“PREPARADOS”, o projeto da LALIGA e da Fundação Blanca que auxilia os jogadores de futebol na gestão emocional da sua reforma

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2024

Com esta iniciativa, será facilitada a preparação psicológica do atleta por meio de um projeto piloto de oficinas de treino com os elencos principais do Deportivo Alavés e do CD Leganés.

A LALIGA e a Fundação Blanca, entidade criada por Lola Fernández Ochoa para apoiar os atletas, apresentaram a iniciativa ‘PREPARADOS’. Com este projeto, ambas as instituições lançam um programa de acompanhamento ao jogador de futebol na sua reforma no âmbito psicológico, enfatizando a importância de ter uma boa saúde mental para enfrentar a significativa mudança de vida que eles têm que enfrentar ao concluir sua carreira profissional.

Para Javier Tebas, presidente da LALIGA, “é fundamental que os jogadores de futebol estejam cientes de que sua carreira é finita e que desfrutem da melhor preparação psicológica possível para aquele momento. Para a LALIGA e a Fundação Blanca, a saúde mental é fundamental no dia a dia dos atletas em geral e, neste caso específico, para os jogadores de futebol, uma vez que facilita o seu presente e seu futuro profissional e de vida”.

Por sua vez, Lola Fernández Ochoa, presidente e co-fundadora da Fundação Blanca, disse que “a saúde mental é uma partida que temos que jogar e vencer juntos. Essa aliança com a LALIGA nos permitirá cuidar dos jogadores também fora do campo, porque a alta exigência do desporto profissional pode se tornar o seu principal adversário e é fundamental oferecer apoio a eles”.

Este projeto será concretizado graças à colaboração de dois clubes pioneiros: o Deportivo Alavés e o CD Leganés. A LALIGA e a Fundação Blanca realizarão oficinas com os elencos principais desses dois clubes, que serão divididos em duas sessões. Nessas oficinas, com a ajuda de uma equipa de psicólogos, serão abordados e discutidos temas como a eliminação do estigma da saúde mental, as sequelas de não tratá-la e a importância de um bom planeamento para a reforma.

Alfonso Fernández de Troconiz, presidente do Deportivo Alavés, quis ressaltar que “no Deportivo Alavés temos um projeto definido a médio e longo prazo que abrange desde a chegada do jogador até à sua reforma. É uma preparação integral, não apenas do ponto de vista desportivo. Pensamos em toda a sua carreira, que ele saiba ser jogador também fora de campo “.

Por sua vez, Martín Ortega, diretor geral do CD Leganés, destacou que “para o CD Leganés é muito importante fornecer ao atleta as ferramentas adequadas para enfrentar o fim da sua carreira de maneira ótima. Temos a convicção de que participar do projeto piloto da Fundação Blanca será uma experiência muito boa para nosso elenco “.

Além disso, durante a apresentação e nas próprias oficinas, contarão com a ajuda de dois ex-jogadores, Carlos Marchena e Zuhaitz Gurrutxaga. Os dois expuseram seus pontos de vista de forma pessoal, explicando seu processo e os desafios que encontraram ao longo do caminho. Eles também participarão ativamente das oficinas que serão ministradas aos elencos principais do Deportivo Alavés e do CD Leganés, compartilhando sua experiência pessoal.

‘PREPARADOS’ nasce com o objetivo de ajudar a prevenir e preparar os jogadores de futebol numa transição emocional e profissional tão significativa como a reforma. Atualmente, os atletas têm diferentes serviços à sua disposição para se prepararem para a reforma do ponto de vista profissional, como o programa de formação ‘Global Players Program’ ou o programa ‘Becas LALIGA: Campeones extraordinários’ e, com este projeto, é apresentada outra faceta desse processo: a preparação psicológica para a reforma.

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Hoje nas notícias: Economia paralela, saúde e habitação

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Naquela que tem sido uma tendência de descida moderada mas regular ao longo das últimas duas décadas, a economia paralela em Portugal deve representar este ano 17% do PIB. Dois mil auxiliares de saúde receberam dinheiro a mais e podem ter que devolvê-lo ao Estado. Na habitação, os concelhos de Vila Nova de Gaia, Porto e Braga foram aqueles que licenciaram mais fogos habitacionais do total de 36 mil criados em Portugal no ano de 2023. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta quarta-feira.

