Roménia é um mercado em crescimento nos pagamentos digitais

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  • 15 Novembro 2024

Augustin Dobre, CEO da SIBS Roménia, explica que a maioria da população ainda prefere usar dinheiro físico, mas mostra-se confiante na inversão da realidade em “três a cinco anos”.

Passaram pouco mais de quatro anos desde que a SIBS adquiriu a Romcard/Supercard, empresa líder no processamento de operações com cartões na Roménia, para expandir a sua atividade para a Europa do Leste. Nasceu a SIBS Roménia, liderada por Augustin Dobre, que quer ser “uma one stop shop em tudo o que tem a ver com pagamentos” e servir outros mercados da região.

Apesar de um desenvolvimento rápido na região, a economia romena “continua a ser baseada em dinheiro”, com os pagamentos digitais a representarem 35% a 40% de todas as transações. O CEO, que foi um dos convidados do espaço da fintech na Web Summit Lisboa, assinala, porém, que a tendência começa a inverter-se e mostra-se confiante de que, nos próximos “três a cinco anos”, o digital seja o método preferido. “É algo que estamos a tentar potenciar”, assegura.

Augustin Dobre congratulou ainda o grupo “pelo que conseguiu alcançar com o MB WAY” e com o projeto de interoperabilidade pan-europeia anunciado quarta-feira, acrescentando que “uma carteira digital como esta é uma oportunidade na Roménia”. “Estamos a olhar essa área com muita atenção”, partilhou o CEO.

Outra área importante é o comércio digital, que tem crescido 18% ao ano naquele país, e que pode servir como catalisador para uma adoção mais generalizada dos pagamentos digitais. Além disso, a SIBS tem um conjunto de soluções digitais e de e-commerce para comerciantes, a que se junta uma atividade dominante na produção e personalização de cartões. “Cobrimos cerca de 87% dos cartões emitidos na Roménia. É um bom exemplo de inovação que mudou o panorama de pagamentos no retalho na Roménia”, destacou o responsável.

Dobre não tem dúvidas de que o sucesso da SIBS na Roménia deve-se sobretudo a uma estratégia local. “Temos uma presença local, equipas locais, CEO local, e que são pessoas que têm o conhecimento do mercado e sabem qual deve ser a abordagem cultural”, explicou.

Acompanhe no ECO a atividade da SIBS na Web Summit Lisboa.

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Operações da SIBS na Polónia quadruplicam em seis anos

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  • 15 Novembro 2024

Desde a aquisição da Paytel, em 2018, que o grupo português reforçou a sua presença naquele mercado. Adam Tencza, administrador, acredita que a inovação é parte do segredo para o sucesso.

Embora esteja presente na Polónia desde 2008, foi em 2018 que a SIBS adquiriu a Paytel, uma empresa local de acquiring que disponibiliza a aceitação de pagamentos de forma integrada. “Foram seis anos incríveis. A SIBS na Polónia cresceu muito mais rápido do que o resto do mercado”, destacou Adam Tencza. O administrador da Paytel diz mesmo que “a escala das operações são mais de quatro vezes superiores” desde que integrou o grupo português.

Se na Roménia a maioria dos pagamentos ainda são feitos em dinheiro, na Polónia essa já não é a realidade: cerca de 65% das transações são digitais. O responsável, que esteve esta quinta-feira no espaço da SIBS na Web Summit Lisboa, afirma que o mercado polaco “tem-se desenvolvido muito nos últimos 15 anos”.

Em 2022, foi o primeiro ano em que os pagamentos foram mais digitais do que a média da União Europeia, uma “conquista importante e algo que ninguém esperava que acontecesse tão rápido”. E qual é o segredo deste sucesso? Adam Tencza acredita que se deve, em grande parte, a uma estratégia de colaboração com bancos, instituições financeiras e outros parceiros tecnológicos.

“A inovação é crucial num mercado tão competitivo e o ADN inovador da SIBS está a ser muito importante no crescimento local”, apontou. O objetivo é afirmar a empresa também como uma one stop shop para o e-commerce, que tem um peso de 15% na Polónia, e apostar numa visão omnicanal.

