Palhaços d’Opital desafiam portugueses a enviarem postais cantados a pessoas hospitalizadas

  • + M
  • 28 Novembro 2024

Com o apoio da Coca-Cola e da Delta Cafés, a iniciativa vai permitir aos portugueses enviarem um postal cantado para alguém hospitalizado, "espalhando carinho e boas energias através da música".

“Tocar Magia” é o nome da nova iniciativa lançada pela Palhaços d’Opital que “convida todos os portugueses para, através de um pequeno gesto, transformar os corredores dos hospitais num palco de alegria e de esperança”.

Com o apoio da Coca-Cola e da Delta Cafés, a iniciativa vai permitir aos portugueses enviarem um postal cantado para alguém hospitalizado, “espalhando carinho e boas energias através da música”, refere-se em nota de imprensa.

Para isso devem aceder a tocarmagia.pt e escolher uma versão da música “Tocar Magia”, criada por Zé Rebola, vocalista dos Anaquim, e interpretada por diferentes artistas portugueses, como Diogo Piçarra, Toy, Mafalda Umbelino Camilo e Zé Rebola, Coimbra Gospel Choir, Tuna Médica de Lisboa e os próprios Palhaços d’Opital.

O postal musical e personalizado com o nome do destinatário ou até de uma ala hospitalar inteira é depois enviado diretamente aos hospitais parceiros, podendo o vídeo também ser partilhado via WhatsApp, ampliando o impacto da iniciativa.

“Ao participar na iniciativa ‘Tocar Magia’, todos têm a oportunidade de oferecer mais do que um simples gesto. É um ato de empatia que ajuda a combater a solidão e a criar momentos de ligação, aliviando o sofrimento emocional de quem, nesta época, merece sentir-se acompanhado”, diz Isabel Rosado, cofundadora e presidente da Palhaços d’Opital, citada em comunicado.

“Cada um de nós pode escolher o postal do artista de que mais gosta e enviar diretamente para um familiar, amigo hospitalizado, profissional de saúde… para todos aqueles que queremos encher de Magia nesta época! A nossa equipa vai entregar pessoalmente alguns postais cantados nos nossos hospitais parceiros, durante as visitas, até ao dia de Reis”, acrescenta.

Por parte da Coca-Cola, uma das marcas que apoia a iniciativa, a sua diretora-geral Ana Claudia Ruiz, diz que o “Tocar Magia” não é “apenas um projeto musical, mas uma forma de relembrar que, mesmo nos momentos mais difíceis, há sempre espaço para a esperança e a conexão”.

Estamos orgulhosos de estar ao lado da Palhaços d’Opital e de apoiar uma iniciativa que toca o coração de tantos, especialmente dos que estão numa situação mais frágil“, acrescenta.

Já Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, refere que no grupo que lidera o compromisso com a responsabilidade social “vai além de um simples valor – é uma missão que se reflete em cada ação” da organização.

Ao abraçarmos esta iniciativa inspiradora e de impacto real, estamos a proporcionar momentos de alegria neste Natal especialmente aos mais velhos, uma parte da sociedade que, muitas vezes, fica à margem, mas também a todos os pacientes, aos seus familiares e profissionais de saúde. Juntos, vamos espalhar magia e tornar este Natal verdadeiramente inesquecível”, afirma.

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Meo multada em 1,4 milhões por dificultar saída de clientes

O regulador das comunicações acusa a operadora da Altice de ter dificultado a vida aos clientes que pretendiam cessar os respetivos contratos, levando mesmo à desistência. Empresa já recorreu.

A Meo foi multada em 1,4 milhões de euros pela Anacom, no âmbito de um processo em que o regulador a acusa de ter colocado “entraves injustificados e não permitidos” aos assinantes que pretendiam cessar os respetivos contratos.

Em alguns casos, essas barreiras levaram os clientes a desistirem de abandonar a operadora, afirma o regulador das comunicações num comunicado divulgado esta quinta-feira. Ainda segundo a Anacom, a Meo já recorreu da decisão.

Já no ano passado, em abril, a mesma autoridade multou a Meo por motivos muito semelhantes, considerando que a operadora dificultou a cessação dos contratos quando a iniciativa partiu do cliente. A coima anunciada na altura foi de 2,5 milhões de euros.