Economia paralela está a diminuir há duas décadas em Portugal

A economia paralela em Portugal deve representar este ano 17% do Produto Interno Bruto (PIB), naquela que tem sido uma tendência de descida moderada, mas regular, ao longo dos últimos 20 anos. Segundo os especialistas, existe ainda alguma margem para que esta economia paralela continue a cair para os níveis de alguns países do norte da Europa. No entanto, fica ainda longe dos valores com que o Chega diz contar para financiar as medidas de corte dos impostos e aumento das despesas presentes no seu programa eleitoral.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Auxiliares de saúde receberam dinheiro a mais e podem ter que devolvê-lo ao Estado

Cerca de 2.000 auxiliares de saúde poderão ter de devolver ao Estado dinheiro que lhes foi pago a mais indevidamente a título de retroativos, com os trabalhadores em risco de poderem ter de devolver entre 3.800 e 7.200 euros. O Sindicato Independente dos Técnicos Auxiliares de Saúde (SITAS) refere que os montantes foram pagos no âmbito do reposicionamento remuneratório que abrangeu todos os trabalhadores da função pública, mas em sete Unidades Locais de Saúde (ULS), os pagamentos aos técnicos auxiliares de saúde incluíram retroativos que foram além dos anos previstos.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Gaia, Porto e Braga lideram casas licenciadas em 2023

Vila Nova de Gaia, Porto e Braga foram os concelhos que licenciaram mais fogos habitacionais no ano de 2023. Segundo os dados provisórios cedidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) ao Jornal de Notícias, o número de licenciamentos de casas em Portugal aumentou 3,6% face a 2022, e triplicou em comparação com 2015, sendo que o Norte é responsável por metade dos 36 mil novos fogos habitacionais criados em Portugal. Há mais construção nova e menos reabilitações, exceto em Lisboa.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

BCP pondera distribuir metade do lucro de 2024

Embora sem assumir um compromisso para já, o BCP encontra-se a ponderar distribuir dividendos no valor de metade dos resultados que vierem a ser obtidos neste ano, avançou Miguel Maya, CEO do banco, numa conferência telefónica com analistas. Deixando para trás anos de rendibilidade abaixo das metas traçadas pelo próprio banco, e depois de propor um payout de 30% sobre o lucro do ano passado, o BCP espera assim elevar a fasquia para 50% dos resultados deste ano, que ainda agora começou.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo gastou menos de metade do previsto com pacote anti-inflação

O Governo só executou 46% do pacote de medidas anti-inflação que tinha apresentado para mitigar o impacto da subida generalizada dos preços junto dos consumidores e empresas, concluiu a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO). Segundo o relatório divulgado na terça-feira, a despesa líquida (sem considerar juros) com as medidas destinadas a mitigar os efeitos da inflação no poder de compra das famílias e empresas “agravou a posição orçamental em 2,2 mil milhões de euros”, ou seja, menos de metade da estimativa atualizada do Ministério das Finanças para 2023 que era de 4,8 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Prohens abre frente judicial contra Armengol no caso Koldo

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2024

A atual presidente das Ilhas Baleares vai apresentar-se como acusação particular no 'caso Koldo' para recuperar o valor total que o governo anterior socialista pagou à Soluciones de Gestión.

A presidente de Baleares, Marga Prohens, declarou que o seu governo vai incorporar-se como parte acusadora no processo judicial em andamento na Audiência Nacional sobre o ‘caso Koldo’.

Um processo que investiga supostas comissões ilegais relacionadas à compra de máscaras durante a pandemia e no qual um dos investigados é Koldo García, ex-assessor do ex-ministro José Luis Ábalos.

Francina Armengol, que na época era a presidente insular do partido socialista, formalizou um acordo no valor de 3,7 milhões de euros com uma dessas empresas, Soluciones de Gestión y Apoyo a las Empresas (Soluções de Gestão e Apoio Empresarial).

Um contrato que foi realizado no auge da crise de saúde, em abril de 2020, e foi feito por meio de um procedimento negociado sem convocação pública. Os membros do partido socialista afirmam que a proposta de compra das máscaras lhes foi apresentada durante o estado de alarme pelo Ministério do Desenvolvimento, que os informou sobre a disponibilidade desse material.

No entanto, nenhum membro do PSOE especificou até agora a identidade da pessoa que fez a proposta nem quem foi o representante nas Ilhas Baleares.

DEVOLUÇÃO

Diante dessa situação, Prohens pediu cautela e prudência, ao mesmo tempo em que declara que o governo que ela preside tem argumentos mais do que convincentes para se apresentar como parte acusadora no caso.

“O nosso dever e compromisso são examinar cada detalhe e colaborar com o sistema judicial para responder a todas as preocupações dos cidadãos”, afirma, acrescentando que vai recuperar os 3,7 milhões de euros pagos pelas máscaras.

Após a chegada dos equipamentos de proteção individual, o governo socialista observou que as mercadorias entregues não atendiam às especificações técnicas necessárias e, portanto, não foram utilizadas. Cada uma dessas máscaras, adquiridas por 2,5 euros, revelou-se de qualidade inferior à esperada. Segundo Armengol, foi seu governo na época que iniciou o processo de reivindicação.

