PS versus AD. Conheça o duelo de cabeças de lista distrito a distrito

Pedro Nuno Santos comanda as tropas por Aveiro onde vai defrontar o autarca Emídio Sousa. Já Luís Montenegro desloca-se para Lisboa e tem como adversária a ministra Mariana Vieira da Silva.

Até ao dia das legislativas de 10 de março, as tropas do PS e da Aliança Democrática (AD), coligação que junta PSD, CDS e PPM, vão andar no terreno para tentar ganhar os 22 círculos eleitorais do país, sob o comando de generais escolhidos a dedo pelos líderes do PS e da AD. Conheça o duelo de cabeças de lista distrito a distrito.

Pedro Nuno Santos quebrou a tradição dos candidatos a primeiro-ministro e não vai encabeçar a lista de candidatos a deputados por Lisboa, mantendo-se em Aveiro, distrito de onde é natural, já que as suas raízes estão em S. João da Madeira. Como número um por este círculo eleitoral, terá como adversário o social-democrata e presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa. Ou seja, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, não vai disputar diretamente os votos com o líder do PSD, Luís Montenegro.

Ao contrário do socialista, o presidente social-democrata, que tem concorrido sempre por Aveiro, já que é de Espinho, decidiu encabeçar a lista da capital. No embate de 10 de março, a sua rival direta será Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência e braço direito do primeiro-ministro demissionário, António Costa.

Lídia Leão

Começando a percorrer o país de norte a sul, em Viana do Castelo, a disputa será entre Marina Gonçalves, a ainda ministra da Habitação e muito próxima do secretário-geral do PS, e José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro da Defesa do Governo de Pedro Passos Coelho. Este círculo eleitoral perdeu um deputado, passando de seis para cinco, de acordo com o mapa oficial da distribuição de mandatos da Comissão Nacional de Eleições (CNE). Nas eleições legislativas de 2022, que deu a maioria absoluta ao PS, os socialistas conseguiram três mandatos e o PSD outros três.

Em Braga, o duelo será entre José Luís Carneiro, ainda ministro da Administração Interna e ex-adversário de Pedro Nuno nas eleições internas do PS, e Hugo Soares, secretário-geral do PSD que chegou a líder parlamentar da bancada laranja em 2017. No ato eleitoral anterior, o PS elegeu nove deputados e o PSD oito. Chega e Iniciativa Liberal (IL) conseguiram um cada.

Por Vila Real, o PS indicou para número um a deputada de Chaves Fátima Pinto, que foi administradora executiva da empresa municipal Gestão de Equipamentos do Município de Chaves e vice-presidente da Associação Termas de Portugal. A AD escolheu um “dinossauro” autárquico para encabeçar a lista por este círculo: o presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Castro de Almeida, que está no terceiro e último mandato como líder do município. Nas legislativas de 2022, o PS ganhou, neste distrito, cinco deputados e o PSD dois.

Na arena de Bragança, o combate será travado entre a socialista Isabel Ferreira, atual secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, e o social-democrata Hernâni Dias, presidente da Câmara de Bragança, que está a completar o terceiro e último mandato autárquico consecutivo. Em 2022, o PS alcançou dois mandatos e o PSD apenas um.

Pelo círculo do Porto, encabeça a lista do PS o presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, que representa a ala mais à direita do partido, mas que, ainda assim, apoiou Pedro Nuno Santos nas eleições internas frente a José Luís Carneiro. A AD apostou no ex-bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que é um independente. No último sufrágio, o PS elegeu, por este distrito, 19 deputados e o PSD 14. Chega, IL e Bloco de Esquerda (BE) conseguiram dois mandatos cada um. E a CDU, coligação que junta PCP e PEV, alcançou um só eleito.

Lídia Leão

Na zona centro, o duelo começa em Aveiro, entre o próprio líder do PS, Pedro Nuno Santos, e o social-democrata e presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, que está a completar o terceiro e último mandato à frente daquele município. Em 2022, este círculo deu oito deputados ao PS, sete ao PSD e um ao Chega.

Em Viseu, o líder do PS impôs o nome de Elza Pais, deputada e presidente das Mulheres Socialistas, para cabeça de lista, contra a vontade das estruturas locais. A parlamentar foi secretária de Estado para a Igualdade no segundo Governo de José Sócrates. A AD colocou as fichas em António Leitão Amaro, vice-presidente do PSD e antigo secretário de Estado da Administração Local do Executivo de Passo Coelho. Há dois anos, o PS elegeu quatro deputados e o PSD outros tantos por este distrito.

As tropas do PS na Guarda vão ser comandadas pela anda ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, que repete a primeira posição que já tinha ocupado nas eleições legislativas de 2022. O pelotão da AD será liderado por Dulcineia Moura, docente no ISCET – Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo do Porto, com um doutoramento em Economia pela Universidade da Beira Interior. Nas eleições de há dois anos, o PS garantiu três lugares no Parlamento, por este círculo, e o PSD apenas um.

