Caso EDP: Mulher de Salgado diz que o marido se chega a perder na própria casa

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2024

A mulher do ex-banqueiro Salgado sublinhou em tribunal, no julgamento do Caso EDP, que o marido "não tem independência nenhuma" devido à doença de Alzheimer e que se chega a perder na própria casa.

A mulher do ex-banqueiro Ricardo Salgado sublinhou esta segunda-feira em tribunal, no julgamento do Caso EDP, que o marido “não tem independência nenhuma” devido à doença de Alzheimer e que se chega a perder na própria casa.

Ouvida como testemunha em mais uma sessão realizada no Juízo Central Criminal de Lisboa, Maria João Salgado lembrou o casamento de quase 60 anos com o antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES) para salientar a degradação do estado de saúde do marido, assinalando que tem de o acompanhar em praticamente todas as atividades do dia a dia.

“Está doente, a doença infelizmente tem progredido. O Ricardo tem dificuldade em fazer tudo sozinho... Eu tenho de estar com ele para ele ir à casa de banho. Durmo com ele e tenho de estar com atenção porque ele levanta-se de noite e não acende a luz. Custa-me dizer isto do meu marido, mas ele não tem independência nenhuma hoje em dia”, disse Maria João Salgado, continuando: “Já se tem perdido em casa”.

De acordo com a mulher do ex-presidente do BES, Ricardo Salgado baralha frequentemente os filhos com os netos, devido ao diagnóstico de doença de Alzheimer (que lhe foi atribuído e alvo já de duas perícias médicas). Assumiu ainda que já teve de recorrer também algumas vezes a uma cuidadora para ajudar a tratar do marido.

“A cuidadora dele sou eu e serei sempre, mas às vezes preciso de descansar. Fico sem dormir e já tenho recorrido a uma cuidadora em casa. O nosso quarto é no primeiro andar e arranjei-lhe um quarto cá em baixo para ele não ter de descer escadas e ir à casa de banho, porque tenho medo… Quando eu estou muito cansada, ele fica lá em baixo. Não tem nada a ver… Tinha um marido fantástico e hoje tenho um bebé grande para tratar”, resumiu.

Sobre as relações de Ricardo Salgado com os outros dois arguidos neste processo, o ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, e a sua mulher, Alexandra Pinho, Maria João Salgado vincou que o marido falava “muito pouco do trabalho” e que por essa razão não tinha muitas informações sobre o relacionamento.

Também ouvidos na manhã desta segunda-feira em tribunal foi o padre Avelino Alves, amigo e sacerdote da família do ex-presidente do GES, que realçou “a humildade” de Ricardo Salgado e a sua preocupação com os lesados do BES até se terem começado a notar os sinais da doença de Alzheimer.

“Nunca lhe vi aquela arrogância. Era uma pessoa com serenidade de espírito e que transmitia paz. Ele acreditava que ainda era possível [ajudar os lesados], não lhe deram oportunidade… Ele dizia ‘Eu tinha solução, nós tínhamos uma solução’”, confessou o padre, que destacou “a pancadaria” que representou o colapso do BES: “Era um homem forte e firme e agora está bastante debilitado. Ele sentia esse peso de não resolver o problema dos lesados”.

Pela sessão da manhã desta segunda-feira passaram ainda Carlos Silva, ex-funcionário do BES e antigo líder da UGT, e o ex-presidente da câmara de Portimão, Manuel da Luz.

Ricardo Salgado está a ser julgado neste processo por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento de capitais. Já Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, é acusado de corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal, enquanto a sua mulher, Alexandra Pinho, está a ser julgada por branqueamento e fraude fiscal – em coautoria material com o marido.

(Notícia atualizada às 14h30)

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Metro quadrado sobe para 1.536 euros após dois meses de queda

Valor a que os bancos avaliam as casas antes de darem crédito subiu de novo em dezembro, interrompendo a tendência decrescente que se registava há um par de meses.