Nesta nova decisão, a Anacom refere que “estão, sobretudo, em causa situações em que a Meo sujeitou a apresentação de pedidos de cessação contratual por iniciativa dos clientes à prévia receção de uma chamada proveniente da linha de retenção, sem a qual os clientes não podiam iniciar o processo de cessação do contrato”.

Além disso, o regulador diz que a Meo “não indicou, nos documentos de confirmação da denúncia do contrato, informação concreta sobre os encargos decorrentes da cessação do contrato, designadamente sobre os custos em que os clientes incorreriam caso não devolvessem os equipamentos alugados”.

Há também casos em que “foi prestada informação incorreta quanto à obrigação de pagamento de encargos pela cessação antecipada do contrato, por não existir em curso qualquer período de fidelização”, refere o regulador na mesma nota.

Não é tudo. A Anacom diz ainda que, noutras situações, a operadora pediu aos clientes elementos que “eram desnecessários” ao processo — uma prática ilegal — ou que não confirmou, no prazo legal, “várias denúncias e pedidos de resolução dos contratos apresentados pelos clientes”.

“Tais condutas colocaram entraves injustificados e não permitidos nos procedimentos de cessação dos contratos por iniciativa dos assinantes, o que dificultou, atrasou ou levou à desistência de processos de alteração de prestador de serviços, obstando, dessa forma, ao desenvolvimento da concorrência no mercado das comunicações eletrónicas”.

“Os comportamentos adotados pela empresa são especialmente gravosos por resultarem no incumprimento de uma ordem legítima da Anacom que lhe foi regularmente comunicada, colocando em causa a própria regulação do mercado em que opera”, acrescenta o regulador presidido por Sandra Maximiano, que promete manter especial atenção às matérias relacionadas com a contratação à distância e a cessação de contratos por iniciativa dos clientes. “Um dos temas mais reclamados no setor”, nota.

Segundo a autoridade das comunicações, a operadora do grupo Altice já apresentou recurso de impugnação judicial contra a decisão da Anacom junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão”.

(Notícia atualizada pela ultima vez às 13h09)

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Bruxelas avança para UE ter carteiras europeias de identidade digital até 2026

  • Lusa
  • 28 Novembro 2024

A Comissão Europeia adotou normas técnicas, como funcionalidades de base e de certificação, para permitir que a UE crie carteiras europeias de identidade digital transfronteiriças até final de 2026.

A Comissão Europeia adotou esta quinta-feira normas técnicas, como funcionalidades de base e de certificação, para permitir que os Estados-membros da União Europeia (UE) criem carteiras europeias de identidade digital transfronteiriças até final de 2026.

“A Comissão adotou hoje [quinta-feira] regras para as funcionalidades de base e a certificação das carteiras europeias de identidade digital, no âmbito do Quadro Europeu de Identidade Digital. Trata-se de um passo importante para que os Estados-membros criem as suas próprias carteiras e as disponibilizem até ao final de 2026“, indica a instituição em comunicado.

Em concreto, o executivo comunitário adotou, desde logo, quatro regulamentos de execução que estabelecem normas, especificações e procedimentos uniformes para as funcionalidades técnicas das carteiras, tais como formatos de dados para utilização transfronteiriça de documentos digitais e medidas para garantir a fiabilidade e a segurança das carteiras.

Esta uniformização irá permitir que “cada Estado-membro desenvolva carteiras de uma forma que seja interoperável e aceite em toda a UE, protegendo simultaneamente os dados pessoais e a privacidade”, argumenta Bruxelas.

Para isso, está previsto que os dados sejam armazenados localmente na carteira e que os utilizadores tenham controlo sobre as informações que partilham, não havendo qualquer rastreio ou definição de perfis na conceção das carteiras.

Além disso, será integrado um painel de controlo da privacidade, visando transparência sobre como e com quem são partilhadas as informações da carteira.