Um pouco mais a litoral, em Coimbra, o duelo será entre a socialista e ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que no sufrágio anterior, encabeçou a lista por Castelo Branco, e a independente indicada pela AD, Rita Júdice, que foi sócia da sociedade de Advogados PLMJ, entre 2013 e 2023, onde co-coordenou a área de Imobiliário e Turismo. Nas eleições de 2022, este círculo eleitoral atribuiu seis mandatos ao PS e três ao PSD.

O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, que apoiou José Luís Carneiro nas diretas do partido, vai liderar o combate em Leiria, do lado dos socialistas. A AD indicou Telmo Faria, antigo presidente da Câmara de Óbidos, que em 2018 foi um dos principais apoiantes de Santana Lopes na disputa da liderança com Rui Rio, que viria então a ganhar o partido. No sufrágio anterior, os socialistas conseguiram eleger, por este círculo eleitoral, cinco parlamentares e o PSD quatro. O Chega obteve um eleito.

Por Castelo Branco, o PS escolheu o atual secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazendo, para cabeça de lista. Nas legislativas anteriores, o ex-diretor dos programas comunitários do Turismo de Portugal foi em terceiro lugar. A aposta da AD vai para professora universitária de Ciência Política e Relações Internacionais, Liliana Reis, mais um candidato independente. Nas legislativas de 2022, PS ganhou três deputados por este distrito e o PSD um.

A ex-ministra da Administração Pública e coordenadora do programa eleitoral do PS, Alexandra Leitão, foi a escolhida para liderar as tropas de Santarém. Terá de defrontar o ex-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, um independente que concorre peça Aliança Democrática. Há dois anos, Santarém deu cinco mandatos ao PS e três ao PSD. O Chega conseguiu eleger um deputado.

Na capital, o cabeça de lista da AD é o presidente do PSD e candidato a primeiro-ministro, Luís Montenegro, que foi líder parlamentar durante o Governo de Passos Coelho. Vai ter de enfrentar, do lado do PS, Mariana Vieira da Silva, ainda ministra da Presidência e número dois do primeiro-ministro António Costa. No sufrágio de 2022, Lisboa deu 21 deputados ao PS e 13 ao PSD. IL e Chega elegeram quatro cada um. A CDU e o BE dois por cada partido. E Livre e o PAN obtiveram um mandato.

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, é número um do PS pelo distrito de Setúbal, repetindo assim a posição das últimas legislativas. Para travar este duelo, a AD foi buscar Teresa Morais, antiga secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade do primeiro Governo de Pedro Passos Coelho e apoiante de sempre de Luís Montenegro. Nas eleições anteriores, Setúbal atribuiu 10 deputados ao PS e três ao PSD. A CDU conseguiu dos mandatos e Chega, IL e BE alcançara um cada.

Lídia Leão

A sul do país, Portalegre terá um frente a frente entre o atual deputado socialista Ricardo Pinheiro e o social-democrata Rogério Silva, que é líder da distrital do PSD de Portalegre e presidente da Câmara de Fronteira. Em 2022, o PS elegeu os únicos dois mandatos atribuídos a este círculo eleitoral.

Em Évora, o embate será entre o socialista Luís Dias, presidente da Câmara de Vendas Novas, que passa a número um, substituindo o antigo ministro da Agricultura e eurodeputado, Luís Capoulas Santos, e Sónia Ramos, deputada e líder da distrital do PSD de Évora. No último sufrágio, o PS ganhou dois deputados e o PSD apenas um.

Pelo distrito de Bela, o líder da federação do PS do Baixo Alentejo, Nelson Brito, que foi presidente da Câmara de Aljustrel, é o número um dos socialistas. Gonçalo Valente, presidente da distrital de Beja e vereador, sem pelouros, na Câmara de Ourique, vai encabeçar a lista da AD. Em 2022, este círculo atribuiu dois mandatos ao PS e um ao PSD.

Em Faro, a deputada e antiga secretária de Estado da Saúde, Jamila Madeira, que é próxima da candidatura de Carneiro nas eleições internas do partido, vai medir forças com o cabeça de lista da AD, Miguel Pinto Luz, que é vice-presidente da Câmara de Cascais. Pelo facto de não ser natural do Algarve, a escolha de PSD, CDS e PPM gerou algum mal-estar junto das estruturas locais do PSD, mas Pinto Luz não desistiu, ao contrário de Álvaro Beleza. Recorde-se que o médico de Lisboa tinha sido indicado pelo PS para liderar Vila Real, mas a contestação interna falou mais alto. Nas últimas eleições, Faro deu cinco lugares ao PS e três ao PSD. O Chega elegeu um deputado.