O valor da avaliação das casas continua muito próximo do último recordeHugo Amaral/ECO

Depois de dois meses a cair, o valor do metro quadrado para concessão de crédito à habitação voltou a subir em dezembro. A mediana a que os bancos avaliam as casas antes de darem financiamento subiu seis euros face ao mês anterior, atingindo 1.536 euros por metro quadrado e igualando o valor que tinha sido registado em outubro, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O último Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação do ano mostra ainda que o valor do metro quadrado avaliado pelos bancos aumentou 5,3% entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023. Além do mais, neste último mês, o número de avaliações realizadas subiu 0,8% face a novembro, para cerca de 29.500. Em novembro, e apesar do recuo do valor do metro quadrado, o número de avaliações tinha subido 8,9% face a outubro.

O indicador do metro quadrado avaliado pelos bancos é um dos dados estatísticos que permitem medir o pulso ao mercado imobiliário, numa altura em que o país enfrenta uma crise habitacional. Assim, os 1.536 euros por metro quadrado registados em dezembro são um valor muito próximo do recorde de 1.541 euros registado em setembro de 2023. Valores mais elevados da avaliação bancária refletem os preços altos das casas, impulsionados pela escassez de oferta.

“Em 2023, o valor mediano de avaliação situou-se em 1.521 euros/m2, traduzindo um aumento de 8,6% relativamente ao ano anterior”, informou o INE num comunicado.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o gráfico interativo.

O INE salienta que este último inquérito marca o início da divulgação de dados “de acordo com a nova geografia NUTS 2024″, que introduziu novas regiões, como “Península de Setúbal”, “Grande Lisboa” e “Oeste e Vale do Texto”, e altera os limites das regiões “Centro” e “Alentejo”.

Desta feita, é precisamente no Oeste e Vale do Tejo que se registou o aumento “mais expressivo” da mediana da avaliação bancária face ao mês anterior, nomeadamente um crescimento de 2,1%. A única descida da mediana foi observada nos Açores, em que o valor recuou 0,2%. Na comparação homóloga, a maior subida foi a de 15,5% registada na Madeira, enquanto a menor, de 0,9%, foi observada no Algarve.

Analisando pelo tipo de imóvel, a avaliação bancária mediana dos apartamentos aumentou 4,3% em dezembro, face ao mesmo mês de 2022, atingindo 1.703 euros por metro quadrado. Nas moradias, o valor mediano cresceu 5,4% para 1.210 euros, segundo os dados do INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h13)

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Centeno defende corte de juros “mais cedo do que tarde”

“Não há efeitos secundários visíveis dos aumentos salários”, sublinhou Mário Centeno e, por isso, “não há necessidade de esperar pelos dados sobre salários, publicados em maio”.

O governador do Banco de Portugal voltou a pressionar uma descida das taxas de juro antes do verão. Mário Centeno considera que não é preciso esperar pelos dados sobre salários, que deverão ser publicados em maio, para avançar com um corte nas taxas de juro.

Centeno defende que “mais vale descer juros mais cedo do que tarde”, alimentando as esperanças dos que esperam um corte de juros já em abril, apesar de a presidente do Banco Central Europeu ter dito que o corte de juros só deve acontecer no verão.

Centeno, citado pela ForexLive, disse que a “inflação está a desacelerar de forma sustentada”, “quase todos os fatores que pressionaram os preços em alta já se dissiparam”, por isso, o BCE deve “começar a cortar os juros mais cedo do que tarde, mas deve evitar movimentos bruscos”, disse o português que tem assento no conselho de governadores do BCE.

“Não há efeitos secundários visíveis dos aumentos salários”, sublinhou Mário Centeno e, por isso, “não há necessidade de esperar pelos dados sobre salários, publicados em maio”.

Na última reunião de política monetária, a 25 de janeiro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva desde 21 de julho de 2022. E Christine Lagarde disse que existem riscos no que toca ao crescimento económico, que a inflação continua numa tendência descendente e que a pressão dos aumentos salariais está a decrescer.