Naquele mercado, a empresa é a única a oferecer “integração na cloud dos diferentes sistemas dos comerciantes com as nossas soluções de pagamento” e quer tirar partido dessa vantagem competitiva. “A BLIK é um método local de pagamento que está a conquistar a maioria do mercado online e a aumentar muito rápido nos pagamentos offline. Isto está a ajudar o ecossistema de pagamentos a crescer”, apontou Tencza.

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Dove Men+Care e Federação de Rugby unidas em campanha para “homens reais”

  • + M
  • 15 Novembro 2024

Assinada pela LLYC, a campanha visa incentivar os homens a terem a "coragem de cuidar de si mesmos". A produção é da StepUpp e o planeamento de meios da Initiative.

A Dove Men+Care e a Federação Portuguesa de Rugby lançaram a campanha “Os Lobos São Homens Reais”. Os jogadores da Seleção Portuguesa de Rugby, Tomás Appleton, Martim Bello e Manuel Cardoso são os protagonistas.

A campanha, que surge no âmbito do patrocínio da marca da Unilever à Federação Portuguesa de Rugby (FPR), “aborda o tema do autocuidado e bem-estar masculino, incentivando homens de todas as idades a terem a coragem de cuidar de si mesmos, não só da sua aparência, mas também da sua saúde mental“.

Ao longo do spot, acompanha-se a rotina dos três atletas, mostrando-se que “o autocuidado é fundamental para conseguirem responder aos desafios do dia-a-dia, ou mesmo para conjugarem a prática desportiva com o seu trabalho e vida pessoal, num paralelismo constante entre a sua vida dentro e fora de campo”, refere-se em nota de imprensa.

Outro dos objetivos da campanha passou por “entrar no campo dos homens de aparência forte e viril, mas que também exprimem os seus sentimentos, mostrando que os Lobos são homens reais e que o autocuidado está presente nas suas rotinas como motor de confiança, assim como o desporto, um escape fundamental para o seu bem-estar emocional”.

“Acreditamos que o autocuidado vai além da aparência – trata-se de bem-estar emocional, confiança e resiliência. Queremos inspirar todos os homens a cuidarem de si e a encararem o falar abertamente sobre as suas fragilidades como um ato de força. Sabemos que a sociedade ainda pressiona muito o homem, fazendo-o sentir como se não pudesse falhar, e é isso que queremos desconstruir com esta campanha, incentivando todos os homens a cuidarem mais de si e das suas emoções“, diz Bernardo Carvalho, marketing lead & digital na Unilever FIMA, citado em comunicado.

Já por parte da Federação Portuguesa de Rugby, o presidente Carlos Amado da Silva diz que a federação está “muito entusiasmada” com o lançamento desta campanha, uma vez que a Dove Men+Care “partilha os mesmos valores” que os Lobos, nomeadamente “coragem, autenticidade e união”.

Esta campanha não só enaltece a importância do autocuidado, mas redefine também o conceito de força, mostrando que um homem expressar as suas vulnerabilidades não faz dele menos homem. Juntos, queremos ser uma voz que inspira uma nova geração a cuidar de si com confiança e coragem“, acrescenta.

A campanha marca presença nas redes sociais, em out-of-home (Lisboa e Porto) e nos cinemas Nos. A criatividade é da LLYC e a produção da StepUpp e o planeamento de meios da Initiative.

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Cerca de 20 mil cheques-livro emitidos, mas apenas um quarto já foi descontado

  • Lusa
  • 15 Novembro 2024

Desde 4 de novembro foram emitidos 19.891 cheques-livro e utilizados 5.624, ou seja, 28,27%.

Cerca de vinte mil cheques-livro foram emitidos na primeira semana do programa, o que corresponde a perto de 10% do total, mas apenas um quarto destes beneficiários já os trocou por livros, segundo os dados oficiais.

No dia 4 de novembro arrancou o programa cheque-Livro, uma iniciativa do Ministério da Cultura, a partir de uma proposta da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, (APEL), que tem por objetivos fomentar os hábitos de leitura e incentivar a frequência de livrarias por parte dos jovens adultos. A edição de 2024 abrange um total de 220 mil jovens residentes em Portugal, que nasceram nos anos de 2005 e 2006 (ou seja, que tenham completado 18 anos em 2023 e 2024) e a data final para o resgate é o dia 23 de abril de 2025.