Lídia Leão

Pela Madeira, o líder do PS regional, Paulo Cafôfo, estará aos comandos contra o social-democrata e presidente de Câmara de Lobos, Pedro Coelho. Em 2022, o PS elegeu três deputados e o PSD outros três, neste círculo eleitoral.

Nos Açores, a disputa será entre o socialista Francisco César, filho do presidente do partido, Carlos César, e o deputado do PSD à Assembleia da República, Paulo Moniz. Nas últimas legislativas, o PS conseguiu três mandatos, por este círculo, e o PSD os restantes dois.

Lídia Leão

Pela Europa, o PS volta a indicar para cabeça de lista Paulo Pisco, presidente da subcomissão das Diásporas da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. E a AD escolheu Carlos Alberto Gonçalves, presidente da secção do PSD de Paris. Há dois anos, o PS ganhou os únicos dois mandatos atribuídos a este círculo eleitoral.

Augusto Santos Silva, que foi apoiante de Carneiro nas diretas do PS, já tinha sinalizado que queria continuar como Presidente da Assembleia da República – e para isso tem de, primeiro, ser eleito, deputado. Por isso, volta a encabeçar a lista pelo círculo Fora da Europa. Pela AD, vai José Cesário, antigo secretário de Estado das Comunidades, entre 2011 e 2015, durante o Executivo passista. Nas últimas legislativas, os dois mandatos por este círculo foram distribuídos de forma equitativa entre PS e PSD: um para cada partido.

As listas de deputados têm de ser entregues nos tribunais das comarcas até 29 de janeiro. A campanha eleitoral decorre entre 25 de fevereiro e 8 de março.

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Biden encarrega diretor da CIA de tentar obter trégua em Gaza

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2024

O diretor da CIA, William Burns, tem agendada uma viagem à Europa nos próximos dias para manter conversações com os diretores dos serviços secretos israelitas e egípcios.

O Presidente norte-americano encarregou o diretor da agência de serviços secretos CIA de obter um acordo de cessar-fogo prolongado entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas e a libertação de todos os reféns, noticiou esta quinta-feira o Washington Post.

O diário, que cita responsáveis próximos do ‘dossier’, revelou que o diretor da CIA, William Burns, tem agendada uma viagem à Europa nos próximos dias para manter conversações com os diretores dos serviços secretos israelitas e egípcios, David Barnea e Abbas Kamel, respetivamente, e com o primeiro-ministro do Qatar, Amir Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani.

A Casa Branca escusou-se a confirmar a informação divulgada pelo Washington Post, mas salientou que Burns tem desempenhado um papel fundamental nas negociações, especialmente no que respeita à libertação de reféns. A realizar-se, a viagem de Burns seguir-se-á a uma visita à região, esta semana, de Brett McGurk, conselheiro do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para o Médio Oriente, que teve várias reuniões no Cairo e em Doha, numa tentativa para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

À região deslocaram-se também o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) italiano, Antonio Tajani, a MNE neerlandesa, Hanke Bruins Slot, e o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, que hoje se reuniram com altos responsáveis israelitas e palestinianos.

O Egito e o Qatar também têm funcionado como intermediários entre Israel e o Hamas. Em finais de novembro do ano passado, os dois países conseguiram alcançar uma trégua de uma semana que permitiu a libertação de 105 reféns e de 240 presos palestinianos. O Qatar confirmou a existência de “negociações sérias” entre Israel e o Hamas para obter um cessar-fogo, mas advertiu de que existem “obstáculos” nas conversações, como a rejeição por parte do Governo israelita da criação de um Estado palestiniano.

A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) – desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, dos quais mais de 100 permanecem em cativeiro.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou esta quinta no 111.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 25.700 mortos, 63.740 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome.

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Seguros Não Vida 2023: Ageas, Caravela e Mapfre foram as que mais ganharam mercado

Num ano de 2023 em que as vendas das seguradoras Não Vida baseadas em Portugal cresceram 10,2%, as diferenças no top 10 estão a reduzir-se. Veja o ranking.

A Fidelidade subiu a sua quota de mercado para 30,2% entre as seguradoras portuguesas considerando as vendas de seguros em Portugal e no estrangeiro em 2023, segundo dados publicados pela ASF, entidade supervisora do setor, e tratados por ECOseguros. Agrupando 45 companhias que atuaram em Portugal e a partir daqui no estrangeiro, onde por exemplo, a Fidelidade tem presença consolidada e a Caravela dá os primeiros passos, em 32 grupos verifica-se que as diferenças de posição no ranking não foram relevantes. No entanto, as diferenças em valor estão a reduzir-se.

Considerando os negócios em Portugal, o ramo Saúde cresceu 16,7% ou 195 milhões de euros em 2023 relativamente a 2022, quase 30% do total do crescimento do ano. A Tranquilidade subiu 24,5% neste ramo, faturando mais 35 milhões em seguros de saúde que o ano passado, e permitindo elevar a sua quota geral duas décimas para 18,3% do mercado total Não Vida.

