União de capitais “é do interesse de todos” os Estados-membros, afirma Maria Luís Albuquerque

Nova comissária não antecipa grandes dificuldades durante o mandato, dizendo que hoje "existe uma maior consciencialização" sobre a necessidade de um mercado de capitais na UE.

A nova comissária para os Serviços Financeiros e União de Capitais mostrou-se confiante em relação ao seu mandato, em Bruxelas, mantendo-se comprometida com a ambição da presidente Ursula von der Leyen de querer concretizar um mercado único de capitais entre os 27 Estados-membros, até 2029.

A união de mercado de capitais permite considerar a união bancária e defensa de consumidores, tudo aquilo que nos permite criar um mercado financeiro funcional, algo que é do interesse de todos“, explicou Maria Luís Albuquerque, em declarações aos jornalistas, em Estrasburgo, após a votação do novo colégio de comissário que entra em funções a 1 de dezembro.

“Temos mercados fragmentados, que é o caso da maioria, e mesmo os maiores não têm dimensões suficientes para competir com os Estados Unidos ou o mercado inglês”, apontou, antecipando que os próximos cinco anos vão exigir “muitas medidas diferentes e muita discussão” entre os 27.A mensagem principal é perceber que conseguir pôr esse projeto em marcha é em benefício de todos os europeus“, acrescentou, referindo a título de exemplo a fuga de capitais para o outro lado do Atlântico.

“Temos de criar condições para que uma empresa que tenha tido uma boa ideia, por exemplo em Portugal, consiga financiamento, capital de risco. O ponto onde se está na UE não devia ser um problema. É por isso que as nossas boas ideias vão para o Estados Unidos para encontrar capital“, acrescenta. E isso acontece também devido às barreias burocráticas impostas na UE. “Temos de eliminá-las para que estejam acessíveis a todos”, diz.

Maria Luís Albuquerque antecipa que o seu mandato seja hoje mais fácil do que nos últimos cinco anos, por considerar que existe uma “maior consciência” das consequências de não ter um mercado de capitais funcional. “A ideia é conseguir ter no final dos cinco anos uma situação muito mais favorável do que temos agora”, defendeu.

Sobre o futuro presidente do Conselho Europeu, António Costa, que toma posse também no dia 01 de dezembro, Maria Luís Albuquerque disse esperar uma relação “muito boa”, não só com aquela instituição, mas também com o Parlamento Europeu.

Maria Luís Albuquerque e os restantes 25 comissários vão tomar posse no dia 1 de dezembro, como membros da nova Comissão Europeia, isto depois de terem recebido pareceres positivos sobre as comissões que os questionaram durante o período de audições que decorreu entre 4 e 12 de novembro.

A nova Comissão foi votada e aprovada esta quarta-feira, na sequência de um acordo político alcançado há uma semana entre os grupos políticos do Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas e Democratas (S&D) e os liberais do Renovar a Europa.

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CMVM aplica 4 coimas por violação dos deveres dos auditores

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

O regulador de mercados anunciou quatro decisões por violação dos deveres dos auditores e de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) publicou esta quarta-feira quatro decisões sobre processos de contraordenação por violação dos deveres dos auditores e de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. As decisões são relativas a processos de contraordenação em regime de anonimato.

Conforme detalhou, em comunicado, incluem-se três processos por violação de deveres dos auditores.

Em causa estão os deveres de encerrar o arquivo de auditoria no prazo de 60 dias após a data do relatório de auditoria, de documentação, de implementar políticas e procedimentos adequados para a organização da estrutura do arquivo e o dever de implementar políticas e procedimentos que permitam manter a custódia segura e a integridade dos documentos de trabalho.

A CMVM decidiu assim aplicar uma coima de 10.000 euros, totalmente suspensa pelo prazo de dois anos, uma de 40.000 euros, parcialmente suspensa em 20.000 euros pelo prazo de dois anos, e uma de 20.000 euros, parcialmente suspensa em 10.000 euros também pelo prazo de dois anos.

Soma-se um processo por violação de deveres de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, “em especial, o dever de controlo, por a arguida não ter identificado os concretos riscos de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo inerentes à sua realidade operativa específica e o dever de exame, por não ter examinado duas operações com especial cuidado e atenção”.