De acordo com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), na primeira semana de execução do programa, entre 4 e 10 de novembro, foram emitidos 19.891 cheques-livro, o que corresponde a 9% do universo de jovens elegíveis. Deste total de cheques-livro emitidos, foram utilizados 5.624, ou seja, 28,27%, acrescenta a DGLAB, numa publicação.

Os dados da APEL diferem um pouco, embora em termos percentuais rondem as mesmas grandezas: 22 mil cheques emitidos numa semana, correspondendo a 10% do total. Contudo, a newsletter da APEL que divulga estes dados mais recentes é omissa quanto ao número de cheques que já foram descontados.

O cheque-livro, destinado à compra de livros, tem um valor de 20 euros, que podem ser descontados na aquisição de livros de igual valor ou superior. As compras através deste cheque só podem ser feitas nas livrarias aderentes ao programa e estão excluídos os manuais escolares, dicionários e livros de apoio ao estudo.

Os candidatos ao cheque-livro podem solicitá-lo através da plataforma www.souleitor.pt, onde estão também assinaladas as livrarias aderentes. Segundo a DGLAB, até dia 10 de novembro tinham aderido ao programa 265 livrarias. O programa cheque-Livro foi aprovado pelo anterior Governo, mas a sua aplicação só agora se concretizou por atrasos na criação da plataforma que o executa, o que levou também a uma alteração do regulamento para que a sua aplicação se possa estender até abril de 2025.

O cheque-livro é uma medida proposta pela APEL, que defendia a atribuição de 100 euros aos jovens de 18 anos para a compra de livros, mas o Governo anterior decidiu fixar o valor em 20 euros e limitou o benefício a cerca de 200.000 pessoas. No entanto, na semana passada, o Livre anunciou a intenção de propor em sede orçamental que o cheque-livro passe dos 20 para os 100 euros, e seja alargado a outros bens culturais, com base num estudo a ser feito.

“É uma medida que nós saudamos, mas 20 euros é pouco e parece-nos que deveria ser aumentado. Portanto, vamos propor aumentar o cheque-livro, que já existe, para 100 euros, porque isso dá muito mais possibilidade de comprar mais livros e mais variedade de livros”, afirmou a líder parlamentar do Livre, no dia 7 de novembro, em conferência de imprensa na Assembleia da República.

O Livre vai também propor que seja feito um estudo para alargar esse cheque “a todo o tipo de cultura”, permitindo que dê acesso a outros bens culturais, como peças de teatro ou sessões de cinema, acrescentou. Quando aprovou esta medida, em dezembro de 2023, o executivo socialista revelou que o programa teria uma dotação de 4,4 milhões de euros, através do Fundo de Fomento Cultural.

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SIBS assegurou mais de 30 mil transações por dia na Web Summit

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  • 15 Novembro 2024

Terminou a cimeira tecnológica, onde a fintech esteve com uma agenda de conversas e de partilha de conhecimento. “É um privilégio apoiar um dos eventos mais importantes de Portugal”, afirmou Rui Lima.

Passaram oito anos desde que a Web Summit ocupou, pela primeira vez, o espaço da Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, para dar destaque às ideias mais inovadoras no setor da tecnologia. Desde o primeiro momento, a SIBS é parceira “de um dos eventos mais importantes de Portugal” como Exclusive Cashless Partner, assegurando toda a infraestrutura de pagamentos no recinto.

“Nos últimos dias, tivemos mais de 30 mil transações por dia no espaço do evento, uma grande parte delas de visitantes estrangeiros”, anunciou Rui Lima, Chief International Officer (CIO) da SIBS. Para o responsável, “é um privilégio” integrar a iniciativa, especialmente num ano em que se assinala o nono aniversário do MB WAY que ganhou, por estes dias, capacidade de fazer transferências instantâneas para Espanha e Itália (recorde aqui o projeto inovador de interoperabilidade anunciado na quarta-feira).

“A edição deste ano ficou marcada pela apresentação da iniciativa pan-europeia que permitiu as primeiras transações entre Portugal, Espanha e Itália. A partir de agora, mais de 45 milhões de utilizadores do MB WAY, da Bizum e do Bancomat vão poder transferir o seu dinheiro de forma instantânea entre estas geografias”, destacou. E tudo, garante, numa operação que demora menos de 10 segundos.