A Fidelidade manteve o primeiro lugar no ranking, com crescimento de 10,6% para mais de 2.052 milhões de euros de prémios vendidos, apresentando crescimentos de acordo com a média do mercado nos principais ramos.

O Grupo Ageas, com a Ageas Seguros e Médis, subiu vendas 12,3% o que ao nível da terceira posição do ranking tem um relevo de mais 110 milhões de euros para um total de 964 milhões. Teve um crescimento relevante de 12,5% nos ramos que inclui multirriscos – e que subiu 10% – e de 8% no ramo automóvel que aumentou em média 5,8%.

Allianz e Zurich tiveram, nos ramos Não Vida, um crescimento de respetivamente 7,2% e 6,6% levando a perdas de quota de mercado de 0,2%, mas mantendo solidamente as 4ª e 5ª posições do ranking Não Vida.

A Liberty cresceu pouco e perdeu alguma quota em 2023, no último ano em que previsivelmente estará a apresentar-se nas contas finais. Adquirida pela Generali, o grupo que daí resultará teria, a dados deste ano, uma quota de mercado entre as seguradoras portuguesas de quase 22%. Lusitania e CA Seguros tiveram um ano de crescimento regular.

A Caravela manteve o 9º lugar com 160 milhões de prémios emitidos, dos quais 10 milhões conquistados fora de Portugal, e aproxima-se do 8º lugar da CA Seguros. Foi um ano de forte crescimento de 22% com destaque para subidas de 31% em acidentes de trabalho e em multirriscos e ainda 10% em automóvel.

Também a Mapfre Gerais registou elevado crescimento no ano passado, 26,7% no total. Para este desempenho contribuíram subidas expressivas em multirriscos e responsabilidade civil. Logo de seguida em 11º, ganhando uma posição à Victoria, posicionou-se a Aegon Santander, que subiu quase 58% as suas vendas de seguros de saúde, colocados em exclusivo através do Banco Santander. A UNA, em ano de retoma, cresceu acima do mercado com destaque para o ramo automóvel em que subiu vendas em 23%.

A Chubb teve na responsabilidade civil um ano de forte crescimento que lhe permitiu um desempenho global de +17,8% de vendas.

Entre as seguradoras de menor dimensão no mercado Não Vida, em que os crescimentos podem ou ser mais fáceis ou mais difíceis, o destaque vai para a COFACE com 19,5% de crescimento, a Planicare com +21%, a Real Vida +23,6%, a ARAG que cresceu 37,8%, enqaunto a ASISA mais que duplicou o seu negócio, tal como a Prévoir-Vie.

Em baixo, o ranking das 45 maiores seguradoras Não Vida, agrupadas por ECOseguros em 32 grupos, relativas à produção de seguros em Portugal e estrangeiro durante os anos de 2022 e 2023. Dados originais da ASF em mil euros.

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Rosália Amorim demite-se do Global Media Group

A diretora demissionária da TSF, sabe o +M, entregou esta quinta-feira a carta de resolução de contrato de trabalho com justa causa.

Rosália Amorim vai sair da Global Media. A diretora demissionária da TSF, sabe o +M, entregou esta quinta-feira a carta de resolução de contrato de trabalho com justa causa.

A ex-diretora do Dinheiro Vivo e do Diário de Notícias, título que liderou a partir de novembro de 2020 – altura em que começou a ser preparado o regresso a diário – e durante cerca de três anos, decidiu assim deixar a empresa.

A saída terá a ver com o estado da empresa e com as razões que levaram à sua demissão em dezembro, ou seja, o despedimento de 30 pessoas na TSF e o facto de estar comprometido o projeto de investimento e contratações para a TSF , conforme anunciado a 12 de dezembro, dia em que também se demitiu Rui Gomes, diretor-geral, e Artur Cassiano, sub-diretor. Entretanto, na última semana, Artur Cassiano foi nomeado diretor de informação interino da TSF.

Recorde-se que esta quinta-feira foram pagos os salários de dezembro. Em atraso continuam os subsídios de Natal e não sido avançada informação sobre os ordenados de janeiro.

A assembleia-geral do grupo, que tal como o +M/ECO avançou em primeira-mão será para destituir o CEO, está marcada para 19 de fevereiro. O objetivo é também viabilizar um aumento de capital de cinco milhões de euros.

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CEO da Stellantis pede consolidação na Europa para enfrentar carros chineses

O CEO da Stellantis, que detém marcas como a Peugeot e a Citröen, argumenta que sem consolidação, a indústria automóvel europeia não vai ter capacidade para responder à concorrência chinesa.

