BCE perde 1,27 mil milhões em 2023 e não dá dividendo ao Banco de Portugal

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2024

BCE registou prejuízos de 1,27 mil milhões de euros no ano passado e, pelo segundo ano seguinte, não terá resultados para distribuir pelos bancos centrais do Eurosistema.

O Banco Central Europeu (BCE) perdeu 1.266 milhões de euros em 2023, face a um resultado nulo em 2022, após executar as provisões para cobrir os números vermelhos pela subida das taxas de juro, não distribuindo lucros aos bancos centrais pelo segundo ano consecutivo.

Trata-se do primeiro prejuízo desde 2004, quando a valorização do euro face ao dólar levou o banco central da Zona Euro a registar um resultado negativo de 1.636 milhões de euros.

O BCE assegurou que estes resultados são consequência da subida das taxas de juro para travar a inflação, o que fez com que os juros pagos aos bancos comerciais crescessem a um ritmo superior ao das suas receitas neste domínio, uma vez que estas últimas são, em grande parte, a uma taxa fixa.

Especificamente, o BCE enfrentou perdas de 7.886 milhões em 2023, que foram reduzidas para 1.266 milhões após a execução de todas as provisões que tinha para riscos financeiros (6.620 milhões).

O BCE prevê que estas perdas se repitam nos próximos anos, em consonância com os resultados que estão a ser obtidos pelos restantes bancos centrais do mundo, para posteriormente voltar a uma trajetória de crescimento sustentado.

A instituição sublinha que dispõe de 46.000 milhões de euros em contas de capital e de revalorização, que reflete a sua solidez financeira e lhe permitirá operar de forma eficiente e cumprir o seu mandato de manutenção da estabilidade de preços, independentemente das suas perdas potenciais.

O saldo financeiro do BCE registou uma contração de 24,4 milhões de euros em 2023, passando para 674 milhões de euros, principalmente devido à interrupção dos reembolsos ao abrigo do programa de compra de ativos (APP) a partir de julho de 2023, o que levou a instituição a reduzir os títulos detidos para fins de política monetária em 31.900 milhões de euros.

O BCE registou uma perda líquida de juros de 7.193 milhões de euros em 2023, em comparação com uma receita de 900 milhões de euros um ano antes, principalmente relacionada com a responsabilidade do TARGET – um sistema que os bancos centrais e comerciais utilizam para processar e movimentar dinheiro entre si.

As despesas do TARGET aumentaram quase sete vezes no ano passado, para 14.236 milhões de euros, depois de a taxa das operações principais de refinanciamento (OPR) ter subido de uma média de 0,6% em 2022 para 3,8% em 2023.

Esta subida da taxa de juro também fez com que aumentasse quase sete vezes o que paga aos bancos centrais nacionais como remuneração pelos seus ativos transferidos para a agência, para 1.334 milhões em 2023.

No outro extremo da escala, as receitas de juros decorrentes da sua quota-parte no total de notas em circulação aumentaram mais de 500% para 4.817 milhões de euros.

Além disso, o BCE obteve juros e proveitos equiparados de 3.467 milhões de euros sobre os títulos detidos para fins de política monetária, o dobro do valor registado em 2022, enquanto os juros e proveitos equiparados dos ativos de reserva aumentaram quase 200%, para 2.382 milhões.

Em ambos os casos estes aumentos deveram-se, principalmente, a rendimentos médios mais elevados da Zona Euro e dos EUA em 2023, explicou a instituição.

As perdas não realizadas ascenderam a 38 milhões, face a 1.840 milhões em 2022, devido a perdas de preço não realizadas em títulos detidos nas carteiras de fundos próprios e de dólares dos EUA, devido a taxas de rendibilidade das obrigações mais elevadas na sequência da subida das taxas.

As despesas operacionais do BCE ascenderam a 1.272 milhões, principalmente devido ao pagamento de 676 milhões para o pessoal (+4%) e 592 milhões para custos administrativos (+4,2%), enquanto as receitas das taxas de supervisão aumentaram 10% para 654 milhões.

No final de 2023, a dimensão do balanço consolidado do Eurossistema, que inclui os ativos e passivos dos bancos centrais nacionais e do BCE face a terceiros, situava-se em 6,9 biliões, face a quase 8,0 biliões em 2022.