Esta quinta-feira, Bruxelas adotou ainda um outro quinto regulamento de execução, com especificações e procedimentos para um quadro sólido para a certificação das carteiras de identidade eletrónica, “garantindo a sua segurança e a proteção da privacidade e dos dados pessoais dos utilizadores”.

As carteiras europeias de identidade digital disponibilizam aos utilizadores privados e às empresas uma forma universal, fiável e segura de se identificarem quando acedem a serviços públicos e privados além-fronteiras.

Entre os exemplos estão a abertura de uma conta bancária, a comprovação da idade, a renovação de receitas médicas, o aluguer de um automóvel ou a apresentação dos bilhetes de avião.

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Biotech CarboCode levanta 15 milhões e aposta na exportação

Biotech de Cantanhede está a construir fábrica para produzir fórmulas de leite mais próximas do leite materno.

Equipa da CarboCode

A biotecnológica CarboCode fechou uma ronda de 15 milhões de euros para produzir ingredientes para fórmulas de leite mais próximas ao leite materno. Até 2028, a empresa portuguesa quer assegurar aprovações regulatórias nos mercados estratégicos da União Europeia, EUA e China.

A biotech produz glicoesfingolípidos e de gangliosídeos em larga escala, idênticos aos humanos. “Os glicoesfingolípidos e gangliosídeos são compostos presentes no corpo humano, nomeadamente no leite materno e nas membranas dos diversos órgãos, incluindo o cérebro, que desempenham importantes funções na cognição, modulação da inflamação e saúde intestinal”, explica a empresa.

“O acesso a gangliosideos idênticos aos humanos constitui uma rara oportunidade de ter real impacto positivo na vida das pessoas. As tecnologias da CarboCode permitem desde já a obtenção destes compostos, o que nos deixa empenhados em concretizar este sonho numa realidade a curto prazo”, diz Jorge Santos, CEO da CarboCode, citado em comunicado.

A tecnologia da empresa terá aplicações “nas indústrias da nutrição infantil, cosmética e dermatológica, e cognitiva, sendo que os primeiros produtos lançados pela CarboCode serão gangliosídeos, atualmente inexistentes nas fórmulas de leite, para as aproximar do leite materno”, descreve.

Objetivos da ronda

Com esta ronda C, liderada pela Iberis Capital, a empresa tem como objetivo a curto prazo “cumprir com as exigências regulatórias em mercados estratégicos, estimando obter as respetivas aprovações na União Europeia e nos Estados Unidos da América em 2027, e na China em 2028.”

Em Cantanhede, onde a empresa está localizada, está em fase de projeto a construção da sua fábrica com capacidade para produzir 100 toneladas de gangliosideos por ano a partir de 2029.

A empresa vai atuar no segmento B2B produzindo ingredientes de fórmulas de leite materno para multinacionais como a Danone, a Nestlé, a Abbott ou a Mead Johnson. Está apostada na internacionalização, tendo como objetivo um volume de vendas superior a 100 milhões de euros por ano.

A injeção de capital vai ainda permitir à empresa reforçar a atual equipa de 35 trabalhadores, dos quais 16 doutorados. A “médio prazo” o objetivo é recrutar mais mais 15 cientistas e investigadores.

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Sindicato do MP aprova moção para melhoria das condições de trabalho

O sindicato vai levar a moção ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), à Procuradoria Geral da República e ao Ministério da Justiça.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público aprovou uma moção – no dia 24 de Novembro – que vai levar ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), à Procuradoria Geral da República e ao Ministério da Justiça para que seja consagrada a autonomia financeira do MP e para criação de melhores condições de trabalho. “Pela consagração da autonomia financeira do Ministério Público em termos paralelos aos já reconhecidos ao Conselho Superior da Magistratura”, diz a moção.