Por sua vez, Prohens afirma que os socialistas e, especificamente Francina Armengol, mentem, apontando-a como a principal responsável pelo caso no território das Baleares por não ter reivindicado o custo adicional das máscaras até três anos após a compra, por isso o atual governo irá até o fim e “caia quem cair”.

“Eles viram que eram defeituosas e não reivindicaram o dinheiro até três anos depois”, afirma Marga Prohens. “Eles souberam que a Guarda Civil estava investigando e abafaram o caso. No momento mais difícil da pandemia, vocês deram contratos privilegiados a uma suposta trama política, vacinaram-se antes de todos e burlaram as restrições. Este é o resumo da sua atuação durante a crise sanitária”, disse a atual presidente das Baleares.

SÁNCHEZ

Além das Baleares, o PP exige explicação sobre o “caso Koldo”. Miguel Tellado, porta-voz do Grupo Parlamentar Popular no Congresso dos Deputados, declarou que o seu partido usará “todos os recursos legais e parlamentares para exigir explicações de todos os membros do PSOE sobre a responsabilidade que ocupam em relação a esse esquema”.

Para isso, o PP exigirá o comparecimento tanto de Francina Armengol, atual presidente do Congresso, quanto de vários ministros e líderes socialistas na comissão de investigação que eles impulsionaram no Senado.

Além disso, Tellado critica Pedro Sánchez por seu silêncio e condena o fato de ele ainda não ter se pronunciado sobre o assunto para “explicar tudo o que sabe”, acrescentando que “se ele estava ciente de um crime, ele se torna um cúmplice e é obrigado a dar um passo à frente. Se ele não o fizer, é porque tem muito a esconder”.

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EDP vende 5,2% do défice tarifário em Portugal por 100 milhões de euros

Elétrica comunicou ao mercado a venda de défice tarifário em Portugal resultante do adiamento por cinco anos da recuperação dos custos adicionais a suportar pela SU Eletricidade este ano.

A EDP comunicou ao mercado esta quarta-feira de manhã que a sua participada SU Eletricidade “acordou a venda sem recurso de 5,2% do défice tarifário de 2024” por 100 milhões de euros.

“A SU Eletricidade, comercializadora de último recurso do sistema elétrico português, detida a 100% pela EDP, acordou a venda sem recurso de 5,2% do défice tarifário de 2024, por um montante de 0,1 mil milhões de euros”, indica um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a EDP, “este défice tarifário resultou do diferimento por cinco anos da recuperação dos custos adicionais a suportar pela SU em 2024, incluindo os ajustamentos dos dois anos anteriores (2022 e 2023), relacionados com a compra de eletricidade a produtores que beneficiam de regimes de remuneração garantida ou outros regimes subsidiados”.

A EDP vai apresentar resultados no dia 1 de março, depois de, esta quarta-feira de manhã, a EDP Renováveis, sua subsidiária, ter apresentado as respetivas contas anuais, nomeadamente uma queda de 50% nos lucros do ano passado.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 28 de fevereiro

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2024

Ao longo desta quarta-feira, 28 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Câmara Municipal do Porto e Fórum da Energia e Clima debatem descarbonização das cidades

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  • 28 Fevereiro 2024

Planear o futuro do espaço urbano: a VII edição da Energy & Climate Summit acontece no próximo dia 4 de junho no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

Na década da descarbonização, e tendo em conta a urgência da transição para as energias renováveis, da redução dos níveis de poluição nas cidades, do desafio do planeamento urbano e da mudança para uma economia mais circular e sustentável, a Câmara Municipal do Porto e o Fórum da Energia e Clima promovem uma cimeira para debater soluções para um desafio comum a todas as cidades do mundo.

Esperam-se convidados nacionais e internacionais para um debate transversal que irá envolver políticas públicas, ciência, sociedade civil, mas também empresas que tomam já a dianteira na transição para a sustentabilidade.

Para a organização, a realização deste debate no Porto foi uma escolha óbvia, em linha com o posicionamento de liderança que a cidade assumiu nesta transição. Recorde-se que o Porto foi selecionado pela Comissão Europeia para integrar o grupo das 100 cidades inteligentes e com impacto neutro no clima e, como Cidade-Missão, lançou o Pacto do Porto para o Clima, em setembro de 2022. Desde então, agrega já mais de 750 subscritores, entre grandes stakeholders nacionais, do Porto e Região Norte e cidadãos a título individual, mobilizados para alcançar a neutralidade carbónica da cidade até 2030.

"70% das pessoas do Mundo irão viver nas cidades até meio deste século, e nós teremos que pensar as cidades para nelas podermos viver com qualidade e com saúde, e isso significa, em muitos aspetos fazer diferente, mudar o modelo, e a ciência já nos apontou qual é esse caminho do futuro para mais rapidamente termos cidades descarbonizadas, onde a economia é circular e sustentável e onde as pessoas possam ser mais felizes.”