Rui Lima, Chief International Officer (CIO) da SIBS

Rui Lima destacou ainda a ambição de expansão internacional do Grupo SIBS, atualmente presente em 25 mercados, e agradeceu a participação de cerca de duas dezenas de parceiros no evento. “Os parceiros são uma parte essencial do nosso ADN e tivemos oportunidade de conhecer aqui vários casos de uso aplicados ao MB WAY”, continuou.

Através do SIBS Labs, a empresa tem procurado apoiar a disrupção, disponibilizando um ambiente de teste a novas soluções que utilizem os serviços e produtos do grupo. “Apoiamos a jornada completa de desenvolvimento, do piloto à execução, do marketing e regulação até aos serviços de internacionalização. Neste momento, temos mais de 100 projetos no âmbito desta iniciativa”, confirmou Rui Lima.

Stand da SIBS no último dia da Web Summit

Pagamentos aceleram a mobilidade

Mário Henriques é o CEO da MHS, uma empresa fundada há 25 anos que nasceu como agência de publicidade e design, mas cuja atividade se foi alterando ao longo dos anos. “Fomos crescendo e criámos diferentes tipos de serviços. Tivemos a ideia de criar um veículo elétrico e começámos o projeto Maria Bike”, explicou.

Trata-se de uma solução para o aluguer de scooters elétricas em modelo de partilha, criado para facilitar a mobilidade urbana e contribuir para a redução de emissões nas deslocações diárias da população.

Mário Henriques, CEO da MHS

Além de ter acesso aos produtos e serviços de pagamentos da SIBS, a MHS vê na presença internacional do grupo uma oportunidade para fazer crescer o seu negócio além-fronteiras. “O que queremos é crescer com a SIBS e entrar no mercado europeu, que é o nosso objetivo. Se pudermos fazê-lo com soluções da SIBS, é perfeito”, sublinhou Mário Henriques.

A Web Summit Lisboa 2024 terminou esta quinta-feira, dia 14, com um recorde absoluto no número de participantes registados: mais de 71 mil pessoas de 153 países. A cimeira tecnológica deverá manter-se na capital portuguesa até 2028, ano em que termina o contrato, mas Paddy Cosgrave, CEO da Web Summit, diz querer que o evento se mantenha na cidade “para sempre”.

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País perdeu 42 mil jovens com habilitações superiores em dois anos, alerta ministro das Finanças

Miranda Sarmento destaca o "problema" do país em "reter e atrair" talento jovem qualificado, denunciando a fuga de cérebros verificada entre 2021 e 2023. "Perdemos 42 mil jovens com habilitações", diz

O ministro das Finanças reconhece que o país tem “um problema de retenção e atração de jovens qualificados”, alertando, a título de exemplo, que no espaço de dois anos, o país perdeu 42 mil jovens com habilitações académicas no ensino superior.

Entre 2021 e 2023, perdemos 42 mil jovens com habilitações superiores, apesar de termos formado cerca de 80 mil por ano. Temos um problema de retenção e atração de jovens qualificados”, frisou Joaquim Miranda Sarmento, durante a audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República, citando os dados do gabinete de estatística Eurostat.

Segundo o ministro, entre 2020 e 2023, “houve um aumento de licenciados em toda a população ativa”. “Se considerarmos apenas a população ativa entre os 28 e os 35 temos uma quebra significativa no número de licenciados”, alerta, referindo que em 2021 havia 653 licenciados em Portugal mas que em 2023 esse valor caiu para 611 mil jovens entre os 18 e os 35 anos.

Assim, Miranda Sarmento estima que se reduziu “em 42 mil” o número de jovens no país “com pelo menos licenciatura ou eventualmente mestrado ou doutoramento”, uma realidade que denuncia o “problema” do país em reter e atrair jovens qualificados, uma vez que “as universidades portuguesas, em licenciatura, formam entre 50 a 55 mil jovens por ano. Este valor cresce para os 80 mil se forem considerados os jovens com mestrados e doutoramento.

As declarações do ministro das Finanças surgem na sequência dos alertas deixados pelo governador do Banco de Portugal e ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, que defendeu esta semana que há “números enganadores” quanto à capacidade de Portugal reter jovens qualificados e disse que o país consegue ser um recetor líquido de licenciados.