Lagarde mencionou ainda que “as decisões do BCE estão dependentes de dados económicos e os dados em que se focam apontam para um corte de taxas de juro nos próximos meses, potencialmente abril” e indicou também que “o verão poderá chegar mais cedo este ano”.

Esta segunda-feira também o vice-presidente do BCE veio falar da perspetiva de descida das taxas de juro. Luis de Guindos garantiu que as perspetivas melhores em termos de preços no consumidor vão acabar por incitar os responsáveis a cortar juros. “Tem havido boas notícias sobre a evolução da inflação e isso – mais cedo ou mais tarde – acabará por se refletir na política monetária”, disse.

“Estamos dependentes dos dados, não temos nenhum tipo de calendário, vai depender da evolução da inflação”, sublinhou reiterando as palavras da presidente do BCE, Christine Lagarde, quando atirou para o verão o início da descida das taxas de juro.

O BCE está a marcar uma pausa no ciclo sem precedentes de aperto monetário que o levou a aumentar as taxas dez vezes desde meados de 2022.

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Taxa Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2024

Esta segunda-feira, a Euribor a seis meses caiu para 3,866% e a 12 meses baixou para 3,582%. No prazo mais curto, a 3 de meses, a taxa avançou para 3,912%.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a sexta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que avançou para 3,912%, ficou acima da taxa a seis meses (3,866%) e da taxa a 12 meses (3,582%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou esta segunda-feira para 3,582%, menos 0,015 pontos que na sexta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também caiu esta segunda-feira, para 3,866%, menos 0,007 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu esta segunda-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,912%, mais 0,025 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do BdP referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.

Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira vez consecutiva desde 21 de julho de 2022. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que existem riscos no que toca ao crescimento económico, que a inflação continua numa tendência descendente e que a pressão dos aumentos salariais está a decrescer.

Lagarde mencionou ainda que “as decisões do BCE estão dependentes de dados económicos e os dados em que se focam apontam para um corte de taxas de juro nos próximos meses, potencialmente abril” e indicou também que “o verão poderá chegar mais cedo este ano“. O BCE está a marcar uma pausa no ciclo sem precedentes de aperto monetário que o levou a aumentar as taxas dez vezes desde meados de 2022.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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EDP expande para a Austrália

O objetivo da EDP Renováveis na Austrália é sobretudo o desenvolvimento de projetos eólicos e solares de grande escala, combinados com soluções inovadoras de armazenamento.

A EDP, através da EDP Renováveis (EDPR), acaba de expandir a sua presença na região da Ásia-Pacífico para a Austrália, procurando aproveitar as “substanciais perspetivas de crescimento” das energias renováveis no país, indica a empresa esta segunda-feira, em comunicado.

A expansão é executada através da aquisição da empresa local de energias renováveis ITP Development (ITPD).

O objetivo da EDP Renováveis na Austrália é sobretudo o desenvolvimento de projetos eólicos e solares de grande escala, combinados com soluções inovadoras de armazenamento. Com este movimento, é adicionada uma carteira de mais de 1,5 gigawatts (GW) de capacidade em projetos eólicos e solares com opções de armazenamento de energia em várias etapas de desenvolvimento, a ser desenvolvidos no leste da Austrália, em particular em Nova Gales do Sul e em Queensland.

Este portfólio inclui um projeto solar fotovoltaico de 480 megawatts-pico (MWp) e um projeto de armazenamento de energia de 200 megawatts (MW) em Queensland em estado avançado de desenvolvimento, que deverá entrar em operação até 2026 e contribuir para a ambição da região de ser neutra em emissões.

Ao aproveitar uma presença já bem estabelecida na região da Ásia-Pacífico, a EDP Renováveis acredita estar posicionada para se destacar na Austrália, ao conjugar a sua escala global, capacidade técnica e especialização em gestão de energia com o conhecimento da ITPD sobre o mercado local”, lê-se no comunicado divulgado esta segunda-feira.