Neste caso, o regulador do mercado decidiu aplicar uma admoestação.

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Prémio de risco de França dispara e revive trauma da crise da Zona Euro

O spread das obrigações francesas a 10 anos face às alemãs disparou para níveis da crise de 2012, e nas maturidades mais curtas, França já é vista como mais arriscada que a Grécia.

O mercado de dívida soberana francesa está a atravessar um período de grande turbulência, com os investidores a demonstrarem crescente preocupação face à instabilidade política que se vive no país desde as últimas eleições legislativas.

O prémio de risco exigido para deter obrigações francesas face às alemãs (Bunds) atingiu níveis não vistos desde a crise da dívida soberana na Zona Euro, refletindo os receios dos investidores quanto à capacidade do governo de Michel Barnier para aprovar o Orçamento do Estado para 2025.

O spread entre as yields das obrigações francesas a 10 anos e as suas congéneres alemãs já chegou a subir até aos 89 pontos base, o nível mais elevado desde 2012, colocando o prémio de risco de França praticamente ao mesmo nível da Grécia, algo inédito na história da Zona Euro. Esta pressão dos mercados é ainda mais visível nas maturidades mais curtas de dois e cinco anos, em que o spread das obrigações francesas (face às Bunds) já supera o das obrigações gregas.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Esta situação reflete a crescente apreensão dos investidores face à instabilidade política em França, resultante do governo que saiu das eleições legislativas realizadas a 30 de julho e 7 de julho. O governo de coligação liderado por Michel Barnier não dispõe de maioria absoluta no parlamento, o que dificulta a aprovação de medidas cruciais, como o Orçamento do Estado do próximo ano.

O caso ganhou uma dimensão tal que, na terça-feira, numa entrevista ao canal TF1, o primeiro-ministro francês alertou para o risco de “turbulência orçamental grave” caso o seu governo caia na sequência de um eventual chumbo do Orçamento para 2025. Barnier afirmou inclusive que “haverá uma grande tempestade e turbulência muito séria nos mercados financeiros” se o Orçamento não for aprovado.

“Os mercados estão muito preocupados”, refere Bruno Cavalier, economista-chefe da Oddo BHF, citado pelo Le Monde. “O equilíbrio das contas públicas exige medidas a longo prazo”, destacou ainda o especialista.

Este cenário de incerteza está a gerar uma onda vendedora sobre os títulos de dívida francesa, com os investidores a apostarem no colapso do governo e na possibilidade de uma mudança governamental que poderá resultar em políticas orçamentais ainda mais expansionistas, gerando uma pressão adicional sobre as finanças públicas francesas.

Michel Barnier, primeiro-ministro francês, vaticina “uma tempestade bastante grave” nos mercados financeiros caso o seu governo colapse no seguimento do chumbo do Orçamento do Estado para o próximo ano.David Fitzgerald/Web Summit/Flickr

Governador do Banco de França pede clareza

Perante este cenário de instabilidade, que desde esta manhã se tem também traduzido numa queda de quase 1% do principal índice da Euronext Paris (CAC40) e com quase todos os setores em terreno negativo, o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, pediu clareza em redor dos planos para corrigir as finanças do país enquanto o governo luta para aprovar o Orçamento no parlamento.

O apelo do governador surge num momento crítico para as finanças públicas francesas. O défice orçamental do país deverá atingir 6,1% do PIB este ano, muito acima do limite de 3% estabelecido pelas regras orçamentais europeias. A dívida pública, por sua vez, atingiu 112% do PIB no final de junho, um nível considerado “colossal” por muitos analistas.

“É difícil estar muito otimista com a trajetória de França”, referiu Mark Dowding, responsável do departamento de investimento do RBC BlueBay Asset Management, citado pelo Financial Times.

O plano orçamental apresentado por Barnier para 2025 prevê um corte de 60 mil milhões de euros, dos quais 40 mil milhões em reduções de despesa e 20 mil milhões em aumentos de impostos sobre grandes fortunas e empresas. O objetivo é reduzir o défice para 5% do PIB no próximo ano, uma meta que muitos consideram ambiciosa dado o atual contexto político e económico.

A aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano revela-se crucial não só para a estabilidade financeira de França, mas também para a sua credibilidade junto dos parceiros europeus e dos mercados internacionais. Em outubro, apesar de manter o rating inalterado em “AA-”, os analistas da Fitch reviram para “negativo” o outlook da economia francesa por conta de todas estas dificuldades.

O primeiro-ministro francês enfrenta assim um duplo desafio: por um lado, precisa de convencer os partidos da sua coligação e a oposição a apoiarem o Orçamento; por outro, tem de evitar medidas demasiado austeras que possam desencadear protestos sociais, como os que marcaram o movimento dos “coletes amarelos” no passado.

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Fim de refinaria de lítio em Setúbal é “preocupante e triste”, diz ministra do Ambiente

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

"Não é um caso isolado, significa um certo arrefecimento do mercado em relação à área, ao lítio, às baterias, e significa uma grande força do sudeste asiático", acrescentou ainda a ministra.

A ministra do Ambiente e Energia considerou esta quarta-feira “preocupante e triste” a desistência da refinaria de lítio em Setúbal, nomeadamente porque mostra uma Europa fragilizada, e pediu “uma grande reflexão” nacional e europeia sobre o tema. A Galp decidiu abandonar o projeto Aurora, para uma refinaria de lítio em Setúbal, depois da desistência da Northvolt e de não ter arranjado outro parceiro, foi anunciado na terça-feira.

Havia uma parceria 50/50 entre a Galp e a Northvolt, mas esta comunicou à Galp no início de 2024 a decisão de deixar de investir no Aurora.

“É mais um investimento que não vem para o país, isso é preocupante, e triste, mas é preocupante essencialmente a nível europeu, porque isto não é um caso isolado, significa um certo arrefecimento do mercado em relação à área, ao lítio, às baterias, e significa uma grande força do sudeste asiático, nomeadamente a China, e uma grande dificuldade europeia em fazer concorrência à China”, disse a ministra.

Maria da Graça Carvalho, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), disse que é precisa uma reflexão sobre como se posiciona a Europa em relação ao que se está a passar, a nível mundial, na área do lítio, do setor automóvel, do hidrogénio ou da energia.

“Temos de refletir, porque veem aí grandes desafios. Se não queremos ficar cada vez mais pobres como Europa, sermos um continente irrelevante, vamos ter de (…), ajustar as políticas, vamos pensar como”, afirmou a ministra. Nas palavras de Maria da Graça Carvalho, a desistência indica que está a acontecer uma crise a nível europeu e de concorrência europeia, em comparação com o resto do mundo, um sintoma “crítico e preocupante”.

A ministra admitiu que não ficou surpreendida com a notícia e lembrou que, enquanto eurodeputada, votou com o PP, a sua “família política” contra a eletrificação automóvel até 2035, porque preferia 10 anos mais tarde. “Isto são consequências dessa lei, e a Europa tem de pensar um pouco no que aprovou. E ter uma estratégia, sem ela ficamos cada vez mais pobres, porque este não vai ser um caso isolado”, afirmou.

“Apesar dos esforços significativos, que incluíram a montagem de uma equipa qualificada, a realização de estudos de engenharia, a preparação de processos de licenciamento e a procura de incentivos e financiamentos, o contexto atual e a impossibilidade de contar com um parceiro internacional inviabilizam a prossecução do projeto”, informou a Galp na terça-feira.

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Setor automóvel critica recuo na inspeção obrigatória de motas

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

“É com grande preocupação que a ARAN vê o Estado português a recuar em tornar obrigatório a inspeção periódica dos motociclos”, afirmou a associação.

A Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) lamentou esta quarta-feira o recuo na obrigatoriedade da inspeção periódica de motociclos, cujo início estava previsto para 01 de janeiro, referindo que é fundamental na redução da sinistralidade automóvel, segundo um comunicado.

“Em 2014, no âmbito das inspeções periódicas dos veículos a motor e seus reboques, a União Europeia publicou uma diretiva recomendando aos Estados-Membros a adoção de medidas apropriadas e adicionais para a proteção do ambiente, designadamente quanto às emissões de CO2, bem como de proteção da segurança rodoviária”, lembrou a entidade.