Principais pontos da moção aprovada

  • Assegurar a todos os magistrados do Ministério Público a medicina do trabalho (saúde, higiene e segurança no trabalho), que apenas poderá ser cabalmente executada, assegurada que esteja a autonomia financeira;
  • Criação, como recomendado pelo estudo do Observatório da Justiça e à semelhança do que acontece no âmbito do CSM, um Gabinete de Saúde Ocupacional dos magistrados do Ministério Público, com as competências para implementar a medicina do trabalho;
  • Consagração da competência exclusiva do CSMP para a fixação e pagamento da remuneração devida pelo exercício de funções em regime de acumulação e substituição, no prazo de 30 dias após o início da acumulação;
  • Para que as inspeções realizadas aos magistrados e aos serviços do Ministério Público, caso identifiquem situações de potencial desgaste profissional, sejam reportadas ao CSMP para efeitos de gestão de quadros;
  • Formação na área de gestão de stress aos magistrados do Ministério Público;
  • Todos os magistrados que exerçam funções hierárquicas devem ter formação específica que lhes permita identificar as potenciais situações de desgaste profissional/burnout, adoptando as medidas de gestão adequadas a salvaguardar a saúde e bem-estar físico e psíquico dos magistrados
  • Assegurar aos magistrados do Ministério Público as condições materiais, físicas, tecnológicas, de mobiliário, de segurança e de salubridade adequadas ao cabal exercício das funções;
  • Mapeamento das necessidades em termos de recursos humanos, incluindo uma atualização dos VRP, que acautele as baixas e licenças expectáveis anualmente e o correspondente reforço do quadro complementar;
  • Aumento do número de vagas no concurso de recrutamento anual, adequando-o à previsão de jubilações e à média de ausências verificadas;
  • Preenchimento, de forma adequada em termos de número e especialização, do quadro de oficiais de justiça do Ministério Público.

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Governo funde entidades e avança na reforma do Estado

Aprovados decretos que extinguem, por fusão, a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros e CEGER. Executivo alterou ainda a orgânica dos Serviços Partilhados da Administração Pública.

Foram publicados em Diário da Republica os decretos-lei que extinguem, por fusão, a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM) e o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (Ceger). Os diplomas do Governo alteram ainda a orgânica da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP), reestruturando-a.

O decreto-lei que “procede à extinção, por fusão, da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM) “estabelece os serviços e entidades integradores no âmbito da transferência total das atribuições e competências” e “regula o procedimento de reafetação de trabalhadores”.

Também foi aprovado o decreto-lei que “procede à extinção, por fusão, do Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (Ceger), que “estabelece, ainda, o procedimento de reafetação dos trabalhadores do Centro de Gestão da Rede Informática do Governo em regime de comissão de serviço e mobilidade, definindo os critérios de seleção dos recursos humanos a reafetar a cada um dos serviços e entidades que lhes sucedem nas competências e atribuições transferidas”.

Foi também aprovado o novo estatuto da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP), que vai gerir serviços “como compras, pagamento de salários, aquisição de material informático da máquina do Estado, quer para a Administração Pública, quer para o Governo”.

Esta fusão das atribuições dos referidos organismos na ESPAP “visou refundar e melhorar o desempenho das funções ligadas ao desenvolvimento e à gestão dos serviços partilhados prestados à Administração Pública no seu conjunto, agilizando a adoção de soluções e modelos de operação comuns e mais eficientes, nomeadamente nas áreas de gestão de recursos humanos, financeiros e das tecnologias de informação e comunicação (TIC), e potenciando sinergias das várias valências que se encontravam dispersas por três realidades organizacionais”, lê-se no decreto-lei publicado esta quinta-feira em Diário da República.

Os três decretos-lei produzem efeitos a partir de 1 de novembro de 2024, considerando-se ratificados todos os atos entretanto praticados.

Estes diplomas foram aprovados no Conselho de Ministros de 29 de outubro e, de acordo com o comunicado divulgado nessa altura, “dão início à fusão de várias entidades na Secretaria-Geral do Governo, num processo gradual e contínuo” que concretiza “a ambição da 1.ª fase da Reforma da Administração Pública” e executa “um objetivo previsto no Programa de Recuperação e Resiliência”.

No âmbito da reforma da Administração Pública (AP), está prevista a fusão de oito secretarias-gerais de ministérios numa única (a secretaria-geral do Governo). Assim, de 11 secretarias-gerais, o Executivo terá apenas quatro. Na conferência de imprensa de Conselho de Ministros de 29 de outubro, o ministro da Presidência Leitão Amaro disse que a concentração “numa única entidade de serviços partilhados do Estado das várias tarefas que estavam dispersas por vários Ministérios, garante maior capacidade de ação, maior unidade e maior coordenação e, naturalmente, poupança na despesa pública”.