Tal deveu-se principalmente a uma redução das operações de crédito de 1,324 biliões em 2022 para 410.000 milhões, devido ao vencimento e aos reembolsos antecipados da terceira série de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (ORPA direcionadas III), um programa ao abrigo do qual o BCE oferece aos bancos empréstimos de mais longo prazo a um custo favorável.

Além disso, os títulos detidos para fins de política monetária no Eurossistema diminuíram 243.000 milhões em 2023 para 4,7 biliões, principalmente devido a reembolsos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sonae já garantiu posição maioritária na finlandesa Musti

Empresa liderada por Cláudia Azevedo tinha estendido o prazo da oferta sobre a retalhista nórdica, à espera que mais acionistas vendessem as suas ações.

A Sonae já assegurou uma posição maioritária (50,10%) na retalhista finlandesa Musti no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA), que teve o prazo alargado até 6 de março e em que se propôs pagar 26 euros por cada ação, uma contrapartida que avalia a companhia cotada na bolsa de Helsínquia em 868 milhões de euros.

O anúncio, publicado esta quinta-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), acontece um dia após o início do período de oferta subsequente para as ações, com que a empresa da Maia avançou após ter concluído a operação com 42,99% do capital da empresa nórdica, segundo os resultados finais da operação oficializados esta semana.

Face a este resultado, a companhia liderada por Cláudia Azevedo tinha deixado cair a condição de atingir 90% do capital da empresa de produtos para animais de estimação e prolongado a oferta até ao dia 6 de março, esperando assim que mais acionistas vendessem as suas ações.

“Vamos adquirir as ações que resultaram da oferta e daremos aos acionistas da Musti que não aceitaram a mesma, a oportunidade de o fazerem durante o período subsequente. Mantemo-nos confiantes de que o consórcio liderado pela Sonae é o acionista ideal para agilizar a expansão da Musti”, disse na terça-feira a CEO da Sonae.

A empresa portuguesa lidera o consórcio Flybird, com dois administradores e o CEO da Musti, que lidera o retalho de produtos e a prestação de serviços para animais de estimação nos mercados da Finlândia, Suécia e Noruega. Faturou 426 milhões de euros no último ano fiscal, com o EBITDA a atingir 74 milhões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luís Montenegro lidera em telespectadores nos debates

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu/Carat para o +M, o candidato da AD teve uma audiência acumulada de 8,2 milhões de espectadores, mais 168,3 mil do que Pedro Nuno Santos.

Luís Montenegro foi o líder que conseguiu juntar a maior audiência nas duas semanas de debates que marcaram a agenda política. De acordo com a análise elaborada pela Dentsu/Carat para o +M, o candidato a primeiro-ministro pelo PSD, CDS e PPM teve uma audiência acumulada de 8,2 milhões de espectadores, mais 168,3 mil do que o secretário-geral do PS. Os debates de Luís Montenegro foram também os que tiveram o maior número de transmissões: 21 versus as 20 de Pedro Nuno Santos.

Ainda em termos de audiência, André Ventura foi o terceiro político mais seguido nos debates, com 3,5 milhões de espectadores e 13 transmissões televisivas. Com mais transmissões, 16, Rui Rocha captou uma audiência de três milhões de pessoas, sendo o quarto líder mais seguido nos debates.

Na quinta posição surge Mariana Mortágua, com uma audiência acumulada de 2,4 milhões de telespectadores. Seguem-se Rui Tavares com 2,1 milhões e 13 transmissões, Inês Sousa Real com 2 milhões de espectadores e 15 transmissões e, em último, Paulo Raimundo, com 1,8 milhões de audiência acumulada e 12 transmissões.

Esta análise engloba as duas semanas de transmissões de debates entre dois candidatos, que culminou na segunda-feira, com o frente-a-frente entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos a ser acompanhado por mais de 2,65 milhões de telespectadores. Transmitido pelos três canais generalistas e também pelos três canais de informação, o frente-a-frente entre os dois candidatos a primeiro-ministro foi acompanhado por 867, 9 mil pessoas na SIC, 813,3 mil na TVI, 626,3 mil na RTP1, bem como 160,2 mil na SIC Notícias, 140,9 mil na CNN Portugal e 41,4 mil na RTP3.