É preciso maior consolidação entre as construtoras automóveis na Europa para enfrentar as fabricantes chinesas que estão a chegar à região e que dispõem de custos de produção 30% mais baixos, defende o CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares.

A companhia, que detém marcas como a Peugeot ou a Citröen, diz que está preparada para o que aí vem e está sempre aberta a estudar eventuais oportunidades de aquisições, mas alerta que há muitas empresas que poderão ser forçadas a fazer programas de reestruturação, criando um problema social na região.

Nunca paramos de reduzir custos porque estamos sempre preparados para quando possa haver uma oportunidade de consolidação“, adiantou Carlos Tavares, num encontro com jornalistas, à margem do congresso da Ordem dos Engenheiros, a decorrer esta quinta e sexta-feira no Porto. O líder da Stellantis reiterou que a empresa, que comanda, mantém uma posição em que protege uma determinada margem de rentabilidade, para poder aproveitar oportunidades e estar numa posição capaz de lidar com a concorrência dos chineses, que estão a chegar à Europa com os seus veículos elétricos.

Numa posição muito crítica em relação a estes produtores, que dispõem de condições muito mais vantajosas de produção do que as empresas da região, Tavares alertou para os riscos sociais que podem resultar desta concorrência. “Como vamos combater os chineses? Se forem três ou quatro vezes maiores que nós vão esmagar as construtoras europeias“, avisou, adiantando que esta situação poderá ameaçar milhões de empregos, uma vez que a indústria automóvel emprega 14 milhões de pessoas na região.

Precisamos de consolidação a nível europeia para fazer face aos chineses“, defendeu. Mas para isso, acrescenta, é necessário que os reguladores europeus mudem a sua postura para permitir a criação de empresas de maior dimensão na região, sem colocarem entraves à criação de grandes grupos.

Apesar de defender a consolidação, para criar empresas com maior capacidade para responder à concorrência chinesa, Carlos Tavares mostra-se contra o protecionismo. “Tenho que combater os chineses porque sou uma empresa global“, rematou.

No que diz respeito ao preço dos elétricos, Tavares critica os Governos por quererem empurrar para a indústria uma transformação profunda, sem pensar nas consequências e nas necessidades das pessoas. “Há decisões demagógicas que vêm esbarrar na parede da realidade”, atirou, acrescentando que há um risco de criar um problema de mobilidade, caso não se consigam produzir carros elétricos a preços acessíveis para a classe média.

Os elétricos têm que ser acessíveis. Se não o forem, a classe média não os compra e não tem impacto” as medidas para reduzir as emissões carbónicas, acrescenta. Isto coloca atualmente um desafio ao setor, uma vez que “só chineses vão atingir esse nível (de preços)“.

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Valongo aumenta investimento na habitação para 75,8 milhões de euros

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2024

Estes 75,8 milhões de euros vão ser canalizadas para a compra, reabilitação e construção de 1.125 habitações.

A Câmara Municipal de Valongo aprovou, esta quinta-feira, a primeira alteração à Estratégia Local de Habitação (ELH), aumentando o investimento para 75,8 milhões de euros, mais 38,5 milhões de euros face a 2021, ano em que foi implementada.

Estes 75,8 milhões de euros vão ser canalizadas para a compra, reabilitação e construção de 1.125 habitações, refere a proposta de atualização da ELH deste município do distrito do Porto aprovada em reunião do executivo municipal.

A construção de 367 prédios ou empreendimentos habitacionais (39,1 milhões de euros) e a reabilitação de 686 frações ou de prédios (28 milhões de euros) absorvem grande parte destes 75,8 milhões de euros.

Seguindo-se, depois, a compra de 52 frações ou prédios degradados e subsequente reabilitação com sete milhões de euros, a aquisição de 10 frações ou prédios para destinar à habitação de 1,2 milhões de euros e o arrendamento de 10 fogos para subarrendamento com 331 mil euros, refere a proposta.

A atualização da ELH prende-se com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a obrigação de o cumprir até 2026. Além da subida generalizada dos preços de construção, reabilitação, aquisição e arrendamento de habitação, assim como da dificuldade de encontrar empresas do setor da construção civil com capacidade para responder aos atuais desafios do mercado e à escassez de oferta no mercado, sustenta o documento.

A Câmara Municipal de Valongo aprovou a Estratégia Local de Habitação, que serve de suporte à candidatura ao 1.º Direito — Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, a 27 de maio de 2021.

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Sócrates vai recorrer da decisão da Relação

  • Ana Petronilho
  • 25 Janeiro 2024

Ex-primeiro-ministro diz estar "absolutamente convencido" que a Relação "não tem razão" porque "durante a fase de instrução, ficou provado que as alegações do Ministério Público eram falsas."

O antigo primeiro-ministro José Sócrates reconhece a “derrota jurídica” mas faz saber, desde já, que vai recorrer da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, que decidiu levar a julgamento o ex-chefe de Governo por 22 crimes no âmbito da Operação Marquês.