No total, a reestruturação da Administração Pública vai permitir gerar uma poupança anual de 23 milhões de euros sem contar com a redução de despesa em serviços jurídicos e de planeamento. Este era um dos requisitos para o Executivo poder solicitar o pagamento do quinto cheque do PRR, no montante de 2.775 milhões de euros.

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VML com nova direção criativa: sai Judite Mota entra Sara Soares

Com a saída de Judite Mota, Sara Soares assume a liderança da criatividade da agência. Até agora international creative director na VML, passa assim a diretora criativa executiva da VML Portugal.

A VML Portugal avançou com uma renovação na sua direção criativa. Depois de duas décadas ao serviço de agências criativas do grupo WPP, Judite Mote deixa o cargo de chief creative officer. A posição é agora ocupada por Sara Soares, enquanto diretora criativa executiva.

“20 anos passam a correr quando fazemos o que nos apaixona e com as pessoas de quem gostamos. Esta viagem não foi feita a solo e agradeço a todos os que me acompanharam. Acaba um ciclo, começa outro e espero ser tão feliz nesta nova etapa como fui aqui. À Sara desejo toda a sorte do mundo, embora sabendo que ter a incrível equipa criativa da VML já é uma enorme sorte”, diz Judite Mota, citada em comunicado.

Contactada pelo +M, Judite Mota avançou que sairá efetivamente do grupo no final deste ano, não desvendando, no entanto, quais serão os próximos passos, além de se juntar enquanto vogal à direção do Clube da Criatividade de Portugal (CCP), organização que liderou como presidente da direção entre 2004 e 2008.

Com a saída de Judite Mota da VML, Sara Soares assume a liderança do departamento criativo da agência. Até agora international creative director na VML em Londres, a profissional passa assim a diretora criativa executiva da VML Portugal.

“Depois de 12 anos a viver e a trabalhar em Londres, posso dizer que não foi o sol, a praia ou a proximidade ao estádio do Sporting que me convenceram a voltar e a fazer de Portugal a minha casa. Foram as pessoas com quem tive o prazer de trabalhar durante estes dois anos e com quem vou continuar a trabalhar, agora como diretora criativa executiva. Foi acreditar que, juntos, podemos fazer com que a VML seja para a criatividade o que o Ronaldo é para o futebol. Ou o que as bolas de Berlim são para a diabetes”, refere Sara Soares.

Nuno Santos, CEO da VML Portugal, agradece a Judite Mota a sua “dedicação e liderança durante um período de significativa mudança”, que “ajudou a construir uma base que servirá para crescimento nos próximos anos”.

“Estamos também entusiasmados por dar as boas-vindas à Sara Soares no seu novo cargo. A energia criativa e a visão da Sara serão fundamentais para impulsionar o sucesso contínuo e crescimento da agência, e entregar trabalho cada vez mais extraordinário aos nossos clientes“, acrescenta.

Sara Soares chegou em 2018 à Wunderman Thompson, agência que o grupo WPP fundiu com a VMLY&R para criar a VML. Antes integrou agências como a VCCP, a RAPP, Rapier ou FullSix.

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BEI e CGD com acordo para garantir 150 milhões às empresas

  • Lusa
  • 28 Novembro 2024

O Banco Europeu de Investimento e a Caixa Geral de Depósitos acordaram uma garantia de 150 milhões de euros para apoiar as empresas portuguesas. O valor total do projeto de 300 milhões de euros.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciaram esta quinta-feira um acordo para garantir 150 milhões de euros para apoiar empresas portuguesas de média capitalização e entidades do setor público.

“Este acordo visa facilitar o acesso ao financiamento para setores estratégicos da economia portuguesa e contará com uma garantia de 150 milhões de euros do BEI, sendo o valor total do projeto de 300 milhões de euros”, refere um comunicado divulgado pelo organismo europeu.

No entender do BEI, o acesso a financiamento por empresas de média capitalização – as chamadas midcaps – “promove o crescimento económico e da empregabilidade”, antecipando-se “uma mobilização de novos investimentos financeiros no valor de até 420 milhões de euros”.