Ricardo Campos, Presidente do Fórum da Energia e Clima

 

Para o Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, este evento representa “uma afirmação deste que é o caminho traçado, nos últimos anos, pelo Município do Porto rumo à neutralidade climática até 2030.”

"O Porto é já uma referência na transição climática, trabalhando para que esta seja justa, informada, partilhada e eficaz. Temos atuado em várias frentes e com múltiplos parceiros e esta cimeira é mais um exemplo do envolvimento e co-criação que mantemos com as diversas partes interessadas da cidade, nomeadamente no âmbito do Pacto do Porto para o Clima.”

Filipe Araújo, Vice-presidente da Câmara Municipal do Porto

O programa está neste momento a ser finalizado e contará com painéis que irão debater três grandes temas – Transição Energética nas Cidades; Planeamento Urbano e Mobilidade; e Uma economia mais verde nas cidades.

A informação será atualizada AQUI, onde será igualmente disponibilizado o link para inscrição gratuita no evento.

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Pastoret e a Academia Ibero-Americana de Gastronomia apresentam o primeiro livro sobre o iogurte e sua história

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2024

Inclui uma ampla lista de receitas elaboradas por chefs de renome como Mario Sandoval, Juan Mari Arzak, Paco Roncero e Andoni L. Aduriz, entre outros.

A empresa de produtos lácteos Pastoret e a Academia Ibero-Americana de Gastronomia (AIBG), em parceria com a Planeta Gastro, lançaram o livro “O iogurte na gastronomia do século XXI”, que aborda a incorporação desse alimento versátil e quotidiano na alta gastronomia contemporânea. Assim, aprofunda-se na história desse lácteo e suas origens, nas suas diversas tipologias, os seus valiosos aspetos nutricionais e benefícios.

O livro conta com especialistas como o sociólogo Miguel Ángel Almodóvar e a especialista em iogurte Carola Pont, além de entidades como a Fundação Espanhola de Nutrição. Ele também inclui uma ampla lista de receitas elaboradas por alguns dos chefs mais aclamados do país, como Albert Adrià, Andoni L. Aduriz, Juan Mari Arzak, Elena Arzak, Paolo Casagrande, Mateu Casañas, Oriol Castro, Eduard Xatruch, Coco Montes, Francis Paniego, Toño Pérez, Paco Roncero e Mario Sandoval. O prefácio do livro é escrito por Rafael Ansón, presidente da Academia Ibero-Americana de Gastronomia.

“O iogurte na gastronomia do século XXI” oferece até 20 receitas de pratos e sobremesas que transformam esse alimento em uma estrela da alta cozinha. Desde entradas sofisticadas até sobremesas deliciosas, cada receita destaca as características do iogurte, fundindo-o com técnicas culinárias de vanguarda e sabores de todo o mundo. Além disso, o livro não apenas testemunha a versatilidade e o potencial do iogurte na alta gastronomia, mas também serve como fonte de inspiração para chefs e entusiastas.

Rafael Ansón destaca que esta publicação “permitirá que todas as cozinhas, sejam elas dos melhores restaurantes do mundo, de pequenas pensões ou até mesmo nos nossos lares, possam desfrutar de receitas muito atraentes do ponto de vista do sabor, além de serem saudáveis e baseadas em produtos ecológicos.”

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Babcock, Hensoldt, Indra, Kongsberg, QinetiQ e Thales são os ‘principais jogadores’ em tecnologia de defesa na Europa

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2024

Dois anos após o início da guerra da Rússia na Ucrânia, o panorama mudou substancialmente para a indústria de defesa, impulsionado pelo forte aumento dos gastos dos governos com segurança.

Este contexto revitalizou o interesse dos investidores no setor de defesa, principalmente em empresas de tecnologia especializadas nessa indústria.

Empresas como Hensoldt, Thales, Indra, Babcock, Kongsberg e QinetiQ valorizaram em média quase 90% nos últimos dois anos, muito acima dos 70% registrados pelo setor de defesa tradicional.

Hensoldt foi a empresa do setor que mais se beneficiou desse interesse dos investidores, com um aumento de 153% no período. É a empresa alemã de referência no setor, com uma posição estratégica no campo de soluções de sensores para defesa e aplicação de segurança, além de desenvolver novos produtos para combater ameaças através da gestão de dados, robótica e cibersegurança.

Em seguida, Kongsberg regista um aumento de 134%. A empresa norueguesa é líder no país e, em colaboração com as forças armadas norueguesas, desenvolve sistemas de defesa aérea com o objetivo de tornar a Noruega menos vulnerável e garantir sua autonomia como um país democrático.

Na terceira posição está a Indra, que teve uma alta de 81% no mercado impulsionado pelas boas perspetivas para o seu negócio de defesa e a expectativa de que a empresa cada vez mais se concentre nesse segmento. A empresa espanhola oferece soluções abrangentes para todos os aspetos da defesa, o que a tornou uma referência no setor em Espanha. De fato, a empresa começou a quarta-feira subindo até 8% após apresentar resultados hoje com um aumento de lucro de 20% graças ao impulso da defesa.