A EDP identifica a Austrália como sendo um dos mercados com maior potencial naquela região. Atualmente com 38% de produção de eletricidade proveniente de fontes renováveis, o país pretende alcançar uma meta de 82% até 2030 e substituir completamente o carvão por fontes renováveis até 2040, adicionando para isso ao país 26 GW de nova capacidade.

A Austrália também é um dos países mais avançados em regulamentação e implementação de soluções de armazenamento de energia com baterias, afirma a energética portuguesa.

“A EDPR está cada vez mais focada em mercados com oportunidades favoráveis de descarbonização, como a Austrália, Singapura e o Japão, entre outros”, explica a energética. Para o interesse por estes mercados contribuem a “visibilidade clara do mercado, estabilidade regulatória e metas climáticas robustas”. Assim, estão posicionados como áreas de crescimento estratégico para a EDPR nos próximos anos.

Presente na Ásia Pacífico desde 2022, a EDP Renováveis já instalou 1,3 gigawatts-pico (GWp) em capacidade solar em toda a região em projetos de grande escala e também de geração solar distribuída.

A Ásia Pacífico é um dos quatro mercados globais do grupo EDP, que tem mais de 26 GW de capacidade instalada em todo o mundo, dos quais mais de 22 GW são em projetos solares, eólicos e hídricos. A empresa pretende ter 50GW de energia renovável até 2030 e tornar-se uma empresa 100% renovável.

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Marcelo prepara-se para convocar eleições na Madeira

  • ECO
  • 29 Janeiro 2024

Antes, Marcelo terá de cumprir todos os procedimentos constitucionais, que incluem ouvir os partidos regionais e o Conselho de Estado, circunstância que só poderá acontecer a partir de 24 de março.

O Presidente da República estará a preparar-se para dissolver a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, quando voltar a ter poder para tal (o que acontecerá a partir de 24 de março), e convocar eleições antecipadas, avança o Correio da Manhã (acesso pago).

Ao Correio da Manhã, fonte da Aliança Democrática indicou que Marcelo Rebelo de Sousa terá mesmo informado os líderes do PSD e CDS dessa posição, isto apesar de Nuno Melo afirmar que não recebeu nenhum telefonema do Palácio de Belém. A informação foi também confirmada pelo Expresso (acesso pago), que aponta a informação já circula nos corredores da AD e é “muito provável” ou já “absolutamente segura”.

Antes disso, o Presidente da República terá de cumprir todos os procedimentos constitucionais, que incluem ouvir os partidos regionais e o Conselho de Estado, circunstância que só poderá acontecer a partir de 24 de março (isto é, seis meses depois das últimas eleições na Madeira, que foram a 24 de setembro). Na sexta-feira, o Chefe de Estado tinha dado conta disso mesmo.

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Guindos defende aumentos salariais em Espanha

"Tem havido boas notícias sobre a evolução da inflação e isso – mais cedo ou mais tarde – acabará por se refletir na política monetária”, disse o vice-presidente do Banco Central Europeu.

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, considera que há margem para subir os salários na Espanha, “porque se perdeu muito poder de compra”, embora tenha alertado que nem todas as empresas e setores podem fazê-lo da mesma forma.

Guindos sublinhou, em entrevista à rádio espanhola RNE, esta segunda-feira, que, apesar de os salários poderem aumentar em Espanha, há que tentar aumentar a produtividade.

No capítulo dos juros, o responsável garantiu que as perspetivas melhores em termos de preços no consumidor vão acabar por incitar os responsáveis a cortar juros. “Tem havido boas notícias sobre a evolução da inflação e isso – mais cedo ou mais tarde – acabará por se refletir na política monetária”, disse.

“Estamos dependentes dos dados, não temos nenhum tipo de calendário, vai depender da evolução da inflação”, sublinhou reiterando as palavras da presidente do BCE, Christine Lagarde, quando atirou para o verão o início da descida das taxas de juro.

