a investigação ao projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines. As dúvidas residem, em parte, em relação a estes últimos dois inquéritos.

De forma autónoma ficou também o inquérito-crime que corre no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e que tem como suspeito o primeiro-ministro, António Costa, relativamente ao crime de prevaricação que terá resultado da investigação do data center/Start Campus. O inquérito contra o primeiro-ministro refere-se à aprovação, em Conselho de Ministros de 19 de outubro de 2023, do regime jurídico de urbanização e edificação, um diploma que foi descrito, nas escutas telefónicas, como uma “lei malandra”, já que iria ao encontro dos interesses do projeto do data center.

Uma investigação que parece que também está demorada e ‘tremida’, depois de o último despacho do juiz de instrução da Operação Influencer, que decidiu responder ao recurso do MP quanto às medidas de coação aplicadas em novembro de 2023 – em que defende que o crime de prevaricação não pode ser aplicado ao “exercício da função legislativa”, como é o caso do decreto-lei do regime jurídico de urbanização e edificação, já que os “tribunais comuns não são competentes para proceder à fiscalização” das leis.

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Jerónimo Martins avalia investimentos para proteger a cadeia de abastecimento

  • Lusa
  • 7 Março 2024

CEO da Jerónimo Martins diz que "ver se há algum investimento" que tenha de ser feito para proteger a cadeia de abastecimento.

O presidente da Jerónimo Martins disse esta quinta-feira que o grupo investiu até agora 230 milhões de euros no agroalimentar e que irá “ver se há algum investimento” que tenha de ser feito para proteger a cadeia de abastecimento.

Pedro Soares dos Santos falava na conferência de imprensa de resultados de 2023 da Jerónimo Martins, em Lisboa, depois de na véspera ter divulgado que o lucro subiu 28,2% em 2023, face a igual período de 2022, para 756 milhões de euros.

Questionado sobre quanto o grupo investiu no agroalimentar, o gestor afirmou que “foram investidos 230 milhões de euros” no período de dez anos desde que iniciaram atividade no setor.

Já sobre novos investimentos, Pedro Soares dos Santos recordou que o grupo tem a “parte agrícola”, onde se tem feito “grandes investimentos” nos últimos anos. “Vamos continuar a fazer [investimento] e nas outras, não do agroalimentar, é possível […], tendo em consideração o ambiente que se vive na Europa neste momento, iremos tentar ver se há algum investimento que tenhamos de fazer para proteger a nossa cadeia de abastecimento, porque a autossuficiência alimentar da Europa para nós é crucial e a proximidade é crucial e nós não queremos deixar morrer algumas áreas que consideramos cruciais”, rematou o presidente da Jerónimo Martins.

Dos laticínios às frutas, o grupo tem vindo a desenvolver uma atividade no agroalimentar. Isto “com uma preocupação de proteção da cadeia, por um lado, algum valor acrescentado também para o grupo, procurando fazer de forma diferente, modos que são distintos”, salientou o CEO da Jerónimo Martins Agroalimentar, António Serrano.

“Já temos um portefólio muito importante na área da produção e o país precisa que grupos como a Jerónimo Martins continuem a fazer este trabalho, precisamos de uma agricultura viável, diria em toda Europa e, naturalmente, também em Portugal, que possa conciliar também estas preocupações com a responsabilidade ambiental”, rematou o responsável.

As vendas da Jerónimo Martins cresceram 20,6% para 30.680 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) progrediu 17% para 2.168 milhões de euros.

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Bernardo Gomes da Conceição integra equipa da TELLES

A TELLES reforçou as equipas de Ambiente e Alterações Climáticas e Energia e Recursos Naturais com Bernardo Gomes da Conceição, na qualidade de associado.

A TELLES reforçou as equipas de Ambiente e Alterações Climáticas e Energia e Recursos Naturais com Bernardo Gomes da Conceição, na qualidade de associado. O advogado transita da AMMC Legal.

Bernardo Gomes da Conceição tem centrado a sua atividade principalmente nas áreas de direito da energia, direito do ambiente e urbanismo, prestando assessoria jurídica a clientes nacionais e internacionais no âmbito da instalação de equipamentos e infraestruturas de produção e transporte de energia com recurso a fonte primária renovável, tendo também experiência em questões de ambiente.

O mais recente advogado da TELLES é associado da Associação Portuguesa da Energia, que tem como missão dinamizar a reflexão e o debate sobre a energia, promovendo o contributo do setor para a economia, a sociedade e a qualidade de vida em Portugal.

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