Segundo a ARAN, depois disso, Portugal avançou “com a implementação da obrigatoriedade de realização de inspeções periódicas para motociclos, triciclos e quadriciclos”, acrescentando que a “medida, já adiada, entraria em vigor no próximo dia 01 de janeiro de 2025”.

“Contudo, nos últimos dias, foi noticiado que, a medida não vai avançar em detrimento de outras como, a formação e alterações das condições rodoviárias”, destacou.

O Público noticiou, em 14 de novembro, que o PSD não quer avançar com esta obrigatoriedade.

É com grande preocupação que a ARAN vê o Estado português a recuar em tornar obrigatório a inspeção periódica dos motociclos”, indicou.

Para a associação, “a adoção de novas medidas que não incluam a obrigatoriedade da realização de inspeção periódica, não acautelam com o mesmo grau de segurança, que os motociclos, triciclos e quadriciclos se mantenham em condições aceitáveis do ponto de vista da segurança e da proteção do meio ambiente”.

As inspeções periódicas obrigatórias garantem um maior grau de proteção aos utentes do espaço rodoviário, mais transparência e proteção contra eventuais fraudes.

Associação Nacional do Ramo Automóvel

A ARAN garantiu ainda que as inspeções periódicas obrigatórias “garantem um maior grau de proteção aos utentes do espaço rodoviário, mais transparência e proteção contra eventuais fraudes”.

De acordo com a ARAN, a realização das inspeções periódicas, que é “precedida das necessárias avaliações técnicas regulares e atempadas nas oficinas para apurar da existência de anomalias”, é fundamental para reduzir a sinistralidade automóvel e tem “impacto no meio ambiente”.

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Julgamento do BES Angola agendado para 2025, mas pode colidir com sessões do BES/GES

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

O julgamento do processo BES Angola arranca a 29 de abril de 2025, decorre até 10 de julho, com audiências três dias por semana, de manhã e de tarde, o que pode colidir com o julgamento do BES/GES.

O julgamento do processo BES Angola (BESA) arranca a 29 de abril de 2025, decorre até 10 de julho, com audiências três dias por semana, de manhã e de tarde, o que pode colidir com o julgamento do BES/GES.

Segundo o despacho do juiz Noé Bettencourt, de 15 de novembro, a que a Lusa teve acesso, o Juízo Central Criminal de Lisboa reservou para o julgamento as manhãs e as tardes de terça-feira, quarta-feira e quinta-feira, entre 29 de abril e 10 de julho de 2025, “sem prejuízo de, pontualmente, poderem ocorrer alterações aos dias de semana em função de interesses ou indisponibilidades atendíveis dos intervenientes processuais (…)”.

As indisponibilidades de agenda podem não ser apenas uma possibilidade, uma vez que o processo BES/GES, que julga a derrocada do universo Espírito Santo, tem sessões marcadas até 2026, com sessões em vários dias da semana, também de manhã e de tarde, num processo com arguidos e advogados comuns, nomeadamente o ex-banqueiro e presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, e o ex-administrador do banco, Amílcar Morais Pires, e respetivas defesas.

A notícia do agendamento do julgamento do processo BESA foi inicialmente avançada pela SIC Notícias na terça-feira.

A 15 de julho deste ano o Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa decidiu enviar para julgamento ex-banqueiro e presidente do BESA, Álvaro Sobrinho, o ex-banqueiro e presidente do BES, Ricardo Salgado, assim como os ex-administradores do BES Morais Pires, Rui Silveira e Hélder Bataglia, validando na íntegra a acusação do Ministério Público (MP).

Em causa neste processo estão crimes de abuso de confiança agravado, branqueamento de capitais e burla agravada.

O MP acusou Álvaro Sobrinho de 18 crimes de abuso de confiança agravado (cinco dos quais em coautoria) e cinco de branqueamento, e o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, de cinco crimes de abuso de confiança e um de burla qualificada (todos em coautoria).

O MP acusou ainda Amílcar Morais Pires por um crime de abuso de confiança e outro de burla, Helder Bataglia por um crime de abuso de confiança e Rui Silveira por um crime de burla.

Na leitura da decisão instrutória, a juíza Gabriela Assunção salientou que a prova do MP é “extensa”, incluindo perícia informáticas e financeiras, vária documentação, depoimentos de testemunhas, dezenas de buscas, cartas rogatórias para apurar movimentação de contas bancárias no estrangeiro e interceções telefónicas.