Dessa forma, é a empresa espanhola com o maior número de contratos do Fundo Europeu de Defesa, com 19 projetos no valor de 72 milhões de euros, e é responsável por coordenar a participação espanhola no programa europeu de defesa FCAS, que desenvolve tecnologias de próxima geração para a indústria. Em 6 de março, a Indra apresentará seu novo plano estratégico e a expectativa dos investidores é que ela possa apresentar sua estratégia de defesa para se tornar o campeão nacional indiscutível.

A empresa seguinte que mais se valorizou nesses dois anos é a Thales (80%). O campeão francês é a maior empresa da indústria na Europa e fornece soluções, produtos e serviços no setor de defesa, especializada em sistemas e sensores de missões, redes de comunicação e infraestruturas.

Enquanto isso, no Reino Unido, Babcock e QinetiQ compartilham a liderança no setor de tecnologia de defesa e registaram valorizações de 56% e 39%, respetivamente. Babcock desenvolve tecnologia e sistemas civis e de defesa com o objetivo de modernizar os ativos e reduzir os riscos. Por sua vez, a QinetiQ oferece soluções integradas para responder aos desafios atuais e futuros, desenvolvendo tecnologia de ponta que se torna um recurso para lidar com ameaças atuais e futuras.

INVESTIMENTO

De acordo com os dados da OTAN, os países europeus que fazem parte da aliança investiram no ano passado US $ 347 bilhões em defesa (1,85% do PIB), em comparação com US $ 235 bilhões em 2014 (1,47% do PIB).

Além disso, os membros da Aliança Atlântica esperam que o crescimento não se interrompa este ano, esperando um investimento de US $ 380 bilhões, equivalentes a 2% do PIB. Esse contexto impulsionou as empresas tradicionais de defesa, mas também um subgrupo de campeões nacionais de tecnologia no campo da defesa, que também viram melhorias nas suas perspetivas de negócios.

Nesse sentido, além dos esforços nacionais individuais, a Comissão Europeia lançou uma iniciativa em 2021 para apoiar a pesquisa colaborativa em defesa, com o Fundo Europeu de Defesa (EDF) no valor de 7,9 bilhões de euros para o período 2021-2027, com o objetivo de impulsionar a inovação industrial na defesa na região.

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MejoresDoctors lança a edição 2024 que lista os melhores médicos e cirurgiões de Espanha

  • Servimedia
  • 28 Fevereiro 2024

É uma plataforma para encontrar os melhores especialistas que exercem em hospitais de Espanha, tanto públicos como privados.

Um compêndio independente elaborado pelo Conselho Diretor e pela Equipa Técnica de MejoresDoctors, juntamente com um Painel Académico-Profissional e um parceiro especializado em ‘mistery shopper’, com o objetivo de “garantir a máxima independência e total confidencialidade, sem interferências comerciais ou pressões setoriais”.

MejoresDoctors.com aparece com a sua Edição 2024, o primeiro e único compêndio dos melhores médicos e cirurgiões que exercem na Espanha, “referências em sua especialidade; definido a partir da máxima independência, qualificado por uma exigente metodologia própria e verificado por critérios qualitativos”, afirmam a partir da plataforma, cujo propósito é “oferecer aos pacientes o guia mais completo, detalhado e verificado para conhecer profundamente os melhores profissionais de saúde em prevenção, diagnóstico e tratamento, visando garantir a melhor referência médica nos momentos decisivos da vida”.

MejoresDoctors.com elaborou esta primeira lista de profissionais referências nas suas respetivas disciplinas médico-cirúrgicas que exercem em centros hospitalares espanhóis sob a máxima independência e total confidencialidade, o que faz com que não esteja sujeito a interferências comerciais ou pressões setoriais. O responsável pela elaboração é o Conselho Diretor e a Equipa Técnica de MejoresDoctors, que juntamente com um Painel Académico-Profissional e um parceiro especializado em “mistery shopper” contrastam e renovam periodicamente o compêndio de médicos.

A edição 2024 começa com um total de 350 profissionais de 27 especialidades diferentes da saúde pública e privada, que muitas vezes exercem simultaneamente em ambas. Uma lista à qual serão incorporados nos próximos meses novos facultativos, todos líderes nas suas respetivas áreas de atividade sanitária, bem como novas especialidades e subespecialidades.