Este foi o único debate transmitido pelos três canais free-to-air e também pelos três canais de informação. A RTP3 foi, por outro lado, o único canal que transmitiu, em direto ou diferido, todos os debates.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Coke Creations da Coca-Cola chega a Portugal com o lançamento da edição limitada K-Wave

  • + M
  • 22 Fevereiro 2024

Com a bebida de edição limitada é também lançada uma coleção de vestuário e acessórios, em colaboração com a Private Policy, que conta com t-shirts, hoodies, sweatshirts, chapéus, joalharia e cintos.

A Coke Creations, plataforma global de inovação da Coca-Cola para colaboração, criatividade e conexões culturais, chegou a Portugal, através do lançamento da edição limitada Coca-Cola K-Wave.

Com um sabor frutado e de edição limitada, a K-Wave pretende celebrar os fãs de música K-Pop (pop coreano) que tem conquistado milhões de fãs em todo o mundo. Para além do lançamento de uma bebida com um novo sabor, a Coca-Cola recrutou também três dos grupos de K-Pop (Stray Kids, ITZY e NMIXX), além de J.Y.Park, fundador da JYP Entertainment, para a criação de “experiências inesperadas” para os fãs.

Neste âmbito, os grupos uniram-se para lançar o hino e o videoclipe do K-Pop intitulado “Like Magic”, produzido por J.Y.Park.

Os fãs podem ainda aproveitar uma experiência de inteligência artificial para participar no vídeo “Like Magic”, partilhando o ecrã com os seus ídolos. Esta funcionalidades está disponível através do Creations Hub, onde os fãs podem personalizar a sua participação incorporando a voz, nome e rosto em vários segmentos do videoclipe do videoclip “Like Magic”.

No dia 2 de junho a Coca-Cola Creations transmite ainda um espetáculo em live stream, num evento que conta no programa com vários artistas da JYP Entertainment.

O lançamento da K-Wave Zero Açúcar inclui também uma coleção de vestuário e acessórios, em colaboração com a Private Policy, que conta com t-shirts, hoodies, sweatshirts, chapéus, joalharia e cintos. A coleção estará disponível para compra no site da Private Policy.

“É com grande entusiasmo que lançamos Coke Creations em Portugal, uma plataforma de inovação que reforça a ligação que a Coca-Cola tem com a música, proporcionando aos consumidores experiências únicas e sabores surpreendentes”, diz João Clemente, responsável de marketing da Coca-Cola para Portugal, citado em comunicado.

A “Coke Creations permite-nos introduzir edições limitadas e designs únicos para os nossos fãs, como é a Coca-Cola K-Wave Zero Açúcar, algo especialmente relevante para os portugueses que são consumidores muito experimentalistas”, acrescenta.

Esta campanha foi desenvolvida a nível global pela Forpeople, Virtue, WPP Open X/Ogilvy PR e EssenceMediaCom.

Desde o seu lançamento, a Coca-Cola Creations tem criado sabores, designs e experiências que combinam música, moda e tecnologia, em colaboração com artistas e designers.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Associações contestam plano de revitalização da Serra da Estrela

  • Lusa
  • 22 Fevereiro 2024

Associações mostram "indignação com a falta de modelos de participação, falta de transparência e uma tendência para uma aposta que foca o investimento público na Serra da Estrela em projetos avulso".

O Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela (PRPNSE) foi criticado esta quinta-feira por 28 associações ambientais e cívicas, que acusaram o Governo de falta de transparência e de participação na elaboração do documento.

Numa carta aberta, as 28 entidades informaram ter solicitado, com urgência, uma audiência ao Ministério da Coesão Territorial e à Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) para manifestarem as suas preocupações e a vontade de darem o seu contributo para uma regeneração efetiva da maior área protegida do país.

As associações subscritoras da carta aberta mencionaram o seu conhecimento do terreno, o historial de gestão do Parque Natural e salientaram “indignação com a falta de modelos de participação, a falta de transparência e uma tendência para uma aposta que foca o investimento público na Serra da Estrela em projetos avulso, em vez de se desenhar um plano resiliente, partindo de uma visão de longo prazo”.

As entidades subscritoras referiram o receio de que o Programa de Revitalização “não esteja realmente centrado na urgência de revitalização da paisagem destruída pelos incêndios, uma vez que a maior parte de possíveis projetos entretanto comunicados pelo Ministério e pelos municípios se focam em grandes obras e infraestruturas, há muito reclamadas pelos poderes locais”.