As empresas beneficiárias poderão ter taxas de crédito mais baixas, maiores volumes de financiamento ou apresentar menos garantias.

O BEI explica que o projeto contribui para o objetivo de coesão e estima que a maioria dos beneficiários estejam “localizados em regiões prioritárias de coesão”, promovendo o desenvolvimento económico regional.

O projeto decorre no âmbito do LRS – EU LE Risk Sharing Instrument, uma iniciativa da União Europeia destinada a promover a partilha de risco em operações de financiamento e que quer garantir que os beneficiários tenham acesso a recursos financeiros em condições mais favoráveis e com segurança.

Citado no documento, o administrador executivo da CGD Francisco Cary apontou que este acordo reforça o compromisso da banca e demonstra “uma abordagem proativa e colaborativa”, garantindo que a operacionalização do instrumento será feita “com a maior brevidade”.

Já o diretor-geral do BEI, Jean-Christophe Laloux, assinalou que a CGD é um dos maiores parceiros da instituição em Portugal.

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Bruxelas abre processo contra Portugal e 22 países por não transporem diretiva de cibersegurança

  • Lusa e ADVOCATUS
  • 28 Novembro 2024

A Comissão Europeia iniciou um processo de infração contra Portugal e outros 22 países do bloco comunitário pelo atraso na transposição de uma diretiva para melhorar a cibersegurança na UE.

A Comissão Europeia iniciou um processo de infração contra Portugal e outros 22 países do bloco comunitário pelo atraso na transposição de uma diretiva para melhorar a cibersegurança na União Europeia (UE), foi anunciado esta quinta-feira.

Em comunicado, o executivo de Ursula von der Leyen anunciou a abertura de um processo de infração contra 23 dos 27 países da UE, incluindo Portugal, Alemanha, Espanha, França, Finlândia e Suécia.

Em causa está o incumprimento da transposição de uma diretiva europeia, NIS2, sobre cibersegurança para as legislações nacionais. O prazo era 17 de outubro.

A diretiva em questão agrega as organizações que “operam em níveis críticos, nomeadamente sistema de comunicações eletrónicas, serviços digitais, gestão de águas residuais, espaço, saúde, energia, transportes, produção de materiais críticas, serviços postais e de mercadorias, e administração pública”.

A aplicação desta diretiva visa melhorar a cibersegurança em toda a UE e proteger setores que não só são críticos para cada país e podem estar interligados com os de outros países do bloco comunitário.

Os países alvo deste processo de infração têm dois meses para responder à Comissão e concluir a implementação da diretiva nas suas legislações. “Na ausência de uma resposta satisfatória, a Comissão pode avançar com uma resposta fundamentada”, alertou a Comissão Europeia.

Em Portugal, o Governo já tem em consulta pública um projeto de lei sobre esta matéria. Na avaliação do Governo — o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, tem a tutela da cibersegurança –, o diploma terá um ponto de equilíbrio entre as exigências de proteção e o âmbito, custos e execução da fiscalização do reforço da cibersegurança.

A proposta de lei que está em consulta pública foi discutida, no passado dia 5 de novembro, no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, e também foi alvo de consultas no quadro do CSIRT (Computer Security Incident Response Team), que inclui 64 entidades públicas e privadas. Nesta rede nacional de consulta e cooperação de incidentes digitais estão bancos, operadores de telecomunicações, consultoras e até um clube de futebol (o Benfica), além de entidades públicas como as universidades.

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Depósitos das famílias com maior crescimento desde fevereiro de 2021

Os depósitos dos particulares na banca portuguesa aumentaram 1,2 mil milhões de euros em outubro, um crescimento de 8,3% a que não se assistia há 45 meses.

Os depósitos das famílias nos bancos portugueses registaram em outubro o maior aumento desde fevereiro de 2021, crescendo 8,3% face a outubro do ano passado, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Em termos absolutos, a variação representa mais 1,2 mil milhões de euros em depósitos. O montante total depositado pelos particulares na banca nacional atingiu, desta forma, os 189,3 mil milhões de euros no final do mês passado.