Segundo o governador do BdP, nos últimos oito anos a população ativa com formação superior aumentou em média 70 mil indivíduos por ano e das universidades portuguesas (públicas e privadas) saem por ano pouco mais de 50 mil pelo que, concluiu, “Portugal tem conseguido ser um recetor líquido de diplomados” com o ensino superior.

Centeno disse ainda que os dados do Eurostat “mostram que a percentagem de jovens portugueses que emigram é inferior – menos de metade – da que se observa em países como Alemanha, Dinamarca ou Países Baixos”.

Além de Miranda Sarmento, também a ministra Maria do Rosário Palma Ramalho, garantiu, esta sexta-feira que três em cada dez jovens escolheram emigrar“, dos quais “muitos” são qualificados.

“Temos a informação que três em cada dez jovens escolheram emigrar e que muita dessa emigração é dos jovens mais qualificados“, respondeu a governante, que destacou também o alto nível de desemprego jovem registado em Portugal, neste momento.

Noticia atualizada pela última vez às 17h32

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Miranda Sarmento responsabiliza PS pela preocupação do CFP com aumento da despesa

Ministro das Finanças garante que o Governo não vai "continuar esse ritmo de crescimento de despesa" verificado este ano, responsabilizando anterior Executivo.

O ministro das Finanças responsabilizou o PS pelos alertas deixados pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP) sobre o aumento da despesa em quase 10% para este ano, dizendo que a instituição “fez bem em alertar” para esse aumento uma vez que são resultado de medidas aprovadas pelo anterior Governo.

A CFP fez bem em alertar para o aumento da despesa em 2024“, respondeu Miranda Sarmento em declarações à bancada do PSD, argumentando que esse aviso não é referente à despesa prevista para o próximo ano. “O país não aguentaria se a despesa pública crescesse todos os anos 10% ao ano. Seria insustentável”, disse.

Não podemos e não iremos continuar a esse ritmo de crescimento de despesa que estamos a assistir em 2024 que resulta das decisões aprovadas no último orçamento e já depois da demissão do anterior primeiro-ministro“, respondeu o ministro das Finanças, esta sexta-feira, durante a audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República.

Miranda Sarmento diz, em resposta ao PS, que a despesa “está a crescer 10%” na sequência de um “conjunto de decisões” tomadas pelo anterior Governo que “condicionam essa evolução”. “Não podem vir criticar o aumento da despesa em 2024 quando decorre exclusivamente das decisões que tomaram“, respondem à deputada Marina Gonçalves, ex-ministra da Habitação, do anterior Governo.

As declarações de Miranda Sarmento surgem na sequência das declarações da presidente das CFP que manifestou preocupação sobre o comportamento da despesa pública este ano e alertou que a margem do país para não entrar em incumprimento com os compromissos em Bruxelas é mínima.

“Espero que este comportamento da despesa este ano seja excecional, anómalo e não se torne um padrão de crescimento. O país não suportaria termos uma taxa de crescimento na casa de dois dígitos, afirmou Nazaré Cabral, esta quarta-feira no Parlamento, recordando que, este ano, a taxa de crescimento homóloga da despesa deverá ser próxima de 10%, ao contrário do que foi a média dos últimos anos. “Estou, de facto, preocupada com o comportamento da despesa“, vincou.

Turismo? Economia deve diversificar fontes de receita

O ministro das Finanças aproveitou a audição para prestar esclarecimentos sobre as declarações que fez durante a Web Summit e na qual disse o peso do turismo na economia deve reduzir-se.

Não quis desvalorizar a importância do turismo“, disse Joaquim Miranda Sarmento em resposta à bancada do Chega, sublinhando que o setor deu contributos significativos para o “crescimento do PIB, emprego e investimento”. No entanto, “outros setores têm de crescer tanto ou mais” quanto o turismo, sobretudo o da tecnologia.

“A economia deve diversificar-se porque quanto mais diversificada menor é o risco”, respondeu Joaquim Miranda Sarmento.

Notícia atualizada pela última vez às 19h50

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Aumentos adicionais de pensões não são “prioridade” para a Iniciativa Liberal

  • Lusa
  • 15 Novembro 2024

Rui Rocha reconheceu que as pensões em Portugal “são baixas genericamente, como os salários são baixos”, mas “é preciso fazer escolhas”.