Lamentaram ainda a falta de participação das entidades locais, para que fosse um plano “que partisse do território”, envolvendo os agentes locais, como afirmaram ter sido anunciado pela ministra da tutela, Ana Abrunhosa.

O presidente da associação criada após os incêndios de 2017 – Guardiões da Serra da Estrela -, Manuel Franco, disse que existiu uma auscultação inicial de algumas entidades, mas que esse não foi um processo abrangente nem suficientemente participado, e que resultou num anúncio que não tem como principal preocupação “a sustentação e regeneração de um território de conservação e de prestação de serviços de ecossistema, nomeadamente ao nível da água e dos solos, do carbono e da própria biodiversidade”.

“Fomos confrontados com um comunicado que fala em grandes obras sem uma palavra dirigida à conservação ou resiliência, completamente desligado das verdadeiras origens das catástrofes cíclicas que assolam este parque natural”, censurou Manuel Franco.

A representante do Movimento Estrela Viva Joana Viveiro frisou que as associações que atuam na Serra da Estrela depositavam alguma esperança neste “Plano Marshall” para o território, mas lamentou ter faltado o envolvimento da sociedade civil e “pouca transparência na elaboração do documento, que não foi alvo de qualquer consulta pública”.

“Este programa deveria ter como principal preocupação a regeneração de um território de conservação e a remuneração justa pelos serviços de ecossistema, e parece-nos que não será bem essa a prioridade”, lamentou Joana Viveiro.

O Governo aprovou no dia 08 o Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela, no valor de 155 milhões de euros, “com vista ao desenvolvimento económico e social da região” afetada pelos incêndios no verão de 2022.

A Carta Aberta foi subscrita pela cooperativa Geradora, pela associação Acréscimo, pela Associação Aldeia/CERVAS, pelos Guardiões da Serra da Estrela, pela Veredas, pela Campo Aberto, pela Associação Nacional para a Cidadania Ambiental Coletivo à Escuta, pela Ecoativo, pela Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade, pela FOLGONATUR e pelo GEOTA.

Foi também subscrita pela Associação Cultural Gouveense, pelo Grupo Lobo, pela Associação Nacional do Ambiente, pela Liga para a Proteção da Natureza, pela Milvoz, pela Estrela Viva, pela Quercus, pela Palombar, pela ProTejo, pela Rewilding Portugal, pela Sociedade Portuguesa de Botânica, Sociedade Portuguesa de Entomologia, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Associação Florestal da Encosta da Serra da Estrela e pela ZERO.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estudantes da FEP vencem competição internacional

Grupo de estudantes da FEP apresentou uma solução de reutilização e reciclagem dos painéis solares. Proposta consistia na implementação de um método para recuperar quase 100% do valor dos painéis.

Uma equipa da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), constituída pelos estudantes Constança Araújo, Inês Moura, Inês de Castro e Vasco Silva, acompanhada pela docente Renata Blanc, ficou em primeiro lugar na BI International Case Competition (BIICC), em Oslo, na Noruega. A competição anual desafiou estudantes de 12 universidades de todo o mundo a resolverem casos de estudo e a apresentarem soluções para problemas estratégicos de empresas reais.

“Estas competições são uma oportunidade única para os estudantes porem em prática, de forma integrada, os conhecimentos que adquirem na licenciatura. Aprendem a identificar problemas, pensar de forma estruturada e construir os argumentos que suportam as ideias que querem defender”, explica Renata Blanc em comunicado. “Desenvolvem fortes competências de comunicação e aprendem a trabalhar em equipa em cenário de grande pressão. Tudo isto num contexto o mais aproximado possível da realidade: resolvendo casos reais que são avaliados por profissionais com forte experiência empresarial”, completa.

Na edição deste ano, a empresa Statkraft, líder mundial de energias renováveis, desafiou os participantes de 12 universidades a delinearem, num espaço de 30 horas, uma estratégia de gestão de painéis solares em final de vida. As sugestões foram, posteriormente, apresentadas perante um júri, do qual fazia parte a head of sustainability da empresa.