“Esta decisão da Relação deixa-me com uma grande sensação de desapontamento”, adiantou, em declarações aos jornalistas à porta de sua casa, na Ericeira, acrescentando que está “absolutamente convencido” que a Relação “não tem razão”. Isto porque “durante a fase de instrução, ficou provado que as alegações do Ministério Público eram falsas.”

Não ficou apenas provado que não havia indícios. Pelo contrário. Foram recolhidos contra-indícios que mostraram que essas alegações, nomeadamente as que diziam respeito ao TGV ou à OPA da Sonae, todas essas alegações ficaram provadas que são falsas e agora dizem que estão indiciadas. Não estão, isso não é verdade, e eu vou recorrer dessa decisão”, argumentou. “Não me conformo com a decisão e vou recorrer dela para um tribunal superior. Acho que tenho esse direito”, disse.

O recurso vai incidir sobre a “substância” das alegações e esta é a primeira vez que José Sócrates recorre de uma decisão no âmbito da Operação Marquês.

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WPP vai fundir as agências Hill & Knowlton e BCW. Em julho surge a Burson

Em Portugal, assegura ao +M José Bourbon-Ribeiro, CEO da Hill & Knowlton, as duas agências já partilhavam a equipa de gestão e a alteração não terá impacto de maior.

Depois da fusão das agências criativas, é a vez das agências de comunicação. A WPP anunciou a nível global, esta quinta-feira, a fusão das suas duas maiores agências, a Hill & Knowlton e a BCW. Em resultado desta operação vai surgir a Burson, que estará operacional a partir de 1 de julho de 2024.

Através desta nova identidade, a Burson vai reforçar a sua liderança na indústria e oferecer soluções modernas de comunicação, com um grande foco na construção e preservação de reputação, a clientes de todo o mundo”, afirma a companhia.

Em Portugal, assegura ao +M José Bourbon-Ribeiro, CEO da Hill & Knowlton, a alteração não terá impacto de maior. “Este caminho já vinha a ser feito há alguns anos quando a WPP decidiu, de forma pioneira, reunir as suas operações no WPP Campus em Lisboa. A BCW e a Hill & Knowlton não só acompanharam este movimento, como passaram a partilhar a mesma equipa de gestão“, justifica o responsável.

José Bourbon-Ribeiro, CEO da Hill & Knowlton Portugal

A nova agência “irá beneficiar da forte base de talentos de ambas as organizações, bem como das suas excecionais redes globais, investimentos em tecnologia, capacidades criativas, e conhecimento especializado em public affairs e consultoria. Deste modo, vai impulsionar a reputação e a criação de valor através de soluções interdisciplinares exigidas atualmente pelo mercado”, prossegue a companhia, que anunciou a operação esta quinta-feira.

Apesar da fusão, a marca Hill & Knowlton não desaparece. “A marca irá operar dentro da Burson, servindo um grupo seleto de clientes a nível global através de serviços de comunicação estratégica, consultoria e public affairs“, prossegue a WPP.

A nível internacional a GCI Health e a AxiCom vão operar como marcas dentro da Burson, disponibilizando conhecimentos especializados em comunicações de saúde e tecnologia.

Com seis mil funcionários em 43 mercados em todo o mundo, o nome da nova agência é uma homenagem a Harold Burson. “Harold Burson acreditava convictamente que as ações são mais fortes do que as palavras e estabeleceu a honestidade, a transparência, a integridade e a excelência como princípios orientadores do seu negócio”, afirma Corey duBrowa, atualmente CEO global da BCW.

“Esses princípios são os ideais fundamentais da Burson, sobre os quais definiremos o padrão para as comunicações modernas por meio de nosso pipeline de inovação que prioriza a Inteligência Artificial. Juntos, como Burson, traremos insights, consultoria estratégica especializada e soluções de tecnologia numa oferta de valor acrescentado para apoiar os nossos clientes a inovar e liderar no complexo ambiente operacional de hoje”, acrescenta o CEO citado em comunicado.

A nível global, Corey duBrowa, atualmente CEO global da BCW, foi nomeado CEO global da Burson e AnnaMaria DeSalva, chairman global e CEO da Hill & Knowlton, foi nomeada chairman global da Burson.

A equipa de liderança da Burson será composta por um grupo de ex-diretores de comunicação de alto nível e outros executivos seniores de agências experientes de ambas as empresas, cujos nomes serão anunciados ao longo dos próximos meses.

 

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Nova Expressão reforça equipa de media digital

Com estes reforços, a equipa de media digital da Nova Expressão passa a ser composta por 12 pessoas. 

Na entrada num novo ano, a Nova Expressão reforçou a sua equipa, apostando em Sónia dos Santos, que regressa à agência de meios enquanto digital media consultant, e em Leonor Keil Amaral, que assume a função de data driven analyst.