O presidente da IL assumiu esta sexta-feira que aumentos adicionais das pensões não estão entre as suas prioridades, considerando que é “preciso fazer escolhas” e que, num primeiro momento, é fundamental promover um maior crescimento económico. “Não é, neste momento, uma prioridade da Iniciativa Liberal (IL) fazer aumentos adicionais às pensões. Eu recordo que, nas pensões, existe uma fórmula de aumento aplicável todos os anos – elas têm crescido – e, portanto, essa não é uma prioridade da IL”, referiu Rui Rocha.

O líder da IL falava aos jornalistas durante uma visita à Autozitânia, em Odivelas, uma empresa que importa e distribui peças para automóveis, tendo sido questionado se o partido pretende apresentar propostas orçamentais relativas às pensões, à semelhança do que fez o PS e o Chega. Rui Rocha reconheceu que as pensões em Portugal “são baixas genericamente, como os salários são baixos”, mas “é preciso fazer escolhas”.

“A escolha da IL neste momento é crescimento económico para que, depois, sim, então de forma sustentada possamos aumentar pensões, salários e ter um país mais próspero”, referiu, reforçando que só “com crescimento económico prolongado no tempo” é que as pensões e os salários podem crescer sustentadamente. Interrogado se continua a considerar, como tinha dito em fevereiro, que o PSD não tem coragem para uma reforma do sistema de pensões, Rui Rocha respondeu que a “falta de coragem do PSD é aplicável às várias áreas, às várias dimensões do país”.

Este é um Orçamento do Estado que não muda nada num mundo que mudou tudo, e mais ainda com as eleições nos Estados Unidos”, referiu, acrescentando que “o mundo está a mudar a uma velocidade muito elevada” e o Governo optou “por adiar as soluções, as reformas, essa energia transformadora para o país, por mais um ano”.

“Não sabemos mesmo se será só por um ano, porque ninguém nos diz que este não será o Orçamento que será aplicável no ano seguinte, nessa altura em duodécimos, com a instabilidade política que existe. E, portanto, estamos a perder tempo. Este Orçamento não muda nada”, disse. Rui Rocha disse que, com as cerca de 50 propostas de alteração ao Orçamento do Estado que a IL apresentou, o partido espera “contribuir para que alguma coisa possa mudar”.

Interrogado se, tendo em conta que tanto o PS como o Chega apresentaram propostas com vista a aumentos extra nas pensões, teme que haja coligações negativas na especialidade, Rui Rocha afirmou que não se atreve “a fazer prognósticos, sobretudo quando estão em causa partidos absolutamente imprevisíveis, que já mostraram que não são partidos de confiança”, referindo-se ao Chega.

“Mudam de posição tantas vezes que eu posso estar agora aqui a fazer uma previsão baseada em determinadas circunstâncias e essas circunstâncias, no caso desse partido em concreto, mudam logo a seguir. Portanto, eu não faço previsões sobre partidos que não são confiáveis”, afirmou. Questionado se a IL considera adequada a abertura de um novo processo de revisão constitucional, após o Chega ter manifestado a intenção de o desencadear, Rui Rocha reiterou que o partido de André Ventura não é confiável.

Essa iniciativa “ainda não foi apresentada, foi anunciada, nós temos tempo para olhar para isso e para pensar”, afirmou, antes de abordar o facto de o Chega ter manifestado a vontade de rever a Constituição para reduzir o número de deputados.

Rui Rocha salientou que, em termos de representação política, a IL tem um entendimento “completamente diferente” do Chega e defende a criação de “um círculo de compensação que permita que a ausência de representação, que hoje é manifesta em muitas zonas do país que elegem muitos poucos deputados, possa ser reforçada”.

“A nossa prioridade, do ponto de vista da representação política, é assegurar que mais portugueses veem o seu voto a ser útil para eleger a sua representação”, disse.

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Figuras públicas protagonizam campanha de 25 anos do canal História

  • + M
  • 15 Novembro 2024

Luís Osório, João Tordo ou Luís Filipe Borges são algumas das figuras públicas que participam, partilhando o que consideram ser um dos mais importantes acontecimentos da história.

“Um Marco na História” é o nome da campanha lançada pelo canal História, a propósito dos seus 25 anos de existência. A campanha marca presença em televisão (no próprio canal) e nas redes sociais.