Equipa da Faculdade de Economia da Universidade do PortoFaculdade de Economia da Universidade do Porto

O grupo de estudantes da FEP apresentou uma solução de reutilização e reciclagem dos painéis solares, assente em parcerias estratégicas com grandes grupos de residências estudantis em vários países da Europa. A proposta consistia na implementação de um método inovador que permite recuperar quase 100% do valor dos painéis.

O que distinguiu a FEP foi sobretudo a forte qualidade da solução apresentada, a robustez da análise efetuada e também a solidez dos cálculos financeiros.

Renata Blanc

Docente e faculty advisor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto

O que distinguiu a FEP foi sobretudo a forte qualidade da solução apresentada, a robustez da análise efetuada e também a solidez dos cálculos financeiros”, salienta a docente da FEP.

A BI International Case Competition foi disputada por um total de 12 equipas: Aarhus University, American University of Beirut, BI Norwegian Business School, FEP, HEC Montréal, IE University, Maastricht University – School of Business and Economics, Smith School of Business, Queen’s University, Team Universities of New Zealand, Texas A&M University, Thammasat University e University of Navarra.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsa lança opções sobre EDP, EDP Renováveis, Galp e Jerónimo Martins

Euronext prepara-se para introduzir um novo produto financeiro na bolsa de Lisboa ainda na primeira metade do ano: contratos de opções sobre as ações da EDP, EDP Renováveis, Galp e Jerónimo Martins.

A dona da bolsa de Lisboa vai lançar contratos de opções no PSI ainda durante o primeiro semestre, com quatro cotadas portuguesas a estrearem este novo produto financeiro: EDP, EDP Renováveis, Galp e Jerónimo Martins, revelou a presidente da Euronext Lisboa, Isabel Ucha.

Porquê estas quatro cotadas? “Porque tiveram maior interesse dos investidores”, adiantou a responsável num encontro com os jornalistas em Lisboa.

Numa fase inicial, haverá um market maker a proporcionar liquidez a estas opções: a Susquehanna. Mas a expectativa de Isabel Ucha é que os bancos em Portugal também possam ajudar a dinamizar o mercado de derivados.

“A inclusão de mais ações portuguesas com contratos de opções dependerá da procura e do sucesso destas opções que vamos lançar agora, mas também compromisso que os bancos venham a assumir”, explicou a presidente da bolsa de Lisboa.

Uma opção é um contrato financeiro que dá o direito a comprar ou vender um ativo subjacente a um preço previamente estabelecido e numa data futura.

A bolsa espera que a introdução de opções no mercado possa captar o interesse dos investidores individuais, enquanto os contratos de futuros (que já existem na bolsa portuguesa em relação a nove cotadas) são mais procurados pelos investidores institucionais.

Ações americanas em euros e índices de obrigações

Isabel Ucha aproveitou o encontro com os jornalistas para anunciar outra novidade no mercado português: Global Equity Markets. Trata-se de uma plataforma que permitirá ao pequeno investidor nacional negociar 350 ações europeias (fora dos mercados Euronext) e americanas (em euros).

De acordo com a responsável, sem anunciar datas sobre a disponibilização deste serviço, a Euronext irá preparar uma “oferta competitiva” para concorrer com as outras plataformas de negociação de ações, mas lembrou que não é só o preço que conta, mas também outros aspetos como “a segurança e o tempo da liquidação e segurança da custódia”.

Para este ano está ainda previsto o lançamento de índices de obrigações de governos pela Euronext. Numa primeira abordagem abrangerá obrigações que transacionam no MTS, que negoceia 200 mil milhões de euros diariamente e onde está cotada a dívida portuguesa.

(Notícia atualizada às 14h21 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não é justo pedir aos munícipes que suportem custos” do turismo, diz autarca do Funchal

“É justo que o turista contribua para compensar os impactos; contribuição essa que não deve prejudicar a competitividade do turismo”, diz autarca do Funchal.

A presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, assegura que a aplicação da taxa turística de dois euros por noite, no máximo de sete noites, durante 2024, visa “mitigar” os efeitos sociais e/ou ambientais, causados pelas atividades turísticas na atividade do concelho, salvaguardando não se tratar de um imposto. Espera mesmo encaixar uma receita anual de 13 milhões de euros que reverterá a favor do aumento da qualidade das infraestruturas e serviços municipais da própria comunidade turística.