Na prática, este é o resultado da aposta cada vez mais firme da agência na sua capacidade em estratégia, inovação e data“, refere fonte da agência ao +M.

Depois de ter desempenhado a função de diretora de estratégia em media digital e digital manager durante os últimos sete anos no GroupM, Sónia dos Santos regressa assim à Nova Expressão. É licenciada em Publicidade e Marketing pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) onde foi considerada a melhor aluna finalista (2012-13).

Também vinda do GroupM – onde trabalhou durante quatro anos enquanto business science sssociate e como junior research manager – Leonor Keil Amaral é licenciada em Sociologia pelo ISCTE, onde fez também uma pós-graduação em Análise de Data em Ciências Sociais. Fez também um mestrado na Nova-IMS em Gestão de Informação e Estatística.

Com estes dois reforços, a equipa de media digital da Nova Expressão passa assim a ser composta por 12 pessoas.

“Num momento de decisivas mudanças tecnológicas, a Nova Expressão aposta numa estratégia inovadora de contratação e retenção de talento para atrair mais e melhores recursos humanos com competências e aptidões profissionais”, refere a agência de meios em nota de imprensa.

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Stellantis antecipa para 2024 fabrico de carros elétricos em Mangualde

O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, destacou o desempenho da fábrica de Mangualde, que lidera em termos de custos e qualidade na Europa. Fábrica vai arrancar já em 2024 com a produção de elétricos.

A fábrica da Stellantis de Mangualde vai arrancar já em 2024 com a produção de carros elétricos, adiantou Carlos Tavares, CEO da Stellantis. Inicialmente a empresa tinha informado que o fabrico de furgões totalmente elétricos das marcas Citroën, Fiat, Opel e Peugeot começaria apenas em 2025, mas a fabricante automóvel vai antecipar esse arranque.

“Mangualde é a melhor fábrica na Europa em qualidade e em custo. Está no pódio entre 90 fábricas na Europa”, adiantou Carlos Tavares, num encontro com jornalistas no Porto, à margem do Congresso dos Engenheiros, adiantando que o centro de produção no país “vai começar o fabrico de carros elétricos este ano”.

A fábrica da Stellantis no país vai produzir modelos Citroën ë-Berlingo, Peugeot e-Partner, Opel Combo-e e Fiat e-Doblò, nas versões de comerciais ligeiros e de passageiros, segundo adiantou a empresa no ano passado, quando avançou com a notícia.

Na mesma altura, a empresa informou que para produzir estes carros terá que levar a cabo “uma transformação da fábrica de Mangualde preparada para o futuro, com novas instalações, tanto na área de montagem como na de ferragem, a otimização da área industrial, e a criação de uma nova linha de montagem de baterias”, acrescenta o comunicado.

Carlos Tavares mostrou-se muito satisfeito com o desempenho da fábrica de Mangualde, destacando que o centro de produção no país se destaca a nível europeu, com um grau de dispersão em relação a outras fábricas que, nalguns casos, chega a um fator de 10, no que diz respeito a custos e qualidade.

“A fábrica de Mangualde tem pouco dinheiro e muita imaginação. Há muita criatividade para resolver problemas industriais”, aponta Carlos Tavares. Uma posição que coloca a fábrica de Mangualde a salvo de eventuais planos de cortes de custos que a empresa possa equacionar no futuro.

Em relação à atividade em Portugal o CEO da Stellantis destacou a posição de liderança, em todos os segmentos, com Mangualde a produzir pela primeira vez na sua história 84 mil veículos num ano, em 2023.

A Stellantis tem vindo a apostar na eletrificação dos veículos, tendo um programa ambicioso de investimento de 50 mil milhões de euros para a próxima década em eletrificação e software. O objetivo da fabricante automóvel é atingir a neutralidade carbónica até 2038.

(Notícia atualizada às 19:07)

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Câmara de Lobos dá mais um passo para aplicar taxa turística

  • Lusa
  • 25 Janeiro 2024

A autarquia estima uma receita anual entre 320 e 430 mil euros, se cobrar uma taxa turística de dois euros a partir do segundo semestre deste ano.

O município de Câmara de Lobos, na zona oeste da Madeira, aprovou esta quinta-feira o início do procedimento para a criação do regulamento para aplicar a taxa turística, anunciou a autarquia, estimando uma receita anual entre 320 e 430 mil euros. Em comunicado, a autarquia indica que a proposta foi aprovada por unanimidade, adiantando que vai abrir um período de participação pública, durante 10 dias, para recolher os contributos da população.

Citando dados da Direção Regional de Estatística da Madeira, o município refere que, em outubro do ano passado, “a capacidade de hospedagem turística no município de Câmara de Lobos era de 1.083 camas, com uma taxa líquida acumulada de ocupação de 60%”.