Sobre os planos do Governo espanhol para reduzir por lei a jornada laboral, o vice-presidente do BCE acredita que encurtar a jornada por lei “não seria bom do ponto de vista económico” e que esta questão deveria ser deixada nas mãos de sindicatos e empresários. “É muito melhor deixar para os interlocutores sociais a situação específica de cada uma das empresas”, disse o ex-ministro espanhol da Economia.

Nem todas as empresas são iguais. Numa empresa com um ou dois funcionários, como é possível reduzir a jornada laboral? Mas se tiver 300 funcionários, poderá fazê-lo”, frisou, recordando que a jornada laboral já foi reduzida nas economias de mercado e continuará a diminuir.

Na sua opinião, a fórmula para reduzir a jornada laboral “tem de ser, fundamentalmente”, através da negociação em cada uma das empresas “porque nem todos os setores são iguais, nem todas as empresas são iguais”.

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Sondagem dá empate técnico entre PS e AD

  • ECO
  • 29 Janeiro 2024

Sondagem revela uma vantagem para os partidos de direita sobre os partidos de esquerda: somados, AD, Chega e IL registam 49% das intenções de voto, enquanto PS, BE , CDU, Livre e PAN registam 45%.

Se as eleições fossem hoje, o Partido Socialista (PS) voltaria a ser o partido mais votado, com 30% das intenções de voto, enquanto a Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) surge mais de três pontos percentuais atrás, com 26,7%, segundo uma nova sondagem realizada pela Renascença (acesso livre) e que agrega todos os inquéritos desde 2016.

Apesar da vantagem dos socialistas, o resultado traduz-se num empate técnico, dado que os resultados dos dois partidos estão dentro da margem de erro. O Chega permanece como a terceira força política, com 17% das intenções de voto, enquanto o Bloco de Esquerda (BE) sobe ao quarto lugar, com 7,8%.

O barómetro coloca ainda a Iniciativa Liberal (IL) na quinta posição, com 5,3% das intenções de voto, seguido pela CDU (3,2%), PAN (2,2%) e Livre (1,8%). Na prática, esta sondagem revela uma vantagem para os partidos de direita sobre os partidos de esquerda: somados, AD, Chega e IL registam 49% das intenções de voto, enquanto PS, BE, CDU, Livre e PAN registam 45%.

Para aceder à ficha técnica da sondagem clique aqui.

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Todos os dias faltam em média 11 mil professores nas escolas

  • ECO
  • 29 Janeiro 2024

O estudo revela ainda que cerca 30% a 40% dos professores nunca faltam e outros 50% fazem-no ocasionalmente (menos de dez por ano). A doença continuada é o principal motivo de absentismo.

Todos os dias “faltam (em média) 11 mil professores” nas escolas públicas, sendo a taxa de absentismo de 9%, revela um estudo lançado esta segunda-feira pelo Edulog, um think tank da Fundação Belmiro de Azevedo e noticiado pelo Público (acesso condicionado) e pelo Diário de Notícias (acesso livre).

Considerando todos os professores do ensino público, os docentes faltam cerca de dois milhões de dias por ano. Ou seja, todos os dias existem 5.000 turmas em que, pelo menos, um professor está a faltar sem ter quem o substitua. O estudo revela ainda que cerca 30% a 40% dos docentes nunca faltam e outros 50% fazem-no alguns dias (menos de dez por ano).

Em declarações ao DN, Isabel Flores, coordenadora do estudo, explica que os números refletem uma realidade “semelhante à de qualquer outra profissão”. Nesse sentido, a análise revela ainda que o absentismo por doença continuada, está na origem das dificuldades de colocação de professores ao longo do ano, sendo 10% dos docentes responsáveis por 80% dos dias de faltas.

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Os clubes da LIGA continuam a remodelar os seus estádios e infraestruturas graças aos fundos da LIGA Impulso

  • Servimedia
  • 29 Janeiro 2024

Alguns clubes, como o RCD Mallorca, já alcançaram os seus objetivos, neste caso, a remodelação integral do Estadi Mallorca Son Moix, recém-inaugurado.