Depósitos dos particulares: taxa de variação anual

Fonte: Banco de Portugal

Desde outubro de 2023 que o crescimento dos depósitos das famílias tem estado a acelerar (ver gráfico). Pelo contrário, no ano passado, os depósitos dos particulares abrandaram e chegaram mesmo a registar decréscimos, uma tendência a que não é alheia a corrida à subscrição de Certificados de Aforro que se registou, sobretudo, no primeiro semestre.

Enquanto isso, os depósitos das empresas tiveram um crescimento percentual bastante mais modesto em outubro de 2024, ainda que superior ao das famílias em termos absolutos. Foram mais 1,5 mil milhões de euros em depósitos em outubro, mais 2,3% do que em outubro de 2023, com o stock total a alcançar 66,9 mil milhões de euros.

A atualização dos dados dos depósitos deu-se em simultâneo com os dos empréstimos, que apontaram para o maior aumento em seis anos do crédito ao consumo às famílias, para um novo recorde acima dos 30 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h08)

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Taxas Euribor voltam a subir a três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 28 Novembro 2024

A Euribor subiu pela segunda sessão consecutiva a três, a seis e a 12 meses, depois de ter caído na terça-feira para novos mínimos desde março de 2023 e dezembro e outubro de 2022, respetivamente.

A Euribor subiu esta quinta-feira pela segunda sessão consecutiva a três, a seis e a 12 meses, depois de ter caído na terça-feira para novos mínimos desde março de 2023 e dezembro e outubro de 2022, respetivamente.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,939%, continuou acima da taxa a seis meses (2,708%) e da taxa a 12 meses (2,463%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, subiu esta quinta-feira para 2,708%, mais 0,014 pontos e contra um novo mínimo desde 21 de dezembro de 2022, de 2,676%, verificado na terça-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também subiu esta quinta-feira, para 2,463%, mais 0,015 pontos, depois de ter descido na terça-feira para 2,393%, um novo mínimo desde 5 de outubro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,939%, mais 0,020 pontos do que na sessão anterior e contra um novo mínimo desde 20 de março de 2023, de 2,892% registado também na terça-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.

A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.

Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Crédito ao consumo tem maior aumento em seis anos e bate recorde histórico de 30 mil milhões

Desde outubro do ano passado que o crédito ao consumo está a subir consecutivamente. Em outubro deste ano registou um aumento homólogo de 6,1%, registando a maior variação desde novembro de 2018.

As famílias continuam a aumentar o seu nível de endividamento. Segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, o crédito ao consumo registou um crescimento homólogo de 6,1% em outubro, num montante equivalente a 71 milhões de euros.

Este aumento marca o 12.º mês consecutivo de expansão nesta modalidade de crédito, e “a maior taxa de variação anual desde novembro de 2018”, refere o Banco de Portugal em comunicado.

Com este aumento, o stock de empréstimos ao consumo e outros fins alcançou os 30,1 mil milhões de euros no final de outubro, o valor mais elevado desde pelo menos 1979 (início da série do Banco de Portugal).

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Desagregando os números, observa-se que o crédito pessoal liderou o crescimento, totalizando 12,5 mil milhões de euros, com uma taxa de variação anual de 7,3%. O crédito automóvel não ficou atrás, atingindo 8,3 mil milhões de euros e registando um aumento anual de 9,5%. Já os cartões de crédito, embora tenham desacelerado ligeiramente, mantiveram um crescimento robusto de 8,9%.

Este cenário de expansão do crédito ao consumo contrasta com o comportamento mais moderado do crédito à habitação, que, apesar de manter uma trajetória de aceleração desde o início do ano, cresceu a um ritmo mais contido de 2,3% em termos anuais.

Em contraste com a forte expansão do crédito às famílias, o crédito às empresas apresentou um crescimento modesto de 0,8% em termos anuais, com as microempresas e as grandes empresas a manterem taxas de variação anual positivas (7,8%, e 1,4% respetivamente), “enquanto as pequenas e médias empresas continuaram a registar taxas negativas (-2,0% e -5,1%, respetivamente)”, destaca o Banco de Portugal.

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