“O património cultural, histórico e paisagístico, aliado à política de desenvolvimento que coloca o turismo como vetor estratégico, tem atraído um número crescente de visitantes, que contribuem de forma direta e indireta para a economia local. Contudo, este crescimento também implica uma sobrecarga nas infraestruturas públicas e nos serviços municipais, como limpeza, segurança e manutenção dos espaços públicos”, salienta o vice-presidente da Câmara, Leonel Silva, citado na nota.

O município considera “justo que os custos operacionais associados à geração de utilidades para os turistas sejam suportados por estes, em vez de recaírem sobre a população residente do município”, é sublinhado no comunicado. Em 10 de janeiro, o presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma (AMRAM), Pedro Calado, anunciou que as câmaras municipais da Madeira vão cobrar uma taxa turística de dois euros a partir do segundo semestre deste ano, referindo que o valor é consensual.

Foi aceite que devíamos ter uma aplicação de dois euros por hóspede e por noite, num máximo de sete noites, isentando as crianças até aos 13 anos e também [adultos] por motivos de saúde ou por questões indicadas pela Segurança Social”, disse o responsável, após uma reunião da AMRAM, no Funchal, em que participaram dez dos 11 municípios da região.

Inicialmente estava prevista a cobrança de uma taxa única pelo Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), medida incluída no acordo de incidência parlamentar assinado com o PAN. Entretanto, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, esclareceu que, “uma vez que os municípios vão cobrar a taxa turística, o Governo não a vai cobrar”.

“Não vai haver duplicação da taxa turística, exatamente para não tirarmos competitividade ao destino”, assegurou na ocasião.

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“Empresas não votam, mas têm ‘eleições’ todos os meses para pagar salários e impostos”, diz líder da CIP

Com o país em crise política, Armindo Monteiro lamenta que empresários portugueses não tenham “um mínimo de previsibilidade” e lembra que “não se desenvolve a economia com nenhum programa eleitoral".

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal verbalizou esta quinta-feira a preocupação dos empresários portugueses com o atual cenário de instabilidade política, sublinhando que “precisam de um mínimo de previsibilidade”, ainda que já estejam habituados a uma “constante adaptação às circunstâncias” políticas do país.

“O que está em jogo nestas eleições é algo muito importante. Não vou apelar a nenhum programa eleitoral, apenas ao voto. Manifestem a vossa preferência. As empresas não votam, mas têm eleições todos os meses. Porque todos os meses são desafiados a pagar salários, impostos e contribuições para a Segurança Social. Precisamos de encontrar um enquadramento que nos permita executar a nossa veia” empreendedora, apontou Armindo Monteiro.

Falando para uma sala repleta de industriais do calçado, após a cerimónia de tomada de posse de Luís Onofre para um terceiro mandato à frente da associação do setor (APICCAPS), o patrão dos patrões lembrou os três D’s da revolução do 25 de Abril (Democratizar, Descolonizar e Desenvolver) para referir que este último “não foi cumprido porque não pode ser entregue aos políticos”.

Para o sucessor de António Saraiva, “a ideia de desenvolver a economia é para quem sabe”. “Não estou a atacar ninguém, mas quem conhece as empresas não é quem as visita em determinados momentos, nomeadamente no eleitoral, mas quem as construiu”. “Não se desenvolve a economia com nenhum programa eleitoral, isso acontece todos os dias”, completou.

Proposta do 15.º mês deixou os sindicatos a dançar no meio da sala. Ficaram sem referências. ‘Se é o lado negro da força que está a propor aumentar os salários, o que sobre para nós, sindicatos?’.

Armindo Monteiro

Presidente da CIP

Focando no pós-eleições, o líder da CIP apelou a um maior “equilíbrio e compromisso para encontrar soluções”, que implica um trabalho conjunto entre os empresários e a administração pública. Apesar de acreditar na economia de mercado com um “forte sentido social”, advertiu contra o suposto “milagre económico” de “distribuir aquilo que não se cria”, acrescentando que “os empresários não podem fazer apenas ação social”.

“As empresas são corpos dinâmicos que precisam de ter lucro (…) porque é isso que permite fazer investimentos em transformações para que as empresas se mantenham competitivas. Que permite remunerar devidamente os capitais para que os empresários se sintam motivados a criar mais empresas. O lucro não é um pecado, o lucro é necessário”, resumiu.

Na mesma cerimónia, realizada no Porto, Armindo Monteiro recordou ainda a proposta da CIP para o pagamento voluntário de um 15.º mês isento de impostos e contribuições, que “[deixou] os sindicatos a dançar no meio da sala”. “Ficaram sem referências. ‘Se é o lado negro da força que está a propor aumentar os salários, o que sobra para nós, sindicatos?’. Esta ideia de que tinha de haver algo por trás, naturalmente baralhou e não pudemos construir” essa solução, concluiu.

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