A acusação do processo BESA foi conhecida em julho de 2022 e respeita à concessão de financiamento pelo BES ao BESA, em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário. Por força desta atividade alegadamente criminosa, a 31 de julho de 2014, o BES encontrava-se exposto ao BESA no montante de perto de 4,8 mil milhões de euros.

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Portugal ainda pode ter “papel muito importante” na cadeia dos veículos elétricos, defende Mckinsey

Mckinsey realça que o país dispõe dos recursos naturais necessários, nomeadamente o lítio e de energia “barata”, assim como conhecimento especializado relacionado com a refinação química e engenharia.

A consultora Mckinsey vê a cadeia de valor dos veículos elétricos como uma oportunidade chave para uma reindustrialização em Portugal, apesar do recente revés protagonizado pela Galp, que cancelou um projeto de refinação de lítio. É necessário “garantir que os projetos têm as condições para avançarem”, refere.

“Os veículos elétricos serão uma das tecnologias mais importantes nesta transição energética. Acreditamos que Portugal pode ter um papel muito importante nessa indústria. Não comentamos projetos em particular, mas continuamos a acreditar que estamos bem posicionados para termos um papel relevante nesse setor e nessa cadeia de valor”, indicou André Anacleto, sócio da Mckinsey, quando confrontado com o cancelamento do projeto da Galp e Northvolt para a construção de uma refinaria de lítio em Setúbal.

A justificar esta convicção, o sócio da Mckinsey realçou que o país dispõe dos recursos naturais necessários, nomeadamente o lítio e de energia “barata”, que ajuda num setor como este que é muito intensivo em energia. Além disso, existem no país conhecimentos especializados relacionados com a refinação química e engenharia, para fazer todo o processo de construção das baterias e de incorporação dessa tecnologia nos veículos elétricos.

Estas declarações foram proferidas no âmbito do lançamento do Índice de Industrialização e Transição Energética (IETI, na sigla em inglês), da Mckinsey, que será atualizado a cada seis meses.

No setor automóvel, Portugal produz cerca de 320 mil veículos por ano, mas apenas 0,1% deles são elétricos, enquanto na Alemanha esse valor é de 30%, observa a consultora.

Olhando aos fatores que estão a servir de obstáculos no desenvolvimento da indústria de carros elétricos e respetivas baterias, André Anacleto indica que nalguns países se notou uma desaceleração no crescimento do mercado, “em parte porque houve alguns incentivos que acabaram por sair de cena”, o que impacta o lado da procura.

Em paralelo, as condições do mercado e os preços do lítio também têm vindo a corrigir, “portanto, alguns projetos não têm ainda as condições adequadas”. Nesse sentido, defende que “é preciso trabalhar em fatores de aceleração” e “garantir que os projetos têm as condições para avançarem”. Por exemplo, será “necessário um investimento em investigação e desenvolvimento para melhorar a competitividade de alguns desses projetos, para que consigam chegar à execução”. O lançamento de incentivos e melhorias no processo de licenciamento são outras sugestões avançadas.

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Transição energética pode pôr Portugal na “linha da frente da reindustrialização da Europa” e PIB a crescer 15%

“Portugal pode estar na linha da frente da reindustrialização da Europa” e está bem posicionado para se impor na cadeia de valor dos veículos elétricos, refere a consultora Mckinsey.

Portugal está a avançar na transição energética, mas a falhar na captação das vantagens competitivas para reindustrializar o país, afirma a Mckinsey. Um processo de reindustrialização verde bem-sucedido poderia representar um salto de 15% no Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, calcula a consultora.

Estas conclusões foram partilhadas no âmbito do lançamento do Índice de Industrialização e Transição Energética (IETI, na sigla em inglês) da Mckinsey, que será atualizado a cada seis meses.

Portugal pode estar na linha da frente da reindustrialização da Europa”, pois “tem um potencial gigantesco, como nunca teve nos últimos anos”, afirmou André Anacleto, sócio da McKinsey, na apresentação do índice. Uma das vantagens chave é o custo da energia: Portugal tem a capacidade de produzir energia limpa 20% mais barata do que a média europeia.