As especialidades que atualmente figuram, às quais se irão juntar novas especialidades e subespecialidades, são Alergologia, Angiologia e Cirurgia Vascular, Cardiologia, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo, Cirurgia Oral e Maxilofacial, Cirurgia Plástica, Estética e Reparadora, Cirurgia Torácica, Dermatologia, Endocrinologia e Nutrição, Ginecologia e Obstetrícia, Hematologia e Hemoterapia, Imunologia, Medicina Interna, Medicina da Educação Física e do Desporto, Nefrologia, Pneumologia, Neurocirurgia, Neurologia, Oftalmologia, Oncologia Médica, Oncologia Radioterápica, Otorrinolaringologia, Pediatria, Psiquiatria, Traumatologia e Cirurgia Ortopédica e Urologia.

COMPÊNDIO INDEPENDENTE

“MejoresDoctors não mantém nenhuma relação com os médicos e cirurgiões recomendados aos pacientes. Por isso, não atende a nenhuma solicitação de reunião, nem responde a perguntas específicas. No entanto, valoriza todas as solicitações de inclusão no compêndio realizadas pelos médicos”, afirmam a partir da plataforma, que possui diversas Certificações ISO em Espanha que avaliam a sua governança.

Embora sejam o Conselho Diretor e a Equipa Técnica de MejoresDoctors, que juntamente com um Painel Académico-Profissional e um parceiro especializado em “mistery shopper”, realizam a seleção de especialistas, existe a possibilidade de médicos que assim o desejarem apresentarem a sua própria candidatura através da página de contacto de MejoresDoctors. Além disso, é possível enviar os artigos médicos desejados sobre sua especialidade e as patologias que abrangem, que posteriormente passarão por uma fase de pesquisa e análise qualitativa sobre a informação fornecida, complementada por todo tipo de fontes abertas e contrastes profissionais e setoriais.

Uma das características distintivas de MejoresDoctors é que não está sujeito a interferências publicitárias de nenhum tipo nem contempla patrocínios de eventos. Não aceita publicidade de forma alguma nem pressões setoriais, já que, para a seleção de profissionais, baseia-se unicamente na trajetória, prestígio, méritos e recomendações de médico para médico, bem como em depoimentos de pacientes verificados e passíveis de confirmação.

ATUALIZAÇÃO CONTÍNUA

Com o objetivo de ser uma referência para os pacientes, entre os princípios de MejoresDoctors está o de manter a plataforma web atualizada em benefício de todas as pessoas que acedam para procurar informações de valor e, assim, facilitar a melhor tomada de decisões relacionadas à sua saúde. Novos profissionais de referência serão incorporados assim que o Conselho Diretor tenha verificado os critérios qualitativos adequados à sua especialidade.

Para isso, além de conter o perfil completo dos melhores médicos que fazem parte da primeira edição, a plataforma apresenta informações de valor agregado para o paciente, como artigos médicos sobre patologias relacionadas com as especialidades atualmente presentes em MejoresDoctors. Os próprios profissionais de saúde também podem propor as suas próprias colunas ou casos de sucesso através do site, em benefício das pessoas que buscam informações do seu interesse.

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Portugueses trabalham mais horas que espanhóis, mas produtividade em Espanha é superior

A diferença entre a média de horas semanais trabalhadas a tempo inteiro pelos portugueses e pelos espanhóis chega a ser superior a uma hora. Portugueses trabalham em média 41,3 horas por semana.

Na última década, de 2013 a 2022, os portugueses registaram sempre um número de horas trabalhadas por semana superior aos espanhóis. Mesmo assim, quando se olha para os indicadores de produtividade, a economia vizinha fica acima de Portugal, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira.

Segundo estes dados, a média de horas semanais para os portugueses foi de 41,3 horas em Portugal, enquanto em Espanha foi de 40,4, em 2022. As diferenças entre o número médio de horas habitualmente trabalhadas por semana a tempo inteiro chegaram a superar uma hora, sendo que variaram entre 0,8 horas (2016 e 2018) e 1,1 horas (2014, 2019 e 2021), nota o gabinete de estatísticas, numa publicação com um conjunto de números sobre a Península Ibérica.

Apesar de trabalharem mais tempo, os indicadores de produtividade são mais elevados em Espanha. A diferença é maior quando se olha para a produtividade medida pelo PIB face ao emprego, ou seja, a produtividade nominal do trabalho por pessoa: Espanha aproxima-se da média comunitária enquanto Portugal regista não chega a atingir 70% da média da União Europeia.

Já a produtividade medida pela relação entre o PIB per capita e as horas trabalhadas apresenta uma distância mais diminuta, mas ainda assim Espanha fica à frente. Enquanto a produtividade por hora trabalhada é acima dos 90% da média da UE em Espanha, já Portugal fica quase 30 pontos abaixo da média comunitária.

Neste sentido, também o PIB per capita em Espanha foi sempre superior ao de Portugal entre 2013 e 2022, “com diferenças que oscilaram entre 12 PPS e 16 PPS até 2019”, indica o INE.