Durante a abertura do 34.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, que decorre até esta sexta-feira, no Centro de Congressos da Madeira, Cristina Pedra — que substitui Pedro Calado na sequência da operação da Madeira — considerou que “não é justo nem razoável pedir aos munícipes que suportem a totalidade destes custos, pois não são eles exclusivos beneficiários”.

Por isso mesmo, defendeu, é “justo que o turista contribua para compensar os impactos; contribuição essa que não deve prejudicar a competitividade do turismo”. Garantiu, contudo, que a taxa será aplicada com” proporcionalidade” e “equilíbrio”.

A taxa turística será de dois euros, para um máximo de sete noites, na hotelaria e alojamento local, inclui também os turistas dos navios de cruzeiros.

Não é justo nem razoável pedir aos munícipes que suportem a totalidade destes custos, pois não são eles exclusivos beneficiários.

Cristina Pedra

Presidente da Câmara Municipal do Funchal

Cristina Pedra e o vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, Bruno Pereira, reuniram-se com representantes da Associação Comercial e Industrial do Funchal-Câmara do Comércio e Indústria da Madeira (ACIF-CCIM) e com o trade turístico do Funchal para abordar a taxa turística que será introduzida no município.

A autarquia ainda vai avançar com uma fase de consulta pública para recolha de sugestões dos munícipes, mas calcula receitas anuais na ordem dos 12 a 13 milhões de euros, tendo por base cerca de sete milhões de dormida.

Em reunião do executivo municipal em janeiro deste ano, já o anterior autarca Pedro Calado disse que os turistas que desembarcam no Funchal, nos navios de cruzeiros, vão igualmente pagar uma taxa turística municipal, que será aplicada pela APRAM, após celebração de protocolo com a autarquia.

Vista geral do Funchal, Madeira, 21 de setembro de 2017. HOMEM DE GOUVEIA/LUSAHOMEM DE GOUVEIA/LUSA

Ribeira Brava submete taxa turística a consulta pública

A Câmara Municipal Ribeira Brava, na ilha da Madeira, submeteu a consulta pública, pelo período de 30 dias, o projeto de alteração ao regulamento da taxa municipal turística da localidade. Liderado por Ricardo António Nascimento, o município deverá cobrar dois euros por dormida “até um máximo de sete noites seguidas”, auferindo neste caso 14 euros por hóspede.

O projeto encontra-se em consulta pública para recolha de sugestões, nos serviços de atendimento ao público e na página da internet do município, durante 30 dias, de acordo com despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República. A autarquia prevê a “cobrança de dois euros por dormida remunerada em empreendimentos turísticos ou estabelecimentos de alojamento local (…) até um máximo de sete noites seguidas.

A alteração ao projeto de regulamento foi aprovado em reunião do executivo municipal de 31 de janeiro de 2024. “A receita gerada com a taxa turística será destinada ao estímulo do turismo local sustentável e de qualidade, bem como à preservação dos recursos naturais e paisagísticos locais, devendo ser aplicada em áreas e atividades que potenciem a promoção turística e atraiam mais visitantes”, referiu na ocasião a autarquia.

O concelho de Santa Cruz já aplica aplicação de uma ecotaxa turística desde 2016. Ponta do Sol, Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Porto Santo ou Santana já manifestaram interesse em seguir os passos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloq.it fecha o ano com mais de 17 milhões em vendas e quer reforçar equipa

Startup prevê ter "mais de 10.000 unidades de 'smart lockers' ativos até o final de 2024, em diferentes projetos, em diferentes países."

Depois de fechar o ano passado com um crescimento de 500% nas receitas, para mais de 17 milhões de euros em vendas, a Bloq.it, startup de smart lockers, quer reforçar a equipa com mais 35 trabalhadores. Engenheiros IoT, cloud, comerciais, marketing ou operacionais são os perfis procurados.

“Para acompanhar o nosso crescimento de vendas, é necessário aumentar a capacidade da nossa equipa. Na Bloq.it temos um objetivo claro: não queremos a melhor equipa da nossa indústria, queremos a melhor equipa. Foi esta filosofia que nos permitiu em pouco tempo aparecer nesta indústria e rapidamente nos tornamos um dos principais players globais. Uma equipa de elite é a chave para continuarmos a nossa jornada de crescimento, e alcançarmos o nosso objetivo de ser maior empresa de smart lockers do mundo”, diz João Lopes, cofundador da Bloq.it, citado em comunicado.