Assim, a transição energética, se aproveitada para uma reindustrialização da economia, poderá representar um salto de 15% no PIB em 2030, face a 2022, calcula a consultora. No mesmo cenário, as exportações deverão aumentar 20% e podem ser criados 300.000 empregos, dos quais 60.000 qualificados. “Se não avançarmos decididamente, estamos a atrasar-nos na captura da oportunidade”, afirmou André Anacleto.

O peso atual da indústria na economia é de 13,6% (dado de 2023), mais de dois pontos percentuais abaixo da média da UE e “bastante longe” dos 19% de 1996. Isto, embora o investimento em ativos fixos industriais tenha crescido gradualmente desde 2013 e 14% só em 2022, atingindo os 12 mil milhões.

A Mckinsey aponta como oportunidade a aposta em alguns setores emergentes como é o caso dos veículos elétricos, baterias e até o aço verde.

A travar a indústria portuguesa está a falta de investimento em investigação e desenvolvimento, “essencial” para “manter a competitividade”. Em Portugal, o investimento em I&D cresceu apenas 0,3 pontos percentuais na última década (alcançado os 1,7% do PIB em 2022) e continua aquém da meta europeia dos 3%.

Transição corre bem, exceto nas moléculas verdes

Em termos de transição energética, a Mckinsey destaca que Portugal tem reduzido significativamente as suas emissões de gases com efeito de estufa (-38% em relação aos níveis de 2005) e integradas energias renováveis no seu sistema energético (35% de renováveis no consumo final de energia. E o investimento em renováveis tem compensado em termos de preço: os preços da eletricidade doméstica são “acessíveis” face à média europeia e os preços da eletricidade para a indústria foram 50% mais baratos do que os da UE em 2023, “a maior diferença da década”, realça a consultora.

Em contrapartida, Portugal está atrasado na produção e adoção de biocombustíveis e biometano, na avaliação da Mckinsey. Os biocombustíveis estão aquém do mínimo estabelecido pela diretiva europeia e, no caso do biometano apenas se produziram 1,2 gigawatts-hora (GWh), quando o objetivo para 2030 são 2.700 GWh em 2030 e o potencial identificado é de 6.900 GWh.

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Vila do Conde lança plano estratégico para o turismo com marca ligada ao mar

Plano estratégico de marketing turístico até 2030 inclui diagnóstico, com desempenho turístico muito aquém do Porto e do Norte. Autarca de Vila do Conde destaca o "grande potencial turístico".

O município de Vila do Conde apresentou nesta terça-feira o Plano Estratégico de Marketing Turístico, apostando numa nova marca: “Vila do Conde, onde a cultura abraça o mar”. O documento propõe 74 ações a desenvolver no período entre 2025 a 2030, focadas na digitalização e na sustentabilidade.

A nova marca enquadra-se com as duas principais motivações de visita ao concelho, apontadas pelos visitantes e indicadas no Plano Estratégico de Marketing Turístico Vila do Conde: praia e mar (47,4% dos turistas) e história e património cultural (39,5%). A gastronomia é identificada por 31,6%, só depois surgindo a proximidade ao Porto, com 15,8%.

Por nacionalidades, os portugueses privilegiam os itens praia e gastronomia, ao passo que os turistas internacionais preferem a história e a cultura do município nortenho.

Do documento apresentado nesta terça-feira constam dados que apontam para um longo caminho a percorrer pelo município, o que se traduz também na informação de que Vila do Conde “tem dificuldade em prolongar a estadia no concelho”. Neste indicador, o concelho apresentou no ano passado uma média de 1,6 noites por hóspede, menos 20% que na Área Metropolitana do Porto (AMP) e ainda mais abaixo das 2,4 noites da média nacional.

Outros dos dados constantes do plano é a capacidade do alojamento em termos de empreendimentos turísticos. Em Vila do Conde, esta é de 6,3 por cada mil habitantes, muito abaixo do rácio do Norte (23,9) e ainda mais da AMP, onde ascende aos 26. A média do conjunto do país é quase sete vezes superior, 41,6 alojamentos por 1000 habitantes. Estes dados do INE, de 2023, ainda não contemplam dois novos hotéis, de quatro e cinco estrelas (com 99 e 87 quartos, respetivamente), com os quais Vila do Conde “duplicou a sua capacidade”, indica o plano estratégico.