A implementação do projeto LIGA Impulso, com o investimento de quase 2000 milhões de euros por parte do fundo CVC, para modernizar as estruturas dos 44 clubes que aderiram à iniciativa, já está a dar frutos através das infraestruturas e remodelações dos estádios que muitos deles estão a levar a cabo.

Entre os exemplos mais destacados, um dos projetos concluídos, que teve o apoio desta iniciativa, é o do recém-inaugurado Estadi Mallorca Son Moix, do RCD Mallorca, em que 75% dos 30 milhões de euros do custo total são provenientes dos fundos da LIGA Impulso.

A LIGA Impulso também permite que clubes como o Atlético de Madrid desenvolvam o seu inovador projeto da Cidade do Desporto, que acolherá não apenas a nova Cidade Desportiva dos “colchoneros”, mas também outras disciplinas desportivas, e cujo custo será de cerca de 258 milhões de euros, grande parte dos quais serão provenientes dos fundos do CVC.

Por sua vez, o Real Betis já concluiu a sua nova cidade desportiva Rafael Gordillo, onde o Plano Impulso foi um apoio fundamental. Simultaneamente, o clube verde e branco está a trabalhar na transformação do Benito Villamarín num estádio de referência, com os fundos do CVC a impulsionarem as obras que terminarão na temporada 25/26. O outro clube da capital de Sevilha, o Sevilla FC, também está a utilizar os fundos principalmente para modernizar o novo Sánchez Pizjuán, onde será realizada uma remodelação integral.

Outro dos clubes que está a investir os fundos é o Alavés. No seu caso, o clube de Vitória usará essas receitas para ampliar a sua Cidade Desportiva, mas também para impulsionar o seu centro Bakh, dedicado a diferentes disciplinas desportivas. Da mesma forma, o atual líder da LIGA EA SPORTS, o Girona CF, investirá uma percentagem da sua parte na nova Cidade Desportiva, aproximadamente cerca de 17,5 milhões de euros. Enquanto o representante das Canárias na Primeira Divisão, o UD Las Palmas, também utilizará o dinheiro recebido para realizar uma ampliação da sua Cidade Desportiva de La Barraca.

Além disso, os clubes da LIGA HYPERMOTION continuam a seguir a sua agenda em termos de infraestruturas com os fundos do CVC. Nesse sentido, o SD Eibar também investirá na expansão da sua Cidade Desportiva, que já está na sua última fase. Por sua vez, o Real Zaragoza utilizará o dinheiro para apoiar a construção da Nova Romareda, um complexo que será um ícone da capital de Aragão, e cujas obras começarão em 2024. Outro exemplo é o Real Sporting, que concentrará os seus esforços em fortalecer e ampliar a conhecida Cidade Desportiva de Mareo, uma escola da qual a equipa de Gijón se beneficia desde o seu início.

Além disso, os clubes continuarão a trabalhar em outras vertentes fundamentais para concretizar a modernização exigida pelo projeto LIGA Impulso, como a expansão internacional da marca, fundamental para o crescimento económico e social das equipas. Um processo que alguns clubes já começaram e que coloca a LIGA como uma das competições de futebol mais difundidas a nível global.

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Parlamento Europeu alerta sobre a perseguição aos cristãos na Argélia

  • Servimedia
  • 29 Janeiro 2024

No seu relatório mais recente, o Departamento de Estado dos EUA também enfatizou a preocupação com a liberdade religiosa na Argélia após as denúncias de violações dos direitos das minorias religiosas.

Esta ação surge no decorrer do agravamento da liberdade religiosa no país do norte da África, denunciado por algumas entidades, onde organizações como o Observatório Internacional da Liberdade Religiosa e a Aliança Evangélica Mundial (WEA) denunciaram o fecho de igrejas, levando o caso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Relatórios indicam que o governo argelino fechou templos, alegando infrações normativas, embora haja uma tendência discriminatória contra a comunidade cristã. As tentativas de diálogo dessas comunidades com o governo têm sido infrutíferas, enfrentando fechamentos e perseguições judiciais.