“Para conseguir atrair o melhor talento do mercado, temos de criar condições que permitam o seu crescimento. E é isso que tentamos ter na Bloq.it, um ambiente meritocrático, guiado pelos resultados e sem tabus. Para quem quiser ter impacto e crescer, a Bloq.it é o sítio certo”, acrescenta.

Com escritórios em Portugal e França, e um total de 60 colaboradores, a startup de smart lockers pretende reforçar a equipa com mais 35 trabalhadores. Engenheiros IoT, cloud, comerciais, marketing ou operacionais são alguns dos perfis pretendidos.

As vagas já disponíveis, tanto para o escritório português como francês, podem ser consultadas na área de carreiras do site da empresa. Há vagas para modelo de trabalho híbrido, remoto e presencial.

Fundada em 2019, a Bloq.it oferece soluções integradas end-to-end de smart lockers — da produção do hardware através da sua rede de parceiros até desenvolvimento da plataforma de software, com funcionalidades como o diagnóstico em tempo real, hiper-customização, análise estatística e manutenção — tendo na sua carteira de clientes empresas como a DHL ou a Vinted.

A empresa prevê ter “mais de 10.000 unidades de smart lockers ativos até o final de 2024, em diferentes projetos, em diferentes países.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Janela do IPO “está entreaberta”, diz presidente da bolsa

Isabel Ucha diz que a janela do IPO ainda não está completamente aberta, mas tem expectativa de que bolsa possa receber a Luz Saúde e outras empresas em breve.

A bolsa de Lisboa aguarda com a expectativa a entrada de novas empresas. Mas, embora ainda não estejam reunidas todas as condições, a janela do IPO (inital public offering) “está entreaberta”, admite a presidente da Euronext Lisboa, Isabel Ucha.

“Não posso dizer que a janela está completamente aberta, mas está entreaberta”, disse a responsável esta quinta-feira num encontro com jornalistas em Lisboa.

Ainda este ano é esperado o IPO da Luz Saúde, num negócio avaliado em mil milhões de euros, mas poderão seguir-se o Novobanco e também a Fidelidade.

Gostaria que estes IPO se concretizassem? “Sim, mas não é mais do que um desejo”, disse.

Isabel Ucha lembrou que as poucas empresas que saltaram para a bolsa este ano “foram bem-sucedidas”. “Deixa-nos alguma expectativa de que, a continuar nesta tendência, podemos ter condições melhores para termos entradas de empresas na bolsa”, frisou a presidente da Euronext Lisboa.

Sem identificar nomes, Ucha revelou que tem tido diálogo com “diversas empresas” e que a bolsa tem procurado “criar as condições para que as empresas estejam o mais bem preparadas para quando decidam fazer o IPO”.

Não posso dizer que a janela [do IPO] está completamente aberta, mas está entreaberta

Isabel Ucha

Presidente da Euronext Lisboa

Greenvolt de saída? “Nunca ficamos satisfeitos”

Enquanto se perspetiva a entrada de empresas na bolsa, há outras que podem estar de saída, designadamente a Greenvolt, sobre a qual há uma oferta pública de aquisição (OPA) da KKR.

“Nunca ficamos satisfeitos com uma saída da bolsa, mas as entradas e saídas fazem parte da vida normal do mercado”, considera Isabel Ucha, lembrando que “o caso da Luz Saúde que pode regressar”.

“Temos pena de a Greenvolt deixar de estar cotada”, lamentou. Ainda assim, “foi uma prova de que empresas que tem projeto e ambição podem encontrar condições no mercado para crescer”, salientou.

(Notícia atualizada às 12h45)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal tem maior fosso da Europa nas competências digitais

Nível de educação tem uma influência considerável nas competências digitais dos indivíduos em todos os países da Europa, mas é em Portugal que se encontra o maior fosso.

Mais de metade dos portugueses tem competências digitais básicas, mas há uma grande diferença entre aqueles que têm o ensino superior e aqueles que não têm educação formal ou têm níveis muito baixos de educação. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, Portugal é mesmo o país da União Europeia onde esse fosso é maior, seguindo-se a Grécia e Malta.