Os portugueses valem 45% dos que passam a noite numa unidade turística, seguindo-se, a longa distância, os espanhóis (12,4%), alemães (7,4%), franceses (6,4%) e norte-americanos. Estes, apesar de só valerem por 3% das dormidas em Vila do Conde, já superam os britânicos, mercado emissor tradicional, e mais que duplicaram desde 2019, ano pré-pandémico.

Dado interessante é o dos peregrinos do Caminho de Santiago em trânsito. Do total de 3226 pessoas que por ali passaram, mais de 40% eram alemães.

Vila do Conde tem um grande potencial turístico”, considera o presidente da autarquia, citado em comunicado. Vítor Costa salienta o propósito de promoção de turismo sustentável, “mantendo a identidade e o bem-estar da comunidade”.

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Altice estuda “várias opções” para monetizar redes, data center e imobiliário em Portugal

O grupo confirmou que continua a explorar possíveis negócios envolvendo os ativos portugueses, tais como as redes de fibra e de cobre, o centro de dados da Covilhã e o seu vasto património.

A Altice International continua a “explorar várias opções” para monetizar os ativos da Altice Portugal, incluindo infraestrutura e imobiliário, à medida que participa nos esforços de redução do endividamento do grupo.

Numa chamada telefónica com investidores, no dia em que a Altice International apresentou as contas do terceiro trimestre, altos responsáveis da empresa assumiram que potenciais transações com ativos em Portugal continuam sob avaliação, três meses depois de ter sido afastada a hipótese da venda da totalidade da operação portuguesa.

Um dos principais ativos que foram destacados foi a posição de controlo (50,01%) na FastFiber, que detém a rede de fibra ótica usada pelo Meo, e da qual a Morgan Stanley Infrastructure Partners detém os restantes 49,99%.

Mas não foi o único. Gerrit Jan Bakker, responsável financeiro do grupo, referiu-se também à antiga rede de cabo do Meo, a centros de dados (a Altice é dona do centro de dados da Covilhã) e o vasto património imobiliário que herdou como legado da Portugal Telecom.

Além do Edifício Picoas em Lisboa, com 60 mil metros quadrados de área útil, a subsidiária portuguesa da Altice detém seis outros ativos imobiliários com mais de dez mil metros quadrados e outra dezena de instalações de menor dimensão, com área útil entre três mil e dez mil metros quadrados.

Estes dados fazem parte de uma apresentação sobre a Altice Portugal aos investidores, à qual o ECO teve acesso, e que circulou no ano passado, numa altura em que o dono da Altice, o multimilionário Patrick Drahi, desencadeou um processo para tentar vender o negócio em Portugal. O documento ficou celebremente conhecido como “Project Recital”.

Como noticiou o ECO em julho deste ano, a transação esteve em vias de avançar com a operadora estatal saudita STC, mas as negociações caíram por terra, por não ter sido possível alcançar um acordo sobre o preço final. Acabaria por desistir da venda pouco depois.

A Altice International é o ramo menos endividado de um grupo multinacional que acumula um passivo de dezenas de milhões de euros. No final do terceiro trimestre, a Altice International, que comanda a Altice Portugal, tinha uma dívida líquida de 8,58 mil milhões de euros, correspondendo a um rácio de dívida face ao EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 5,3x.

Esta quarta-feira, os responsáveis da companhia insistiram que a meta é reduzir esta métrica para um valor entre 4x e 4,5x, mas admitiram que este objetivo não é fixo. Se as perspetivas do negócio se alterarem, esta meta pode vir a ser revista.

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Nuno Comando é o novo diretor da Casa do Impacto da Santa Casa

A incubadora da Santa Casa acolhe cerca de 75 residentes e 200 empreendedores ativos. Nuno Comando, o novo diretor, faz parte da equipa fundadora.

Nuno Comando, diretor da Casa do Impacto

Nuno Comando é o novo diretor da Casa do Impacto, incubadora de impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Uma escolha interna para substituir Inês Sequeira, que em junho, saiu da liderança da incubadora para dirigir a Rede Capital Social. A incubadora acolhe cerca de 75 residentes e 200 empreendedores ativos.