É de notar, contudo, que o cenário muda se se olhar para o número de horas trabalhadas a tempo parcial. “Em 2022, o número de horas trabalhadas a tempo parcial em Portugal e em Espanha foi inferior à média da União Europeia, para ambos os sexos”, segundo o INE, sendo que “Portugal foi mesmo o país com o valor mais baixo para as mulheres”.

Nota: Valores em paridade de poder de compra e a dividir por 12 meses

Este conjunto de dados mostra ainda que o salário mínimo aumento mais em Portugal do que Espanha entre 2019 e 2023 — 23,9% face a 19,3%, respetivamente — mas continua a ficar abaixo dos valores espanhóis. O salário mínimo em Espanha foi de 1.080 em 2023, subindo para 1.134 euros em 2024, enquanto em Portugal passou de 760 euros para 820 euros este ano.

Quanto à caracterização dos trabalhadores, “a proporção de empregados com instrução de nível superior é claramente mais elevada em Espanha do que em Portugal”.

Por outro lado, é de salientar que em Espanha existe uma taxa de desemprego muito mais elevada. “Em 2022, a Espanha registou a taxa de desemprego mais elevada da União Europeia (12,9%)”, enquanto “Portugal, com 6,0%, esteve 0,2 p.p. abaixo do valor apurado para UE no seu todo”, lê-se no destaque do INE.

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CCP quer taxar lucros para pagar pensões: “Uma parte que incidisse sobre o valor acrescentado líquido”

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços, João Vieira Lopes, defende que a sustentabilidade da Segurança Social não pode depender apenas em áreas de mão de obra intensiva.

No futuro, o Estado deveria taxar o lucro das grandes empresas para ajudar a pagar pensões, defende o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, em entrevista ao ECO. “A CCP tem uma proposta de incorporar uma parte que incidisse sobre o valor acrescentado líquido (VAL)” na diversificação das fontes de financiamento do sistema previdencial, afirmou o líder da confederação patronal.

“Neste momento, praticamente, só as áreas de mão-de-obra intensiva é que sustentam a Segurança Social com a Taxa Social Única (TSU). Ora, a estrutura da economia está-se alterar e é preciso encontrar aqui equilíbrios, mas não ser maximalista. Esta é uma questão estratégica para o país”, sustentou Vieira Lopes.

O líder da confederação patronal, que critica o facto de “não haver uma abordagem profunda da temática da sustentabilidade da Segurança Social” nos programas de PS e AD, repesca uma ideia avançada há décadas pela confederação sindical CGTP e abraçada pela esquerda.

Na última década, aliás, começou a agradar também a alguns patrões, tendo chegado a ser defendida pelo antigo líder do PSD, Rui Rio, no programa para as eleições legislativas de 2019, mas com algumas nuances. Mas o PS de António Costa nunca concordou com a proposta.

A medida, defendida pela CCP, não é nova. Através de um estudo realizado pelo economista Armindo Silva, a confederação dos patrões defende a criação de uma taxa de 5,4% sobre o VAL, taxa essa que permitiria uma redução da TSU a cargo dos patrões de 23,75% para 13,75%.

Ausência de incentivos para o investimento privado

Outra das lacunas detetadas por Viera Lopes nos programas eleitorais de Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, e de Luís Montenegro, que lidera a Aliança Democrática (AD), coligação que junta PSD, CDS e PPM, passa pela ausência de propostas para promover o investimento privado.

“O que nos preocupa é que nenhum dos programas tem medidas claras e diretas para incentivar o investimento privado. E sem investimento não há crescimento. E sem crescimento, não tenhamos qualquer dúvida, não há aumentos salariais”, atira.

O líder da CCP considera fundamental “incentivar com benefícios fiscais diretos e mais claro para o investimento privado, para que os empresários coloquem capitais próprios nas empresas”.

“É preciso resolver o problema da capitalização, continuamos com as empresas dependentes da banca e a fiscalidade ainda continua, em muitas situações, a ser muito mais favorável a recorrer à banca do que investir na capitalização”, reforçou, lamentando, que neste aspeto, “nenhum partido tem propostas muito radicais”. E acrescenta: “Os programas são uma desilusão”.

Do ponto de vista fiscal, Vieira Lopes considera que ambos os partidos apresentam “propostas positivas”, nomeadamente através da redução do IRS e IRC.

Questionado sobre quem estará melhor preparado para ser primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos ou Luís Montenegro, o líder da CCP preferiu deixar a ambiguidade no ar: “Estão bem numas coisas e más noutras”.

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Cerca de 6 mil famílias fixaram a prestação da casa com o apoio do Estado em 2023

Mais de metade dos quase 1.400 milhões de euros de crédito à habitação renegociados em novembro e dezembro foram realizados através da solução pública de fixação da prestação da casa.