No que diz respeito ao conjunto do bloco comunitário, o gabinete de estatísticas dá conta que 55% dos indivíduos com 16 a 74 anos tinham, pelo menos, competências digitais básicas em 2023.

Mas havia disparidades significativas entre os Estados-membros. Se na Holanda essa taxa estava em 83%, na Polónia estava em 28%.

Já em Portugal, 55,97% dos indivíduos tinham competências digitais básicas, acima da referida média comunitária. Portugal ocupava o 17.º lugar da tabela comunitária.

Mas nem todos os portugueses saiam bem nessa fotografia europeia. Entre os portugueses com ensino superior, 88,72% tinham as competências em questão, ocupando o sexto lugar do ranking europeu.

Já entre os portugueses com baixos níveis de educação ou sem educação formal, só 23,16% tinham competências digitais básicas no último ano, o que coloca Portugal mais próximo da base da tabela europeia.

Contas feitas, entre esses dois extremos, há uma diferença de 66 pontos percentuais. Esse é o maior fosso registado na Europa, nota o Eurostat.

Regra geral, os níveis de educação influenciam as competências digitais dos indivíduos, mas nos demais países europeus a diferença é bem menor do que a contabilizada a nível nacional. O fosso médio na União Europeia é de 46 pontos percentuais, bem menos expressivo que os 66 pontos percentuais registados em Portugal.

Já as diferenças menos significativas foram verificadas na Estónia (12 pontos percentuais), Finlândia (14 pontos percentuais) e Lituânia (22 pontos percentuais).

Importa notar que o Governo de António Costa lançou recentemente uma medida para reforçar as competências digitais dos portugueses, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Em causa está o cheque de formação digital, que oferece até 750 euros a quem fizer formação, por exemplo, em cibersegurança ou marketing digital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Avó de Mortágua sem risco de despejo e com renda de 400 euros na Avenida de Roma

  • ECO
  • 22 Fevereiro 2024

Desde 1959 que o senhorio da avó da líder do BE é uma IPSS, a fundação Octávio Maria de Oliveira, que lhe cobra, no máximo 400 euros mensais num apartamento no centro de Lisboa.

A avó de Mariana Mortágua, afinal, não corre o risco de despejo e continua a pagar uma renda antiga (celebrada antes de 1990) com um valor mensal que, no máximo, atinge os 400 euros num apartamento na Avenida de Roma, onde vive há décadas, no centro de Lisboa.

Segundo a revista Sábado(acesso pago), o senhorio da avó da líder bloquista é uma IPSS, a fundação Octávio Maria de Oliveira, “que faz ação social no interior e é bem vista pelos seus inquilinos” que lhe arrenda o apartamento desde 1959. As cartas que recebeu, conta ainda a revista Sábado, “foram sempre as normais, com os pedidos de atualização legal de acordo com o coeficiente previsto na lei, mas coisas ínfimas… 1%, esse tipo de valores. Nunca houve cartas que pudessem assustar alguém”. E uma fonte conhecedora de todos os processos administrativos sobre as rendas do prédio, assegura ainda que, neste momento, “as rendas antigas que chegam a valores mais altos rondam os 400 e poucos euros”.

Além disso, em 2012, quando entrou em vigor a nova lei do arrendamento (a chamada lei Cristas) Maria Laura Ladeira Fernandes Maldonado Rodrigues, a avó de Mariana Mortágua, nascida em 1934 de acordo com os registos oficiais, teria 78 anos. A regra estabelecida no NRAU excluía a possibilidade de despejos para maiores de 65 anos.

O caso da avó de Mariana Mortágua entrou na campanha às legislativas quando a líder do BE, durante o debate com Luís Montenegro, no dia 10 de fevereiro, usou o seu caso como exemplo político. “Lembro-me de uma lei das rendas, em que as pessoas idosas recebiam uma carta e, se não respondessem durante 30 dias, a renda aumentava para qualquer valor e podiam ser expulsas. Vi idosos a serem expulsos, conheço o pânico que era receber uma carta do senhorio. Vi o sobressalto da minha avó ao receber cartas do senhorio, porque não sabia o que é que lhe ia acontecer e essa foi uma responsabilidade do PSD que esvaziou as cidades”, disse Mariana Mortágua.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.