Essa situação agravou-se nos últimos anos, no contexto das tensões entre a Argélia e a Espanha, especialmente após o apoio espanhol ao plano de “autonomia” marroquina para o Saara Ocidental, o que teria resultado em violações maiores contra os católicos na Argélia.

A pergunta do eurodeputado belga Filip De Man questiona a coerência entre a participação da Argélia em entidades internacionais de direitos humanos e as práticas internas do país. A Argélia, membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU desde janeiro de 2023 e do Conselho de Segurança da ONU desde 2024, tem sido foco de preocupação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos devido à discriminação e ao fechamento sistemático de locais de culto não islâmicos.

Por meio da pergunta mencionada, o Parlamento Europeu exige que a Comissão Europeia esclareça as ações empreendidas ou planejadas diante dessa perseguição e insta a suspender toda a ajuda e assistência europeia à Argélia enquanto a perseguição às minorias religiosas continuar.

O relatório anual do Departamento de Estado dos EUA, que avalia a liberdade religiosa globalmente e incluiu a Argélia na sua última edição devido às contínuas violações desse direito. Essa abordagem do Parlamento Europeu e do Departamento de Estado dos EUA destaca a crescente preocupação internacional com a liberdade religiosa na Argélia, sinalizando uma maior atenção e possíveis medidas diplomáticas para lidar com essas preocupações.

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Hoje nas notícias: docentes, aeroporto e medicamentos

  • ECO
  • 29 Janeiro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Estudo revela que todos os dias “faltam (em média) 11 mil professores” nas escolas. A gestora dos aeroportos nacionais vê “com muita preocupação” as projeções feitas pela comissão independente para avaliar as opções do novo aeroporto. Cerca de seis em cada dez portugueses (62%) admite que já pagou mais na farmácia porque os medicamentos genéricos estavam indisponíveis. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Todos os dias faltam em média 11 mil professores nas escolas

Todos os dias “faltam (em média) 11 mil professores” nas escolas portuguesas e “o número de dias que os professores faltam é muito elevado, chegando a perto de dois milhões de dias de faltas por ano”, revela um estudo lançado esta segunda-feira pelo Edulog, um think tank da Fundação Belmiro de Azevedo. O estudo revela ainda que cerca 30% a 40% dos docentes nunca faltam e outros 50% fazem-no alguns dias (menos de dez por ano).

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

ANA arrasa contas da comissão independente

A ANA – Aeroportos de Portugal “vê com muita preocupação os pressupostos assumidos pela Comissão Técnica Independente (CTI) sobre as projeções de tráfego a médio e longo prazo, prazos de construção das opções estratégicas e à metodologia utilizada para a avaliação económica” das opções para o novo aeroporto.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Falta de genéricos nas farmácias obriga utentes a pagar mais

Cerca de seis em cada dez portugueses (62%) admite que já pagou mais na farmácia porque os medicamentos genéricos (mais baratos) estavam indisponíveis e 38% compram os fármacos de marca (mais caros) por indicação médica, aponta um estudo da Deco Proteste. De notar que que a quota de medicamentos genéricos vendidos nas farmácias portuguesas tem vindo a aumentar e já ultrapassa os 50%.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Enfermeiros querem receitar medicamentos

A Ordem dos Enfermeiros está a fazer um levantamento dos países onde a classe já prescreve medicamentos, em que áreas e como, tendo em vista apresentar uma proposta ao Ministério da Saúde.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Turbogás disponível para assegurar operação da central a gás de Gondomar

A Turbogás, que pertence à TrustEnergy, garante estar disponível para assegurar a operação da central a gás natural de Gondomar, do distrito do Porto, até à conclusão do concurso que o próximo Governo deverá lançar. “A TrustEnergy confirma que tem mantido contactos com o Governo sobre a Central da Turbogás e garante que vai cumprir as suas responsabilidades em articulação com a REN (Redes Energéticas Nacionais), e está certa de que o processo vai correr de forma suave para o sistema elétrico” adianta fonte oficial da empresa.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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