Na campanha, o canal convidou diversas figuras públicas portuguesas a partilharem aquele que consideram ser um dos mais importantes acontecimentos da história, o que permitiu reunir respostas que vão desde o primeiro divórcio de Portugal até à expulsão dos jesuítas ou ao pacto germano-soviético em 1939.

Participam na campanha Rita Camarneiro, radialista (que elegeu como acontecimento importante da história o primeiro divórcio em Portugal), Luís Filipe Borges, argumentista e comediante (Brianda Pereira, açoriana considerada a heroína da resistência da ilha Terceira contra Filipe II de Espanha), Miguel Monteiro, vice-presidente da Academia Portuguesa da História (expulsão dos jesuítas), Manuela Mendonça, presidente da academia portuguesa da história (reinado de D. João II).

Entram também Fernando Rosas, historiador (pacto germano-soviético), António Vilaça Pacheco, autor e formador (Acordo de Bretton Woods), Daniela Santiago, jornalista (tsunami no sudeste asiático), Luís Osório, escritor e jornalista (os mortos de abril) e João Tordo, escritor (A Travessia das Torres Gémeas).

As primeiras três peças a serem transmitidas são as de Luís Filipe Borges, Miguel Monteiro e Rita Camarneiro, esta sexta-feira, estando prevista a estreia de três protagonistas por mês até janeiro. A campanha continuará depois em exibição no canal ao longo de 2025.

As peças, com cerca de três minutos de duração e produzidas pela Céline Produções, foram gravadas na Academia Portuguesa da História, em Lisboa.

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PS quer garantir manutenção da publicidade na RTP

  • Lusa e + M
  • 15 Novembro 2024

A manutenção da publicidade na RTP está entre as 38 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 apresentadas esta sexta-feira.

O PS incluiu a manutenção da publicidade da RTP entre as 38 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 apresentadas esta sexta-feira. A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, afirmou que para o PS é fundamental um “serviço público de rádio e televisão devidamente financiado” porque esse “é necessário para o pluralismo dos meios de comunicação social“.

A “garantia da manutenção da publicidade da RTP enquanto forma de financiamento“, faz então parte das propostas apresentadas pelo partido liderado por Pedro Nuno Santos, sendo esta vista como garante da “sustentabilidade do serviço público de rádio e televisão”, adiantou.

O Governo, recorde-se, tem reafirmado que o fim, em três anos, da publicidade na RTP1 não implica uma descapitalização da empresa. O facto de se dizer “que há um plano de descapitalização, um plano de desmembramento [da RTP] é manifestamente exagerado, para não dizer descabido”, até porque “a única coisa que estamos a alterar é a fonte de financiamento de 9% das receitas da RTP, 9% que mesmo que se nós não fizermos nada se calhar no próximo ano é 8% e depois é 7%”, afirmava o ministro do a Assuntos Parlamentares no final de outubro, na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e

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Suplemento extra aos pensionistas? Governo fará o “máximo possível para que volte a ser pago” em 2025

Miranda Sarmento diz, no entanto, que o pagamento de um novo suplemento está dependente do "equilíbrio das contas públicas" em 2025, rejeitando um aumento permanente das pensões, para já.

O ministro das Finanças garante que o suplemento extraordinário aos pensionistas voltará a ser pago em 2025 se houver margem orçamental para tal, como já tinha anunciado durante a apresentação do Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), em outubro. Miranda Sarmento deixa a promessa garantido que o Governo está “preocupado com os pensionistas de menores rendimentos”.

Tentaremos fazer o máximo possível para que volte a ser pago no próximo ano. Temos o compromisso que se a situação o permitir voltar a atribuir um complemento extra sem pôr em causa o equilíbrio das contas públicas”, respondeu o ministro das Finanças, em resposta ao PS, durante a audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República.

Miranda Sarmento aproveitou o momento para acusar os socialistas de terem considerado, no passado, o pagamento deste suplemento extraordinário como um “erro de política económica”. “Se os pensionistas devem estar preocupados com alguém, é com a posição” do PS, atirou o ministro das Finanças em resposta a António Mendonça Mendes.

Sobre a proposta do PS apresentada esta sexta-feira na Assembleia da República, que visa atribuir mais 275 euros aos pensionistas, no próximo, o ministro das Finanças defende que não irá aprovar a proposta “por uma questão de cautela” e no sentido de “não criar mais despesa permanente e estrutural”. Os socialistas, estimam que a proposta tenha um custo orçamental de 265 milhões de euros, um valor que, de acordo com o governante, poria em causa a estabilidade orçamental no próximo ano.