Até ao final de 2023, os maiores bancos contratualizaram mais de 6 mil contratos de crédito à habitação no âmbito da solução pública que permite fixar a prestação da casa durante dois anos com base no cálculo da prestação do empréstimo em função de um indexante correspondente a 70% da Euribor a 6 meses.

Esta medida foi apresentada por Fernando Medina, em Leiria, a 21 de setembro, após aprovação em Conselho de Ministros. “A estimativa que nós temos é que o número de famílias abrangidas pode chegar às 900 mil a 1 milhão“, referiu na altura o ministro das Finanças.

A estimativa do Governo não se tratava de uma previsão, mas apontava para cerca de dois terços dos contratos de crédito à habitação que existiam em 2022, segundo dados do Banco de Portugal, que poderiam recorrer à solução pública, conforme as condições estabelecidas no decreto-Lei .

A adesão das famílias a esta medida de apoio lançada pelo Governo para mitigar a subida das taxas de juro nos últimos dois anos foi imediata. Em meados de novembro, poucos dias depois da entrada em vigor da solução pública (2 de novembro), os maiores bancos estavam a receber cerca de 500 pedidos por dia.

“A medida é importante para um conjunto de famílias que se endividou recentemente”, referiu na altura Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos, à margem de uma conferência do setor,

Ao ECO, fonte oficial do banco público revela agora que, até ao final de dezembro do ano passado, a Caixa recebeu o pedido de mais de 1.700 clientes para aderir à fixação da prestação nos termos da solução pública, que se traduziu em mais de 500 contratualizações, estando os restantes clientes a avaliar a proposta apresentada pelo banco.

A mesma onda de adesão à proposta do Governo sentiu o Millennium bcp, com o banco liderado por Miguel Maya a revelar que “já implementou cerca de 2.000 pedidos, respondendo com celeridade e rigor às solicitações dos clientes.”

Só em 2023, segundo dados do Banco de Portugal, foram renegociados 8.845 milhões de euros de empréstimos à habitação, mais do triplo do montante renegociado nos dois anos anteriores juntos.

Apesar de não avançar com o número de contratos renegociados ao abrigo da solução pública, o Novobanco refere que desde 2 de novembro até hoje já recebeu cerca de 6.000 pedidos por parte dos seus clientes.

A procura pela medida anunciada por Fernando Medina em setembro do ano passado tem sido grande. Na apresentação de resultados anuais, o Banco BPI revelou que, até ao final do ano passado, renegociou cerca de 400 contratos de crédito à habitação com base na fixação do indexante num montante global de 64 milhões de euros de valor em dívida.

Nas contas do Santander Totta, a renegociação dos empréstimos para a compra de casa no âmbito da solução pública também tem-se feito notar: só nos dois primeiros meses de vigência da medida (novembro e dezembro), o banco liderado por Pedro Castro e Almeida renegociou 3.053 contratos neste quadro num montante global de crédito de 381 milhões de euros.

Além disso, já em janeiro, o número de contratos renegociados no âmbito da fixação da prestação pela medida pública aumentou 14% para 3.489 empréstimos que agregam um montante de crédito à habitação superior a 429 milhões de euros.

Renegociação do crédito à habitação à boleia do Estado

A subida galopante das taxas de juro nos últimos dois anos despertou as famílias para a renegociação dos seus créditos à habitação. Só em 2023, segundo dados do Banco de Portugal, foram renegociados 8.845 milhões de euros de empréstimos à habitação, mais do triplo do montante de crédito renegociado nos dois anos anteriores juntos.

Além disso, os dados do regulador do setor bancário revelam também que em 2023, as renegociações representaram cerca de 41% do montante total de novos empréstimos à habitação realizados no ano passado. É um número histórico.

Considerando apenas os números dos últimos dois meses do ano, desde quando a solução pública de fixação da prestação estava em vigor, os dados do Banco de Portugal mostram que foram renegociados quase 1.400 milhões de euros de crédito à habitação.

Considerando que os cerca de 6 mil contratos renegociados em novembro e dezembro ao abrigo da solução pública por parte de quatro dos cinco maiores bancos do mercado envolveram um montante global de crédito de 743 milhões de euros, segundo cálculos do ECO, conclui-se que desde que a medida do Governo entrou em vigor, mais de metade das renegociações de empréstimos à habitação foram realizadas através da medida pública.

No decorrer da apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira de novembro, o governador do Banco de Portugal referiu que na altura não tinha dados sobre a medida apresentada pelo Governo, mas sublinhou que “nos próximos meses, semanas, vamos começar a receber informação.”

O ECO questionou o Banco de Portugal sobre o número de contratos renegociados no âmbito da solução pública até ao final do ano passado, que indicou ainda não ter dados para divulgar.

O ECO procurou também uma reação do ministério das Finanças sobre a adesão das famílias à solução pública, mas até ao fecho da edição não recebeu qualquer resposta.

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