“A escolha do Nuno foi o culminar de um processo de seleção muito competitivo, tendo apresentado o projeto estratégico que melhor responde à missão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e que permitirá colocar a Casa do Impacto no centro de uma nova geração de modelos de negócio de impacto social e ambiental ao serviço das boas causas. Está na génese do projeto desde a sua fase beta pelo que a sua experiência consolidada e, acima de tudo, o seu perfil humano e profissional, foram também decisivos para confirmar o Nuno como diretor, numa lógica de meritocracia e (re)conhecimento”, justifica Luís Rego, administrador executivo do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social, citado em comunicado.

Parte da equipa fundadora da Casa de Impacto, como técnico, responsável pela área de comunicação e programas de empreendedorismo, Nuno Comando assumiu depois como diretor dos programas de Incubação, Aceleração e da área da Comunicação, acumulando, a partir de 2023, a área do Investimento Social. Agora assume a liderança da incubadora da Santa Casa com cerca de 75 residentes e 200 empreendedores ativos, e uma comunidade com mais de 400 empreendedores.

Com 37 anos, Nuno Comando é formado em Comunicação e Cultura pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com duas pós-graduações – Marketing Digital e Transformação Digital – pela Católica Lisbon School of Business and Economics e é mestrando em Gestão Empresarial no ISCTE Executive Education.

“Poder agora liderar esta Casa é mais do que um desafio profissional: é dar continuidade a um legado sólido, com todo o potencial de crescer e posicionar o país como exemplar na incubação e aceleração da inovação ‘de e para’ o Impacto. Com recurso a programas e iniciativas testadas e consolidadas ao longo de seis anos e de novos projetos, voltados para a democratização do acesso a este mundo do empreendedorismo e orientados para todo o tipo de públicos”, diz Nuno Comando, citado em comunicado.

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Especialista americano sensibiliza PME e entidades públicas sobre riscos da cibersegurança

Especialista americano sensibiliza PME e entidades públicas sobre riscos da cibersegurança, numa iniciativa do C3P da Universidade do Porto e do Centro Nacional de Cibersegurança.

Sensibilizar as PME e entidades públicas para a importância de protegerem os seus dados dos ciberataques, dando a conhecer potenciais riscos e sistemas de proteção avançados disponíveis no mercado. É este o propósito de um conjunto de sessões gratuitas do Centro de Competências em Cibersegurança e Privacidade (C3P) da Universidade do Porto e do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).

O especialista norte-americano Ben Shariatié, diretor do programa de pós-graduação em cibersegurança na Universidade de Maryland, Estados Unidos da América, é um dos intervenientes das sessões que decorrem até hoje, em Lisboa, e terminam amanhã na Porto Business School, em Matosinhos.

Participam também António Costa do CNCS, assim como Carlos Ribeiro, Nelson Escravana, Bernardo Pacheco e Gonçalo Cadete, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Inovação (INESC – INOV Lab). Intervêm ainda Luís Antunes e Rolando Martins, ambos do C3P da Universidade do Porto.

Há um risco muito elevado junto destas entidades, sobretudo as que têm uma base de dados antiga, elaborada numa altura em que nem sequer se falava em cibersegurança.

Rolando Martins

Professor do Centro de Competências em Cibersegurança e Privacidade (C3P) da Universidade do Porto

A iniciativa surge no âmbito da implementação do projeto C-HUB – Pólo Europeu de Inovação Digital de Cibersegurança que visa potenciar a transformação digital e a ciber-resiliência das PME e da Administração Pública.

“Somam-se as vítimas de ataques informáticos em Portugal. Há muito que este deixou de ser um problema apenas para as «grandes empresas», pelo que, cada vez mais, é importante que as PME e entidades da Administração Pública estejam atentas aos processos de transformação digital e salvaguardem os seus dados com sistemas de proteção avançados”, alerta Rolando Martins, professor do (C3P) da Universidade do Porto.

O académico considera que “há um risco muito elevado junto destas entidades, sobretudo as que têm uma base de dados antiga, elaborada numa altura em que nem sequer se falava em cibersegurança”.

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