Entendemos que não é o momento de um aumento [das pensões”, respondeu Miranda Sarmento, ressalvando, no entanto, isso “poderá chegar mais à frente” caso os objetivos orçamentais sejam atingidos.

Além do PS, também o Chega propôs, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, um aumento extraordinário permanente das pensões. Em resposta a essa bancada, a ministra do Trabalho notou que a proposta em causa teria um “significado” de 945 milhões de euros (674 milhões de euros do aumento regular, acrescidos de 271 milhões de euros pela subida extra), pelo que “ultrapassa muito largamente” as boas contas da Segurança Social.

Também ao Bloco de Esquerda, a governante afirmou que a proposta de aumento estrutural que essa bancada pôs em cima da mesa coloca em risco o equilíbrio da Segurança Social. “A proposta que faz importa em 1.252 milhões euros. Este Governo não prescinde de ação social. Mas esse valor desequilibra em absoluto essas contas. Não podemos ir “, explicou Palma Ramalho.

Já a proposta do PCP para as pensões “importa em quatro mil milhões de euros”, notou a ministra, em resposta ao deputado Alfredo Maia. “Não sei se o PCP descobriu um poço de petróleo na sua sede, que permita responder a todas estas situações. O PCP não se pauta pelo equilíbrio. Nós sim“, frisou a responsável.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h10)

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Scholz fala com Putin pela primeira vez em dois anos

  • Lusa
  • 15 Novembro 2024

Olaf Scholz exigiu ao Presidente russo a retirada das tropas da Ucrânia. Putin respondeu que uma proposta de paz para a Ucrânia deve ter em conta “novas realidades territoriais”.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, exigiu ao Presidente russo, Vladimir Putin, a retirada das tropas da Ucrânia na primeira conversa telefónica que mantiveram em quase dois anos, indicou esta sexta-feira o Governo alemão num comunicado. Putin respondeu que a proposta de paz para a Ucrânia deve ter em conta “novas realidades territoriais”, exigindo que Kiev abdique das regiões ocupadas por Moscovo.

O chanceler apelou a Putin para demonstrar “vontade de encetar negociações com a Ucrânia, com vista a uma paz justa e duradoura” e sublinhou “o compromisso inabalável da União Europeia (UE) com a Ucrânia”, acrescentou a chancelaria. O executivo alemão informou igualmente que Scholz tinha anteriormente falado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A proposta de paz, de junho passado, inclui a retirada das tropas ucranianas do Donbass e do sul do país, e ainda a renúncia de Kiev à adesão à NATO. “Os potenciais acordos devem ter em conta os interesses de segurança da Federação Russa, basear-se em novas realidades territoriais e, acima de tudo, abordar as causas profundas do conflito”, de acordo com um comunicado do Kremlin que resume a conversa telefónica entre os dois líderes.

Esta conversa telefónica de uma hora foi o primeiro diálogo entre os dois líderes desde dezembro de 2022, e o Kremlin (sede da Presidência russa) ainda não o comentou. Putin não fala com a maioria dos líderes ocidentais desde 2022, quando a UE e os Estados Unidos impuseram sanções maciças à Rússia após a invasão da Ucrânia, em fevereiro desse ano.

Muitos dirigentes ocidentais, como os chefes de Estado norte-americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron, entre outros, recusam-se a falar com o Presidente russo – com a notável exceção do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. No início de novembro, Vladimir Putin lamentou que os líderes ocidentais tivessem “parado” de lhe telefonar.

“Se algum deles quiser retomar os contactos, sempre o disse e quero repetir: não temos nada contra isso”, afirmou Putin no Fórum político de Valdaï, na Rússia. Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, a Alemanha tem sido o segundo maior fornecedor de armas a Kiev, a seguir aos Estados Unidos.

Esta conversa ocorre num momento muito difícil para a Ucrânia, que se prepara para viver o seu terceiro inverno sob fogo da Rússia, com grande parte das suas infraestruturas energéticas danificadas ou totalmente destruídas. Com a vitória do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, coloca-se a questão da continuidade da ajuda dos Estados Unidos, que tem permitido à Ucrânia resistir às tropas russas desde fevereiro de 2022.

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